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Olá! Você está convidado a percorrer a Bienal

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Naifs do Brasil 2012 para conhecer as obras se­ lecionadas e premiadas pelos jurados — Edna Matosinho de Pontes, Juliana Braga, Marta Mestre e Paulo Klein — e o trabalho de artis­ tas contemporâneos, fruto da curadoria de Kiki Mazzucchelli.

Nestas cartas você encontra reproduções de al­ gumas obras e jogos divertidos para brincar e conhecer melhor a arte naif e a cultura popular brasileira. Num universo de cores e formas, as imagens mostram histórias a serem desvenda­ das e recontadas numa aventura inesgotável.

Esperamos que a inquietude e a curiosidade sejam os condutores para as descobertas possí­ veis por meio das obras e da imaginação!

Seja bem-vindo!


Alguma vez você já se pegou pensando que não sabe desenhar? Este tipo de sensação acontece porque por muitos anos, o que se pensava como Arte correspondia a um padrão que dava valor a uma representação o mais próxima possível do real.

Este jeito de pensar arte ficou por tanto tempo como único que às vezes esquecemos que, já que o mundo passa por transformações, o jeito de olhar para as coisas — neste caso, para a arte — também se modifica. Há formas diferentes de pensar, em diferentes lugares e épocas.

Há muitos artistas que não se identificam com este padrão. Criam imagens com cores, compo­ sição e temas que parecem surgir de modo mais intuitivo. Este tipo de representação, agrupada como Nalf (palavra francesa que pode nos levar para as ideias de espontâneo ou ingênuo), leva nosso olhar para a natureza, a comunidade, as tradições e, em geral, muitas cores, vitalidade


Outro tema recorrente neste tipo de representa­ ção é a vida cotidiana. O olhar para o dia a dia de um grupo de pessoas dá importância a cada uma delas, que se sentem representadas em seus anseios, hábitos e crenças comuns, como também em suas festas, danças e histórias. Os artistas contemporâneos têm feito um mo­ vimento que deseja pensar a arte na vida, mais próxima, mais informal. A mistura de lingua­ gens, a ideia de arte como proposta, a liberdade com as técnicas, a experimentação, entre ou­ tras coisas, podem nos causar estranhamento ou curiosidade, dependendo de como olhamos para ela. Da mesma forma que o conjunto Naif, o que conhecemos como Arte Contemporânea en­ contra dificuldades de se encaixar no conceito tradicional de arte. Se nos deixarmos levar para o que está além das ideias tradicionais de re­ presentação, podemos percorrer esses dois ca­ minhos, diferentes mas afinados, que se abrirão para muitos e muitos mais.

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As imagens que encontramos nesta exposição são tão ricas e cheias de detalhes que temos vontade de mergulhar dentro delas, imagi­ nando histórias, construindo novas memórias e desenhando um mundo novo. Melhor ainda se, a cada olhar, a cada objeto de arte que en­ contrarmos pelo caminho, este universo for crescendo, se encantando, se desdobrando em novos detalhes. Este material é um convite para este mundo, que se abre com a Bienal Naifs, imaginado e construído por vários artistas, mas que pode ser continuado e reconstruído por você. Brinque, jo­ gue, pense, sinta. O mundo é seu.

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VAMOS BRINCAR DE INVENTAR HISTORIAS? Antonio foi dormir tarde. Decidiu visitar a lua.

Soube que morava um pouco escondida, na fronteira entre dois morros. Convidou uma árvore antiga para acompanhá-lo no caminho.

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Para não assustá-la, disfarçou-se de peixe, fazendo-se perdido na plantação.

Chegou a tempo de encontrá-la, arrumando-se para sair. Se encantou: sentou-se em uma estrela para acompanhá-la a noite toda. Ande pela exposição. Será que você consegue encontrar as pinturas onde estes detalhes es­ tão? Que tal imaginar novas histórias?

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> JOG01 Jogadores: Até 4 Objetivo: Dar continuidade a uma história, dentro do tempo combinado. Como jogar: Embaralhe todas as cartas. Cada jogador recebe 3 delas, o resto vai para o monte na mesa. Com­ bine um tempo máximo para cada carta.

O primeiro jogador escolhe uma de suas cartas e a coloca na mesa, inventando uma história sugerida pela imagem. O segundo jogador es­ colhe, então, uma carta dele e a coloca ao lado, continuando a história. O terceiro também e assim por diante. Preste atenção para não pas­ sar do tempo combinado. A cada carta usada, pegue outra no monte. Quem não conseguir continuar a história no tempo determinado, sai do jogo. Ganha quem usar mais cartas ou ter­ minar por último.


> JOG01 ATENÇÃO: A qualquer momento, no lugar de uma imagem, você pode escolher uma frase. Neste caso, você passa a vez e o jogador seguinte deve inverter a ordem da sequência: a frase começa a história, e ele deve contar a história utilizando todas as imagens seguintes, de trás para a frente. Outros desafios: Você também pode jogar sozinho, experimen­ tando:

★ quantas cartas você consegue usar, mantendo uma boa história, em 1 minuto? ★ quanto tempo você consegue ficar numa mesma imagem, explorando todos os seus detalhes?


> JOGO Z < Jogadores: De 2 a 4

Objetivo: Formar um conjunto coerente de 4 cartas, a partir da palavra sorteada. Como jogar: Cada jogador recebe, sem mostrar aos outros, 4 cartas de imagem e 1 frase. Observe a palavra em destaque na carta de frase: é a partir dela que você deve formar seu conjunto de quatro imagens.

O primeiro jogador escolhe uma carta que não se encaixa em sua palavra para colocar por bai­ xo do monte de imagens, e compra outra. (Caso haja quatro jogadores, será preciso retirar a pri­ meira do monte e a seguir receber o descarte do jogador à sua direita.) O seguinte também e assim por diante, até que alguém tenha quatro


> JOGO Z *

DESAFIO: Para aumentar o desafio, inclua a seguinte re­ gra: cada jogador tem direito, uma vez, de dizer em voz alta “frase”. Neste caso, todos devem passar a sua carta de frase para o jogador à sua direita. Da mesma forma, pode dizer uma vez “imagem”. Neste caso, todos escolhem, sem ver, uma carta de imagem do jogador à sua direita.


> JOGO 3 k Jogadores: De 3 a 5 Objetivo: Conseguir o maior número possível de pontos, a partir de votos dos outros jogadores.

Como jogar: Separe as cartas de frase, viradas para baixo. Embaralhe as restantes, e distribua três para cada jogador. Um dos jogadores sorteia uma frase, e a lê em voz alta. Todos devem olhar, entre as suas cartas, qual se aproxima mais da frase dita e a coloca na mesa, virada para baixo. Um dos jogadores embaralha todas sem olhar, e as revela de uma vez. Cada um vota na que achar mais próxima da frase. Não é permitido votar na própria imagem. Cada voto conseguido vale 1 ponto. Em seguida, embaralhe as cartas e distribua novamente 3 para cada jogador. Quem fizer 7 pontos primeiro, ganha.



COM O SOL OU COH AS NÃOS, CELEBRO MEU TRABALHO.


QUANTAS CORES VIVEM NAS VOZES DA MINHA COMUNIDADE?


ANDAR COM FÉ.


CONTINUAR A DANÇA QUE MEU AVÔ COMEÇOU.


flBUO OS OLHOS E HEJO A NATUREZA DE OLHOS FECHADOS ELA CONTINUA AOUI.





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■ o Sonia N. Pacheco, Cirandada Vida.








Neri Andrade. Arrastão. Detalhe.


Enzo Ferrara. Retrato íntimo. Detalhe.



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