Catálogo - Imateralidade

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Curadoria  Adon Peres e LigiA CAnongiA

2 de julho a 27 de setembro de 2015


07 PresentifiCAr o vivido danilo santos de miranda  09 de umA CertA essênCiA adon Peres 11  imAteriALidAde ligia Canongia 30 biogrAfiA dos ArtistAs

12 Anthony mCCALL

21 José dAmAsCeno

13 ben vAutier

22 Keith sonnier

14 brígidA bALtAr

23 LAurA vinCi

15 bruCe nAumAn

24 mArCius gALAn

16 CArLito CArvALhosA

25 mArCos ChAves

17 CeAL fLoyer

26 PAoLA JunqueirA

18 fAbiAnA de bArros & miCheL fAvre

27 PAuLo vivACquA

19 frAnçois moreLLet

28 ryAn gAnder

20 JAmes turreLL

29 WALterCio CALdAs


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PresentifiCAr o vivido danilo santos de miranda diretor regional do sesC são Paulo Construímos, desde tempos imemoriais, símbolos e narrativas  para significar a nossa relação com o mundo. Nesse constante esforço por marcar (e enfrentar) a transitoriedade da vida  com inscrições capazes de se perenizar, as palavras, os gestos e os objetos apresentam-se como artifícios tão imprescindíveis  quanto  as  próprias  ferramentas  que  inventamos  para  suprir nossas necessidades fisiológicas e vitais.  A  tradução  (ou  transcriação)  de  vivências  mediante  o  uso  de  recursos  linguísticos,  tanto  em  bases  memorialistas/ factuais como em termos poéticos/ficcionais, nos permite  fazer  dos  traços  existenciais  matérias-primas  para  a  produção  partilhável  de  imaginários,  investindo  em  anseios  comunicativos que buscam atravessar a fronteira entre as  esferas privada e pública.  A canção de amor, o brinquedo da infância e a fotografia de  viagem – para nos atermos a exemplos populares, altamente  disseminados no tecido social – guardam sob (ou sobre) sua  constituição as tessituras imateriais que apreendemos do vivido. Ao tomá-los como guias nos baús de nossas lembranças, podemos perceber que habitamos duas dimensões que  se  entrecruzam:  de  um  lado,  a  constelação  das  sensações  que nos vinculam aos acontecimentos e, de outro, o universo  de elementos concebidos como formas e meios de pensar,  registrar ou reviver esses mesmos vínculos.  Paradoxalmente,  ao  arquitetar  modos  de  presentificação  do impalpável, daquilo que está além (ou aquém) do objeto, os artistas reunidos na exposição “Imaterialidade” propõem enquadramentos em negativo sobre a concretude da  realidade.  Criam  dispositivos  hábeis  em  descarnar  a  materialidade das coisas e suas aparências, conduzindo-nos  à reinvenção de sentidos: a solidez da luz, a gravidade do  gesto e a corporeidade do som são alguns exemplos. Ao apresentar um conjunto de experimentos artísticos que  se esgueiram de modo inusitado pelos ambientes expositivos do Sesc Belenzinho, lançando mão de códigos que abdicam da fisicalidade tradicionalmente associada às obras  de  arte,  a  instituição  sublinha  a  vocação  experimental  de  sua programação, dando sequência a um programa sociocultural que, reiteradamente, convida os públicos a elaborar  sentidos a partir da interação com fenômenos deliberadamente  estranhos  aos  expedientes  da  objetividade  e  das  certezas decorrentes do “já conhecido”.


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de umA CertA essênCiA adon Peres “A grandes intervalos da História,   ao mesmo tempo em que se muda o modo   de existência, muda o modo de percepção   das sociedades humanas”.* Além das transformações que surgem na percepção de uma  obra de arte segundo a sociedade na qual ela se insere, podemos  também  considerar  as  diferenças  que  ocorrem  em  sua apreensão segundo os suportes, técnicas e meios utilizados em sua realização. Que tipo de mudança poderia ocorrer em nossa percepção,  uma vez que nos defrontamos com obras, tais como pintura ou escultura, recorrendo a matérias precisas; e a outras,  tais como instalações onde predomina um elemento imaterial – luz, som ou ar? Nesta exposição, estão reunidos tanto trabalhos artísticos  realizados a partir de um suporte material, quanto dispositivos em que o elemento principal é imaterial. No primeiro  caso, se estabelece uma relação específica sujeito-objeto  diferenciado  do  segundo,  no  qual  o  espectador  é  literalmente  imerso  na  atmosfera  da  obra.  Em  uns,  pode  haver  distanciamento físico, em outros, a total submersão. Desde algum tempo, em nossas sociedades atuais, esses  dois modos de relacionamento com uma obra de arte vivem  paralelamente. Eles nos permitem constatar que a força do  trabalho artístico, independentemente da época em que foi  realizado, reside na criatividade e na originalidade com as  quais  os  artistas  lidam  com  seus  meios  e  escolhem  para  se expressar, havendo ou não uma materialidade concreta. *Walter Benjamin. Écrits français. Trad. francesa. Paris:  Gallimard, 1991, p. 143 (Bibliothèques des Idées).


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imAteriALidAde ligia Canongia A exposição “Imaterialidade” toca numa questão fundamental da modernidade: a desmaterialização. Do impressionismo  às esculturas abstratas, a sublimação da matéria tornou-se  um dispositivo caro à transgressão das formas tradicionais.  Muitas das formulações da arte contemporânea são tributárias desse abalo no sistema das convenções materiais. A obra de arte pressupõe a qualidade de algo que está além  de  sua  presença  física,  como  entidade  palpável  e  sensível.  Contudo, há artistas que trabalham a imaterialidade na constituição  das  obras,  que  tratam  o  imaterial  como  “matéria”.  Esses  artistas  exploram  estados  físicos  intermediários,  que  escapam  às  questões  de  volume,  espessura  e  densidade,  preferindo, ao invés, investigar os limites de outras “matérias”,  insondáveis, como o ar, a luz, a palavra e o movimento. A  questão  central  da  exposição  foi  reunir  artistas  cujo  interesse estivesse na criação de obras e espaços que supõem a  visibilidade além do visível, a sensibilidade além dos efeitos  físicos  das  coisas,  o  que  trafega  através  e  entre  os  corpos.   A ideia era enfatizar a fluência entre as matérias, a reciprocidade entre o pleno e o vazio, as situações em que a materialidade perde contornos e se torna fluida e diáfana. A matéria  volátil faz com que aparência se confunda com transparência, que a realidade seja tão somente uma centelha que se  vislumbra na efemeridade do espaço e do tempo. Os  artistas  selecionados  refletem  à  perfeição  o  problema  do universo imaterial na arte contemporânea. Eles mantêm,  em suas criações, uma natureza intrinsecamente imaterial,  mental, sem fisicalidade e sem corpo, como se as formas  fossem  apenas  imagens,  e  assim  tentam  fazer  o  invisível  “aparecer” pela primeira vez.


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Anthony mCCALL VoCê e eu – horizontal [You and i – horizontal], 2005  vista da instalação no Instituto de Arte Contemporânea, Villeurbanne, França, 2006  foto Blaise Adilon

ben vAutier me sinto só [me siento solo], 2006 é difíCil amar [es difí Cil amar], 2006  serigrafi a, 5/30  50,5 × 69,5 Cm   cortesia Nara Roesler  foto Everton Ballardin © Ben Vautier/autVis, Brasil, 2015


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brígidA bALtAr a Coleta da neblina, 2002  16mm  still do filme Coletas, 1998-2005 registro Roberto Amade mini dV  still do filme Coletas, 1998-2005 registro Ana Herter a Coleta do orValho, 2001 mini dV still do filme Coletas, 1998-2005 registro Juliana Rocha

bruCe nAumAn andando de modo exagerado ao redor do Perímetro de um quadrado   [Walking in an exaggerated manner around the Perimeter of a square], 1967/68 still do filme cortesia Electronic Arts Intermix (eai), Nova Iorque © Bruce Nauman/autVis, Brasil, 2015


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CArLito CArvALhosA PreCaução de Contato, 2014 copos e luzes fluorescentes  dimensões variáveis coleção do artista  foto Everton Ballardin

CeAL fLoyer inaCabado [unfinished], 1995 dVd, DVD player, projetor, pedestal  dimensões variáveis © Ceal Floyer, Vg Bildkunst, Bonn  cortesia Lisson Gallery, Londres © Ceal Floyer/autVis, Brasil, 2015


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fAbiAnA de bArros & miCheL fAvre VoCê está aqui [You are here], 2010-2015 projeção de vídeo multicanal  still © Fabiana de Barros & Michel Favre

frAnçois moreLLet lamentáVel Ø 5 m Vermelho [lamentable Ø 5 m rouge], 2005 vista de exposição, Domaine de Chamarande, França, 2009 © Studio Morellet  © François Morellet/autVis, Brasil, 2015


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JAmes turreLL raethro green, 1968 projetor mri Wire © & Cortesia Häusler Contemporary München, Zurique  foto Florian Holzherr

José dAmAsCeno PouCo a PouCo [PoCo a PoCo], 2005 vinil adesivo  dimensões variáveis vista da instalação, The Project, Los Angeles, 2005 foto Anthony Cunha cortesia do artista e galeria Fortes Vilaça


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Keith sonnier trabalho Com Prateleiras – Prateleira de quiosque esPaçada   [shelf Work – sPaCed kiosk shelf], 1975-2008 neon, vidro e alumínio  178 × 265 × 10 Cm © & Cortesia Häusler Contemporary München, Zurique  foto Florian Holzherr © Keith Sonnier/autVis, Brasil, 2015

LAurA vinCi ainda ViVa / CaCho, 2007 90 peças de vidro  250 × 90 Cm  coleção da artista  foto Nelson Kon


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mArCius gALAn seção diagonal, 2008 instalação  pintura em paredes e teto, cera no piso, filtros de luz, esquadria de madeira    dimensões variáveis coleção do artista  cortesia Galeria Luisa Strina  foto Edouard Fraipont

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mArCos ChAves Come into the (W)hole, 2002 vinil adesivo  vista da instalação na galeria Arte Futura e Companhia, Brasília, df foto Marcos Chaves


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PAoLA JunqueirA de todos os lados, 1994 haste, tubos de metal e ventiladores  dimensões variáveis  coleção da artista  foto Maurício Froldi

PAuLo vivACquA interPretação, 2012 partituras, alto-falantes, lâmpadas, cartões e microsystem  dimensões variáveis  coleção do artista  foto Maria Noujaim


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ryAn gAnder ftt, ft, ftt, ftt, ffttt, ftt ou algum lugar entre uma rePresentação moderna de  Como um gesto ContemPorâneo Passou a existir, uma ilustração da fisiCalidade de  uma disCussão entre theo e Piet aCerCa do asPeCto dinâmiCo da linha diagonal e a  tentatiVa de Produzir um Cenário em Chroma keY Para Cem Cenas CinematográfiCas  [ftt, ft, ftt, ftt, ffttt, ftt, or someWhere betWeen a modern rePresentation of hoW  a ContemPorarY gesture Came into being, an illustration of the PhYsiCalitY of an  argument betWeen theo and Piet regarding the dYnamiC asPeCt of the diagonal line  and attemPting to ProduCe a Chroma-keY set for a hundred CinematiC sCenes], 2010 flechas  dimensões variáveis © Ryan Gander  cortesia Lisson Gallery, Londres

WALterCio CALdAs o ar mais Próximo, 1991 fios de lã  dimensões variáveis vista da exposição  “O ar mais próximo”, Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro, 1993 foto Wilton Montenegro


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Anthony mCCALL st. Paul’s CraY, inglaterra, 1946  ViVe e trabalha em noVa iorque Seu trabalho opera na fronteira entre cinema, escultura  e desenho. É um dos pioneiros na criação de instalações  com luz e projeção, tendo iniciado sua carreira em Londres, no final dos anos 1960. Em 1973, morando em Nova  Iorque, realiza Linha descrevendo um cone, primeira de  uma  série  de  obras  conhecidas  como  filmes  de  luz  sólida,  em  que  cria  ilusão  de  formas  tridimensionais  por  meio da projeção de feixes de luz. Em 2003, após afastamento de duas décadas, retoma sua produção artística  incorporando as novas tecnologias digitais.

bruCe nAumAn fort WaYne, eua, 1941 ViVe e trabalha no noVo méxiCo Em meados da década de 1960, após estudar matemática, física e arte, inicia o desenvolvimento de sua obra  multimídia  que  inclui  esculturas,  vídeos,  instalações,  sons, performances, fotografias e interatividade. Jogos  de  palavras,  excesso  de  sensações,  barulhos  repetitivos  e  imagens  perturbadoras  são  alguns  dos  recursos  que utiliza para provocar no espectador reflexões sobre  questões complexas, tais como a tensão entre a vida e  a morte, a própria natureza da arte e o papel do artista.

ben vAutier náPoles, itália, 1935 ViVe e trabalha em niCe, frança Sua  obra  tem  início  na  década  de  1950  sob  influência  de Yves Klein, do dadaísmo e de Marcel Duchamp. Nos  anos  1960-70  é  ativo  integrante  do  grupo  internacional  Fluxus,  com  o  qual  compartilha  a  concepção  da  arte  como experiência e o desejo de desintegrar as fronteiras  entre arte e vida. É conhecido pelas suas performances,  ações  e,  sobretudo,  pelas  provocadoras  écritures,  quadros  com  curtas  mensagens  manuscritas,  caracterizadas  pelo  humor,  a  irreverência  e  o  questionamento  do  lugar da arte na sociedade. brígidA bALtAr rio de janeiro, 1959 ViVe e trabalha no rio de janeiro Estuda na Escola de Artes Visuais do Parque Lage nos  anos 1980. No início da década de 1990, desenvolve séries   de trabalhos com materiais encontrados em seu universo doméstico, tais como a água das goteiras e a poeira  dos tijolos da casa em que mora. Com o tempo incorpora  materiais ainda mais intangíveis, como neblina e orvalho,  cuja ação de coleta registra em fotografias e filmes. Sua  obra multimídia e experimental se caracteriza, entre outros, pela delicadeza, pela presença do corpo e pela indagação sobre a afetividade da memória.

CArLito CArvALhosA são Paulo, 1961 ViVe e trabalha no rio de janeiro Em meados dos anos 1980, forma-se em arquitetura na  fau-usP e integra o ateliê Casa 7, onde produz pinturas  em  grandes  formatos,  enfatizando  o  gesto  e  a  matéria  pictórica. Na década de 1990, amplia sua pesquisa sobre  as propriedades e limites dos materiais, realizando também esculturas com cera, porcelana, gesso, entre outros.  A partir dos anos 2000, cria também grandes instalações   com materiais diversos como tecido, luz branca e toras  de madeira, que reordenam e transformam o espaço em  que se inserem. CeAL fLoyer Paquistão, 1968 ViVe e trabalha em berlim A artista, de nacionalidade inglesa, inicia sua produção  nos anos 1990, após formar-se no Goldsmiths College,  em  Londres.  Trabalhando  basicamente  com  cinema  e  instalações,  questiona  a  lógica  das  situações  cotidianas, ao deslocar objetos familiares e banais de seu uso  convencional,  criando  com  eles  situações  inusitadas.  Com  seu  trabalho  carregado  de  humor  e  de  aparente  simplicidade, ela convida o espectador a rever suas percepções e certezas sobre o mundo.


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fAbiAnA de bArros & miCheL fAvre são Paulo, 1957 & genebra, suíça, 1957 ViVem e trabalham em genebra e são Paulo Fabiana  é  formada  em  pintura  pela  Faap,  São  Paulo,  e  cursa  pós-graduação  na  École  Supérieure  d’Art  Visuel  em  Genebra.  Em  1991  conhece  Michel  Favre,  fotógrafo  e  documentarista  suíço,  também  aluno  da  École,  com  quem forma, em 1996, a entidade artística fabmiC. Integrando  artes  plásticas,  cinema,  fotografia  e  novas  mídias, o trabalho da dupla investiga as múltiplas formas  de interação do artista com o público. Além do trabalho  coletivo, cada um desenvolve sua obra individualmente.

José dAmAsCeno rio de janeiro, 1968 ViVe e trabalha no rio de janeiro Desde  o  final  dos  anos  1980,  o  artista  apresenta  esculturas,  objetos  e  desenhos  que  causam  certo  estranhamento ao espectador. Seja pelo acúmulo de um mesmo  objeto ou material, seja pelo deslocamento de seus usos  convencionais,  ou  ainda  pelo  contraste  entre  a  escala  dos  objetos  e  a  do  espaço,  o  artista  cria  esculturas  e  situações  improváveis,  absurdas  até,  colocando-nos  diante  de  algo  que  desconhecemos,  instigando-nos  a  questionar a lógica e as noções que adquirimos para a  compreensão do mundo.

frAnçois moreLLet Cholet, frança, 1926 ViVe e trabalha em Paris e Cholet Sua  obra  inclui  pintura,  instalações  com  neon  e  intervenções urbanas. Nos anos 1940 realiza pinturas e esculturas  figurativas. Em visita  ao Brasil, em  1951, descobre  a  arte  concreta,  tornando-se  entusiasta  da  abstração  geométrica. Em 1961 é um dos fundadores do Grupo de  Pesquisa de Arte Visual (graV), movimento que defende  a autonomia da arte por meio da aproximação com o público. Buscando desmistificar a influência da subjetividade na criação artística, constrói seus trabalhos a partir de  regras matemáticas predefinidas.

Keith sonnier mamou, eua, 1941  ViVe e trabalha em noVa iorque No final dos anos 1960, muda-se para Nova Iorque, onde  faz parte de um grupo de jovens artistas que questiona o  conceito  tradicional  de  escultura,  trabalhando  com  materiais  não  convencionais  como  látex,  tecido,  borracha,  bambu  e  descartes  industriais.  Nessa  ocasião,  ganhou  notoriedade  com  suas  esculturas  com  neon,  com  as  quais constrói desenhos abstratos e coloridos no espaço.  Posteriormente, seu raciocínio plástico se expande para  ambientes e instalações arquitetônicas luminosas. É um  dos pioneiros no uso do vídeo na arte contemporânea.

JAmes turreLL los angeles, eua, 1943 ViVe e trabalha em flagstaff, arizona Desde suas primeiras peças luminosas, em 1966, utiliza  a luz como matéria-prima de sua obra. Vinda do ambiente, do neon, ou projetada, a luz é sempre, nos trabalhos  de Turrell, uma presença material que constrói espaços.  O  artista  é  conhecido  por  seus  projetos  épicos  e  monumentais. Desde a década de 1970 trabalha no Roden Crater,  projeto  de  transformação  de  um  vulcão  extinto  no deserto do Arizona em observatório natural, obra que  oferece uma rara possibilidade de experimentar o infinito.

LAurA vinCi são Paulo, 1962 ViVe e trabalha em são Paulo Forma-se em artes plásticas pela Faap, São Paulo, em  1987. Inicialmente produz pinturas espessas, sem chassi,  riscadas  por  sulcos  verticais.  Dessas  obras  surgem  as  hastes de ferro tridimensionais que, mantendo a verticalidade das pinturas anteriores, criam ritmos no espaço.   A  partir  dos  anos  1990,  realiza  grandes  esculturas  e  intervenções  espaciais  com  materiais  heterogêneos  como  pó  de  mármore,  pedra,  maçãs  e  vapor,  em  que  evidencia a transição dos estados da matéria e a metamorfose dos elementos.


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mArCius gALAn indianáPolis, eua, 1972 ViVe e trabalha em são Paulo Forma-se  em  artes  plásticas  pela  Faap,  São  Paulo,  em  1997,  época  em  que  inicia  sua  participação  no  circuito  de  arte.  Sua  obra  é  constituída  por  trabalhos  muito  heterogêneos,  tanto  pelo  uso  de  suportes  variados  como  fotografia,  vídeo,  instalação  e  escultura,  quanto  pelo  resultado formal que apresenta. Tal diversidade, entretanto,  é coordenada por algumas premissas e práticas comuns,  tais como a desconstrução da noção de espaço e o deslocamento da própria geometria para questionar as certezas de nossa percepção.

PAuLo vivACquA Vitória, 1971 ViVe e trabalha no rio de janeiro Após formar-se em licenciatura musical pela Universidade do Rio de Janeiro – Unirio, em 1996, o artista inicia sua  pesquisa de ampliação dos limites da linguagem musical,  passando  a  elaborar  esculturas  e  objetos  que  resultam  do cruzamento entre os campos visual e sonoro. O artista  desloca processos e elementos utilizados na música, tais  como alto-falantes, fios, material acústico, além do som e  do silêncio, trazendo-os para o contexto plástico, criando  assim objetos e ambientes onde as diversas linguagens  se complementam.

mArCos ChAves rio de janeiro, 1961 ViVe e trabalha no rio de janeiro Estuda  arquitetura na  Faculdade de  Arquitetura e Urbanismo da Universidade Santa Úrsula. Desde o final dos  anos  1980,  realiza  obras  que  resultam  de  apropriações,  comentários  ou  deslocamentos  precisos  e  bem-humorados  de  situações  cotidianas  para  o  universo  artístico.  Ao transitar por diversas mídias, como fotografia, vídeo,  objeto, instalação, som e palavra, sua obra aporta novos  sentidos àquilo que sempre esteve aí, mas que, pelo costume, deixou de ser percebido.

ryAn gAnder Chester, inglaterra, 1976 ViVe e trabalha em londres A partir dos anos 2000, o artista ganha destaque na cena  internacional  com  uma  obra  que  surpreende  pela  multiplicidade  de  formas,  ideias  e  linguagens  que  assume.   Realiza  conferências,  performances,  esculturas,  livros  infantis,  invenções,  séries  de  televisão  e  projetos  urbanos,  entre  outros,  produzindo  ao  mesmo  tempo  fatos  reais e ficções. A teatralidade, o humor, a narrativa e a  ausência,  presentes  nos  trabalhos,  ressaltam  o  caráter  reflexivo desta obra que questiona as fronteiras da produção e da percepção da arte na contemporaneidade.

PAoLA JunqueirA são Paulo, 1963 ViVe e trabalha em ribeirão Preto Nos  anos  1990,  forma-se  na  École  Supérieure  d’Art  Visuel, em Genebra, cidade onde reside por duas décadas.  Seu trabalho se desdobra em performances, instalações,  fotografias,  desenhos  e  vídeos  e  mantém  um  diálogo  com a arte experimental dos anos 1960. Algumas de suas  obras partem da realização de uma mesma ação aparentemente simples, como cavar um buraco, em ambientes  geográfica e culturalmente diferentes, e por períodos de  tempo definidos, para investigar a comunicação da arte  com o espaço e a cultura em que se insere.

WALterCio CALdAs rio de janeiro, 1946 ViVe e trabalha no rio de janeiro Em  1964  estuda  pintura  e  desenho  com  Ivan  Serpa  no  Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. No final da  década,  realiza  pequenas  maquetes,  objetos  e  desenhos  de  grande  precisão  formal  que,  paradoxalmente,  não produzem clarezas, mas enigmas. A compreensão  da arte como lugar da dúvida continua presente nas esculturas, instalações, desenhos, livros e obras públicas  produzidas  até  hoje.  Seus  trabalhos  possibilitam  outra  relação com o espaço, pois são fluidos, incorporam o ar  e a transparência como parte constitutiva deles.


serviço soCiAL do ComérCio Administração Regional no Estado de São Paulo Presidente do ConseLho regionAL Abram Szajman diretor do dePArtAmento regionAL Danilo Santos de Miranda

Difusão e Promoção  gerente  Marcos Carvalho  adjunto  Fernando Fialho

Superintendências téCniCo-soCial  Joel Naimayer Padula

Relações Internacionais  gerente  Aurea Leszczynski Vieira Gonçalves

ComuniCação soCial  Ivan Paulo Giannini

assistente  Heloísa Pisani

administração  Luiz Deoclécio Massaro Galina

sesC beLenzinho

assessoria téCniCa e de Planejamento  Sérgio José Battistelli

gerente  Marina Avilez

Gerências

adjunta  Patrícia Piquera

Artes Visuais e Tecnologia  gerente  Juliana Braga de Mattos

Coordenação Programação  Salete dos Anjos

adjunta  Nilva Luz

suPerVisão Catia Leandro Juliana Santos

assistente  Melina Izar Marson Estudos e Desenvolvimento  gerente  Marta Colabone  adjunto Paulo Ribeiro

equiPe Christine Villa Santos Leandro Ferre Caetano  Juraci de Souza  ComuniCação  Ricardo Martins  infraestrutura  Josué Cardoso

Artes Gráficas  gerente  Hélcio Magalhães

alimentação  Roselaine Tavares da Silva

adjunta  Karina Camargo Leal Musumeci

administratiVo  Marcelo de Jesus

assistentes Érica Dias Rogério Ianelli

serViços  Edmilson Ferreira Lima

imAteriALidAde Curadoria  Adon Peres  Ligia Canongia Produção  Automatica  Coordenação  Luiza Mello  Produtor  Arthur Moura arquitetura  Marta Bogéa  Tiago Guimarães identidade Visual  Celso Longo + Daniel Trench  assistentes  Felipe Sabatini  Manu Vasconcelos Projeto de iluminação  Design da Luz Estúdio  designer  Fernanda Carvalho  assistente  Charly Ho montagem  Fase Produção

Coordenação  Sergio Santos  montagem da obra “PreCaução de Contato”  Claudia Cardoso Leandra Espírito Santo Helio Bartsch  Juan Cordeiro  Consultoria e Coordenação téCniCa  da obra “You are here”  Estúdio Laborg assistentes dos artistas  Harsh Nambiar e Nicole Wittenberg (Anthony McCall)  Torsten Braun (James Turrell) ação eduCatiVa  A Contemporânea assessoria de imPrensa  Verbena Comunicação logístiCa  AL Consultancy seguro  Affinité aPoio Electronic Arts Intermix (eai), Nova Iorque Franck Marlot Galeria Nara Roesler Galeria Luciana Brito Galeria Luisa Strina George Iso Cohen Häusler Contemporary München / Zurique Hess Collection / Berna Lisson Gallery Londres / São Paulo Regina Mayall Edelman


Este catálogo foi composto em Fakt,  fonte desenhada por Thomas Thiemich,  sobre papel Alta Alvura 240 g/m2 (capa) e 150 g/m2 (miolo)


SeSc Belenzinho – Rua PadRe adelino, 1000 Belém T: (11) 2076 9700 ceP: 03303 000 email@Belenzinho.SeScSP.oRg.BR faceBook.com/Belenzinho TwiTTeR.com/Belenzinho


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