Curadoria Adon Peres e LigiA CAnongiA
2 de julho a 27 de setembro de 2015
07 PresentifiCAr o vivido danilo santos de miranda 09 de umA CertA essênCiA adon Peres 11 imAteriALidAde ligia Canongia 30 biogrAfiA dos ArtistAs
12 Anthony mCCALL
21 José dAmAsCeno
13 ben vAutier
22 Keith sonnier
14 brígidA bALtAr
23 LAurA vinCi
15 bruCe nAumAn
24 mArCius gALAn
16 CArLito CArvALhosA
25 mArCos ChAves
17 CeAL fLoyer
26 PAoLA JunqueirA
18 fAbiAnA de bArros & miCheL fAvre
27 PAuLo vivACquA
19 frAnçois moreLLet
28 ryAn gAnder
20 JAmes turreLL
29 WALterCio CALdAs
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PresentifiCAr o vivido danilo santos de miranda diretor regional do sesC são Paulo Construímos, desde tempos imemoriais, símbolos e narrativas para significar a nossa relação com o mundo. Nesse constante esforço por marcar (e enfrentar) a transitoriedade da vida com inscrições capazes de se perenizar, as palavras, os gestos e os objetos apresentam-se como artifícios tão imprescindíveis quanto as próprias ferramentas que inventamos para suprir nossas necessidades fisiológicas e vitais. A tradução (ou transcriação) de vivências mediante o uso de recursos linguísticos, tanto em bases memorialistas/ factuais como em termos poéticos/ficcionais, nos permite fazer dos traços existenciais matérias-primas para a produção partilhável de imaginários, investindo em anseios comunicativos que buscam atravessar a fronteira entre as esferas privada e pública. A canção de amor, o brinquedo da infância e a fotografia de viagem – para nos atermos a exemplos populares, altamente disseminados no tecido social – guardam sob (ou sobre) sua constituição as tessituras imateriais que apreendemos do vivido. Ao tomá-los como guias nos baús de nossas lembranças, podemos perceber que habitamos duas dimensões que se entrecruzam: de um lado, a constelação das sensações que nos vinculam aos acontecimentos e, de outro, o universo de elementos concebidos como formas e meios de pensar, registrar ou reviver esses mesmos vínculos. Paradoxalmente, ao arquitetar modos de presentificação do impalpável, daquilo que está além (ou aquém) do objeto, os artistas reunidos na exposição “Imaterialidade” propõem enquadramentos em negativo sobre a concretude da realidade. Criam dispositivos hábeis em descarnar a materialidade das coisas e suas aparências, conduzindo-nos à reinvenção de sentidos: a solidez da luz, a gravidade do gesto e a corporeidade do som são alguns exemplos. Ao apresentar um conjunto de experimentos artísticos que se esgueiram de modo inusitado pelos ambientes expositivos do Sesc Belenzinho, lançando mão de códigos que abdicam da fisicalidade tradicionalmente associada às obras de arte, a instituição sublinha a vocação experimental de sua programação, dando sequência a um programa sociocultural que, reiteradamente, convida os públicos a elaborar sentidos a partir da interação com fenômenos deliberadamente estranhos aos expedientes da objetividade e das certezas decorrentes do “já conhecido”.
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de umA CertA essênCiA adon Peres “A grandes intervalos da História, ao mesmo tempo em que se muda o modo de existência, muda o modo de percepção das sociedades humanas”.* Além das transformações que surgem na percepção de uma obra de arte segundo a sociedade na qual ela se insere, podemos também considerar as diferenças que ocorrem em sua apreensão segundo os suportes, técnicas e meios utilizados em sua realização. Que tipo de mudança poderia ocorrer em nossa percepção, uma vez que nos defrontamos com obras, tais como pintura ou escultura, recorrendo a matérias precisas; e a outras, tais como instalações onde predomina um elemento imaterial – luz, som ou ar? Nesta exposição, estão reunidos tanto trabalhos artísticos realizados a partir de um suporte material, quanto dispositivos em que o elemento principal é imaterial. No primeiro caso, se estabelece uma relação específica sujeito-objeto diferenciado do segundo, no qual o espectador é literalmente imerso na atmosfera da obra. Em uns, pode haver distanciamento físico, em outros, a total submersão. Desde algum tempo, em nossas sociedades atuais, esses dois modos de relacionamento com uma obra de arte vivem paralelamente. Eles nos permitem constatar que a força do trabalho artístico, independentemente da época em que foi realizado, reside na criatividade e na originalidade com as quais os artistas lidam com seus meios e escolhem para se expressar, havendo ou não uma materialidade concreta. *Walter Benjamin. Écrits français. Trad. francesa. Paris: Gallimard, 1991, p. 143 (Bibliothèques des Idées).
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imAteriALidAde ligia Canongia A exposição “Imaterialidade” toca numa questão fundamental da modernidade: a desmaterialização. Do impressionismo às esculturas abstratas, a sublimação da matéria tornou-se um dispositivo caro à transgressão das formas tradicionais. Muitas das formulações da arte contemporânea são tributárias desse abalo no sistema das convenções materiais. A obra de arte pressupõe a qualidade de algo que está além de sua presença física, como entidade palpável e sensível. Contudo, há artistas que trabalham a imaterialidade na constituição das obras, que tratam o imaterial como “matéria”. Esses artistas exploram estados físicos intermediários, que escapam às questões de volume, espessura e densidade, preferindo, ao invés, investigar os limites de outras “matérias”, insondáveis, como o ar, a luz, a palavra e o movimento. A questão central da exposição foi reunir artistas cujo interesse estivesse na criação de obras e espaços que supõem a visibilidade além do visível, a sensibilidade além dos efeitos físicos das coisas, o que trafega através e entre os corpos. A ideia era enfatizar a fluência entre as matérias, a reciprocidade entre o pleno e o vazio, as situações em que a materialidade perde contornos e se torna fluida e diáfana. A matéria volátil faz com que aparência se confunda com transparência, que a realidade seja tão somente uma centelha que se vislumbra na efemeridade do espaço e do tempo. Os artistas selecionados refletem à perfeição o problema do universo imaterial na arte contemporânea. Eles mantêm, em suas criações, uma natureza intrinsecamente imaterial, mental, sem fisicalidade e sem corpo, como se as formas fossem apenas imagens, e assim tentam fazer o invisível “aparecer” pela primeira vez.
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Anthony mCCALL VoCê e eu – horizontal [You and i – horizontal], 2005 vista da instalação no Instituto de Arte Contemporânea, Villeurbanne, França, 2006 foto Blaise Adilon
ben vAutier me sinto só [me siento solo], 2006 é difíCil amar [es difí Cil amar], 2006 serigrafi a, 5/30 50,5 × 69,5 Cm cortesia Nara Roesler foto Everton Ballardin © Ben Vautier/autVis, Brasil, 2015
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brígidA bALtAr a Coleta da neblina, 2002 16mm still do filme Coletas, 1998-2005 registro Roberto Amade mini dV still do filme Coletas, 1998-2005 registro Ana Herter a Coleta do orValho, 2001 mini dV still do filme Coletas, 1998-2005 registro Juliana Rocha
bruCe nAumAn andando de modo exagerado ao redor do Perímetro de um quadrado [Walking in an exaggerated manner around the Perimeter of a square], 1967/68 still do filme cortesia Electronic Arts Intermix (eai), Nova Iorque © Bruce Nauman/autVis, Brasil, 2015
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CArLito CArvALhosA PreCaução de Contato, 2014 copos e luzes fluorescentes dimensões variáveis coleção do artista foto Everton Ballardin
CeAL fLoyer inaCabado [unfinished], 1995 dVd, DVD player, projetor, pedestal dimensões variáveis © Ceal Floyer, Vg Bildkunst, Bonn cortesia Lisson Gallery, Londres © Ceal Floyer/autVis, Brasil, 2015
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fAbiAnA de bArros & miCheL fAvre VoCê está aqui [You are here], 2010-2015 projeção de vídeo multicanal still © Fabiana de Barros & Michel Favre
frAnçois moreLLet lamentáVel Ø 5 m Vermelho [lamentable Ø 5 m rouge], 2005 vista de exposição, Domaine de Chamarande, França, 2009 © Studio Morellet © François Morellet/autVis, Brasil, 2015
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JAmes turreLL raethro green, 1968 projetor mri Wire © & Cortesia Häusler Contemporary München, Zurique foto Florian Holzherr
José dAmAsCeno PouCo a PouCo [PoCo a PoCo], 2005 vinil adesivo dimensões variáveis vista da instalação, The Project, Los Angeles, 2005 foto Anthony Cunha cortesia do artista e galeria Fortes Vilaça
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Keith sonnier trabalho Com Prateleiras – Prateleira de quiosque esPaçada [shelf Work – sPaCed kiosk shelf], 1975-2008 neon, vidro e alumínio 178 × 265 × 10 Cm © & Cortesia Häusler Contemporary München, Zurique foto Florian Holzherr © Keith Sonnier/autVis, Brasil, 2015
LAurA vinCi ainda ViVa / CaCho, 2007 90 peças de vidro 250 × 90 Cm coleção da artista foto Nelson Kon
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mArCius gALAn seção diagonal, 2008 instalação pintura em paredes e teto, cera no piso, filtros de luz, esquadria de madeira dimensões variáveis coleção do artista cortesia Galeria Luisa Strina foto Edouard Fraipont
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mArCos ChAves Come into the (W)hole, 2002 vinil adesivo vista da instalação na galeria Arte Futura e Companhia, Brasília, df foto Marcos Chaves
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PAoLA JunqueirA de todos os lados, 1994 haste, tubos de metal e ventiladores dimensões variáveis coleção da artista foto Maurício Froldi
PAuLo vivACquA interPretação, 2012 partituras, alto-falantes, lâmpadas, cartões e microsystem dimensões variáveis coleção do artista foto Maria Noujaim
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ryAn gAnder ftt, ft, ftt, ftt, ffttt, ftt ou algum lugar entre uma rePresentação moderna de Como um gesto ContemPorâneo Passou a existir, uma ilustração da fisiCalidade de uma disCussão entre theo e Piet aCerCa do asPeCto dinâmiCo da linha diagonal e a tentatiVa de Produzir um Cenário em Chroma keY Para Cem Cenas CinematográfiCas [ftt, ft, ftt, ftt, ffttt, ftt, or someWhere betWeen a modern rePresentation of hoW a ContemPorarY gesture Came into being, an illustration of the PhYsiCalitY of an argument betWeen theo and Piet regarding the dYnamiC asPeCt of the diagonal line and attemPting to ProduCe a Chroma-keY set for a hundred CinematiC sCenes], 2010 flechas dimensões variáveis © Ryan Gander cortesia Lisson Gallery, Londres
WALterCio CALdAs o ar mais Próximo, 1991 fios de lã dimensões variáveis vista da exposição “O ar mais próximo”, Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro, 1993 foto Wilton Montenegro
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Anthony mCCALL st. Paul’s CraY, inglaterra, 1946 ViVe e trabalha em noVa iorque Seu trabalho opera na fronteira entre cinema, escultura e desenho. É um dos pioneiros na criação de instalações com luz e projeção, tendo iniciado sua carreira em Londres, no final dos anos 1960. Em 1973, morando em Nova Iorque, realiza Linha descrevendo um cone, primeira de uma série de obras conhecidas como filmes de luz sólida, em que cria ilusão de formas tridimensionais por meio da projeção de feixes de luz. Em 2003, após afastamento de duas décadas, retoma sua produção artística incorporando as novas tecnologias digitais.
bruCe nAumAn fort WaYne, eua, 1941 ViVe e trabalha no noVo méxiCo Em meados da década de 1960, após estudar matemática, física e arte, inicia o desenvolvimento de sua obra multimídia que inclui esculturas, vídeos, instalações, sons, performances, fotografias e interatividade. Jogos de palavras, excesso de sensações, barulhos repetitivos e imagens perturbadoras são alguns dos recursos que utiliza para provocar no espectador reflexões sobre questões complexas, tais como a tensão entre a vida e a morte, a própria natureza da arte e o papel do artista.
ben vAutier náPoles, itália, 1935 ViVe e trabalha em niCe, frança Sua obra tem início na década de 1950 sob influência de Yves Klein, do dadaísmo e de Marcel Duchamp. Nos anos 1960-70 é ativo integrante do grupo internacional Fluxus, com o qual compartilha a concepção da arte como experiência e o desejo de desintegrar as fronteiras entre arte e vida. É conhecido pelas suas performances, ações e, sobretudo, pelas provocadoras écritures, quadros com curtas mensagens manuscritas, caracterizadas pelo humor, a irreverência e o questionamento do lugar da arte na sociedade. brígidA bALtAr rio de janeiro, 1959 ViVe e trabalha no rio de janeiro Estuda na Escola de Artes Visuais do Parque Lage nos anos 1980. No início da década de 1990, desenvolve séries de trabalhos com materiais encontrados em seu universo doméstico, tais como a água das goteiras e a poeira dos tijolos da casa em que mora. Com o tempo incorpora materiais ainda mais intangíveis, como neblina e orvalho, cuja ação de coleta registra em fotografias e filmes. Sua obra multimídia e experimental se caracteriza, entre outros, pela delicadeza, pela presença do corpo e pela indagação sobre a afetividade da memória.
CArLito CArvALhosA são Paulo, 1961 ViVe e trabalha no rio de janeiro Em meados dos anos 1980, forma-se em arquitetura na fau-usP e integra o ateliê Casa 7, onde produz pinturas em grandes formatos, enfatizando o gesto e a matéria pictórica. Na década de 1990, amplia sua pesquisa sobre as propriedades e limites dos materiais, realizando também esculturas com cera, porcelana, gesso, entre outros. A partir dos anos 2000, cria também grandes instalações com materiais diversos como tecido, luz branca e toras de madeira, que reordenam e transformam o espaço em que se inserem. CeAL fLoyer Paquistão, 1968 ViVe e trabalha em berlim A artista, de nacionalidade inglesa, inicia sua produção nos anos 1990, após formar-se no Goldsmiths College, em Londres. Trabalhando basicamente com cinema e instalações, questiona a lógica das situações cotidianas, ao deslocar objetos familiares e banais de seu uso convencional, criando com eles situações inusitadas. Com seu trabalho carregado de humor e de aparente simplicidade, ela convida o espectador a rever suas percepções e certezas sobre o mundo.
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fAbiAnA de bArros & miCheL fAvre são Paulo, 1957 & genebra, suíça, 1957 ViVem e trabalham em genebra e são Paulo Fabiana é formada em pintura pela Faap, São Paulo, e cursa pós-graduação na École Supérieure d’Art Visuel em Genebra. Em 1991 conhece Michel Favre, fotógrafo e documentarista suíço, também aluno da École, com quem forma, em 1996, a entidade artística fabmiC. Integrando artes plásticas, cinema, fotografia e novas mídias, o trabalho da dupla investiga as múltiplas formas de interação do artista com o público. Além do trabalho coletivo, cada um desenvolve sua obra individualmente.
José dAmAsCeno rio de janeiro, 1968 ViVe e trabalha no rio de janeiro Desde o final dos anos 1980, o artista apresenta esculturas, objetos e desenhos que causam certo estranhamento ao espectador. Seja pelo acúmulo de um mesmo objeto ou material, seja pelo deslocamento de seus usos convencionais, ou ainda pelo contraste entre a escala dos objetos e a do espaço, o artista cria esculturas e situações improváveis, absurdas até, colocando-nos diante de algo que desconhecemos, instigando-nos a questionar a lógica e as noções que adquirimos para a compreensão do mundo.
frAnçois moreLLet Cholet, frança, 1926 ViVe e trabalha em Paris e Cholet Sua obra inclui pintura, instalações com neon e intervenções urbanas. Nos anos 1940 realiza pinturas e esculturas figurativas. Em visita ao Brasil, em 1951, descobre a arte concreta, tornando-se entusiasta da abstração geométrica. Em 1961 é um dos fundadores do Grupo de Pesquisa de Arte Visual (graV), movimento que defende a autonomia da arte por meio da aproximação com o público. Buscando desmistificar a influência da subjetividade na criação artística, constrói seus trabalhos a partir de regras matemáticas predefinidas.
Keith sonnier mamou, eua, 1941 ViVe e trabalha em noVa iorque No final dos anos 1960, muda-se para Nova Iorque, onde faz parte de um grupo de jovens artistas que questiona o conceito tradicional de escultura, trabalhando com materiais não convencionais como látex, tecido, borracha, bambu e descartes industriais. Nessa ocasião, ganhou notoriedade com suas esculturas com neon, com as quais constrói desenhos abstratos e coloridos no espaço. Posteriormente, seu raciocínio plástico se expande para ambientes e instalações arquitetônicas luminosas. É um dos pioneiros no uso do vídeo na arte contemporânea.
JAmes turreLL los angeles, eua, 1943 ViVe e trabalha em flagstaff, arizona Desde suas primeiras peças luminosas, em 1966, utiliza a luz como matéria-prima de sua obra. Vinda do ambiente, do neon, ou projetada, a luz é sempre, nos trabalhos de Turrell, uma presença material que constrói espaços. O artista é conhecido por seus projetos épicos e monumentais. Desde a década de 1970 trabalha no Roden Crater, projeto de transformação de um vulcão extinto no deserto do Arizona em observatório natural, obra que oferece uma rara possibilidade de experimentar o infinito.
LAurA vinCi são Paulo, 1962 ViVe e trabalha em são Paulo Forma-se em artes plásticas pela Faap, São Paulo, em 1987. Inicialmente produz pinturas espessas, sem chassi, riscadas por sulcos verticais. Dessas obras surgem as hastes de ferro tridimensionais que, mantendo a verticalidade das pinturas anteriores, criam ritmos no espaço. A partir dos anos 1990, realiza grandes esculturas e intervenções espaciais com materiais heterogêneos como pó de mármore, pedra, maçãs e vapor, em que evidencia a transição dos estados da matéria e a metamorfose dos elementos.
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mArCius gALAn indianáPolis, eua, 1972 ViVe e trabalha em são Paulo Forma-se em artes plásticas pela Faap, São Paulo, em 1997, época em que inicia sua participação no circuito de arte. Sua obra é constituída por trabalhos muito heterogêneos, tanto pelo uso de suportes variados como fotografia, vídeo, instalação e escultura, quanto pelo resultado formal que apresenta. Tal diversidade, entretanto, é coordenada por algumas premissas e práticas comuns, tais como a desconstrução da noção de espaço e o deslocamento da própria geometria para questionar as certezas de nossa percepção.
PAuLo vivACquA Vitória, 1971 ViVe e trabalha no rio de janeiro Após formar-se em licenciatura musical pela Universidade do Rio de Janeiro – Unirio, em 1996, o artista inicia sua pesquisa de ampliação dos limites da linguagem musical, passando a elaborar esculturas e objetos que resultam do cruzamento entre os campos visual e sonoro. O artista desloca processos e elementos utilizados na música, tais como alto-falantes, fios, material acústico, além do som e do silêncio, trazendo-os para o contexto plástico, criando assim objetos e ambientes onde as diversas linguagens se complementam.
mArCos ChAves rio de janeiro, 1961 ViVe e trabalha no rio de janeiro Estuda arquitetura na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Santa Úrsula. Desde o final dos anos 1980, realiza obras que resultam de apropriações, comentários ou deslocamentos precisos e bem-humorados de situações cotidianas para o universo artístico. Ao transitar por diversas mídias, como fotografia, vídeo, objeto, instalação, som e palavra, sua obra aporta novos sentidos àquilo que sempre esteve aí, mas que, pelo costume, deixou de ser percebido.
ryAn gAnder Chester, inglaterra, 1976 ViVe e trabalha em londres A partir dos anos 2000, o artista ganha destaque na cena internacional com uma obra que surpreende pela multiplicidade de formas, ideias e linguagens que assume. Realiza conferências, performances, esculturas, livros infantis, invenções, séries de televisão e projetos urbanos, entre outros, produzindo ao mesmo tempo fatos reais e ficções. A teatralidade, o humor, a narrativa e a ausência, presentes nos trabalhos, ressaltam o caráter reflexivo desta obra que questiona as fronteiras da produção e da percepção da arte na contemporaneidade.
PAoLA JunqueirA são Paulo, 1963 ViVe e trabalha em ribeirão Preto Nos anos 1990, forma-se na École Supérieure d’Art Visuel, em Genebra, cidade onde reside por duas décadas. Seu trabalho se desdobra em performances, instalações, fotografias, desenhos e vídeos e mantém um diálogo com a arte experimental dos anos 1960. Algumas de suas obras partem da realização de uma mesma ação aparentemente simples, como cavar um buraco, em ambientes geográfica e culturalmente diferentes, e por períodos de tempo definidos, para investigar a comunicação da arte com o espaço e a cultura em que se insere.
WALterCio CALdAs rio de janeiro, 1946 ViVe e trabalha no rio de janeiro Em 1964 estuda pintura e desenho com Ivan Serpa no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. No final da década, realiza pequenas maquetes, objetos e desenhos de grande precisão formal que, paradoxalmente, não produzem clarezas, mas enigmas. A compreensão da arte como lugar da dúvida continua presente nas esculturas, instalações, desenhos, livros e obras públicas produzidas até hoje. Seus trabalhos possibilitam outra relação com o espaço, pois são fluidos, incorporam o ar e a transparência como parte constitutiva deles.
serviço soCiAL do ComérCio Administração Regional no Estado de São Paulo Presidente do ConseLho regionAL Abram Szajman diretor do dePArtAmento regionAL Danilo Santos de Miranda
Difusão e Promoção gerente Marcos Carvalho adjunto Fernando Fialho
Superintendências téCniCo-soCial Joel Naimayer Padula
Relações Internacionais gerente Aurea Leszczynski Vieira Gonçalves
ComuniCação soCial Ivan Paulo Giannini
assistente Heloísa Pisani
administração Luiz Deoclécio Massaro Galina
sesC beLenzinho
assessoria téCniCa e de Planejamento Sérgio José Battistelli
gerente Marina Avilez
Gerências
adjunta Patrícia Piquera
Artes Visuais e Tecnologia gerente Juliana Braga de Mattos
Coordenação Programação Salete dos Anjos
adjunta Nilva Luz
suPerVisão Catia Leandro Juliana Santos
assistente Melina Izar Marson Estudos e Desenvolvimento gerente Marta Colabone adjunto Paulo Ribeiro
equiPe Christine Villa Santos Leandro Ferre Caetano Juraci de Souza ComuniCação Ricardo Martins infraestrutura Josué Cardoso
Artes Gráficas gerente Hélcio Magalhães
alimentação Roselaine Tavares da Silva
adjunta Karina Camargo Leal Musumeci
administratiVo Marcelo de Jesus
assistentes Érica Dias Rogério Ianelli
serViços Edmilson Ferreira Lima
imAteriALidAde Curadoria Adon Peres Ligia Canongia Produção Automatica Coordenação Luiza Mello Produtor Arthur Moura arquitetura Marta Bogéa Tiago Guimarães identidade Visual Celso Longo + Daniel Trench assistentes Felipe Sabatini Manu Vasconcelos Projeto de iluminação Design da Luz Estúdio designer Fernanda Carvalho assistente Charly Ho montagem Fase Produção
Coordenação Sergio Santos montagem da obra “PreCaução de Contato” Claudia Cardoso Leandra Espírito Santo Helio Bartsch Juan Cordeiro Consultoria e Coordenação téCniCa da obra “You are here” Estúdio Laborg assistentes dos artistas Harsh Nambiar e Nicole Wittenberg (Anthony McCall) Torsten Braun (James Turrell) ação eduCatiVa A Contemporânea assessoria de imPrensa Verbena Comunicação logístiCa AL Consultancy seguro Affinité aPoio Electronic Arts Intermix (eai), Nova Iorque Franck Marlot Galeria Nara Roesler Galeria Luciana Brito Galeria Luisa Strina George Iso Cohen Häusler Contemporary München / Zurique Hess Collection / Berna Lisson Gallery Londres / São Paulo Regina Mayall Edelman
Este catálogo foi composto em Fakt, fonte desenhada por Thomas Thiemich, sobre papel Alta Alvura 240 g/m2 (capa) e 150 g/m2 (miolo)
SeSc Belenzinho – Rua PadRe adelino, 1000 Belém T: (11) 2076 9700 ceP: 03303 000 email@Belenzinho.SeScSP.oRg.BR faceBook.com/Belenzinho TwiTTeR.com/Belenzinho