Livreto - Sesc Jundiaí Mapa do Olhar

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acer vo sesc de ar te brasileira jundiaĂ­


acer vo sesc de ar te brasileira

Compreendendo ações significativas no âmbito institucional, o Acervo Sesc de Arte Brasileira, se configura como valioso suporte para o trabalho de ação cultural e educativa na linguagem de artes visuais. Distribuído pelas unidades da capital, do interior e do litoral, esse acervo representa importante patrimônio, cuja preservação e difusão evidenciam alguns dos múltiplos compromissos da instituição no caminho para a democratização do acesso à cultura. O conjunto de obras que compõe o Acervo Sesc de Arte Brasileira abrange os períodos moderno e contemporâneo, além de contar com produções de artistas populares. Foi formado ao longo da existência da instituição e permite-nos reconstruir parte da memória institucional, em sua relação com o universo das artes plásticas – evidenciando artistas que se destacaram na cena brasileira em diferentes períodos. O material ora apresentado sob o título “Mapa do Olhar” se constitui como mais uma estratégia de aproximação entre o público e esse patrimônio, possibilitando diversas leituras possíveis de maneira crítica e sensível. Apresenta um recorte que, entre obras já pertencentes à coleção e novas aquisições, lança um olhar sobre o desenvolvimento da cidade de Jundiaí, para as características da região e do entorno da unidade, entendendo a paisagem como elemento-chave nesse grupo de referências. Apresentando o objeto artístico em seus ambientes, como componentes de educação permanente, o Sesc São Paulo transforma o estímulo à sensibilidade e à aprendizagem por meio do olhar em ação cotidiana, apoiada na viabilização do contato direto e próximo entre público e obra de arte. Para a instituição, mediar e ampliar o alcance das produções artísticas, que por vezes encontram-se recolhidas em acervos restritos, se insere no pressuposto de que a arte instiga novas percepções e novos olhares e deve se fazer presente. Sesc São Paulo

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apresentação Há mais de uma maneira de usar este material: 1. Siga a sequência das páginas. Ela corresponde a um percurso mais próximo ao caminho em que as obras estão colocadas no espaço da unidade. 2. Siga as pistas deixadas pelos círculos coloridos, conforme o diagrama abaixo. Eles indicam um outro percurso, agrupado em sequência a partir do aspecto mais formal das obras. 3. Crie seu próprio percurso, ou agrupamentos, a partir dos critérios que desejar: ordem cronológica, de gosto pessoal, referências familiares e de memória, linguagem, temas etc. Bem-vindo! josé resende Alguns objetos parecem ter vida própria. Emprestam sua materialidade e forma à nossa imaginação, às vezes de forma tão intensa que parece impossível olhar novamente para eles sem que vejamos este movimento interno. O escultor José Resende, explora na maioria das suas obras, grande diversidade de materiais, muitos deles industriais. Observe esta escultura, de sua autoria. Circule à sua volta, perceba como ocupa o ambiente, as linhas que traça no espaço. O que este objeto sugere a você?

nazareno Observe o objeto que está suspenso no teto. É um artefato bastante conhecido, de uso comum em muitos ambientes. O modo de se relacionar com ele aqui é o mesmo a que estamos acostumados? Muitas vezes a arte propõe, de forma lúdica ou poética, que repensemos o mundo, reconstruindo modos de pensar, agir e olhar a vida. Nazareno, artista que produz obras em diversas linguagens e autor das obras presentes nestas páginas, se utiliza com frequência dessa combinação, dando potência e subvertendo nossa relação com objetos cotidianos.

chico niedzielski Embora geralmente pensemos em ritmo quando falamos de música, muitas vezes este conceito está presente em trabalhos visuais, como nesta escultura de Chico Niedzielski. Este artista explora, em seu trabalho, elementos de geometria e matemática, brincando com repetições, eixos e sequências. Como resultado, os trabalhos nos trazem forte sensação de harmonia e movimento. Experimente olhar para este trabalho enquanto movimenta seu corpo para frente ou para trás. O que acontece com os seus elementos de base, os círculos e os triângulos?

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A implantação de uma nova unidade celebra o início da convivência entre o Sesc e a cidade de Jundiaí. De origem indígena, marca que permanece em seu nome – Rio dos Jundiás – a cidade se tornou grande, intensa. É neste cenário de diversidade que a unidade abre suas por tas para construir, com a população, experiências intensas nas áreas de cultura, espor te e lazer. A nova unidade traz consigo diversas obras do Acervo Sesc de Arte Brasileira, coleção reunida pelo Sesc ao longo de sua existência, e que se divide em três eixos temáticos principais: arte moderna, arte contemporânea e arte popular. O Acervo tem importante papel, de conservação, difusão e educação, e convida os frequentadores a ampliar e aprofundar seu repertório nas artes visuais, a partir da uma convivência cotidiana, com descobertas constantes a cada encontro. Para iniciar este mergulho, apresentamos aqui as obras presentes na unidade, com pequenos comentários, na forma de um convite às primeiras reflexões que cada uma delas pode gerar. Experimente andar pela unidade com este material nas mãos e permita-se olhar sem pressa, sem pressão e com liberdade imaginativa. O conjunto de obras selecionadas traz um recorte que se relaciona fortemente com a região e com o entorno da unidade: a ideia de paisagem é um eixo que percorre todas as obras, às vezes de forma bastante direta, em outras mais sutilmente. Ao caminhar pela unidade, note como as janelas convidam a cidade a participar ativamente das experiências vividas pelo público dentro do prédio. Assim como as obras, este material sugere vários olhares para este conjunto, criando camadas possíveis, caminhos novos a cada visita. Há uma primeira sugestão, que segue na ordem das páginas, mas também outra mais sutil, apresentada como um jogo de pistas, que revela outra possibilidade de percurso. Observe os círculos coloridos que iniciam e encerram os textos (e o diagrama na página ao lado). Será que você consegue descobrir esta outra possibilidade de sequência, outro caminho de associações? Além das que indicamos aqui, você pode criar as suas, novas relações entre os trabalhos. A cada passagem pela unidade, as relações se aprofundam. A cada passagem pela cidade, novos elementos também se revelam. Permita ao seu olhar transformar o mundo quantas vezes desejar.

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ERguENDO-SE, 2005, ESCultuRA - AçO SAC 50, 230 x 220 x 200 CM

josé resende Alguns objetos parecem ter vida própria. Emprestam sua materialidade e forma à nossa imaginação, às vezes de forma tão intensa que parece impossível olhar novamente para eles sem que vejamos este movimento interno. O escultor José Resende, explora, na maioria das suas obras, grande diversidade de materiais, muitos deles industriais. Observe esta escultura, de sua autoria. Circule à sua volta, perceba como ocupa o ambiente, as linhas que traça no espaço. O que este objeto sugere a você?

PROJEtO

SEM títulO, 1970/1998, ESCultuRA - AçO SAC 50 E MADEiRA 70 x 900 x 15CM 4

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um instrumento musical em ação toma todo o espaço do ambiente onde está, sem, entretanto, de fato ocupá-lo. Em alguns momentos, o som é tão intenso, ou emocionante, que parece conversar diretamente com o nosso corpo, denso, quase palpável. O artista Nuno Ramos, em sua produção artística, circula entre linguagens diversas: escultura, música, instalações, livros. Se você quisesse representar o silêncio, que materiais usaria?

paulo whitaker

Experimente olhar para um ambiente qualquer e listar os objetos ali presentes sem usar seu nome, apenas tentando mapear sua forma: um cilindro com uma alça vazada, uma forma orgânica com círculos repetidos em sequência, um cubo com um símbolo ovalado no centro... Ao observar a pintura de Paulo Whitaker, artista que traz em seus trabalhos um lugar interessante entre o figurativo e o abstrato, o mistério da definição dos objetos pode ser substituído pelo prazer da descoberta das formas e cores sobrepostas, criando múltiplos sentidos para esta organização.

8 BAtutAS (tROMBONE DE VARA), 2011, PEDRA-SABãO E iNStRuMENtO MuSiCAl, 80 x 160 x 100 CM

nuno ramos

SEM títulO, 2006, ólEO SOBRE tElA, 195 x 328 CM

8 BAtutAS (PEDAl DE BAtERiA), 2011, PEDRA SABãO E iNStRuMENtO MuSiCAl, 70 x 50 x 100 CM

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lONgE DAQui 1, 2014, FOtOgRAFiA E Pó DE AçO CARBONizADO 43 x 142 x 6,5 CM (tRíPtiCO)

lONgE DAQui 3, 2014, FOtOgRAFiA E Pó DE AçO CARBONizADO, 43 x 124 x 6,5 CM (tRíPtiCO)

lONgE DAQui 4, 2014, FOtOgRAFiA E Pó DE AçO CARBONizADO, 44,5 x 83,5 x 6,5 CM (DíPtiCO)

geórgia kyriakakis

lONgE DAQui 5, 2014, FOtOgRAFiA E Pó DE AçO CARBONizADO, 40,5 x 80 x 6 CM (DíPtiCO)

As molduras de uma janela criam pausas para a paisagem. Recortes pequenos de um fluxo maior, às vezes adivinham horizontes encobertos. Olhe em volta, observe as janelas e as linhas criadas a cada interrupção da vista. Como no trabalho de georgia Kiryakakis, artista que traz um olhar cartográfico de forma recorrente entre seus temas, o que se espalha continuamente apesar das interrupções? E a moldura do olho, o que escolhe ver?

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claudia jaguaribe

Feche os olhos e imagine um lugar. tente descrevê-lo com o maior número de detalhes possível. Se você contar a alguém sobre este lugar imaginário, será que o outro conseguirá criar uma imagem igual à que você pensou no início? Há diferentes modos de se registrar e compartilhar um olhar para a paisagem. Há as ficcionais, como as que lemos nos livros, por exemplo, que podem ficar profundamente marcadas em nossa memória. Ou, ainda, as registradas em cartões-postais, de lugares em que nunca estivemos, mas que ficam marcados pela força da fotografia em criar memórias, ainda que também fictícias. Neste trabalho, a fotógrafa Claudia Jaguaribe brinca com a realidade da fotografia e a invenção da literatura.

SÉRiE QuANDO Eu Vi: BiBliOtECA xViii, 2004/2007, iMPRESSãO DigitAl SOBRE MEtACRilAtO, 30 x 55 CM SÉRiE QuANDO Eu Vi: BiBliOtECA xVii, 2004/2007, iMPRESSãO DigitAl SOBRE MEtACRilAtO, 30 x 55 CM

SÉRiE QuANDO Eu Vi: BiBliOtECA V, 2009, iMPRESSãO DigitAl SOBRE MEtACRilAtO, 180 x 120 CM 10

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EQuAlizADOR PARA HORizONtES DiStANtES - itAtiAiA, 2015, iMPRESSãO COM tiNtA PigMENtADA MiNERAl, COlAgEM DE ROtulADOR MECâNiCO E 10 PAQuíMEtROS AFixADOS SOBRE MOlDuRAS DE FREiJó, 65 x 430 CM (POlíPtiCO)

marcelo moscheta

O que é mais alto, um pássaro ou uma pedra? E se a linha do horizonte flutuasse, dinâmica como o movimento de quem olha uma paisagem a partir do seu próprio caminhar? O artista Marcelo Moscheta apresenta, em seu trabalho, uma forte relação com a paisagem e sua apreensão. Neste trabalho, brinca com diferentes formas de se perceber o horizonte. Podemos considerar a fotografia uma técnica de medição? Ainda pensando sobre paisagem, observe as janelas do prédio e a paisagem recortada por elas. Quando você caminha, para frente ou para trás, o que acontece com a linha formada pelo encontro da cidade ou da natureza com o céu?

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brígida baltar

VESSiCA tRiANgulAR , 2012, ESCultuRA - tuBOS E BARRAS DE AluMíNiO, CABOS DE AçO iNOx, DiMENSõES VARiáVEiS

Embora geralmente pensemos em ritmo quando falamos de música, muitas vezes este conceito está presente em trabalhos visuais, como nesta escultura de Chico Niedzielski. Este artista explora, em seu trabalho, elementos de geometria e matemática, brincando com repetições, eixos e sequências. Como resultado, os trabalhos nos trazem forte sensação de harmonia e movimento. Experimente olhar para este trabalho enquanto movimenta seu corpo para frente ou para trás. O que acontece com os seus elementos de base, os círculos e os triângulos?

chico niedzielski

As fotografias de Brígida Baltar registram uma ação da própria artista, que aparece nas fotos. Ela costuma fazer pequenas ações poéticas, na maior parte das vezes registradas em fotografias ou vídeos curtos. Será que conseguimos, a partir destas imagens, recompor seus passos? No trabalho a que estas fotos se referem, a artista realiza a colheita de elementos bastante etéreos, como neblina e orvalho. A atmosfera criada pela névoa nos remete a uma outra relação com o tempo e com o espaço, e cria imagens bastante poéticas.

A COlEtA DA NEBliNA # 27, 1998, C- PRiNt FOtO-AçãO ED 1/5, 100 x 150 CM A COlEtA DA NEBliNA # 32, 200i, C-PRiNt FOtO-AçãO ED 3/5, 100 x 150 CM A COlEtA DA NEBliNA # 35, 2002, C- PRiNt FOtO-AçãO ED 1/5, 100 x 150 CM 14

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Observe o objeto que está suspenso no teto. É um artefato bastante conhecido, de uso comum em muitos ambientes. O modo de se relacionar com ele aqui é o mesmo a que estamos acostumados? Muitas vezes a arte propõe, de forma lúdica ou poética, que repensemos o mundo, reconstruindo modos de pensar, agir e olhar a vida. Nazareno, artista que produz obras em diversas linguagens e autor das obras presentes nestas páginas, se utiliza com frequência desta combinação, dando potência e subvertendo nossa relação com objetos cotidianos.

EM guARDA, 2014, SERigRAFiA SOBRE PAPEl, 72 x 101 CM

nazareno

Circular: podemos ler esta palavra como verbo ou como adjetivo, dependendo do que queremos expressar. A essência da palavra, no entanto, se mantém nos dois usos. Do mesmo modo, objetos banais podem ser ressignificados, lidos de maneira diferente, embora não percam a sua essência, como é o caso das cadeiras aqui representadas na serigrafia de Nazareno. O título também é parte importante da obra, pois reforça o tom subversivo do trabalho. Como se sentiriam as pessoas que se sentassem nesta disposição?

AlguNS CONSEguEM, 2013, ESCultuRA EM MADEiRA, 100 x 15 CM 16

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Você conhece bem a cidade de Jundiaí? Se fosse pedido que fizesse uma descrição, o que você incluiria? Que características são mais marcantes na cidade, para você? Esta fotografia, do artista Caio Reisewitz, se chama Jundiai I, e foi criada em 2004. Caio cria obras que misturam realidade e invenção. Esta imagem se relaciona de algum modo com a sua interpretação da cidade? Que relações você poderia fazer entre os dois olhares sobre ela?

caio reisewitz

BiCiClEtAS, 2015, ACRíliCA SOBRE tElA, 200 x 150 CM

ana sierra

Olhe para este trabalho da artista Ana Sierra por 5 segundos. Agora responda, de costas para ele: o que você viu? Se a resposta foi bicicletas, olhe novamente, agora sem pressa. Além delas, o que podemos ver? Observe os círculos e linhas contínuas, representadas com traços ora intensos, ora suaves, criando um ritmo que apresenta não apenas a profundidade e perspectiva, mas também o movimento, característica marcante deste objeto aqui representado, tema recorrente nos trabalhos da pintora.

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JuNDiAí i, 2004, iMPRESSãO DigitAl EM MEtACRilAtO, 123 x 103 CM

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monica rubinho

É comum, na infância, que brinquemos de representar, com o nosso corpo, elementos conhecidos e imaginários que nos permitem uma transformação temporária, uma experimentação de outras essências materiais e criativas. A arte perpetua, também na vida adulta, essa possibilidade de transmutação, de representação simbólica que dá aos objetos múltiplas camadas de interpretação, um caleidoscópio que nos permite reconstruir o mundo a partir de seus próprios elementos. Nestes trabalhos da artista Monica Rubinho, que trafega no encontro entre desenho e fotografia, as camadas não são apenas simbólicas, mas bastante visíveis no traço delicado sobre a fotografia.

SEM títulO (gAlHOS), 2014, FOtOgRAFiA COlORiDA lAMiNADA E ADESiVADA SOBRE PVC, 50 x 50 CM

SEM títulO (PÉS COM gAlHOS), 2014, FOtOgRAFiA COlORiDA lAMiNADA E ADESiVADA SOBRE PVC, 50 x 50 CM

SEM títulO (BOCA COM BARQuiNHO), 2014, FOtOgRAFiA COlORiDA lAMiNADA E ADESiVADA SOBRE PVC, 50 x 50 CM

DESENHO SEM títulO (guARDA-ROuPA), 2011, NANQuiM E gRAFitE S/ PAPEl, 49 x 60 CM DESENHO SEM títulO (CADEiRA COM tECiDO COStuRADO), 2011, NANQuiM E gRAFitE, CAMADAS DE Filó DE AlgODãO DESFiADO E COStuRADO SOBRE PAPEl, 49 x 60 CM DESENHO SEM títulO (áRVORE EMBRulHADA), 2011 NANQuiM, PAPEl DE FiBRA DE AlgODãO PREguEADO, COlADO E COStuRADO SOBRE PAPEl, 49 x 60 CM 20

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O que cabe numa caixa de madeira? Frutas, sapatos, pedras, bolas, plantas, cores? uma caixa cheia de cores pode ser considerada vazia? O artista Sergio Sister brinca, nesta série, com elementos geométricos e combinações de cores, trazendo a cada uma das unidades uma característica marcante e, ao conjunto, uma unidade intensa embora pouco óbvia.

sergio sister

CAixAS, ólEO SOBRE MADEiRA, 2009-2014, DiMENSõES VARiáVEiS

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rubem grilo

uma bengala serve perfeitamente ao seu propósito. Extensão entre braço e perna, funciona como apoio para o ato de caminhar. Da mesma forma, um guarda-chuva é capaz de nos manter secos, apesar dos pingos destinados à nossa cabeça, contidos pelo incrível invento. Nesta série, o gravador Rubem grilo, um dos mais importantes nomes da gravura contemporânea, produz imagens, a partir da impressão de uma matriz de madeira entalhada, que nos fazem pensar sobre os objetos e sua construção. Experimente pensar num objeto utilitário já muito conhecido e tente imaginar como seria construí-lo de um novo jeito, seja na escolha dos materiais ou no desenho de suas formas.

OBJEtOS iMAtuROS, SÉRiE DE 170 xilOgRAVuRAS, DiMENSõES VARiáVEiS

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sidney philocreon fernando lemos

E se em vez de olhar para a lente de uma câmera você pudesse olhar para um buraco de fechadura fictício, que abrisse caminho para o olhar de outra pessoa? Muitas vezes pensamos a fotografia como um registro de um momento, uma imagem documental, mas nem sempre ela é o retrato do que está fora do corpo do fotógrafo. O artista Fernando lemos é fotógrafo, pintor, designer gráfico, poeta, entre outras atividades. Suas imagens muitas vezes carregam um tom de irrealidade, de uma atmosfera de sonho ou de invenção. Olhando para as janelas que ele nos apresenta, que narrativas você consegue imaginar?

SEM títulO, 2012, MANuSCRitO SOBRE ViDRO (4 lâMiNAS), MADEiRA, MEtAl, 63 x 103 x 6 CM

DEtAlHE

Em geral, nos acostumamos a olhar rapidamente para as coisas e instantaneamente formar uma ideia sobre elas. trabalhos de arte, de modo geral, nos oferecem novas leituras a cada olhar, especialmente porque não tem um sentido único, mas uma construção de significados que se completa com o olhar do espectador. Sidney Philocreon é um artista que nos apresenta um contato mais intimista e delicado com a arte, contraponto convidativo para um olhar mais cuidadoso. Este trabalho é construído em camadas, das simbólicas às materiais. Olhe a obra guardando certa distância, e, em seguida, chegue bem perto. O que aconteceu com seu olhar?

A SóS, AREiA E VERtigEM. MOlEDO, 1949/52, PigMENtO SOBRE PAPEl DE AlgODãO, 47 x 47 CM SOPHiA DE MEllO BREyNER, 1949/52, PigMENtO SOBRE PAPEl DE AlgODãO, 47 x 47 CM PAlAVRAS lEVA-AS O VENtO, ROuPAS lEVA-AS O tEMPO, 1949/52, PigMENtO SOBRE PAPEl DE AlgODãO, 47 x 47 CM 26

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SESC – SERVIÇO SOCIAL DO COMÉRCIO Administração Regional no Estado de São Paulo PRESIDENTE DO CONSELHO REGIONAL Abram Szajman DIRETOR DO DEPARTAMENTO REGIONAL Danilo Santos de Miranda SUPERINTENDÊNCIAS Técnico-Social Joel Naimayer Padula Comunicação Social ivan giannini Administração luiz Deoclécio Massaro galina Assessoria Técnica e de Planejamento Sérgio José Battistelli GERÊNCIAS Artes Visuais e Tecnologia Juliana Braga de Mattos Adjunta Nilva luz Artes Gráficas Hélcio Magalhães Adjunta Karina Musumeci Assistentes Rogério ianelli e Erica Dias Contratação e Logística Jackson Andrade de Matos Adjunta Adriana Mathias Patrimônio e Serviços Jair Moreira da Silva Junior Adjunto Nelson Soares da Fonseca Sesc Jundiaí José Roberto Ramos Adjunto Afonso Elisio Corrêa Alves ACERVO SESC DE ARTE BRASILEIRA – Sesc Jundiaí Curadoria Fabiana Delboni e Julieta Machado Curadoria Educativa Kelly teixeira Equipe Sesc Jundiaí – Programação Armando Fernandes, Susana Coutinho de Souza e Enio Rodrigo Barbosa Silva Projeto Educativo zebra5 Jogo e Arte Projeto de Acessibilidade Mais Diferenças Catálogo Mapa do Olhar Fonte Design

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Sesc Jundiaí Av. Antonio Frederico Ozanan, 6.600 Jardim Botânico – Jundiaí | CEP: 13214-206 (11) 4583-4900

sescsp.org.br/jundiai


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