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ANO I
PUBLICAÇÃO MENSAL DO SERVIÇO SOCIAL DO COMÉRCIO
NOVEMBRO
Este primeiro número... A obra de profundo sentido sociai e humano, que o Sesc e o Senac vieram preencher ern nosso meio, estava a ex.gir um órgãc de divulgação, como o que com este número se inicia. Tem este jornal, a ser editado mensalmente, a finalidade de tornar mais conhecidos, entre os empregadores do comércio e os comerciários de São Paulo, as realizações fecundas das duas instituições. E' pois, mais um serviço que ambos prestam no desenvolvimento do seu patriótico programa destinado a assentar, em bases firmes, os alicerces da paz social no Brasil. Nos seus três ou quatro anos de atividades, tanto o Sesc como o Senac deram ao país a demonstração de quanto é preciso que uma obra social, como a que lhes cumpre efetivar, fique apartada dos organismos políticos, quer administrativos, quer partidários. Idealizadas, organizadas e dirigidas pelas próprias classes interessadas, contando apenas com a chancela oficial para estar em condições de alcançar a força de coesão indispensável a obra de tamanho vulto, puderam o Sesc e o Senac realizar, em prazo escasso, ama obra que, em outras condições, demandaria vários lustros. Não cabe, nesta nota de apresentação, o enumerar dos trabalhos levados a cabo com êxito. Bastará, para exemplificar, que se relembre, entre as realizações do Sesc, a milagrosa transformação das praias da Bertioga, onde ruge o "velho mar selvagem" de Vicente de Carvalho, numa admirável colônia de férias para os comerciários. Ou que se assinalem também os benefícios prestados a essa laboriosa categoria de trabalhadores pelo Restaurante em que, na Capital, encontram refeições fartas e saudáveis por preços muito inferiores aos de qualquer outro estabelecimento do gênero. Ou ainda os postos de assistência médica e dentária, instalados em vários pontos da cidade, para preservação da sua saúde e da de suas famílias. Se, no campo social, é essa a obra que o Sesc vem realizando, não menor é a que, dentro das mesmas finalidades, vem sendo executada, no terreno educativo, pelo Senac. Também aqui não é necessário enumerar. E' suficiente que se relembre o que a Universidade do Ar tem feito, em todo o território do Estado, em prol da elevação do nível cultural do comerciário, para proporcio nar a este novas oportunidades na sua nobre carreira, tão intima mente ligada ao desenvolvimento econômico do país. Assinalem-se também os benefícios decorrentes dos vários cursos mantidos pelas Escolas Senac no propósito de preparar os futuros auxiliares das atividades comerciais, oferecendo-lhes uma base cultural e uma especialização repousada no trabalho, na experiência e na disciplina. O Sesc e o Senac são, portanto, instituições que se completam. E' de justiça que se assinale ainda que um dos fatores do exito, que vem marcando as suas realizações, reside no fato de terem tido ambas as instituições a fortuna de receber a sua direção diretamente do seu idealizador, que foi o Sr. Brasilio Machado Neto. Deve-se, com efeito, ao esforço e ao dinamismo de s. sxcia. a concretização das duas instituições, por cuja criação lutou, incansavelmente, ao tempo em que ocupava a presidência da Associação Comercial de São Paulo e, depois, a da Federação do Comércio do Estado de São Paulo. Obtida a criação do Sesc e Senac, o atual presidente da Assemblé:a'Legislativa vem dando a ambas as instituições, desde a primeira hora, a sua dedicação e o seu entusiasmo, sem os quais essa obra não se consolidaria tão depressa. Este jornal tem, como ficou dto, o objetivo de tornar mais estreitos, pelo melhor conhecimento do trabalho realizado," os laços e cooperação entre duas categorias de cidadãos que dedicam a sua V1 dade ao engrandecimento econômico do Brasil: comerciantes e comerciários. E\ pois, mais um trabalho que o Sesc realiza no esenvorvirnento do seu patriótxo programa de assegurar a paz sociai, sobre a qual o Brasil construirá o seu futuro.
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DEPARTAMENTO DO ESTADO DE
REGIONAL | SAO PAULO
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Serviços Sociais para o Comerciário A GRANDEZA de uma nação não se mede apenas pelas riquezas materiais produzidas, mas sobretudo pelos bens postos à disposição do seu povo. bens que se traduzem em alimentação sadia e suficiente, moradia higiênica e confortável, recursos médicos para tratamento da saúde, férias em lugares apropriados para repouso e recuperação das energias despendidas no trabalho, instrução accessivel para desenvolvimento das faculdades mentais e aciuisição de uma profissão re-
muneradora em Consonância com a propensão individual. A longa marcha da Humanidade através da História não tem outro objetivo senão o de propiciar estes bens a um número maior de pessoas cada dia que passa. E' isto que constitui o verdadeiro progresso, porque deste modo se formam as nacionalidades fortes e capazes, eficientes nas atividades pacíficas e resistentes nos embates bélicos, quando são chamadas pelo Destino para esta prova de adversidade. A finalidade do trabalho, da ciência e da técnica é precisamente b de lazer com que todos alcancem isso, a todos sejam assegurados estes bens. E onde mais extensos são eles, com maior unidade se apresenta a Pátria, mais feliz o seu povo, mais elevado o nível atingido em todos os setores. Ao contrário, onde eles escassciam, a fraqueza é geral, tanto material quanto espiritual, grassam as dissenções internas, o campo se oferece propício para os abusos e perturbações de toda ordem, porque só o bem-estar gera a tranqüilidade, a vontade de perseverar, di- conservar e resguardar o patrimônio conquistado. A miséria e o descontentamento dão origem ao vandalismo, á falta de amor,, aos anseios de disputas. Podemos dizer, pensando em tudo iss,», que, felizmente, 0 Brasil nesse sentido está trilhando a senda do progresso e está adiantando-se maravilhosamente .pois, ao lado do aumento de sua capacidade de produção, do florescimento da sua cultura, leis governamentais e iniciativas particulares estão, dia a dia, colocando ao alcance das massas populares meios e modos de uma vida melhor. K o que sobreleva destacar nesta obra. entre nós. e que tudo iss,, defini como que naturalmente, sem ser o fruto das.prejudiciais lutas de classe, decorrências d.' imposições di' um grupo social sobre outro. A índole pacífica e fraternal do brasileiro, aprimorada e ampliada pela religião cristã, faz com que aqui a felicidadi coletiva seja um esforço comum, um desejo borbulhante nos corações, quer dos que dela precisam, quer dos cpie a possuem e a podem brindar aos outros. Se uma legislação trabalhista bem Orientada, consciente dos alvOS a atingir assegura ao nosso trabalhador um salário mínimo, natural jornada de trabalho, estabilidade de emprego, férias anuais remuneradas, indenzação por invalide/, garantia de emprego
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parte do ordenado em caso de enfetmidades, o- Serviços Sociais, recentemente instituídos, completam estas leis, dilatando seus benefícios, oferecendo outros recursos não menos indispensáveis a uma existência digna. Interessante é ressaltai', e merecedora de encômios por isso, que tais facilidades não provieram de uma exigência governamental determinada por lei, nem partiram da grita desesperada das turbas sofredoras, mas (fato im par no mundo!), eiriginaram-se de compreensão do espírito bem feirmado da própria classe patronal brasileira. Foi ela quem viu e sentiu essa necessidade, acorrendo ao seu encontro, prontificando-se, espontaneamente, num requinte de fraternidade de comunhão nacional, a dotar o país de tais serviços. Dessa forma, estreitam-se os laços que unem as classes de dirigentes e dirigidos, de patrões e empregados, que constituem a unidade natural da economia na produção e distribuição da riqueza do país. Se o trabalho os engloba na mesma atividade, a compreensão mútua, assim, os alicerça no mesmo elo de in • terêsses, caldeando nessa harmonia a junção social necessária á unidade nacional. . As leis trabalhistas regulamentam os direitos e os deveres do labor Cotidiano; os Serviços Sociais proporcionam o conforto os meios, os recurs >s uomplementares, foi mando, ambos, um amálgama de bem viver de cola boração, de reciprocidade social. K unidas desta forma as nossas classes sociais vão construindo a grandeza da nossa terra. Entre a nossa coletividade traba lhadora, merece destaque especial a dos comerciários, gente que presta seus serviços nos escritórios e casas de negócios de toda espécie, contribuindo com seus esforços e solicitude para atender o nosso povo em suas relações entre a elaboração e o Consumo dos produtos, fistes homens e mulheres, que numa labuta incessante se dedicam a bem servir o públi CO ' as transações comerciais do país nas lojas e escritório, é parte considerável e respeitável do trabalho nacional. !•'. para atender a esta Coletividade e qu< [oi criado o Serviço Social «Io Comércio (SESC), uma cias instituições mais meritórias que já surgiram no Brasil. Esta instituição, como ja dissemos antes, é iniciativa dos patrões e visa atender ás necessidades dos comerciários. criando, desse modo, um entendimento entre empregadores e empregados. Daí o seu lema: Do comércio para o» comerciários. \ contribuição para éle, por isso. é Unicamente ilos empregadores, Como não tem nenhuma finalidade caritativa, mesmo no mais elevado scnPdo que esta palavra encerra, os serviços são cobrados, a preços abaixo do módico, se assim podemos no* exprimir, de maneira a estar á altura da bolsa de todos. Só excepcionahnen-
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O SESC te, e em forma transitória, presta assistência gratuita, em caráti r de em préstimo. Desse modo a pessoa beneficiada não tem a impressão de estar sendo socorrida por raridade, o que constrangeria uns, e revoltaria outros. IV um serviço de assistência social. como o próprio nome indica, especialmente organizado e mantido para a sua classe. O Serviço Social do Comércio visa. assim, a solução dos problemas domésticos decorrentes da dificuldade de vida ou da relação de convivência, a melhoria da saúde, alimentação e higiene, melhoria das condições de habitação e transporte, e, por esse meio. a defesa úo salãrio real do comerciá1 iu. aperfeiçoamento moral e físico da coletividade, seu desenvolvimento civico e social. Seu campo de ação atinge desde a simples educação e sociabildade, procurando unir os indivíduos entre si estes dentro da coletividade, até o au xílio de toda ordem: médico, jurídico, hospitalar, dentário, regulamentação de documentos e outras formalidades indispensáveis à vida, passando pelo esporte, clubes e mais formas de i ecreacão. O Serviço Social do Comércio (SESC) foi organizado indo decretolei de 13 de setembro de 1946, atrbuíndo à Confederação Nacional do Comércio a sua criação e direção em todo o território nacional. Nos Estados,'estas atribuições passam para as Federações do Comércio, de acordo c sob a orientação geral da Confederação Nacional. Em continuação, vamos fazer uma síntese do que tem sido a atividade do SESC em São Paulo, essa grande colméia de trabalho, o maior centro industrial e comercial do país. Não é fácil a tarefa, dada a amplitude dessas atividades e o desdobramento tomado em seus vários setores, apesar do relativamente pouco tempo que tem de existência. O SESC em São Paulo iniciou suas atividades em 30 de outubro de 1946, data significativa, pois é o Dia 'Io Comércio. O seu Conselho Regional tem à frente a figura dinâmica e empreendedora de lirasílio Machado Neto, Deputado, Presidente da Assembléia Estadual e presidente da Federação do Comércio do listado de São Paulo e elemento de destaque no comércio c tia sociedade patdista. Ao lado do Conselho Regional funciona o Conselho Consultivo, integra-
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Uma publicação do SERVIÇO SOCIAL DO COMÉRCIO EXPEDIENTE: Diretor: Augugto Galvão Bueno Trigueirinho • Secretário Randolpho Homem d» Mello
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Redator Chefe Diogo Gonçalves Marques • SEÇÕES : Feminina: Carmen Mata Martins Maria Sebastiana S. Ferreira Literária: Brenn Di Orado Lúcia Pereira Magalhães Reportagem: Myrian Novelli infantil: Carlos Pinho • Impressão: Grafica SUo José iiiia Galvao Bueno, 230 Tel : 6 11112 SSo Paulo • Redação: Una Florêncio de Abreu, 305 7.o andai Tel.: (1-7107 ramal 24 SERVIÇO DE FORMAÇÃO SOCIAL DO COMERCIÁRIO SESC Departamento Regional do Estado rle São Paulo
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MARCHA
NOVEMBRO DE 1949
DAS FERIAS E O SEU
NOVO REGIME YLVES JOSÉ DE MIRANDA GUIMARÃES Advogado
í\ inquestionável a necessidade das férias. Se as máquinas necessitam de uma pausa para revisão e lubrificação, o organismo humano, máquina harmônica e maravilhosa, precisa d repouso. O trabalho continuado e ininterrupto é fator de moléstias. i oin razão doutrina Garcia Olviedo "pela instituição do descanso, se satisfazem legitimas exigências sociais!
i'ias, a partir de 1." de janeiro de 1949, devendo goza-las até. l.° de janeiro de 1450 e se não o fizer ou não reclama Ias, até 1." de janeiro de 1953, a elas perderá o direito. Pela lei n.° 816, de <) de setembro ■ le 1949 que deu nova redação aos aitigos 132 e 134 da Consolidação das Leis do Trabalho, as férias passarão a ser gozadas na seguinte proporção : ai - vinte dias úteis, aos que tiverem ficado à disposição do empregador durante os doze meses e não tenham dado mais de seis faltas ao serviço, justificadas ou não, nesse período; b! quinze dias úteis, aos que tiverem ficado à disposição do empregador durante os doze meses; e) - onze dias úteis, aos (pie tiverem ficado a disposição do emprega dor por mais de duzentos dias; d) sele dias úteis, aos que tiveloii ficado à disposição do empregador menos de duzentos e mais de cento e cincoenta dias. Vão haVendo sido fixado nesta lei. a data de sua vigência, começará a vigorar, quarenta e cinco dias depiis de sua publicação, isto é, entrará era vigor em l.° de novembro próximo. Tem havido dúvidas sobre a aplicação da nova lei. Entendem alguns, baseados em regra de direito temporal, no sentido de que, as leis se aplicam aos casos futuros, respeitando os direitos adquiridos, (pie os que adquirem o direito a férias no regime anterior, não podem gozar as férias de acordo com a recente lei, pois a estes não se pode aplica-Ia, sob pena de torná-la retroativa, o que, atualmente, é vedado pela Constituição Federal. Entendem outros, e esta é opinião da maioria e à qual nos filiamos, fundados no princípio de exegese consagrado, pelo qual, as leis trabalhistas retroagem quando beneficiam os empregados — benevola amplianda. odiosa restringenda — que todos os que tiverem feito jús ás férias, depois da data em que a nova lei entrar em vigor, devem gozá-las nas bases por ela previstas, em nada importando que o período de aquisição do direito às fé rias tenha se completado anteriormente. ... ... Essa interpretação que constitue Verdadeira aplicação de unia medida de justiça social, a nosso ver, está mais de acordo com o espírito da lei que veio premiar o empregado assíduo ao trabalho. Assim, se êle completar o seu direito às férias, após 1.° de novembro p. futuro, excluída a hipótese de vir a dar mais de seis faltas justificadas ou não, deve gozar vinte dias de férias. Sobre o assunto, a última palavra, dirão os tribunais trabalhistas, teud i nós como certo (pie a jurisprudência se firmará no sentido de acolher e eleger o último critério apontado, mais de acordo com a sistemática das leis trabalhistas.
\o Estado interessa que sua população nüo degenere, e para isso ha de evitar o desgaste que no organismo fí sico produz um regime de trabalho -em repouso. Ao Estado cumpre velar pela nação, subtraindo dos seus membros tudo quanto possa debilitálos. Interessa-lhe também que o uivel da cultura não d< cresça, procurando que um sistema de descansos proporcione ao espirito ocasião de ilustrarse ", CASAS No terreno privado, a comissão de r. ■ , ' TERRENOS — HIPOTECAS ferias, embora represente um ônus para o empregador, traz a este vau tageiis e compensações imediatas, porquanto um trabalhador descançado. RUA ALVARES PENTEADO, 203 com suas energias renovadas, produz 3.° andar — Salas 4 e S — Fone: 2-0194 mais e melhor. e 2-2697 — SÃO PAULO Entre nós o instituto das féria-. aceito e consagrado pela totalidade do por representantes das entidades do.s poucos civilizados, com base no sindicais e civis dos empregados e onsistema proclamado pela Conferência n s elementos de comprovada capaInternacional de Genebra, é assegucidade, conhecedores do problema sorado, expressamente, na Constituição cial, tais como médicos, engenheiros, representantes do clero, elemento feliderai, promulgada em 18 de setemminino, representantes da indústria, do bro de 1946, a qual estatue que a leI. I). O. R, T„ da Legião Brasileira gislação do trabalho, entre outros prede Assistência, Instituto de Previdênceitos, deve prescrever o das férias cia, etc. anuais remuneradas. A sede central do SESC, era São Paulo está instalada em edifício próNo regime de férias até então preprio, à Rua Florênüio de Abreu, 305, visto na Consolidação, após cada peem três amplos andares, funcionando ríodo de doze meses da vigência do aí também a Clínica Central de Sercontrato de trabalho, os empregados viços Especializados "Gastão Vidigal ". a Clínica Dentária "J. J. Petinham direito a férias, na seguinte reira Braga". a Clínica Rad ológica proporçã i e Roentgenfotográfica " Ernesto de a) — quinze dias úteis, aos que (lastro ". tiverem ficado à disposição do emPelos dispositivos do seu Regula pregador durante os doze meses; incuto, o SESC deVerá trabalhar no sentido le promover: - b) -- <'""■■ dias úteis, aos que ti a) - o aperfeiçoamento moral . verem ficado á disposição do emprecívico da coletividade; gador por mais de duzentos dias; lii — a solução de problemas doc) — sete dias úteis, aos que tivemésticos decorrentes de dificuldaderem ficado à disposição do empregade vida OU de relação de convivência : dor menos de duzentos e mais de cenc) — a solução dos problemas de to c cincoenta. saúde, alimentação e higiene; I'.' misti r distinguir o período aquid) — a defesa do salário real co sitivo, da época de gozo das férias. tnerciáro: r i — a melhoria das condições de Entende-se por período aquisitivo habitação e 'le transportes: aquele dentro do qual o empregado fi — o conhecimento dos preços faz jús às férias, isto é, cada període custo de artigos de consumo gedo de doze meses de vigência do conneralizado, a f'tn de julgar da conveniência da instalação de núcleos patrato de trabalho. Época de gozo de drões para a produção, a baixo preférias e possibilidade do exercício ço, de tipos populares daqueles arefetivo das férias é que fica a crítétigos : ro (\^ empregador determiná-lo tendo g) — o desenvolvimento cívico e em vista os seus interesses. Assim, social da Coletividade pela educação e instrução adequadas: tendo feito jús as férias, pelo trans • li) — a prestação dos comerciácurso do período aquisitivo, elas derios de serviços de sen interesse no verão ser gozadas pelo empregado no sentido de facilitar o desenvolvimendecurso dos doze meses seguintes. 0 to da sua atividade profissional e social, inclusive na regularização de doempregador, pois, dentro desse períocumentos e formalidades indispensáveis do pode, livremente, fixar as férias à vida dos mesmos e de suas famílias. dos seus empregados e não o fazenPara atender a estas finalidades, fodo, ficará obrigado a pagar ao emram organizados os Centros S 'fiais, a quem incumbe a tarefa de manter ron pregado unia importância correspontactn com o romerciário e sua família. dente ao dobro das férias não consondar as verdadeiras necessidade, cedidas. BARBEAR1A — SALÃO CENTRAL -'-.p-neia-s da classe e promover as pro Por outro lado. como quase todos vidéncias adequadas. São os olrfltis , ,,Rua 15 de Novembro, 228 - Galeria os direitos trabalhistas, as férias presbraços do SF.SC, presentes em toda Telefone: 2-2098 parti', vendo e acinejo. Para isso pecrevem-se em dois anos. Se um em netra nos locais de trabalho e nos lapregado, exemplificando, inicia suas Rua Libero Badaró, 158 — Sobreloja res, exercendo sua ação esclarecedoatividades numa firma, em 1." de jara, orientadora, condutora persuasiva. Telefone: 6-2235 neiro de 1948, terá direito as suas fée acima de .tudo, educacional.
JORGE MONTEIRO
CÉSAR ESPÓSITO
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O SESC EM MARCHA
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NOTICIÁRIO SESC é o nome formado com as iniciais de "Serviço Social do Comércio", é uma instituição organizada e mantida pelo Comércio, cm beneficio dos Comereiários e sem quaisquer ônus para estes. Destina-se a dar ao comerciário e sua família assistência social na sua mais ampla acepção. Sua sede está instalada .: Rua Florêncio de Abreu. 305. 10.° andar, onde funciona o Conselho Regional, que o dirige, e a administração, com OS seu.. diversos departamentos. Ao lado da sede acham-se ainda instaladas a Qíntca Central " Gastão Vidigal", de serviços médicos c de laboratório, onide os comereiários e suas famílias são recebidos por espe cialistas (pie dispõem de aparelhatnento centífico moderno, Clínica Dentária "J. J. Pereira Braga" e a Clínica Rocntgcnfotográfica "Ernesto de Castro". Esse conjunto, moldado de tal forma que pode proporcionar diagnósticos precoces, faz que o SESC se inclua entre as instituições paulistas que trabalham ativamente na campanha contra a tuberculose c o câncer.
SESC
SERVIÇO SOCIAL DO COMERCIO DEPARTAMENTO
MOVIMENTO
«t&lONAL
DOS CENTROS
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SENAC c SESC, cm seu conjunto, realizam grande obra ' v Ação Social, aquele com seu plano educativo c êste com a sua assistência médica, dentária, à maternidade c à infância, jurídica (exceto a trabalhista), mantendo ademais um restaurante e uma colônia de férias para os comereiários de todo o Estado. O SESC não espera (pie os comereiários o procurem, nos seus momentos difíceis. Por intermédio de suas visitadoras vai aos lares, aos locais de trabalho, aos centros de estudo e re ( reação. proc'urando incessantemente melhorar a existência dos auxiliarcs do comércio e de suas famílias. Suas visitadoras não poupam trabalho para levar ao maior número de comerO- (ROENTGEN RADICSCOPIA , nADICCRAFIAS OEIlAlS C OENTAniAs) eiários a sua mensagem de cordialidade e de assistência. CENTRO SOCIAL 'BENTO PlKCS DE CAMPOS' . B P. C „ .,. "HORACIO DE MELLO" ... MM Através dos Centros Sociais, que funcionam nos bairros, ^ "MARIO rRANÇ A DE AZEVEDO" M.F. A # na Capital c em diversas cidades do Interior (Santos, Campi, • 'CARLOS SOUZA NAZARÉ TH* C.S.N nas, Ribeirão Preto, São .Tose do Rio Preto, Franca, Bauru, CLINICO CENTRAI. SERVIÇOS £3PECIA.LlZADOS_l'&AS TÃO VIDICAL" . .. CV. Cruzeiros, Lins, Araraquara, Araçatuba c Botucatú) muitas das Este quadro dá bem idéia dn extraordinária movimento dos eendificuldades com que lutam os comereiários c suas famílias tros^soeiais. sao resolvidas. Casos de enfermidade, de irregularidade nos EM SAO PAULO documentos profissionais, instrução para os filhos, alimentação. h'giene, pedidos de mudança sob ameaça de despejo, enfim, os mil problemas maiores ou menores que Seabra" Rüg Padre Anchieta, 1584 — nos novos dias que surgem perante o Dr. Arthur Caànpana — Pediatra do criança, aproveitamos a oportunidaFranca, Centro Social "Nelson Ferde para tomar como centro da festa C. S. - M. F, A." homem que trabalha. As visitadoras nandes, Rua 1.° de Agosto, 78 um concurso de robustês infantil. Sr. Trigueiririho Chefe da Forem condições de encaminhar a todos mação Social. Bauru, Serviço Odontológico "João Houve mais ou menos 300 concurren de esclarecer, de orientar, de resol( li iintadores Sociais, Educadores Maria Torres — Cruzeiro», Centro tes, lendo sido class ficados 7? (nos ver os assuntos mais diverso-. Sanitários, bem como demais funçio Social "Francisco Garcia Basto»", 1 Centros Sociais). nano- do SESC e granade número de Rua Tenente Gomes Ribeiro —■ E*q. Ao lado disso, o SESC' está tomanDestes, os 2 primeiros colocados cn' ,'s-, stidos. Avenida Municipal Lins, Centro do numerosas iniciativas lestinadas a cada categoria, receberam, além do Social "Henrique Bastos Filho". Rui melhorar a existência dos comereiádiploma, um premo. O Que vai pelos Centros Sociais 9 de Julho, 160 Araraquara, Cenrios. Muitas dessas iniciativas já espelo É ises prêmos foi ani dad tão cm plena atividade, prestando à tro Social "Joaquim Marque» MagaO Centro Social "Hcracio de Mel'aulc SES('. "pelos s-rs, i' nselheiro: classe inestimáveis erviços. lhães". Rua Torres Homem, 77 — Rua Fausto Ferraz, 131, Io sito e (h Uchôa de ( lliveira, Alberto Araçatuba; Centro Social — "Antôestá com OI MUS cursos de Corte J Carvalho c Jorge Monteiro l>e nio Gonçalves Leite MonCSerrat", costura em pleno funcionamento. ConCENTROS SOCIAIS i !i impanha Nestlé. Praça tzabel Wuda s n. Botucatú! ta já eoin .i turmas ás 3.as e 5.as feiDo programa da f< -.ia constou ainra--, e inaugura no dia 21. mais 2 liu Atualmente funcionam : da um show pelas crianças matr cuiaCLINICAS in.i - que i iiiii i< marão as ii.a-, feiras, das e um lanche aos presentes, Para estas existem anula algumas i ompareceram a comemoração Centro Social "Pento Pire» Clínica Central de Serviços Espevagas. srs. Dr. Brasilio Machado Meto Campo»" , Av. Celso Garcia, 2424, ". cializados "Gastão Vidigal", Rua |'].iProximamentc inauguraremos Ia o Presidente, 9-6491 - Centro Social "Horácio rêncio de Abreu, 305, IO." Andar, Tel. Curso de Enfermagem do lar. As in . Dr. Paulo Jehôa de Mello", Rua Fausto Perras, 131 . Olivc ra 5-6126 — Clínica Dentária "J. J. Pecrçôes acham se abei ias aos irjteres ConseUieiro: Centro Social "Mário França Azeve reira Braga", Rua FlorênCio de Abreu. sidos. o Sr. "Alberto José I '.u valho d°", Rua Voluntáros da Pátria. 2368 305, 9 andar. Tel. í.-dlld — Clínica O C S. " Bento Pires de t ampos" Conselhe ro: - Centro Social "Carlos de Souza Radiológica Roentgenfotográfica " Er . s to á Av. (VKo Garcia, _M_'ii inauguSi. Jorge Monteiro (.'ouse beiro; Nazareth", Av. Água Branca, 271, Tel. nesto de Castro", Rua Florêncio de rou seu Curse de Corte de Costura, qui Sr. Luiz de Ulhôa Cintra Con 52-1728 — Ribeirão Preto, Centro SoAbreu, 3(15, V." andar. Tel. <>-(d2í>. funciona as 2,as e 4.as feira:. selhe ro; cial "Antônio Carlos de Assunção". O C. S. "Carlos Souza Nazareth' Rua l.afayette. 38 — Campinas, CenDr. João Pacheco Chaves NOTICIÁRIO Diri \\ Vgua Branca estí aceitando i tro Social "Alfredo A. de Miranda". tor Geral do SEN \( . cnçoes para o "Centro d' Noivas", COMEMORAÇÕES Dia 8 di Rua Francisco Glicérig, 933 - - SanDr. Rubens Machado D reti • '"de as moças interessadas siie reuni" corrente, festa no Restaurante AlcânGeral; to», Centro Social "Horác'o Rodrii .lo para r< ceber noções de 1 rdado, tara Machado em comemoração ao gues", KU;, São Francisco, 299 — São Sr. Jéan Prosper Larroudó Chi i' ico; . h pui i icultura lli;. i 11'' _'." aniversário do C. S. "Mario FranJosé do Rio Preto, Centro Social "Ânie da Divisão ^dmmistratva ei ai. ça de Azevedo". gelo Parmigiani", Rua Tiradentes, Dr. Felipe Siqueira Med' o Chi () referido ('entro ia conta também Devido a proximidade da Semana da fe; 4('0 - Centro Social " Armandinho (Continua na pág. 10)
Para que V. possa semore desfrutar convenientemente do período de férias anuais que lhe é garantido por lei, o SESC fêz construir, na praia de Berlióga em Santos, a Colônia de Férias "Ruv Fonseca". Reunindo tudo para que V. e sua família oossam gozar, sob taxa mínima, férias mais proveitosas. mais divertidas.
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Para por os serviços médicos e dentários ao mais fácil alcance dos comereiários e suas famílias, o SESC instalou Centros Sociais em diversos bairros da Capital e Cidades do Interior, ondo so encontram Cli nicas Medica e Dentária, Hiqione Pré-Natal o Puericultura.
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O SESC EM MAHCHA
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RUY BARBOSA Pela passagem do 1.° ceiitenário de Ruy Barbosa, esta Folha homenageia aquele brasileiro. Ruy Barbosa, nascido na Bahia a 5 de Novembro de
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— técnico em educação — inda hoje são dignos de estudo seus projetos sobre a reforma c unificação do ensino no Brasil; — financista — foi o primeiro Ministro da Fazenda da República ; — diplomata — seus trabalhos ão o orgulho da Diplomacia Brasilei-a. Onde quer que exercesse sua ativiladc altamente criadora seu espírito brilhante refulgia sem contestações, em sua obra de jurista, literato, educador, diplomata, político, financista, podemos colher motivos de orgulho e de prazer. PUBLICAÇÕES
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üg'3S& Para o seu álbum
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Só a leve esperança, em toda a vida, Disfarça a pena de viver, mais nada; Nem é mais a existêncJa, rezumida, Que uma grande esperança malograda. O eterno sonho da alma desterrada, Sonho que a traz anciosa e embevecida, É uma hora feliz, sempre adiada E que chega nunca em toda a vda. Essa felicidade que supomos, Árvore milagrosa, que sonhamos Toda arreada de dourados pomos, Existe, sim: mas nós não a alcançamos Porque está sempre apenas onde a pomos E nunca a pomos onde nós estamos. Vicente de Carvalho
Queijo de Minas As vezes acontecem coisas para a gente, que parecem determinadas num programa impresso. Anteontem, por exemplo, que razão tinha eu, que sou tão rotineiro — do serviço direitinho para Casa, pôr o r.hinelo, beijar a testa da Margarida (é minha mulher), ouvir as histórias escolares sempre as mesmas do Ditinho (Benedito Lucas Filho, o primogênito), tudo tão bom, tão calmo na garantia segura de todo dia o mesmo — pois eu, que razão tinha para querer comprar aquele queijo da vitrina da mercearia? Não que isso ine tenha feito infeliz completamente, até me diverti, depois. Mas produziu um transtorno na oscilação regular, pcndular, da minha vida, que por muito tempo me preocupará. Mas eu não pensei em nada disso e : —■ Daquele que está ali na vitrina. — Meio quilo? — Não: quero inteiro. Inteiro! EU quiz o queijo inteiro; um quilo c trezentas gramas ! O caixeiro gentil entregou-me o pacote. Paguei com a consciência leve das boas ações. F senti-me feliz na rua, com o grande embrulho na mão: o bom marido que nunca deixa de 1< var alguma coisinha para casa, ao regressar da labuta diária... Caminhei lentamente na direção do ponto de bonde. Com a calma do dever cumprido. Cabeça erguida, contemplava as vitrinas coloridas. Pensava no iantar, reforçado pela fritada de queijo ("daquele queijo) e a saliva enchia-me a boca. Eu tinha fome e era feliz. Mas de repente alguma coisa weio alterar o meu estado de graça. Um inexplicável vento de baixo para cima trouxe-me, da mão gloriosa, o cheiro do queijo. Estaquei. Disfarçando, ergui o pacote para verificar discreta-
mente se provinha do meu troféu aquele odor tremendo. — Provinha! O' queijos mineiros, como cheirais! Perdi o ar de superioridade com que me mantinha acima dos maridos <ie mãos vasias que passavam por mim. Comecei a andar ligeiro c rasteiro pelo canto da parede, como fugitivo. Olhava baixo. E evitei dois amigos com um " como vai" ? ríspido. Parecia que todos olhavam para
1849, foi uma das mais excelsas figuras do pensamento brasileiro:— grande conhecedor do vernáculo — suas obras são lições onde se podem conhecer os segredos e belezas dos clássicos de nossa língua :— poliglota •— respondia sempre na língua em que »ra interpelado, quando representou 0 Brasil no Congresso cie Paz de Haia; — liberal era política — foi durante o Império, abolicionista e republicano, <• na República, oposicionista ilustre; os discursos de sua campanha eleitoral, a "campanha civilista", demonstram bem o valor de seu patriotismo;
recia vir de longe, não atravessava i minha preocupação. Mas a palavra queijo saltava nítida das frases mais inocentes dos transeuntes. Eu andava, inquieto. De cá para lá, de lá para cá, tinha a sensação de que o cheiro me seguia visível como um rastro de navio. Sentia o rosto vermelho e porejando. O bonde não vinha e eu me desesperava. Um autolotação — " Do-
Recebemos as seguintes publicações, que agradecemos :— do Consulado Geral Americano o "The Department of State Bulletin" (Nos. 526 c 527); do Sr. Geoffrey Wile. Diretor em exercício da Sociedade Brasileira de Cultura Inglesa, o " Britain Today" do British Council: do Departamento Estadual do Trabalho da Secretaria do Trabalho, Indústria e Comércio o "Boletim Mensal Informativo"; da filial de S. Paulo da Mesbla S/A o "Boletim Mesbla de S. Paulo"; da General Motors do Brasil S A a " Vida na GM": do Centro Acadêmico Casper Libero da " Escola de Jornalismo" a "IMPRENSA". E a revista. A. A. B. B. da Ass. Atle, Banco úo Brasil.
ESCRITÓRIO LEVY LIMITADA
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tar: o cheiro subia ipie-nem fumaça de cigarro. Como (piem não quer. puz no canto do banco, meio sob o paletó, <> pacote ingrato. Mas o bafo indecoroso prosseguiu subindo cm ondas e eu — que tenho um pavor sagrado a qualquer espécie de vento — abri o vidre da porta. Não adiantou. Comecei a me sentir cada vez mais deprimido; E justamente começava a pensar sobre se sentiriam, c o que sentiriam os companheiros de viajem a respeito, quando o que estava a meu lado. um sujcitiuho curto, de bigode ralo e óculos de lente forte, sorriu para mim, com os dentes saltados. Olhei e sorri também, na expectativa. E êle, numa fungada idiota: — O senhor comprou um queijo, não? Meu primeiro impulso foi de raiva, mas êle não demonstrou perceber o epie os meus olhos deviam estar exprimindo. Então, comecei a suar trio. Perguntei, ingenuamente querendo disfarçar: — Queijo,... — Eu só queria que êle considerasse a minha confusão e me poupasse. Cobria melhor o embrulho com a aba áo paletó.
- E'... esse cheiro...
mim e comentavam, "Viu? o Dito Lucas comprou "o" queijo". \pcrtei o passo jiara chegar logo a() ponto do bonde. Maldisse as extravagâncias e os criadores de vacas do país da Inconfidência. Eram seis horas. Muita gente esperava condução. Comecei a esperar. () ruído da multidão que engros sava sempre em torno de mim pa-
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mingos de Morais, mais um — pareceu-ine providencia]. Corri e sentei rápido no banco de trás. O queijo comigo. Acotnodei-me quase aliviado, e o carro partiu. Ma.-, (o Destino dos que sofrem!) não tive 0 esperado sossego. Um minuto depois precisei tomar providências, pòrqtte o quilp de trezentas <\i> meu orgulho começou a se fazer no-
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Ele insistia, com a voz fanhosa. não percebendo que me transtornava. Minha cabeça virava depressa, completamente vasia de respostas. A- única preocupação era não me confessar Comprador daquele queijo, era não falar no queijo, na minha vergonha, eu não comprei queijo nenhum ! não comprei. .. — \"ão comprei queijo nenhum! O míope espantou-se com o meu grito e ficou olhando, parecia que eu devia explicar, eu precisava explicar aquele cheiro, então. Estava fora de mim mas falei naturalmente, no meio de um sorriso: — Sim... esse cheiro... Realmente, às vezes até esqueço do cheiro... Xão comprei queijo nenhum, não! Falava devagar, entre os dentes.
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O SESC EM MARCHA
NOVEMBRO DE 1949 (Cont. na pág. 4) Sorri uni pouco e acrescentei, me entusiasmando: - Esse cheiro não é de queijo, não: é de mim. .. O outro ensaiou um sorriso, como quem compreendia o espírito, mas não o deixei concluir, insistindo, extremamente queijo: — Não é graça, não senhor. A minha pele, a minha carne cheira a queijo, compreende ? — e ergui o dedo na direção do nariz dele, para lhe mostrar. Êlc se afastou quase num salto, e murmurou com voz fraca: — Ora, não... esse cheiro acho que foi na rua, nem estou sentindo mais, ora... — Como! voltei enérgico, não sente o cheiro? Pois cheire aqui a minha mão, eu cheiro a queijo, o senhor deve estar sentindo! — Bem, de certo... mas acalmese... eu... — Estou muito calmo, interrompi. Mas cheiro a queijo, isso não negue, seria como chamar-me de cego. Ha! Tinha graça o senhor duvidar do meu cheiro!! O meu olhar devia ser terrível, porque êle disse que no duvidava absolutamente de mim, e ouviu atentamente a minha conversa. — Faz muito tempo que eu cheiro assim, sabe? Desde criança, até onde alcança a memória, sempre me aconteceram coisas devidas a esse cheiro. Por exemplo, lá pelos meus dez anos mais ou menos, era fato comum eu chegar da rua e minha me me prevenir : " Ditinho, não entra agora que o coronel está aí". Eu já sabia. Era o coronel Fortes, político da cidadinha. que protegia meu pai: era bom não desagradar. .E êle, de laticínios nem o cheiro. .. O companheiro não me desfitava, meio encolhido, e eu continuava. Passei a mão no nariz e ela realmente cheirava a queijo. Prossegui animado: — Teve uma vez, essa até foi meio grave, o senhor quer ver — e ergui a calça até o joelho para mostrar uma cicatriz feia que tenho na canela — essa marca — êle curvou-se para ver — sabe o que foi? ■>
— Pois eu estava de férias na chácara do meu avô. Era uma casa velha, perto da nossa cidade. Era bom lá. Alas aquelas minhas férias acabaram em desastre. Uma noite acordei toda a família com um berreiro, era uma dor terrível na canela. Pois o senhor há de crer o que era? — Uma ratazana deste tamanho me roia a perna...
—!! '
—' E ficou essa cicatriz — mostrei de novo a canela que o Jucá me arrebentou numa partida de futebol. — Agora, sabe o que acho ruim mesmo? continuei. E' quando faz muito calor. Ah! é horrível! Começo a cheirar estragado, sinto-me só, porque ninguém compreende que afinal não é minha culpa. Não pense que são todos como o senhor, que me ouve, assim compreensivo. O autolotação se aproximava do meu ponto. O companheiro continuava encolhido, a boca semi-aberta. — Aliás, não sei a que deva isso. Enfim, já me acostumei. E gosto também, porque esse fenômeno tem a sua feição emocionante : o meu cheiro não é sempre o mesmo, como o senhor podia pensar. Venho evoluindo desde a infância. Sempre me contam, disso não me lembro, comecei cheirando a leite; até aos quatro anos, aproximadamente, foi assim. Depois, até aos sete, ou oito, cheirei a coalhada. Até aos quinze, requeijão (nesse tempo é que eu fugia do coronel). Dos quinze aos trinta, sucessivamente "catupiri", " ricota " e " queijo prata. "O senhor vê que isso é sedutor, não é? — Dos trinta para cá, tenho cheirado queijo-deminas como o senhor sente. E eu lhe digo... — ah! pare, chofer! aqui! Era a minha esquina. Desci e conclui pela janela : — ... o senhor ainda me encontrará gorgonzola!
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O CAAPORA
O Clube dos Amigos do Sesc e Senac constituiu-se de comerciários, funcionários do Sesc e Senac e outros, e tem por finalidade promover atividades culturais, artísticas e sociais para a família comerciaria.
REALIZAÇÕES DO CASS DURANTE O MES DE OUTUBRO Durante o mês de outubro p. p. o CASS fez realizar: SESSÕES CINEMATOGRÁFICAS, todas 'ás sextas-feiras às 20,30 horas na Sala " Ruy Fonseca ", do SENAC, á Rua Florêncio de Abreu, 305, 7.° andar. A procura que têm tido essas sessões cinematográficas atestam bem a. aceitação que tiveram por parte da família comerciaria. CONFERÊNCIAS, nos dias 18 e 25, a cargo do Prof. JOSÉ IGNACIO BENEVIDES DE REZENDE, da Faculdade de Ciências Econômicas, respectivamente, sobre " Formação da Família " e " Dissolução da Família " (divórcio). Após as conferências, muito concorridas, realizaram-se interessantes debates. FESTIVAL DE ARTE, dia 26 às 20,30 horas no Salão do Conservatório Dramático e Musical de São Paulo, organizado pela Sra. Prof. DINORAH M1LONE FERRAZ.
PROGRAMA DAS REALIZAÇÕES DO CASS PARA NOVEMBRO GRUPO DE ARTE:— O Cass está organizando um Grupo de Arte que Contará, naturalmente, com o melhor apoio dos sócios e dos comerciários em geral. TEATRO DO COMERCIARIO :— está sendo organizado pelo CASS um grupo de teatro do comerciado de agrado geral; foram iniciados os trabalhos com o estudo da peça de Martins Penna "Irmãos das Almas". Inscreva-se para essa explêndida iniciativa na Formação Social à Rua Florêncio de Abreu, 305, 7.° andar; mais informações pelo telefone 6-7107, ramal 24. CONFERÊNCIAS Em fins de novembro o Clube " Amigos do SESC e SENAC", promovera ainda, um ciclo de conferências sobre o "Amor". Falarão sobre o tema os srs : 1) Padre João Batista de Carvalho, Deputado Estadual; • 2) Dr. J. Carvalhal Ribas, Professor de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo: 3) Dra. Esther Figueiredo Ferraz, Livre docente de Direito Penal da Faculdade de Dreito da Universidade de São Paulo: 4) Dr. Geraldo Vidigal, Advagdo Poeta.
CASA
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LOUÇAS, CRISTAIS, PRESENTES FINOS Rua Sebastião Pereira, 229 Telefone: 51-5325 SAO PAULO
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Era uma vez um caboclo que tinha um único filho. E quando esse filho era ainda criança seu pai tinha o hábito de levá-lo consigo à mata para passarinhar. Então o menino interrogava seu pai sobre o Caapora. O homem respondia dizendo que para se vêr o Caapora era necessário ser muito bom, não ter maus pensamentos, e, sobretudo nunca fazer mal a um animal. Foi passando o tempo. O menino foi crescendo. Toda a sua atenção era para os animais. Jamais armou uma arapuca ou um laço. Nunca atirou com o bodoque em um passarinho. Nem nunca arrancou as azas de uma borboleta. Ia sempre para a mata onde passeava por entre os troncos, deixarido nas forquilhas ou nos ocos dos paus um naco de fumo. Conversava com os passarinhos, ria com os serelepes, brincava Com os micos, cantava com as arapongas, piava com os jaós. Não contava isso a ninguém, nutrindo a esperança de que um dia tivesse a ventura de ver o Caapora. Isso se deu um dia. Estava êle na mata quando ouviu o roncar da vara de queixadas. Não teve medo. Postouse acocorado junto à raiz da velha gameleira. Os porcos vieram chegando, fuçando aqui, fuçando ali, sem se incomodar com a sua presença. Depois, montado no maior deles, apareceu o Caapora. Passou rente a êle, tangendo a sua vara. E por um instante, quando o Caapora tirou o pito da boca e olhou para seu lado, o menino teve a impressão que êle sorria. Quando de novo se fez silêncio na mata e somente as grandes borboletas azuis trançavam por entre os troncos, o menino voltou para casa. — Pai, pai! — disse êle excitado. Eu hoje vi o Caapora! Sorriu o caboclo e encarando o filho falou-lhe,: — Meu filho, é preciso que eu te conte. O Caapora não existe! Falei aquilo somente para que você sempre fosse bom. Francisco Brasileiro.
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&& <£& A MULHER QUE TRABALHA Em outro tempo, a mulher pertencia exclusivamente ao lar. !'"ilha, esposa ou mãe, os anos passavam e a encontravam sempre nc mesmo afã. O ambiente doméstico era toda a vida da mulher. Os trabalhos de casa, a educação dos filhos, os carinhos de filha e esposa projetavam-lhe a sombra de anjo tutelar. Com a revolução social, amplas transformações se processaram. Hoje a mulher, como mulher assumiu maiores responsabilidades. As crises, as dificuldades de manutenção da família incitaram-na a participar do trabalho do homem. Abriram-se as portas e fábricas, e lojas, e escritórios receberam a contribuição do esforço feminino. As atividades multiplicam-se dia a dia. O ideal não mudou é o mesmo de. todos os tempos, a felicidade da família. Trabalhando, a mulher defende seu lar. E' o esforço conjugado da família moderna que suavisa e permite a formação e existência do lar. E' a compreensão feminina que a traz à luta como companheira solidária em todos os momentos. A mulher que trabalha quer apenas poupar sacrifícios e dar aos que lhes são caros a oportunidade de viver melhor. Conhecemos a sua vida. Sabemos de sua dificuldade. Compreendemos o seu problema, Nesta página, que será a sua página, procuraremos atender às suas necessidades. Nela encontrará sugestões para você e sua casa. Traremos sempre práticos, graciosos e modernos modelos que a ajudarão a vestir-se elegante e economicamente; para a sua melhor aparência, indicaremos cuidados essenciais à beleza; para sua casa, terá sujes tivaí decorações que lhe darão ensejo a embelezá-la com economia e prazer; na parle culinária apresentaremos re-
Arranjo rio Lar Um dos problemas do lar. é sem dúvida a falta de espaço, fi difícil encontrar lugar para uma infinidade de mindrsas. \'àn raro, veem-se as donas de casa obrigadas a acumular caixas em cima «le armários, atravancar os móveis e uma só-rít■ de pequenas coisas que comprometem a estética do lar. Com a finalidade de auxiliá-la, su gerimos um movei simples que ao mesmo tempo contribuirá para tornar mais agradável um recanto de sua casa. Trata-se na realidade, de duas grandes caixas de madeira, habilmente dis-
ceitas que lhe serão úteis peja simplicidade e paladar. Manteremos ainda, uma Secção de Puericultura e desenvolveremos outros assuntos de interesse para a mulher. Em resumo, será a sua página, minha amiga, porque nela estará o seu lar, seus filhos, seus problemas, será um pouco de toda a mulher que trabalha, será você.
MODAS Apresentamos, neste número, dois modelos elegantes e modernos para você. Um oferece um decote originalíssimo e a nota assimétrica dos botões. Outro, salienta-se pela combinação da gola com os punhos. As mangas são particularmente graciosas e de grande efeito. A saia franzida, leva dois grandes bolsos aplicados.
PUERICULTURA MÃESINHA Esta coluna é, destinada a ti. Ela poderá ser tua conselheira sempre que desejares saber qualquer cousa relacionada com a saúde de teu filho. E ao mesmo tempo que te aconselho a consultá-la, como guia geral, não posso deixar de prevenir-te contra a possibilidade de te considerares uma doutora ao te sentires mais capaz de "ver" o que sucede com teu bebê. E' comum, quando uma criança adoece, ouvirem-se palpites que comadres ou amigas, que tiveram um filho, sobrinho ou afilhado com os mesmos sintomas e se curaram com este ou aquele remédio. Cuidado! Pode não se tratar da mesma moléstia. Lembra-te de que o SESC mantêm em cada bairro um Centro Social cujas atividades giram principalmente em torno do magno problema de Assistência à Maternidade e à Infância. Nele tú encontrarás um especialista dedicado e competente para ajudarte a zelar pelo bom desenvolvimento do teu filhinho, bem como uma educadora amiga e compreensiva para orientar-te naquilo que se fizer necessário. E. para os conhecimentos gerais tão úteis às mãesinhas, eu estarei aqui sempre a teu dispor. M. S. S. F.
farçadas. Essas caixas terão o tamanho desejável, ajustar-se-ão nos cantos e poderão ser divididas internamente se necessário. Também, com malas pode-se obter ei. mesmo efeito, completando-sc o canto com uma armação d.' madeira. A cobertura é lsa na parte superior e franzida nas laterais. As ahuoíadas são soltas e encaixadas à semelhança de fronhas, isto é, presa no fundo, o que permite retirá-las paia lavagem.
Detalhes: Estão em voga os assimétricos. Êlcs emprestam um quê encantador ao mais simples modelo. Encontramo-los sob a forma mais variada nas saias e blusas. Assim, vemo-los nas golas, punhos, mangas, dccotes, botões enfim em toda a espécie dos caprichosos recursos dos senhores da moda.
HIGIENE DENTARIA
A necessidade do exame periódico da boca e seu estado, se faz sentir, cada vez mais, pois sabemos que um grande número de moléstias orgânicas, têm a sua causa, próxima ou remota, nos dentes. Os médicos mais ilustres, hoje em dia, não se abalançam a um diagnóstico definitvo, sem primeiro mandarem seus pacientes ao cirurgião-dentista, afim de examinarem o estado da boca e dentes. A radiografia dentária, desvenda um grande número de focos infecciosos, cujo portador, nem de leve, siquer suspeitava, e que pode riam sei- ponto de partida de seus padecimentos. Outro ponto importante, é o da alimentação. Indivíduo desnutrido não pode ter bons dentes. Dentes e nutrição são problemas intimamente ligados. Dentes mal calcificados, são conseqüência de péssima alimentação, pobre cm cálcio, substâncias vitaminosas c proteínas, imprópria para formação de ossos, músculos e de todo um arcabouço, resultando uma estrutura com pontos vulneráveis.
A higiene dentária deve iniciar-se antes do berço. A gestante, deve ter cuidados especiais com seus dentes e sua alimentação. Qualquer perturbação na saúde da mulher grávida, reflete no ente cm formação, e a alimentação defeituosa, produz sérias deformações no aparelho ósseo e dentário. Ao par de uma alimentação rica e sadia, que venha restabelecer o equilíbrio quebrado pela fuga dos saes minerais para o feto, deve se admitir também, os maiores cuidados com a boca e os dentes. Devemos combater essa crença errônea, de que são perigosas as intervenções cirúrgicas na boca, durante i gestação. Não existe perigo algum. Perigoso é deixar-se raizes infeccionadas, portadoras de focos, perigoso é a gestante atacada de dores de dentes, afetando seu sistema nervoso, acarretando insônias, perigosa é a mastigação deficiente sobrecarregando o aparelho digestivo, perigosas são as complicações post-partum, as vezes causadas por focos infecciosos localizados em raizes dentárias. (a) Henrique Crola. CONSELHOS
PRÁTICOS
Para limpêsa de vidros, algumas gotas de amônea na agua não só auI xiliam a limpêsa como dão aos vidros um grande brilho. Deve-se primeiramente passar um pano molhado .em seguida um seco, e <e por acaso ficarem felpas, estas podem ser retiradas facilmente esfree.irdo um jornal bem amassado.
* * % Os moveis de couro são limpos só com flanela. Se por acaso estiveram manchados, pode-se retirar as manchas com a seguinte mistura:— Uma colher das de café, de glicerina, c nove de álcool, bem misturadas. * # * Para a bôa conservação dos moveis estofados aconselha-se escová-los diariamente com uma escova mais ou menos dura.
AO SABER QUE VAI SER MAE... a Comerciaria, ou esposa do comerciário, deve registrar-se num dos Centros Sociais do Sesc mais próximo de sua residência, ou que lhe seja de fácil acesso. Logo que matriculada, começa a assistência dedicada e eficienle que lhe será prestada durante todo o periodo da gravidez, sob a orientação dos especialistas do serviço de Higiene Pré-Nalal, encarregando-se ainda o SESC de fornecer-lhe os exames de sangue, urina, Raios X e demais que se fizerem necessários.
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O SESC EM MARCHA
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ENQUETE PERGUNTA:
BECTICGA
A »Praia dos Poetas AFONSO SCHMIDT
Qual a sua impressão sobre a "Colônia"? RESPOSTAS: 1) Jaibas Araújo — Drogasil Lida. As minhas impressões sobre a Colônia de Férias foram as melhores possíveis, pois ela preenche cabalmente suas finalidades.
Outróra, os barcos chegavam a Santos por dois caminhos : pela Ponta da Praia, como ainda hoje, ou pela Bcrtioga. Foi o que fizeram muitas vezes os íncolas e os navegadores europeus, amigos ou inimigos. Quanto à origem do topònimo Bcrtioga tem-se
lá sempre revolto, fazendo malabarismos com as embarcações que nele se aventuram, mas à entrada do canal apresenta-se calmo e espelhante, reproduzindo de modo invertido as praias que de tão lisas mais parecem asfaltada-', a vegetação crespa dos
2) Maria Dolores Rodrigues — Singer. Achei maravilhosa! Oferece o p o r t u nidade excelente aos comerciários para passarem suas féria*.
3) Mafalda Bclgini, esposa de José Belgini — Salão Rigor. Nós passamos as melhores férias. Fomos muito bem acolhidos. Temos feito a maior p r o p a g a nda possível da Colônia.
IEIRENSE" — Francisco Afonso Albuquerque
4) E d m u n do Tomaník — Mesbla. Pretendo voltar para a Colônia nas próximas férias.
5) Rubens MoUno — Colgate PalmoHve. A Colônia de Férias •Ruy Fonseca". é o paraíso dos comerei Asimrios. plesmente maravilhosa n ã o pode haver coisa melhor.
mim 6) Dolores M. Barbosa — Helena Rubistein. Tive muito boa impressão sobre a Colônia. Gostei muito de lá.
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escrito páginas e páginas. Só Rodolfo Garcia — citado por F. Sommer n0 seu estudo " Morpion — Ilha do Sol — São Vicente" cita, desde Hans Staden até Frei Gaspar, oito autores que de modo diferente grafaram esse nome. O Padre Anchieta escrevia Berquioca. Fernão Cardim acreditava que Bertioga fosse corruptela de Buriquioca. Era essa, segundo o mesmo F. Sommer, a denominação de um morro, situado na península, à beira do canal; significaria "Cova de Bugios", isto é, daqueles símios conhecidos pelo nome de burquis. Mas Frei Gaspar achava que Bertioga deveria significar "Casa de Buruguis" referindo-se à fortaleza já existente desde 1432, não por causa dos bugios, mas "por serem os cabelos dos brancos, nela moradores, da mesma côr destes animais, cujo pêlo é ruivo". Se os meslres m< permitirem botar a colher de pau iv conversa, poderei lembrar que ainda hoje, no litoral vicentino, a palavra bugio é mais corrente do que parece, Nas conversas, ela serve para dar idéia de homem feio, grandalhão e guedeIhudo. Ouvi muitas vezes esta comparação : — Credo! Que Deus me perdoe, mas parece um bugio! E' natural, portanto, que os primeiros caiçaras assim designassem os soldados portugueses que formigavam no Forte de Santiago, ou de São João. O nome de Bertioga, tenha esta ou aquela significação, prevaleceu sobre os demais. Durante quatro séculos, aparece nas crônicas do litoral paulista. E, mais do que se possa imaginar, está ligado á nossa literatura. Foi sempre mencionado como recanto aprazível, tanto pela uberdade do chão como pela beleza da paisagem. 0 ant'gó morro Buriquoca que no mapa da Comissão Geográfica de 1912 aparece com o nome de S. Lino e no mapa da Comissão Geográfica de 1912 ne tem o nome de Morro da Senhprinha, nem por isso deixou de ser imensamente decorativo. O mar lá {ora es-
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iundús e as velas brancas dos barluinhos de pescadores. Bela " Bertioga passaram muitos cronistas e poetas, entre eles o sereníssimo Padre José de Anchieta. Mas (piem descobriu essa formosa praia para a Poesia foi Fagundes Varela. Ali por 1862, êle publicou no "Correio Paulistano" (segundo encontro no livro de Edgard Cavalheiro) um conto -A que deu o nome de "A guarita de pedra". Começa assim: " Eu tinha chegado a Santos no vapor "Josefina", essa pobre "Josef;na" que, já cansada de sua miséria
existência e alquebrada pelos fardos imensos que de contínuo suportava, disse adeus à luz do sol e foi dormir nos palácios de coral junto às ossadas do Leviatan e do Mastodonte, arrebatando consigo grande número de exemplares das primeiras sobras de um poeta muito meu conhecido. Estávamos no mês de novembro: o calor era insuportável, os mosquitos nos perseguiam atrozmente, a mim e mais dois companheiros que me esqueci de mencionar como se fossem outros tantos faróis e o resto desse enjôo tão amaldiçoado por Don Juan..." Eles se hospedaram num hotel a que Varela, para não lhe publicar o nome, chama de Hotel D... Ali passaram um dia inteiro a apreciar a nova Babel, " que era representada por um inglês discutindo com dois franceses e três alemães; as monótonas tacadas de um bilhar sempre ocupado e o aroma gastronômico dos camarões e lagostas que não estavam muito em harmonia nesses momentos com o estado despótico de nossos buchos doentes "... A tarde, os amigos sairam. Varela, horrivelmente esplinético, pegou num volume le G. Sand — pareceu-lhe que "As cartas de um viajante" — dirigiu-se à praia (hoje diriamos ao estuário) alugou uma canoa e ordenou ao caiçara que o conduzisse à Bertioga, onde morava um pescador de suas relações, homem de oitenta anos. agradável ao último ponto e excelente narrador de legendas. Chegou alta noite. O amigo recebeu-o carinhosamente e depois, à beira do fogo, à espera do sono, disse-lhe : — "Vou vos contar uma triste história — sucedida bem perto de nós, na fortaleza da Bertioga". Era uma história de assombração, tão do gosto dos praianos. O poeta, cm parte, conservou-lhe o sabor da linguagem. E termina assim : " Xo outro dia, pela madrugada, despedi-me do pescador. A aurora era bela e suave, um bando de alvos pássaros rastejava o mar com as asas levianas, uma brisa matinal carregada de efluvios marinhos batia-me no rosto. Entrei na canoa e parti. Checando a Santos, contei a meus amigos a triste legenda do soldado c, entre uma chícara de café e a prosa, escrevi-a como aí está". Quasi meio século depois, o poeta Vicente de Carvalho fredescobriu a Bertioga. Lá adquiriu um sitio, com a sua casa chata, alpcndrada, entre fruteiras, diante do mar. Era para lá que êle fugia nas suas férias de juiz. Na Bertioga escreveu muitos de seus
2.0 PRÊMIO — "FÉRIAS NA COLÔNIA" — EDUARDO SALVATORE
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mais formosos poemas. Na Bertioga passou, com certeza os mais belos dias de sua existência. A casa ainda lá está, como um cromo, desses que a gente guarda com carinho, para lembrar se de uma época e de alguém. Outro poeta que lá esteve e fixou no papel as emoções foi Martins Fontes. Não encontro, no momento, em sua obra, nenhuma referência à Bertioga, mas em todas as poesias surgem os morros azues, os jundús ouriçados de palmatórias-do-diabo, as matas pintadas de nhacatrões, as coroanhas do caminho, os ingás, os sambucás, os gravatas. .. " Mancha de amor verdadeiro Não sai mais do coração: E' como a do cajueiro, Tal qual a do jambolão. Logo, assim que acaba a chuva. Mal termina a chuvarada, A folha de brejaúva Fica toda prateada". Quem lê as " Trovas praianas" de Martins Fontes, sente o cheiro do capim cidrão dos terreiros da Bertioga. Até aqui, essa praia estava por assim dizer escondida. Só a freqüentavam os poetas e alguns iniciados que, em certos dias do ano, iam a Santos, dirigiám-se aos fundos da Alfândega, tomavam uma lancha e, depois de duas horas de viagem por águas de maravilha, desembarcavam, lá longe, diante das ruinas da fortaleza. Havia um hotel, algumas pensões até mesmo casas de bebidas com terríveis aparelhos de radio. .. Agora, porém, as graças da Bertio-
ga poderão ser partilhadas por boa parte da população de São Paulo. O Serviço Social do Comercio (.SESC) construiu ali a Colônia de Férias " Ruy Fonseca". Fica situada num terreno de 350 metros de frente para o mar, por 2.500 metros de fundo, compreendendo praias, matagais e outeiros. Não pode haver paisagem mais linda, mais saudável e repousante. Já foram erguidas 35 casas de "eternit", a área de 42 metros quadrados. Dispõem de sala de frente, dois dormitórios, cozinha, instalações sanitárias e um amplo terreno no qual o comerciário e sua família, quando lá se encontrarem em repouso, poderão passar horas esquecidas. Essas casas, cujo número está crescendo sem cessar, fazem frente para o grande largo ajardinado onde ergue-se um vasto pavilhão destinado ao bar, restaurante, salas de jogos c tudo o mais que representa conforto para os comerciados nos seus períodos de férias. As casas se encontram mobiliadas, e com muito gosto. Lá estão os trens de cozinha, a louça para as refeições, até a roupa de cama. Ao chegar na Bertioga, o comerciário, recebe a chave de uma dessas casas e lá pode passar, tranqüilamente alguns dias de descanso, em companhia da família. Hoje a Bertioga está mudada. Já não é o outro mundo de . Fagundes Varela, o retiro de Vicente de Carvalho ou o passeio de Matrins Fontes. Continua a ser, no entanto, a praia dos poetas, mas aberta, de fácil acesso, à disposição dos que vivem nos grandes centros e passam parte do an0 a trabalhar para si e para a coletividade, colaborando na obra de enriquecimento e cultura da nação.
algo que os faça lembrar mais intensamente algum fato, alguma brincadeira por que passaram, tal qual uma adolescente relembra o seu primeiro encontro de amor, toda egoísta e carinhosa para com suas recordações. O Pavilhão Central com seus atrativos, discoteca, biblioteca, praça de esportes, banhos de mar, passeios à cavalo, São Lourenço, Yndaiá, Praínli.u Granja, pescarias, é o que vocês anciosos deverão estar por rever. Vocês terão a oportunidade de esta rein constantemente cm contacto com as "últimas" da Bertioga os já tão tradicionais shows, competições esportivas, trotes, etc, por intermédio do "Tudo Azul".
civilizadas", Bertioga é como si fosse um bálsamo espiritual. As turmas que por aqui passaram em Dezembro, Janeiro e Fevereiro, iá estão antegozando suas merecidas férias, pois bem perto elas já estão. Muitos poderão pensar que é um exagero, que todas as belezas e atrativos atribuídos à Colônia são fitícios, terão até a liberdade de exprimir suas incertezas, com o nosso popular " Não é tanto assim, não!..." Porém, somente aqueles desconhecedores dessa Xangrilá poderão ter, e pôr suas dúvidas. Com que curiosidade meus amigos Bertioganos, si assim permitem serem chamados, deverão estar lendo este " Tudo Azul" da Colônia, tentando sentir revibrar emoções e alegrias, procurando encontrar nestas linhas,
Portanto, está " tulo azul " ? AMAG
BERTIOGA HISTÓRICA E LEGENDÁRIA Francisco Martins dos Santos
BERTIOGA avulta na história de nossa Pátria com a importância de um dos primeiros pontos geográficos interessados no povoamento como tangente em que deveriam chocar-se, durante muitos anos de um lado a civilização representada pelos portugueses de Martim Afonso de Souza, de outro lado a barbárie, representada pelos tamoios de Aimberê, Coaquira, Pindobussú e Cunhambebe, em constantes incursões e correrias destruidoras.
men tá-Ia. Se houvesse água abundante ali, talvez a história pudesse consignar uma grande diferença em nossojs dias, talvez Jiouvesse surgido no local uma primeira vila regular, mas só havia no sítio fronteiro, nas matas da ilha de Guaibe, que ali termina em ponta. Daí a pouca assistência do senhor de Alcoentre e Tagarro naquele ponto da sua futura Capitania, o suficiente entretanto para que fosse percebido pelos dominadores da terra e atacado . Surgiu então, pela primeira vez, no cenário oficial a figura histórica de João Ramalho, o famoso português
Seu estado atual, de simples sítio turístico c pitoresco, quasi nada diz do seu. passado ao homem que chega com a intenção apenas de veraneio,
BILHETE
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TUDO AZUL" Bertioga — Colônia, Novembro de 1949.
Imagino com (pie interesse carinho e satisfação nossos presados amigos comerciários irão acolher o " Sesc em M.ircha ". Os que já tiveram a grande oportunidade, si me dão licença, a ventura de conhecer Bertioga, e dentro da B<M-t,oga a Colônia de Férias "Ruy Fonseca', mais conhecida por "Colônia , deverão estar todos com uma
— Como será que vai a Colônia? Que saudade eu tenho da Colônia! Meus amigos, aqui estou para dizerlhes que vai muito bem, mas muito bem mesmo, pronta para recebê-los novamente com todo orgulho e prazer. Após um ano de lutas incessantes, árduos trabalhos, nervos abalados, m me -inte cançada, tristezas e aborrecimenntos tão peculiares das " cidades
A partida das naus de Esiáclo de Sá, da Bertioga na manhã de 27 do janeiro do 1565 para fundar o Rio de Janeiro. (Tela histórica de Benedito Calixto).
l.o PRÊMIO — "LUA DE MEL" — CARLOS FREDERICO LATORRE
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ate mesmo ruínas muito abandonadas, predsam ser interpretadas para crês cerem ante os olhos que a fitam, porque elas, como o papagaio da tribu dos Atures, na lenda contada por Humboldt, falam hoje uma linguagem que ninguém mais compreende, e tantas vezes apenas porque não interessa a ninguém compreendê-la, apesar da sua beleza. *• * A crônica da Bertioga começa ao encontro dos soldados rcgularcs, vin dos com Martim Afonso de Souza, com os guerreiros de bronze de Caiubí, descidos das encostas de Jurubatuba e Cabussú a opor-se ao estrangeiro invasor. Corria o ano de 1.531 quando Martim Afonso de Souza, nomeado Governador Geral da Costa do Brasil, com sede em São Vicente, aportou às águas remansadas da antiga Buriquióc'a. A natureza era bela, a terra convidativa, a barra franca e funda e o fidalgo de D. Joã0 III quis experi-
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fundador de Santo André da Borda do Campo, tomando contacto com 06 .-•eus patrícios estabelecendo pazes entre guaianazes (que eram os índios atacantes) e portugueses (que vinham colonizar o Brasil e fundar oficialmente a \ ila de São Vicente), o soai dos trocanos de guerra, mensagem telegráfica daquele tempo e daqueles homens, levou rapidamente, aos longcs da terra, a notícia da presença da .Armada, e Ramalho, que era então o seu verdadeiro guia espiritual e conselheiro, abalou-se da sua calma Santo André, duplamente interessado, no encontro com seus patrícios C no impedimento do choque armado. Com a intervenção de João Ramalho, Martim Afonso deixou em terra alguns homens, talvez para realizar ali uma primeira feitoria da nova iase ou unia estacada (pequeno fortim), que é o que afirma Dionisio da Costa (autoridade em Santos em meiados do Século XVII) citado por Frei Gaspar da Madre de Deus.
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CONCURSOS: A partir do próxmo número o "Se:-c em Marcha" promoverá um grande concurso entre os leitores de Pu a página infantil. Procure receber o novo número deste jornal. Você poderá ganhar esplêndidos prêmios. Avise também seus amiguinhos.
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PALAVRAS
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Contribuição da Srta. Yvone de Almeida
Preencher os quadradinhos acima com as letras correspondentes ao nome de 4 brasileiros ilustre.--: 1 — ü Mártir da Independência ; 2 — O Poeta dos escravos; 3 —: Águia de Haya. 4 - Poeta <le "Ouvir estréias". Resposta na pág. 5
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Serviço Soí SB< " cial do Comércio — é uma instituição criada e mantida pelos comerciantes para prestar assistência social ac comerciário e sua família?
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VOCÊ SABE COMO SE CHAMA QUEM FAZ: Colchões Cerveja Vidro Tapetes Luvas Jóias Móveis Fechaduras Remédios Barris Facas Louças Tijolos Trincheiras Tecidos. Resposta na pág\ 5
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BALET INFANTIL
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1 l Você, leitor mirim, pode se inscrever gratuitamente no curso de balet infantil que a Prof. Daicy L. Miranda irá realizar na sede do "Clube Amigos do Sesc-Senac"; não perca pois esta grande oportunidade de aprender dansa clássica.
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Dois Papagaios
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Malandros
Carlos M. Pinho Zé Moamba e Nequito eram dois papagaios peraltas, sempre prontos a traquinagens. . Uma tarde decidiram virar comerciantes. — Zé, disse Nequito, tenho um plano de ganhar dinheiro negociando... — Mas, é preciso capital, retrucou Zé Moamba. Para comerciar é necessário ter algum dinheirinho. — Ah! mas nós não vamos precisar. — Como é então que vamos fazer? — Venha cá, chamou Nequito. Eu explico. Esconderam-se atrás de uma bacia velha e lá discutiram um tempão. Depois apareceram muito lampeiros, com ares de quem resolveu tudo. Puseram-se então a caminho. Andaram, andaram até chegar à casinha de um caipira. Bateram à porta e ficaram esperando que viessem atendê-los.
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Demorou um pouco até que o caboclo abriu a janela, botou a cabeça de fora e espiou quem batia. Zé Moamba cumprimentou-o amàvelmente: — Boa tarde, moço. Como vai ? — "Bastarde. Meceis desejam arguma coisa?" perguntou èle. — Nós somos comerciantes. Viemos ver se o senhor quer fazer negócio. . . disseram os dois malandros. — Que negócio? indagou o caipira alisando a barbicha e com um pingo de desconfiança no canto de cada olho. "Meceis vendem arguma coisa?" — Vendemos, sim senhor, replicaíam eles sem pestanejar. — "Que é que meceis vendem?. . ." — Nós vendemos Nada. O caboclo não embatucou diante desta resposta. Pensou consigo mesmo "Esses bicudos querem me inganá. . (Cont, na pág, KJi
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rezinha, Santana, Casa Verde. Vila Prudente, Ipiranga, Pinheiros. \ ilbi Guilherme, Guaiauna, Freguezia do O, liara Funda, 4.a e 5.a Paradas. Vila Matilde e Santo Amaro, a todos comparecendo pessoalmente ou Eazendose representar, o dr. João Pacheco Chaves, diretór-geral do SENAC, a cuja visão administrativa e inegável capacidade de trabalho se deve em -ran.le parte, o êxito das iniciativas desta entidade. Não podemos encerrar este noticiai-'o sem que-, valendo-nos da sugestão ,p,e o "SESC EM MARCHA" nos desperta, acrescentemos que o SEX \C. da capital e de São José Ro Preto, mantêm um jornalzinhc O de São Paulo, dirigido pelos alunos do Grêmio é intitulado "Folha SENA( e o de São José d<> Rio Preto, denominado "O Comerciário". é dirigido pelos alunos e pelo Grêmio Recreativo "Rodrgues Alves", daquela Escola.
CIA. FÁBIO BASTOS COMÉRCIO E INDÚSTRIA RIO DE JANEIRO — SÃO PAULO BELO HORIZONTE PORTO ALEGRE Máquinas c acessórios para laticínios, frigoríficos, agricultura c pecuária. Correias e acessórios para transmissões; mangueiras, mangotes, tubos e artefatos de borracha para indústrias. SÃO PAULO RUA FLCRÈNCIO DE ABREU, 828 Caixa Postal. 2350 - T.I.. 6^69931 (Rede Interna) - End. Telgr.: "NIFAF
SENAC, padrão de cultura intelectual e física NOTICIÁRIO (Cont. da pág. 3) com uma biblioteca para consultas ao referido Centro ou retirada por pra zo determinada. O C. S. ■' Mario França de Azevedo/" está também organizando sua biblioteca. Raio X — A Clínica Radiológica !'Erhesto de Castro" Ampliando suas instalações áeparòu o serviço de Roentgenfotografia do Raio X. em geral. Dessa maneira estará apta para atender maior número de corrierciários em riienor espaço de tempo. Inaugurações — Dia t.° de outubro o Centro Social "Joaquim \1. Magalhães" em Araçatuba. Dia 22 de otttu In-o o C. S, "Antônio Gonçalves Leite Mont'Serrat" em Botucatú, Dia 15 de Novembro o "Centro Social e Escola Senac "Henrique Bastos Filho em Araraipiara.
O SENAC Serviço Nacional de Aprend:zagem Comercial antes de passar ao noticiário de suas atividades, agradece a gentileza da direção ,1o "SESC EM MARCH \". em pôr à disposição da entidade uma de suas colunas c se congratula com mais esta iniciativa > de caráter cultural, que vem reafirmar, claramente, os altos propósitos que airmárn os dirigentes do SESC em proporcionar aos seus assistidos os meios mais sadios de recrear o espírito e enriquecer a mente. Oue o "SESC EM \l \KC1IA" marche de falo e. difundindo preciosidades, alcance pleno êxit■ > e concret"/-.' seus altos objetivos.
* * *
Desde 1947, quando prat-camente entrou cm atividades, vem o SEN M ilando exato desempenho às suas finalidades específicas. Assim é qii ■ mantém, na capital e r»0 interior do Estado, a- seguiiites Escolas: "lastro Mendes". Campinas.: "MarccKn.i le i laryalho ", Táubaté : " < íábriel I )ias Ia Sdva". S-oitos: "Nelson F«rnaii1,.,". Ra» : "José Gomes da Silva". Kdieirão Preto; " Armandinho Seabra". Frnnca: "Paiva Meira". São Fosé do Rio Preto; " Francisco Gar-
cia Bastos", Lins; " Henrique V.asti tsasios Filho", Araraquara; "Joaquim Marques Magalhães", ^raçatuba; " Antônio Gonçalves Leite Monl Serrai . Botucatú. ' N;l capital, à rua Galvão Bueno, 707, em prédio dotado de todos os requisitos higio-pedagóg'cos, como nas demais escolas, mantém o SENAiC nina Escola, em edifício propnn, magnificauiente instalado com cerca de 2.000 alunos, cm cí períodos diários. Ainda na capital, mantém a Escola "João Nunes [unior", á rua Libero Badaró, com cerca de 300 aluno-. Em colaboração com a ARCESP, vem o SENAC mantendo 'uni Curso de Vendedor^ Viajante por Correspondência, CUJOS resultados têm sido excelente-, pois é grande o número de aluno-, nele matriculado em todo o Estado. \,> lado dessas atividades, como que ,,. elas na,, bastassem, criou o SENAC, em V)47, a " Universidade do Ar", curso comercial radiofônico, Único no gênero em lodo o mundo e (pie. por -nas características interessantes, excepcionais, — pois leva aaulas, através do rádio, ao mesmo tempo, a todo- os alunos do interior e da Capital —• tem constituido objeto dos mais honrosos encômios das autoridades do ensino do país e mesmo ilo exterior. A " Universidade do Ar'', que iniciou suas atividades naquele ano, com 56 núcleos, distribuídos em cidades do interior e bairros da capital, teve esse número aumentado, em VMS. pois então nassava a funcionar em 13? cidades. 1-'.. este ano. mantém a "Universidade do \r" seus cursos em -To cidade-, melhorando, paralelamente á ampbacão de sua rede escolar, o critério e natureza de -na- disciplinas. Os seus milhares de alunos em todo o Esta,r, ci-io aproveitamento é confirrna,io pelos certificados une têm recebi,1,, ,1,, | )-partanieiilo Ri ": inal .do SENAC. ate-Iam a excelência do curso e dão bem a idéia das vantacen? qtre trouxe aos comerciários nauhstas. J|a polir >. foram inailfftirados, solenemente, na capital, os núcleos dos seguintes bairro.-: Tuçtjruví, Santa Te-
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DOIS PAPAGAIOS MALANDROS (Cont. da pág. !>)
Mas vamos vê quem sai ganhando... E perguntou de novo: _ "Que é que meceis vendem. Nada, confirmaram os dois. _ "Ah! Então entrem que eu quero ' compra. . . Zé Moamba e Nequito meteram-se pela sala a dentro, arcados, fazendo cara de força, como se estivessem carregado uma cousa muito pesada. O homem perguntou: "Que é oue meceis carregam?" — A mala cheia de Nada. — "E pesa muito?" quis saber o caboclo. Ih! nem fale. "Que ajuda?" propôs êle com ar muito sisudo, mostrando-se compadecido do esforço oue os papagaios estavam fazendo. Não, não precisa. Os papagaios pararam no meio da sala e. fineindo largar a mala de men • t:ra no chão, fizeram de conta qu-í a desamarraram e espalharam uma Porcã^ de mercadorias. O matuto não se d*Mi por achado: _ E' <"" boa qualidade ê«s- Nada? indaenu êle simulando interesse. _ E' excelente, afirmou Zé Moamba(y\. disso ó caipira, eu quero qi'*tro metros deste vermeinho e sete daquele azul. lá adiante... Zé Moamba e Nequito se entreolha-
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ram com um arzinho de quem diz ' o bobão caiu mesmo . . . — Mas, para cortar demora, disseram os dois trapaceiros. Só depois do almoço poderemos cortar. "Tá bão", concordou o matuto. "vamo armoçá. Depois meceis cortam E a língua dele quase falou: "Seus descarados, meceis querem é come. Mas, ficou quieto. Só pensou. Enfiou-se na cozinha e combinou com a mulher que preparasse almoço para os dois. Não demorou muito a mulher entrou com uma enorme travessa coberta com um pano. Vendo aquilo Nequito e Ze Moamba arregalaram os olhos brilhantes de fome, pois desde a véspera nao haviam dado uma só bicada. O caboclo sentou-se á cabeceira da mesa e mandou os dois irmãos subirem no espaldar das cadeiras que estavam à sua frente, uma de cada lado da mesa. Quando os papagaios deram um pulo e se empoleiraram cambaleando no alto das cadeiras, já o caboclo puxara da cinta um facão do tamanho de uma espada. F'"c°u-a na mesa e S"' tou para os dois: — Agora meceis comam .... Vendo aquela formidável faca balançando espetada na tábua, Nequito e Ze Moamba tremeram como vara verde. Perderam o apetite. Comam! E puxou o atoalhado que c<-'-ria a travessa. Estava cheia. Dentro havia tanta e»pig». de milho oue dava para encher uma carroça. — Ccmam! berrou o caboclo. Comam TUDO e depois meceis cortam o NADA oue queriam me vende. Dzendo isso arrancou violentamente o facão oue cravara na mesa e apontou-o par,-, os dois papagaios. Não havia outra saída: Começaram a comer. Comeram, comeram até ficar com olhos vidrados. Dirigiram, então, um olhar suplicar. te ao caipira, e com a boca ainda cheia de milho imploraram de asinhas postas que êle tivesse compaixão e os perdoasse. ■■*•*» _ Não. Qu™ vende NADA. come TUDO. respondeu firme o sertpne.o. Vocês prometem nunca mais faz-r isso? nurcuntou ele. —. Prometemos. O caipira então os deixo-. -~ •>«*. Daquele dia em diante, Zé Moam a n Neonito foram muito c-raoort^o,. F™»nd»ram F hrie. quando se lrm bram daquele dia dão posto.*, risadas. m„. acham que a Hcão fo. bo-u
IUDíõS^SS^^ S.A. A maior organização do Ramo no País PRESTAÇÕES DESDE 100,00 MENSAIS BRAZ — Av. Rangel Pestana, 1.434 — MOÓCA — R- da Moóca, 2.300 — B. RETIRO — R. J. Paulino, 584 .— PI NHEIROS — R. Butantan, 86 — LA PA — Rua 12 de Outubro, 231 — CENTRO — R. 7 de Abril, 282 s loja — SANTO ANDRÉ — R. Cel. Oliveira de Lima, 525 - CAMPINAS -,**? Barão de Jaguara, 1.311 — »• CA^: TANO — Rua Eloi.a Pamploma, J7 — BREVEMENTE: Liberdade — Penha
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Cinema VARIEDADES O poema "FAUSTO" de GOETHE inspirou três óperas célebres :-r- '* Mefistofele" de Boitó, "A Danação de Fausto" de Berlioz, e o "Fausto" de Gounoti. •
Recentemente, após o nascimento di sen terceiro filho, Gregbry l'eck esteve em um cocktail com o casal Vau johnsòn. " - Como poderia eu ter
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JOHANN SEBASTIAN BACH, reconhecido como o maior compositor clássico, mais considerado pelos seus contemporâneos como um grande organista. Conta-se (pie êle alcançava doze teclas com a mão esquerda ' (pie enquanto o mínimo e o polegar prendiam nas notas os três dedos centrais executavam uma melodia. BIDU SAYÂO, soprano brasileiro. considerada pelos críticos de música lírica a maior intérprete viva dos papeis de Violeta Valery na "Traviata" de Ycrdi. Julicta no " Romeu e lulieta" de Gounod e Manon Lescaut na "Manon" de Massenet; Sem contar o papel de Melissade da Ópera "Peléas ei Melissande" de Debussy, sobre libreto de Maurice Maeterlink, do (pial ela é a única interprete.
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Auslugar mais para
Não há muito, uma carta dirigida a Deus foi devolvida de Roma a Lipltau (Alemanha). Trazia no envelope ■< le guinte observação: "endereço do destinatário ignorado".
Um delegado chinês junto às Na Unidas, loi entrevistado por repórteres, quando chegou a New York. Uni dos lomalistas perguntou-lhe: "Qual a mais viva impressão que os americanos ihi causaram?" Depois de um momento a hesitação, êle respondeu: "A forma peculiar de seus olhos".
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\ ERlit, o maior compositor de óperas do século XIX, deveu sua glória á proteção da cantora Giuseppna Strepponi, com (puni mais farde veio a se casar. Mme. Strepponi. cantora já conhecida na Europa, tomou aos seus cuidados a carreira do jovem maestro desconhecido, cantou suas primeiras ópera', e fez dele :— \ ER1)1.
Marble Bar, uma cidadezinha da trália, reclama a honra de ser o mais quente do mundo. Contam que ao morrer o cidadão velho da cidade voltou do Inferno buscar o sobretudo.
Em um jornal de Los Angeles apareceu o seguinte anúncio: "Enterre os seus mortos no Cemitério de Glendalel A terra ali. é mais leve que cm ou^ro! res ! Todos os domingos concertos para os vluvOS, das 15 ás 17 horas "
Nicoló PAGANINI, [oi O maior violinista que já existiu, algumas das músicas que compôs são rápidas e difíceis que nenhum violinista conseguiu jamais executá-las, foi iss > que levou Seus contepórâneos a afirmar qué o Diabo o auxiliou. Beiiiamino GIGLI, o grande tenor ilal ano da atualidade deu lal brilho ao seu desempenho do pappel de "Vasco da Gama" na "Africana" de Mayerbeer. no Metropolitan Opera I louse de New York, (pie uni descendente de Vasco da dama. pjesenteoil o com uni anel (pie pertenceu ao grande navegador.
RECREAÇÃO
No cemitério de Brooklyn lê-se êrti cartaz: "Túmulos de primeira ordem, situação única. Panoramas maravilhosos para o mar. Tranqüilidade absoluta. Os que os experimentarem não querem mais deixá-los".
O TEATRO MUNICÍPAL DE S. PAULO, foi inaugurado em 1911 com a ópera " Hatnlet" de Thomas, tendq no pape! título do grande Barítono Titta Ruffo,
ESCRITÓRIO, VENDAS E ÇÀO DE PEÇAS:
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Jeanne Crain
a estrela que surge
uma filha?,", considerou ele. "• rol ipie não pergunta a Robert Vouog? , sugeriu \ :III Johnson, "(de já tem quatro f lhas. " " Ora ". respondeu íircgorv l'cck. "eu já perguntei e ele prometeu ensinar-me a conseguir uma filha, se eu o ensinar a arranjar um garoto". Ambos continuam a procurar ;t solução. Dick llaynii.s acaba de desposar Nora Eddington Flynn. Nora foi anteriormente esposa de Errol Flynn. Clark Gable é. talvez, o astro mais comentando de Hollywood, na semana passada ele compareceu a um dos night-clufo.s da cidade do cinema com Anil Sothern, na noite seguinte íoi ao "Mocambo" com Paulette Goddard, curiosos os cronistas perguntáram-lhe quem seria seu "ene ntro" do dia seguint■■, e Clark cortou delicadamente, mas com energia, os comentários — " Amanhã cncontrar-niei-ei com Spencer Tracy". VemoS ao lado uma lotoYvonne de Cario Fará no film "The Cal Who Toqk The West" o papel de uma anciã. A caracterização da bela estrela é muito custosa e leva cinco horas ;>ara ser feita. Ann Blyth é a jovem e bela estre linha que vcnii , na foto ao lado., desde sua estrei;, ela SÓ tem feito filmes com galas " madu ros ". Ouvida a respeito pêlos cronistas Ann declarou (pie gosta muitissi mo de trabalhar ao lado dos " vclhotes". Ann já trabalhou com Charles liover. William Poweil, Robert Montgmery. liing (. rosby, e outros. \nunciam os repórteres cinematográficos de Hollywood que aí vem a maior revelação do cinema de 1949. Trata-se da jovem estrela Joan Evans, Joan trabalha com hai ley Granger no filme" Roseanna McCoy" qui ainda não tem nome em nossa lingua.
Mais rico que Agha Klian... E' o mar que possui em suas águas liü 501) toneladas de ouro. Distribuída esta bagatela aos 2.500.000.000 de habitantes da Terra caberia cada um 26,600 kfi. Torre de Babell Diz a Bíblia a respeito da Torre dè Babel. que Jeová puniu aos homens em seu orgulho, fazendo com que nau mais se entendei sem, o que deu causa ao aparecimento das línguas. E que» a confusão foi grande, não há dúvida, pois fala-se hoje, 2.796 línguas e dialetos. Mais peças que os segundos de um dia... O relógio da Catedral de Beauvais, na França, com seus doze metros de altura tem 90.000 peças, isto é, para marcar segundos, tem mais peças que os segundos de um dia. Um homem caprichoso I Queops. faraó do Egito, teve o capricho de construir a pirâmide de Khufu para nela repousar eternamente. O modesto túmulo para ser edificado deu trabalho a 300.000 escravos. /^f ' mi () y^t
o jantai- estava um [louco atrazado, -endo assim, a anfitriã tocava plano. Acabada a peça, permaneceu imóvel ei pei ando. Ante o silencio ela voltouse para seu li" pi
(le e perguntou-lhe: "O senhor gostarin de unia sonata ali i;ie tez ares de surpreazer. "Sim, muito obrigado. Eu I,I jc4e antes de vir aqui, mas, lie posso agüentar outro" Um dia Maria/i nha veio da Escola mais cedo que de costume. Ao chegar, ela ficou na ponta do pé e locou a campainha Ninguém respondeu. T o c o u outra ve/ por longo tempo. Ainda nao responderam, Começou, então, a bater na porta. Ninguém a abriu. DeSes perada ela subiu em um pequeno eai-
COMERCIÁRIO: Desejando receber todo o mes, gratuitamente, este jornal, preencha este "coupon" e remeta-o para a redação do "O Se»c em Marcha" — Rua Florencio de Abreu, 305 — 7." Andar •— São P aulo.
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xote e gritou na janela em voz tão alta. que qualquer um podia ouvir: "Abra, Maniãi! Sou eu. não é o cobrador!" No primeiro (ha de aula de Pedrinho sua professora perguntou-lhe se conhecia o alfabeto: "Sim senhora", respondeu êle. "Bem, entfio, responda-me qual a letra que vem depois do A". 'Todas elas", respondeu rapidamente o garoto, Um casal travava violenta discussão e d marido loi o primeiro a ceder seus argumentos. — Querida, estive pensando a respeito e cheguei ã conclusão de que concordo com você. isto piora muito, 1 eu já mudei dt idéia!
Que peso! A Terra pesa nada mais nada menos, que 5.881 quatrilhões de toneladas.
LQ4DIO 1.11/ GONZAGA, grande cantor c compositor, um dos mais excelentes propagadores da singela música regional, conseguiu cxpetaCular sucesso em suas exibições ao microfone da (iultura.
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Ksfcvc cm temporada, igualmente vitoriosa, cm São Paulo, o cantor e compositor DORIVAL CAIMI. que reviveu com seus admiradores as belas canções exaltando as coisas do norte, de unia maneira toda pessoal, ocasionando momentos de enbcvccimento aos ouvintes das associadas.
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A maior nota dos últimos tempos, foi dada pela Kxcclsior, com a apresentação do maior cartaz atual da musica francesa, CHARLES TKKNET. As suas exil^M^EjnaKC bicões agradaram plenamente, justiiificanclo o esforço da firma patrocinadora, (tn presentear o públiCo pau lista com audições repletas de encantadores números da música mais em vo ga no momento, TRENET convenceu e deixara saúda des, ipiei' pela sua voz admirável, quer I>< 1 i --eu liumorismo natural e expontâneo, quando visto pessoalmente.
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A i elejire melodia de aniversário americana, lera que ceder lugar ago i ,t entre nós, a uma extritamente nacional, pois José Maria de Abreu q Allv lio K .1 ou 11. acabam de coul ai a XII.O SÉRGIO, a criação de uma ,,,el dia de música c letras Imlissimas, que poderão cobrir plenamente a ':1" euna que deixará ?i retirada da mua ■ in ipreço.
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A música francesa tem em IVON (TRI, a voz revelação do rádio fora sileiro uni grande intérprete. I\l>\ assi nhorcoii-sc do nosso público, ipic disputa avidamente s u a s gravações. Seu maior sucesso api sar de sua espe< ,!,di.ação cm um sica francesa, loi a toada de llcrvc Cordovi! e Rochi nha " Mc leva ". tendo no verso " (iauchita ", d e Humberto 'Teixeira e Luiz (ion/.aga, interpretando ambas COm a colaboração de Carmeha Uves,
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O SESC EM MARCHA
NOVEMBRO DE 194ÍI
pelo corpo Orfeõnico da Escola SENAC, teve início a sessão solene de abertura da competição. 0 deputado lírasilio Machado Neto saudou as delegações e discorreu sdbre o. objetivos do SESC-SENAC e sobre a festa de confraternização dos comerciários, que estava se realizando.
Brasilio Machado Neto entre os valorosos voleibolistas da Construtora Monolítica e io Nagib Saien. I OLIMPÍADA COMERCIARIA Como parte das comemorações do l)i.-i do Comerciado, o departamento esportivo do Serviço Social do Comércio (SESC) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SFX.YCi. organizou paru OS dias 29 e 3t.t último, uma interessante competição inii tulada I Olimpíada Comerciaria, e que contou com a participação de vá rias cidades do interior do Estado. A sessão solene dè abertura, marrada para às 20 c 30 de sábado foi precedida com jogos eliminatórios realizados durante o dia, afim de apurar os quadros finalistas, tanto de bola ao eesto COmo de futebol. FUTEBOL As 8 horas da manhã, no campo do E. C. São Jorge, liana Funda, foram disputadas as partidas eliminatórias de futebol, entre os quadros do Interior do Estado. Os resultados foram os seguintes: Taubaté, 4 vs. Palmital, 1; Santos, 4 vs. Campinas, 3; Bento de Abreu, 2 vs. [tápolís. 0. Xa rodada i' nal, realizada à tarde, apresentou Ò seguinte resultado: São José do Rio Preto, 4 vs. Taubaté, <); Santos, 1 vs. Bento de Abreu, 0. Cora esses resultados classificaram-se para a peleja final os quadros representativos d. Santos e de São José do Rio Prcte O encontro entre 'ambos foi dos mais movimentados, tendo os rapazes de São José cio Rio Preto levado a melhor pela expressiva contagem de I a 0. A tarde jogaram o Fábio Basto-, da capital e o S. Magalhães, de San-
JOGO FINAL DE BOLA AO CESTO \]ios as solènidades de praxe entraram na quadra as turmas de Sorocaba e do Breguetes desta Capital, ambos finalistas do certame de bola ao cesto. Confirmando suas qualidade de bons cestobolistas, os comerçiáriode Sorocaba venceram o Breguetes pela contagem de 50 a 31. dentou trando excelente preparo físico e té< nico. Os jogadores sorocabanos levantaram assim o título de campeões de bola ao cesto da I Olimpíada Comerciaria. JOGO FINAL DE FUTEBOL Sábado, á tarde TIO campo do E. C. São Jorge foi disputada a peleja fi nal de futebol entre as turmas de São José do Rio Preto campeã do interior e do Mappin Stores, campeã da Capital. O encontro era esperado com
interesse unia vez que o clube de São Paulo venceu o torneio do SESCSENAC invicto e. em jogos amistosos, vinha derrotando quadros após quadros, ao passo que o São José do Rio Preto havia vencido, com certa facilidade, todos os participantes do interioi da (Hmpíada Comerciaria. F o jogo correspondeu a expectativa, destacando-se pelo ardor e entusiasmo dos 11 elcmenti s. Venceram os rapais de São José do Rio Preto por 3 a 2, numa peleja das mais equilibradas onde qualquer um poderia ser o vencedor sem que isso causasse surpresa. Os representantes do interior, por intermédio de Sorocaba (campeã de bola ao cesto) e de São José do Rio Preto (Campeã de futebol), levantaram assim a disputa da I Olimpíada
Universitária. Domingo, à noite, na Escola SFXAC, foi realzada a solenidade de entrega dos prêmios aos vencedores, presidida pelo dr. João Pacheco Chaves. ÀS 11 horas, do mesmo dia teve início mu grande baile oferecido ás delegações pelas entidades comercia rias.
tos, ambos campeões de 1°4.S de suas respectivas cidades. Venceu o Fábio lia-to- |>or 2 a 1. BOLA AO CESTO Também pela manhã de sábado foram disputadas as eliminatórias de bola ao cesto entre os quadros dos co uiciviáriiis do interior, na Escola SENAC, á rua Galvão Bueno 7ü7. Os resultados foram estes: Catanduva, 73 vs. Bauru, 13: Taubaté, 52 vs. Bauru, 2?; Sorocaba, -14 vs. Catanduva 39. A tarde foi realizado o jogo final colocando frente à frente os comercia rios de Sorocaba e de Taubaté. Ratificando sua recente vitória na disputa dos Jogos Abertos do Interior, a cidade de Sorocaba venceu Taubaté
Lance do jogo decisivo entre Mappin e Rio Preto por 42 a 25. () encontro, desde os primeiros lances, foi todo Favorável aos sorocabanos que impuzeram aos adversários seu melhor padrão de jogo e tornando-se. com esse feito, campeões dos comerciários do interior.
N." 1
NOVEMBRO
ANO I
Inaugurados em Botucatu um centro do SESC e uma Escola SENAC Xo último, sábado, em Botucatu, o SF.k\ [ÇO SOCIAL DO COMÉRCIO e o SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM COMERCIAL inauguraram duas novas unidades de assistência aos comerciários que receberam o nome de Centro Social e Escola "Antônio Gonçalves Leite Mont Serrat". Participaram das solenidadenumerosas pessoas representativas dos meios sociais daquela cidade, autoridades civis e eclesiásticas e, particularmente, representantes do comercio e dos comerciários. Botucatu recebeu também uma com tiva .desta t apitai, composta dos srs. Brasilio Machado NetO, president.' do- Conselho, Regional- do SESC e do SENAC: Paulo Uchôa de Oliveira, do Conselho Regional >\o SESC; Ângelo Parmigia ni, Adcrbal da Costa Moreira e Fcidr nando Prospero, respectivamente, presidente e diretores da Federação dos Empregados no Comercio i\o bis ■
tado de São Paulo; Antônio Gonçalves Leite, que representou o patrono do Centro e cia Escola; Rui Xogueira, do Conselho Regional do SF.SC e João Pacheco Chaves e Rubens Machado diretores gerais do SENAC e do SESC. Por ocasião da inauguração do novo (entro Social do SESC e da nova I-isi Ia SENAC, os (piais foram instalados na Praça Isabel Arruda, vários ei:,nicres discursaram e, entre eles, os srs. João Passos, presidente da Associação Coincrc.al de llotucatu, Milton Marano, liras.lio Machado Xeto, Deputado Antônio Silvio da Cunha Bueno, Adcrbal da Costa Moreira. Fdgard Rafaeli, Ângelo Parmigiani, Antonio Gonçalves Leite e João Páche co Chaves. A noite, a Associação Comercial de llotucatu homenageou o sr. Brasilio Machado Xeto e a delegação de Sao Paulo, com um grande banquete.
A equipe do Mappin Stores Campeã de 1949
SESSÃO SOLENE DE ABERTURA Sábado à noite a hora marcada para a abertura da sessão solene da I Olimpíada Universitária, grande número de espectadores c esport stas lotavam as dependências da Escola SENAC, afim de apreciarem es festejos que ali se desenrolariam. A [estJ começou com O desfie das delegações e dos clubes comerciários da Capital, todos envergando vistosos uniformes, numa demonstração de sadia disciplria. Estavam presentes, além do dr. lírasilio Machado Neto prevdenl ■
dos Conselhos regionais do SESCSENAC, vários COtl elheiros dessa instituição e numcii sos representante de firmas comerciais. Após a r\ecuc,ão do Hino Nacional Brasilio Machado Neto, Paulo Uchôa de Oliveira. João Pacheco Chaves, Rubens Leme Machado e João Di Pietro, surpreendidos nesie instantâneo quando da decisão do título de campeão da cidade de Santos, torciam eniusiàsiicamente pelos futebolistas comerciários.
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