Módulo 4_anotações

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Escola Profissional de Desenvolvimento Rural do Rodo CURSO PROFISSIONAL DE TÉCNICO DE APOIO À INFÂNCIA Ano: 2.º Turma: L — Ano letivo 2011 / 2012 Disciplina: Expressão Plástica

MÓDULO 4 PATRIMÓNIO CULTURAL, ARTÍSTICO E ARTESANAL

Nº DE AULAS PREVISTAS (45 min.)

Nº DE HORAS PREVISTAS (60 min.)

Número de aulas: 40 aulas

Duração e Referência: 30 horas

Âmbito dos Conteúdos: 1. Conceito de património cultural, artístico e artesanal; 2. Hierarquia das artes; 3. Arte popular (o teatro e as máscaras); 4. Fantoches e marionetas; 5. Objetos artesanais articulados; 6. Festas populares; 7. Arte portuguesa (azulejaria); 8. Interpretação da obra de um artista contemporâneo.

Neste módulo pretende-se realizar um estudo do património cultural, artístico e artesanal. Para o efeito, serão apresentadas diversas noções básicas de arte geral, de arte portuguesa em particular e de artesanato.

OBJETIVOS: * Reconhecer os conceitos de património cultural, artístico e artesanal; * Elaborar fantoches, marionetas e máscaras; * Construir acessórios para teatros e festas populares.

Professora: M.ª Luísa Marques

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1. Conceito de património cultural, artístico e artesanal É o conjunto de todos os bens, materiais ou imateriais, que, pelo seu valor próprio, devem ser considerados de interesse

relevante

para

a

permanência

e

a identidade da cultura de um povo.

Exemplos: * Castelos, igrejas, casas e praças; * Pinturas, esculturas e artesanato; *Literatura, música, folclore, linguagem e costumes.

2. Hierarquia das artes No campo das artes plásticas são definidos dois tipos de arte: a arte popular e arte erudita. Estas duas “formas” de arte também costumam ser designadas por artes maiores, arte erudita (pintura, escultura, desenho, arquitetura, etc.), e artes menores, arte popular (todos os géneros de artesanato). As designações em causa têm a ver como relacionamento da primeira ao ato criativo e da segunda a um ato mecânico. Trata-se de uma separação apenas válida para as culturas que a estabeleceram pois, na realidade, existem obras de ourivesaria, tecidos e cerâmicas que são artisticamente mais importantes que muitas pinturas, esculturas e obras de arquitetura de qualidade medíocre. O artesanato é uma das formas mais importantes manifestações artísticas populares, cada objeto tem uma expressão própria que corresponde à necessidade de expressão de gostos, emoções e sentimentos.

3. Arte popular (o teatro e as máscaras) A arte popular compreende manifestações diversas da identidade cultural das populações que as produzem. De origem quase tão remota como a própria Humanidade, e,

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podendo tomar diferentes configurações, o teatro assume-se como uma dessas manifestações. Sendo que a representação é do âmbito da expressão dramática e corporal, no âmbito da expressão plástica interessa-nos abordar as manifestações de teatro em que existe uma forte intervenção das ações por si produzidas – fantoches, máscaras, acessórios.

SUGESTÃO: Visite

a

página

de

internet

do

Museu

Nacional

do

Teatro

(Lisboa)

em

http://museudoteatro.imc-ip.pt/pt-PT/Default.aspx

PROPOSTA 1 O TEATRO E AS MÁSCARAS – conceção de uma máscara de papel

As máscaras permitem que os atores preservem a sua imagem e identidade, separando-os da personagem, e, potenciando um maior exagero da expressão corporal como forma de substituição da expressão facial. Para as crianças a máscara implica uma aprendizagem da expressão muda, obrigando a “falar com o corpo” e não com a voz. Existem várias técnicas de construção de máscara, gesso, papel, a três ou duas dimensões, parciais ou integrais. A escolha da técnica deve atender às necessidades específicas da sua construção, ao tempo disponível e aos materiais que se conseguem arranjar num determinado momento. Assim, quando construímos uma máscara, deveremos atender e pensar em cada um dos seguintes aspetos: (1) Dimensões (meia máscara, máscara inteira, máscara para cobrir a cabeça inteira); (2) Materiais (necessários e disponíveis); (3) Finalidade.

Exemplos de máscaras: caretos, carnaval de Veneza, ópera chinesa. ► Máscaras plana de cartolina ou de cartão recortado Este tipo de máscara constitui a forma mais simples e mais acessível de construir, sobretudo para situações de construção de máscaras inteiras e meias máscaras. Podem usar-se esquemas diversos para a realização de uma construção geométrica da estrutura do rosto, ou, modelos ou moldes que simplificam o processo.

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Depois de definida a estrutura da máscara, tamanho dos olhos, forma do nariz, características de definição de cada um dos elementos que compõem a face da personagem, deve-se passar à definição das cores utilizando os materiais que quisermos ou pudermos utilizar.

A partir do esquema que foi distribuído na aula, construa a sua própria máscara plana de papel utilizando os materiais disponíveis (papeis de cor, jornais e revistas, lápis de cor, marcadores, cola, tesoura).

Seja criativa!

4. Fantoches e marionetas O teatro de “bonecos” tem a capacidade de fascinar tanto crianças como adultos de forma intemporal. Existem vários tipos de fantoches, que diferem pela forma como se manipulam, mas no essencial, e relativamente ao que é exequível para o contexto escolar, podemos definir duas tipologias: (1) o fantoche de luva e (2) o fantoche de fio.

(1) O Fantoche de Luva A sua anatomia reduz-se a uma luva de três dedos, em que o indicador é a cabeça, o polegar e o dedo médio, por exemplo) os braços. Para a construção podemos

da

cabeça

utilizar

matérias

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diversos – ráfia, cortiça, madeira, batatas, cartão moldado, frutos, cabaças, plasticina, gesso, barro, folhas, lã, etc. -, tudo, desde que seja leve. Tal como nas máscaras, para a sua construção devemos pensar nas dimensões, nos materiais e na finalidade do mesmo. É indispensável que a cabeça apresente na sua base um orifício ou tubo para introduzir o dedo que vai permitir manipular o boneco. Quanto à sua cobertura, poder-seão utilizar tintas de guache ou óleo, ou, aplicações como grãos e frutas para tornar a personagem mais cativante e expressiva através da utilização de volumes diversos para os olhos, nariz, orelhas, sobrancelhas, cabelo ou boca. Um dos métodos para fazer a base da cabeça é através da utilização de papel de jornal cortado às tiras e aplicado com cola branca sobre uma meia preenchida com feijão, por exemplo. Por outro lado, também se poderá fazer pasta de papel para trabalhar como se se tratasse de barro, através da técnica da modelação.

(2) O Fantoche de Fio O fantoche de fio, por requerer um maior controlo motor por parte da pessoa que o manipula, não é a tipologia mais aconselhada para crianças em idade pré-escolar. Não obstante, pode constituir um ótimo veículo para contar uma história.

PROPOSTA 2 Fantoches e marionetas – conceção de um “Roberto”.

Sugestão: para mais ideias, consulte a página de internet do Museu da Arte da Marioneta em: http://www.marionetasemviana.com. Expressão Plástica |

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5. Objetos artesanais articulados

Os objetos articulados exercem um especial fascínio em todos nós. A possibilidade de movimentar elementos, em particular quando necessitam da nossa intervenção direta, desperta a criança que há em nós. Não é em vão que as bonecas favoritas das meninas permitem a movimentação dos membros… Também os brinquedos artesanais mais antigos possuíam essa possibilidade. De forma direta, ou através de um mecanismo específico, permitiam que se provocasse algum tipo de movimento/articulação das suas peças. O papel, como material versátil que é, oferece-nos a possibilidade de criar alguns brinquedos de papel articulados. As famosas bonecas de papel, para pintar e para vestir, bonecos tridimensionais com mobilidade de pescoço e/ou pernas e braços ou mobiles são algumas da possibilidades mais fáceis de utilizar.

Proposta 3 Boneco articulado Tomando como base o esquema distribuído na aula, constrói um boneco articulado que a represente a si. Construa o seu boneco!

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6. Festas populares

As festas populares constituem uma importante fonte temática para a construção de elementos decorativos e para a realização de espetáculos dramáticos alusivos. Ao longo do ano, muitos são os motivos que nos podem conduzir à construção de materiais temáticos: regresso às aulas, calendário de aniversários da turma, estações do ano, Halloween, Natal, Carnaval, Páscoa, Dia Mundial da Alimentação, Dia da Água, etc. As festas populares, considerando-se enquanto tal tanto o Natal como o São João, por exemplo, apelam à nossa imaginação e “obrigam” a decorações típicas para a celebração em causa. Típicas do São João, as lanternas de papel são um exemplo fácil de construir.

Construção de uma lanterna de papel: Material necessário: - Cola ou agrafador e agrafos; - Tesoura; - Papel colorido de dupla face ou de fantasia.

Passo-a-passo: 1)

Recorte um retângulo de 30 x 15 cm. Marque com um lápis duas margens (uma superior e outra inferior) de 2 cm cada. Escolha uma delas e faça dois furos a 7,5 cm de cada ponta.

2) Dobre o papel pela metade, na horizontal. 3) Com uma tesoura, recorte linhas verticais, com 1 cm de distância

entre

si,

mas

preservando as margens.

4) Abra o papel e cole as extremidades das tiras que ficaram na ponta.

5) Para finalizar, passe a fita pelos dois furos.

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7. Arte portuguesa (azulejaria) O azulejo assumiu-se em Portugal como uma importante forma de manifestação artística. Enquanto material decorativo, é utilizado pelo seu relativo baixo custo, bem como pelas suas possibilidades de alteração da aparência dos edifícios. Atualmente é uma das produções mais originais da cultura portuguesa, revelando o gosto vigente na época da sua produção.

SUGESTÃO: Para mais informações, visite a página de internet do Museu Nacional do Azulejo em http://mnazulejo.imc-ip.pt/. Para além das informações disponíveis sobre a azulejaria portuguesa, também encontra disponíveis cadernos de atividades para diferentes grupos etários, um recurso que pode servir de fonte para a preparação de atividades de grande interesse de educação artística para a futura prática profissional.

No sentido do aprofundamento dos conhecimentos da história do azulejo em Portugal, também se recomenda a consulta da seguinte ligação do Instituto Camões - http://cvc.institutocamoes.pt/conhecer/exposicoes-virtuais/a-arte-do-azulejo-em-portugal.html.

Para realizar experiências digitais de construção de padrões modulares (unidades que se repetem com ou sem variações) passíveis de serem utilizados em azulejos, visite os seguintes sites: http://iesmcervantes.es/departamentos/plastica/wp-content/uploads/ 2007/01/redtriangulos .swf; http://e-profe.net/blogueartes/wp-content/uploads/2008/12/modulo_triangulo.swf; http://www.educacionplastica.net/embaldosado.html

8.

Interpretação da obra de um artista contemporâneo

Uma obra de arte consiste numa composição visual autoral, isto é, numa manifestação de um artista sobre algo, um assunto ou tema, concreto ou abstrato. Assim, tal como podemos interpretar um texto, analisando-o do nosso ponto de vista, também o podemos fazer relativamente a uma obra de arte visual. Podemos interpretá-la sob o nosso ponto de vista, à luz dos conhecimentos que

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detemos sobre a obra e o seu autor, de forma oral, escrita, ou, produzindo uma composição visual que o manifeste.

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I.

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BASE PARA CONSTRUÇÃO DE MÁSCARA DE PAPEL

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II.

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MOLDE PARA ROUPA E MÃOS DE FANTOCHE

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III.

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MOLDE PARA BONECO ARTICULADO DE PAPEL

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