Os brinquedos ópticos Hoje, ninguém se admira quando vê um filme ou um simples desenho a mexer, mas há um século atrás o cinema era coisa do demônio. No período normalmente chamado de Pré-História do cinema, os brinquedos ópticos, que já desde o século XVII têm vindo a maravilhar inúmeros espectadores, quer em projeções privadas como em público (barracas de feira), foram muito interessantes para despertar a curiosidade em crianças e jovens para os “segredos” do Cinema e particularmente do Desenho Animado. Por incrível que pareça, é um ligeiro defeito do olho humano que permite a existência da animação de imagens em geral, e do cinema, em particular - a persistência retiniana - as imagens ao formarem-se na retina ocular, provocam uma reação química nos cones sensíveis à luz que aí existem. É esta reação química que é traduzida pelo cérebro como uma imagem, reação essa que demora uma pequena fração de segundos (entre 1/10 e 1/17 de segundos). Portanto, as imagens permanecem na retina durante um certo tempo antes de darem lugar às imagens seguintes. A existência deste fenômeno foi provada por volta de 1820, pelo Dr. Paris, que diz que, sem a persistência das imagens na retina não seria possível a existência do cinema. Taumatrópio A palavra taumatrópio significa “que se transforma em algo maravilhoso”. Quando fazes girar o taumatrópio, as duas imagens passam rapidamente à frente dos teus olhos, misturando-se numa única imagem. Folioscópio (Flip-book)
Faz um desenho na metade do papel mais afastada da dobra; coloca a outra parte por cima e faz o segundo desenho, no sítio correspondente, semelhante mas ligeiramente diferente. Enrola a folha de cima em torno do lápis. Passa o lápis rapidamente da direita para a esquerda e da esquerda para a direita. Os desenhos animar-se-ão.
Fonte: http://www.eb23-pedroucos.rcts.pt/escola/projectos/workshopbrinq.htm Fenacistoscópio Consiste de um disco preso por um arame de forma a poder-se fazê-lo girar rapidamente. Nas extremidades do disco, e entre as ranhuras, eram desenhadas 16 figuras em posições diferentes mas seqüenciais. O observador só tinha que segurar um disco em frente a um espelho, com as imagens voltadas para este. Olhando através das ranhuras e fazendo girar o disco era então possível obter uma seqüência de imagens animadas. Zoótropo Um cilindro oco tendo rasgadas nos bordos superiores um certo número de fendas espaçadas regularmente uma das outras. Qualquer desenho colocado no interior dos intervalos situados entre as fendas é visível através das fendas opostas. Se esses desenhos reproduzem as fases sucessivas de uma ação, fazendo girar o cilindro.
Fonte: http://gape.ist.utl.pt/cinema/pdfs/cap-2.pdf