Conexão Varejo - Abril/2012

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Revista do Sindicato dos Lojistas do Comércio de Porto Alegre/RS

Nº 46

abril 2012

Especial

A retomada do Centro Histórico

Sindinews

Mercado

Vitória em favor de lojistas

As (boas) expectativas do comércio para o Dia das Mães

Entrevista O recém-empossado presidente da ACOMAC, Rodolfo Rogério Testoni




Sumário

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Opinião O acesso à educação é a única saída.

Entrevista O novo presidente da Associação dos Comerciantes de Materiais de Construção de Porto Alegre (Acomac), Rodolfo Rogério Testoni.

Desenvolvimento Humano Os atrativos oferecidos pelas empresas para reter talentos.

Finanças

Responsabilidade socioambiental A distribuição de sacolas plásticas por estabelecimentos comerciais está em debate.

Conecs Início das atividades no Congresso Nacional.

Entidade ABRH-RS completa 40 anos contribuindo na formação de profissionais de Recursos Humanos.

Artigo Uso do e-mail e celular corporativos e as horas extras, por Flávio Obino Filho.

Galeria Sindilojas

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Nova tributação dos têxteis gera polêmica.

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Mercado

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Especial

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Cultura

Comércio espera boas vendas para o Dia das Mães.

Centro Histórico volta a pulsar com novos projetos e empreendimentos comerciais.

Empresária e especialista em liderança, empreendedorismo, gestão e vendas, Leila Navarro, ministra palestra magna para associados do Sindilojas POA.

Destaques da Entidade em imagens.

Artigo Os segredos da negociação estratégica, por Renato Hirata

Sindinews Notícias e informações do setor varejista.

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Polo Comercial Bourbon Shopping Wallig inaugura uma nova fase em uma das mais tradicionais regiões comerciais de Porto Alegre.

Associadas Speed Work e Paparico.

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Milton Moraes

Opinião

Expediente

* por Ronaldo Sielichow

Sindicato dos Lojistas do Comércio de Porto Alegre/RS Rua dos Andradas, nº1.234. Edifício Santa Cruz, 22º andar – Centro Histórico Porto Alegre/RS Fone: (51) 3025.8300 Fax: (51) 3228.1123 www.sindilojaspoa.com.br

Acesso à educação é a única saída

Unidade Shopping Total Avenida Cristóvão Colombo, 545, loja 1122 Fone: (51) 3018.8122 Diretoria Sindilojas POA Presidente: Ronaldo Sielichow Vice-presidente: Paulo Kruse Vice-presidente Administrativo: Daniel Casais Vice-presidente Financeiro: Marco A. Belotto Pereira Vice-presidente de Relações de Trabalho: Sergio Axelrud Galbinski Vice-presidente Comercial: João Rodrigues Vice-presidente de Comunicação e Marketing: Paulo Penna Rey Vice-presidente de Relações Políticas e Institucionais: Arcione Piva Diretor Administrativo: Roni Zenevich Diretor Financeiro: Augusto Hecktheuer Diretor de Relações de Trabalho: Vladimir Machado Diretor Comercial: Tarcísio Pires Diretor de Comunicação e Marketing: Antonio Gomes Diretor de Relações Políticas e Institucionais: Antonio Sanzi Suplentes: Alécio Ughini, Eduardo Suslik Igor, Gustavo Orlandini Schifino, Irio Piva, José Galló, Manoel Motyl, Marivaldo Tumelero, Mauro Suslik Tornain, Moacir Sibemberg, Nádia Regina Almeida, Nelson Jawetz, Ricardo De Conto, Silvio Sibemberg e Vilson Noer. Diretores Adjuntos: Eduardo Spunberg, Eduardo Lasevitch, José Rodrigues, Luiz Caldas Milano e Roberto Zimmer Conselho Fiscal: Lídio Ughini, Wilson Scortegagna e Alcides Debus Suplentes: Carlos Schmaedecke, Hermes Queiroz e Orisvaldino Magnus Scheffer Conexão Varejo Publicação do Sindicato dos Lojistas do Comércio de Porto Alegre (Sindilojas POA), produzida pela Uffizi Consultoria em Comunicação. As colaborações e sugestões de pauta para a publicação devem ser enviadas para revista@uffizi.com.br Atendimento ao leitor e Assessoria de Imprensa: Sindilojas Porto Alegre imprensa@sindilojaspoa.com.br Fone: (51) 3025-8323 Conselho Editorial – Sindilojas POA Presidente: Ronaldo Sielichow Vice-presidente de Comunicação e Marketing: Paulo Penna Rey Diretor de Comunicação e Marketing: Antonio Gomes Superintendente: Márcio Allegretti Gerente de Comunicação e Marketing: Karin Souza Assessor de Imprensa: Vinícius Ghise Estagiária de Comunicação: Kamila Karolczak

É

fato consolidado que o momento econômico brasileiro está positivo. Crescemos e aparecemos para o mundo como país que merece ser respeitado e visto como a potência que sua extensão territorial e capacidade de trabalho lhe conferem. Porém, chegamos ao ponto em que nosso principal gargalo para a manutenção desse desenvolvimento consiste na educação. Sim, temos mão de obra, mas faltam-nos profissionais especializados, capacitados, informados, com formação acadêmica. Esse ponto tem sido enfaticamente exposto nas mídias e nós, empresários responsáveis pela empregabilidade das pessoas, sabemos o quanto a educação é primordial para um país ser grande. Com isso em mente, tenho me empenhado como presidente do Sindilojas Porto Alegre e cidadão consciente pela desoneração tributária dos materiais escolares. A medida é necessária para o desenvolvimento da educação no país e como já ocorre com o setor de materiais de construção, que terá IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) reduzido até o final de 2012, nós fazemos a mesma reivindicação para essa área importante. Se a redução do IPI para os materiais de construção valerá até o final de 2012 e está possibilitando a manutenção do bom desempenho ao setor, já que representa preços mais baixos aos consumidores, o bom exemplo precisa também chegar aos materiais escolares. A carga tributária para materiais escolares passa de 40% em muitos produtos e é fundamental promover o acesso a eles com menor peso no bolso da população. É inadmissível que os impostos para esse tipo de produto sejam tão altos. Um levantamento do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário mostrou que a compra do material escolar contribui como um dos itens mais pesados para o bolso dos brasileiros e, em alguns casos, dificulta o acesso à educação. Existe no Senado um projeto de lei que estabelece uma completa isenção em tributos federais, estaduais e municipais sobre os materiais escolares, uniformes e equipamentos utilizados continuamente pelos estudantes. A elevada taxação tributária nos materiais escolares hoje ocorre pelos vários tributos embutidos nos produtos – estaduais e federais. O Sindilojas Porto Alegre se posiciona ampla e abertamente a favor da isenção ou, ao menos, da redução dos impostos sobre os artigos de material escolar. Queremos e precisamos de homens e mulheres de posse do único bem que nada nem ninguém nos tira: o conhecimento. Somente assim seremos, realmente, um país forte e respeitado, uma potência mundial. *Presidente do Sindilojas Porto Alegre

Princípios organizacionais Edições Anteriores Acesse o site do Sindilojas Porto Alegre e baixe a Conexão Varejo em formato PDF.

MISSÃO “Representar, defender e promover o desenvolvimento da classe lojista, com excelência em serviços, gerando benefícios e vantagens para categoria,

Uffizi Consultoria em Comunicação Diretor Executivo: Almir Freitas (MTb/RS 5.412) Editora: Karla Pimentel Redatores: Gabriela Sitta, Gullherme Jaeger, Jaíne Martins Projeto Gráfico e Editoração: Carla Cadó Vielmo Dietrich Revisão: Luana Aquino Colaboradores: Flávio Obino Filho e Renato Hirata Fone: (51) 3330.6636 Comercialização: Sindilojas Porto Alegre Gerente Comercial: André Zurita Contato: comercial@sindilojaspoa.com.br ou pelo telefone: 3025-8300 Impressão: Pallotti Tiragem: 10 mil exemplares * Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores

associados e sociedade”.

VISÃO “Ser referência nacional em entidade patronal sendo decisivo no desenvolvimento do comércio varejista de Porto Alegre.”

VALORES Ética: Respeitar normas e diretrizes

como um time, somando competên-

da Entidade com honestidade e inte-

cias para alcançar os objetivos.

gridade.

Transparência na gestão: Dar

Comprometimento: Ter compro-

visibilidade aos processos, ações e re-

misso e responsabilidade com os ob-

sultados da Entidade.

jetivos

da

Entidade

demonstrando

iniciativa e proatividade junto aos as-

Inovação: Buscar soluções criativas e ideias inovadoras frente aos desafios.

Foco no resultado: Ser eficaz na

Responsabilidade Socioambiental: Em suas ações, considerar a sus-

defesa de suas bandeiras.

tentabilidade em benefício da socieda-

Trabalho em equipe: Trabalhar

de e do meio ambiente.

sociados.


Entrevista - Rodolfo Rogério Testoni Natural de Gaspar (SC), o novo presidente da Associação dos Comerciantes de Materiais de Construção de Porto Alegre (Acomac), Rodolfo Rogério Testoni, atua há 34 anos no setor. Veio a Porto Alegre com a esposa, em 1980, para trabalhar na empresa que hoje é proprietário, a GTA do Sul. A loja atua no fornecimento e instalação de materiais de acabamento para construção como forros, divisórias e isolação termoacústica em todo o Estado e Santa Catarina. Empossado em 12 de março para a gestão 2012/2013 da Acomac, Testoni planeja dar continuidade aos projetos da entidade e torná-la ainda mais representativa, além de treinar e capacitar pessoal. A entidade completa 35 anos em 22 de julho. Conexão Varejo – O senhor assume uma entidade que representa o setor em que condições? Como é que o senhor avalia hoje o setor de materiais de construção civil? Rodolfo Rogério Testoni – O setor de material de construção vive um momento favorável, de muitas oportunidades. Existem várias obras de grande porte, infraestrutura, saneamento básico e habitacional, mas nem todos os materiais passam pelas lojas. No projeto Minha Casa Minha Vida, por exemplo, que é uma obra popular e de baixo custo, é fornecido pela indústria à construtora, portanto, o comércio varejista não participa desses resultados que são importantes para o desenvolvimento do setor. Conexão Varejo – O setor estava preparado para esse crescimento que se verificou nos últimos três anos, quatro anos? Rodolfo Rogério Testoni – O setor tinha estrutura básica para

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A hora é da capacitação

isso, mas não tinha mão de obra especializada para atender a necessidade. Hoje ainda existe essa carência devido à grande demanda na construção civil. Todos os setores estão treinando, as indústrias estão apoiando a capacitação, inclusive da mão de obra feminina. Na Acomac já tivemos proposta para treiná-las e acredito que isso acontecerá, pois quem circula pelos canteiros de obra sabe que é uma realidade. Entidades como Senai e o projeto Mão na massa, apoiado pela Petrobrás, oferecem cursos para elas. Além da escassez de mão de obra também ocorre a

alta rotatividade porque as pessoas buscam melhores oportunidades de trabalho e qualidade de vida. Conexão Varejo – A indústria participou ou vem participando ativamente há alguns anos de uma política de barateamento de produtos através da importação. Várias empresas têm se preocupado com isso para disputar mercado ante uma indústria nacional muitas vezes com um produto de valor unitário mais alto. Como o senhor encara esse processo de importação de produto? Rodolfo Rogério Testoni – Por


um lado, é bom, porque assim aumentar o quadro social. Querebarateia-se a construção. Por outro mos mais empresas participantes lado, deixa-se de gerar empregos da Acomac Porto Alegre. e, consequentemente, prejudica, em alguns casos, a indústria local. Conexão Varejo – O senhor faMandar dinheiro para outros paílou em dar sequência aos projetos. ses tem prós e contras: compra-se, Algum lhe chama mais a atenção importa-se e sucateia-se a indústria ou alguma aposta em especial? nacional. Isso acontece também no Rodolfo Rogério Testoni – Apossetor de vestuário, eletrônicos, entamos na formação de mão de obra tre outros. Deveríamos olhar com especializada através de cursos, mais critério para palestras, ofios produtos que cinas e demais “A Acomac Porto Alegre eventos. Pretenestamos trazendo tem uma posição de destaque demos também porque os de baixa qualidade são melhorar as em nível nacional e tudo bem inferiores instalações da que nós conseguimos será nossa sede, prinaos nossos. As indústrias tiveram conduzido para treinamento e cipalmente do que se adequar, salão de eventos. capacitação do pessoal”. ajustar seus custos e preços por Conexão Vaconta dos importados, que são forrejo – Qual a maior dificuldade hoje tes concorrentes e que nem sempre para a Acomac? têm a qualidade esperada. Rodolfo Rogério Testoni – Os poucos recursos de que dispomos, Conexão Varejo – O consumidor provenientes de mensalidades e está sendo beneficiado por essa patrocínios. Por isso é importante política de importação ou, em fune fundamental o apoio que recebeção da qualidade, muitas vezes, mos dos nossos colaboradores e ele tem um prejuízo maior? das empresas parceiras que particiRodolfo Rogério Testoni – Sim, pam ativamente da nossa entidade. o consumidor é o beneficiado porque estão conseguindo preços mais Conexão Varejo – Quais as exbaixos. Como disse anteriormente, pectativas do setor de material de existem produtos importados de construção para 2012? boa qualidade e outros nem tanto. Rodolfo Rogério Testoni – Para Para aquele consumidor que con2012 as expectativas são boas. O sidera apenas o preço e despreza mercado está bastante aquecido e a qualidade, em algum momento, poderá contabilizar prejuízo.

a previsão é de que se acentue no segundo semestre porque estamos em ano eleitoral e temos muitas obras relacionadas aos eventos esportivos. O nosso lojista deve aproveitar para transformar essas oportunidades em negócios. Conexão Varejo – E a isenção de imposto para os materiais de construção permanece? Rodolfo Rogério Testoni – Pela primeira vez na história se teve isenção ou redução de IPI na cesta básica da construção civil e isso ajudou no desempenho. Devemos continuar nossas buscas pelos benefícios para o segmento. Conexão Varejo – A entidade tem um evento que é o carro-chefe... Rodolfo Rogério Testoni – A entidade apoia dois grandes eventos no segmento da construção, os maiores do Sul do país. A Construsul – Feira Internacional da Construção, sua 15ª edição acontecerá entre os dias 01 e 04 de agosto. E também a Expoacabamentos, chegando a sua 6ª edição, de 18 a 21 de outubro. São realizadas no Centro de Eventos da FIERGS. Juntamente com a FECOMAC - Rio Grande do Sul, a ACOMAC Porto Alegre organiza o Ecomac Sul, evento itinerante na região Sul, este ano será em Santa Catarina e em 2013 aqui no Rio Grande do Sul.

Conexão Varejo – O senhor já pensou que planos adotar à frente da Acomac pelos próximos dois anos? Que política empregar na associação? Como o senhor pensa em conduzir a entidade? Rodolfo Rogério Testoni – Levaremos com afinco o legado deixado pelos presidentes anteriores. Nossos planos são dar continuidade aos projetos e metas da entidade com ações que visam fortalecer o associativismo, capacitar o setor e

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Desenvolvimento Humano

Incentivo à capacitação para reter talentos Oferecer educação aumenta a motivação e o engajamento dos colaboradores

O

equilíbrio entre a demanda por empregos e a oferta de salários e benefícios muito semelhantes no mercado profissional tem feito com que as empresas ofereçam atrativos como educação para reter talentos. Ao contrário das demais vantagens, o funcionário não perde o conhecimento adquirido ao deixar a empresa, além de beneficiar tanto colaboradores quanto empregadores. A proprietária da Potenciale Gestão de Pessoas, psicóloga Andréa Abs De Agosto, considera que educar “é uma forma de reter talentos nas empresas, aumentar a motivação e o engajamento, além de elevar a inteligência corporativa”. Ela entende que educar também é uma forma de reconhecimento, principal queixa dos empregados, pois demonstra que a empresa aposta, acredita e está investindo no futuro do colaborador. Aperfeiçoar o atendimento e

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complementar a formação dos funcionários é uma preocupação constante da Papelzito Papelaria e Informática. “Incentivamos os colaboradores a buscarem qualificação, oferecendo cursos como de Técnicas de Atendimento de Vendas e Vitrinismo oferecidos pelo Sindilojas Porto Alegre”, afirma o sócio-gerente Delmar Moers. A coordenação da empresa também participa de cursos. Moers estima que tenham sido qualificados mais de 20 colaboradores. Ele percebe que, além de demonstrar a valorização, a educação fornece mais segurança aos colaboradores no desempenho de suas funções. Acredita ainda, que há melhora tanto na imagem da empresa perante os clientes ao apresentar um colaborador mais qualificado no atendimento quanto no relacionamento e na interação entre os funcionários. “Há interesse dos colegas em saber o que foi aprendido, bem como dos colaboradores participantes do cur-

so em repassar esse conhecimento e trocar experiências”, conta. Andréa, da Potenciale, destaca que essa troca de informações, experiências e convivência com outros profissionais faz com que o colaborador volte para a empresa com soluções novas para problemas velhos. “Esse conhecimento amplia o capital intelectual da empresa, ou seja, ela se enriquece ficando mais inteligente e aumenta assim a sua capacidade de lidar com adversidades e momentos de crises ou mudanças”, explica. A especialista, entretanto, observa que a educação não é um benefício de retorno imediato, de modo que deve ser oferecida como um investimento de médio e longo prazos. As Lojas Colombo têm percebido que, a partir da participação em cursos de qualificação, os colaboradores conseguem sugerir melhorias para a empresa, além de ampliar seu conhecimento sobre o varejo e se atualizar. O gerente de Recursos Humanos José Luiz Tomanchievicz afirma que oferecer educação é uma forma de reter os colaboradores e contribui para o clima interno. A empresa, além de treinamentos presenciais de curta duração, também está oferecendo qualificação aos seus funcionários via educação a distância (Ead) em parceria com a Universidade de Caxias do Sul (UCS). O objetivo do curso de Gestão do Varejo é formar para uma visão integrada focada nas transações comerciais relacionadas ao varejo, além de possibilitar ao colaborador realizar análise das mais recentes transformações e tendências de sua área de atuação e desenvolver-se profissionalmente no varejo.


Finanças

Nova tributação dos têxteis gera polêmica Indústria e varejo divergem sobre as vantagens da alíquota incidir sobre o peso do produto Foto: Divulgação

O novo imposto não diferencia os produtos por mercado, qualidade e nem tipo de material utilizado

A

mudança na política tributária para a importação de têxteis anunciada no final do ano passado pelo ministro da Fazenda Guido Mantega deve entrar em vigor em abril e a alíquota será cobrada sobre o peso do produto e não mais sobre o valor declarado e tem como objetivo combater o subfaturamento e a concorrência desleal. Para o vice-presidente do Sindilojas Porto Alegre, Paulo Kruse, a medida é muito importante, pois permite que as indústrias brasileiras concorram com os produtos importados. Antes os têxteis eram importados e vendidos com valores abaixo dos nacionais. A Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) defende a mudança alegando que, no ano passado em comparação a 2010, a produção de têxteis na-

cional caiu 15% e a de vestuário, 4% em volume, enquanto houve aumento de 40% nas importações de vestuário. Em 2011 o Brasil importou 1,165 bilhões de quilos, sendo que o Rio Grande do Sul foi o sexto estado com o maior número de aquisições de mercados externos (29 milhões de quilos), conforme números da associação. A estimativa da entidade é de que o setor terá fechado o ano com déficit na balança comercial de US$ 4,7 bilhões, com US$ 1,4 bilhão em exportação e US$ 6,1 bilhões em importação. Conforme a Confederação Nacional da Indústria (CNI), nos dois últimos anos a indústria brasileira perdeu 770 mil empregos, dos quais 250 mil no setor têxtil. Juntamente com vestuário e acessórios, o setor é responsável por 4,9% do Produto Interno Bruto (PIB) da indústria

e representa 10,6% dos empregos da atividade industrial. Em nível mundial, o segmento têxtil brasileiro ocupa o quarto lugar no ranking.

Mesmo peso, tributos diferentes O advogado tributarista Eduardo Plastina acredita que se o novo imposto não diferenciar os produtos por mercado, qualidade ou tipo de material utilizado, o governo irá faturar apenas em têxteis sem grandes valores agregados e perder na tributação dos têxteis de luxo. Ele considera que, mesmo que haja sonegação e subvalorização do importado de luxo, a tributação sobre o valor declarado compensa mais do que a incidente sobre o peso. Na mesma linha de pensamento está o proprietário da Confraria Masculina, Carlos Schmaedecke. “São matérias-primas diferentes, valores diferentes e chegar ao fim e tributar pelo mesmo peso é ridículo”. Ele argumenta que vários tecidos têm fibras e pesos diferentes e que, com a nova tributação, tecidos que hoje são mais caros serão comparados com outros de menor qualidade. Ele afirma que o governo, ao tentar resolver exclusivamente o seu problema de subfaturamento, acabará criando outro. Para o consumidor final, Carlos acredita que os têxteis de inverno ficarão ainda mais caros. O tributarista também prevê a possibilidade de haver aumento do custo do produto de baixo valor agregado e diminuição do preço do sofisticado. O valor fixo do tributo ainda não foi divulgado. A medida aguarda aprovação da Organização Mundial do Comércio (OMC). Se entrar em vigor, Eduardo Plastina considera que pode haver retaliação por parte de exportadores da China. Para 2012, a Abit estima que a indústria têxtil e de confecção cresça 1,5% em volume de produção e fature US$ 63 bilhões, valor praticamente estável em relação ao ano passado.

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Mercado

Boas expectativas para o Dia das Mães Os lojistas esperam boas vendas na segunda melhor data para o comércio

A

expectativa para o desempenho de vendas no comércio para o Dia das Mães não poderia ser melhor. A previsão dos lojistas é que os negócios para a data tenham um aumento de 10% a 12%, comparado com a mesma data em 2011. No ano passado, a Serasa Experian registrou crescimento de 12,4% com relação a 2010, melhor desempenho desde 2003 no país,

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quando a empresa começou a fazer o levantamento. O presidente do Sindilojas Porto Alegre, Ronaldo Sielichow, afirma que as expectativas de venda para o Dia das Mães são boas. “O mercado está aquecido e a data possui um grande apelo emocional. O Dia das Mães ocupa o segundo lugar em número de ven-

das, atrás apenas do Natal”, explica. Ele acrescenta que as vendas nessa data também são influenciadas pela queda da temperatura e pelo lançamento da coleção outono inverno. Os produtos mais procurados, segundo Ronaldo, devem ser vestuário, calçados, acessórios, cosméticos, eletrodomésticos, joias e celulares. Atílio Manzoli Jr., diretor da Manlec, rede com 49 lojas no Rio Grande do Sul, espera um aumento de 10% a 12% nas vendas com relação ao mesmo período do ano passado. Em razão do frio, o produto mais vendido deve ser a máquina de lavar roupas. Computadores, celulares, televisores LCD e linha branca, como refrigeradores e fogões, também devem figurar entre os mais procurados para presentear as mães no dia 13 de maio. Já a Tok, empresa com 20 lojas no Rio Grande do Sul e Paraná, acredita que as peças de tricô e os casacos de feltro devem ser os mais procurados. A empresa projeta um aumento de 12% nas vendas. Todo ano a loja cria uma campanha específica para a data e normalmente utiliza o “Compre e Leve”, em que a cliente que faz compras acima de determinado valor e paga mais um percentual simbólico, leva para casa um produto exclusivo da loja. Para atender à demanda, a Paquetá inOs objetos do desejo das mamães: calçados, eletroletrônicos e smartphones


“O mercado está aquecido e a data possui um grande apelo emocional. O Dia das Mães ocupa o segundo lugar em número de vendas, atrás apenas do Natal.” Ronaldo Sielichow

vestiu em reforços nas equipes. Com 311 lojas, sendo 288 no Brasil e 23 no exterior, a rede espera uma grande movimentação em suas lojas e um aumento de 10% nas vendas em relação ao ano passado. Em função do inverno, a maior procura deve ser por botas e bolsas. A rede deve oferecer condições de pagamento diferenciadas. De acordo com o economista Jéfferson Colombo, da Fundação de Economia e Estatística do Rio Grande do Sul (FEE-RS), as compras no comércio devem ser estimuladas pelo aumento real do salário-mínimo e pelos níveis historicamente baixos de desemprego que fazem com que a massa salarial permaneça em níveis altos. Ele observa, no entanto, que as vendas do comércio não devem crescer muito este ano. O motivo é a queda do volume total de crédito de 0,2% em janeiro de 2012 com relação a dezembro de 2011, o que não ocorria há quase três anos. “Tudo indica que o avanço do volume de crédito, que no ano de 2011 foi de 19%, seja menor em 2012, trazendo reflexos no desempenho do comércio”, afirma. O economista explica que boa parte das vendas do varejo advém do consumo das famílias e que este é motivado em grande medida pela oferta total de crédito. Pelo crescimento da oferta de cartões de crédito, de linhas

Como surgiu a data n As primeiras celebrações em homenagem às mães remontam à Grécia Antiga, quando o início da primavera era comemorado com uma festa em homenagem a Rhea, a mãe de todos os deuses do Olimpo. Já no século XVII, os ingleses criaram o “mothering day”, para que os trabalhadores ingleses que moravam longe pudessem usufruir o dia com suas mães e famílias no quarto domingo da Quaresma. n Foi apenas no início do século passado, entretanto, que o dia ganhou projeção mundial graças à americana Anna Jarvis. Após a morte da mãe, Anna ficou depressiva. Para ajudá-la a superar a dor da perda, suas amigas resolveram fazer uma festa em homenagem à mãe de Anna. Jarvis gostou da ideia e passou a lutar para que a data fosse comemorada em nome de todas as mães americanas. Devido à adoção da ideia pelos estados americanos, o presidente Thomas Woodrow Wilson oficializou a data em 1914. n A comemoração foi trazida para o Brasil pela Associação Cristã de Moços (ACM) em 1918 e oficializada pelo presidente Getúlio Vargas em 1932. Assim como nos Estados Unidos, Japão, Turquia e Itália, é comemorado no Brasil no segundo domingo de maio. n Em outros países, no entanto, o Dia das Mães é festejado em datas diferentes. Na Noruega comemora-se no segundo domingo de fevereiro; na África do Sul e Portugal, no primeiro domingo de maio; na Suécia, no quarto domingo de maio; no México há uma data fixa, dia 10 de maio. Na Tailândia, no dia 12 de agosto, em comemoração ao aniversário da rainha Mom Rajawongse Sirikit. Já em Israel não existe um dia próprio para as mães, mas sim um dia para a família. Fontes: http://mdemulher.abril.com.br/revistas/vidasimples/ http://mundoestranho.abril.com.br/

de crédito pessoal, de leasing, etc, que atualmente estão perdendo fôlego, há indicação de que as vendas não deverão crescer muito.

Vestuário e acessórios também estão entre os tens preferidos

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Especial PA Heckler, PM

Centro Histórico de alma nova

Foto: Samuel Maciel, PMPA

than Foto: Jona

O coração da capital gaúcha recomeça a pulsar com novos projetos e empreendimentos comerciais

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onhecedores das oportunidades até bem pouco tempo adormecidas do Centro Histórico da cidade, empresários do comércio de Porto Alegre estão confiantes na requalificação do bairro. Essa recuperação, necessária para muitas lideranças do setor, passou a ganhar força com a proposta de revitalização – que inicialmente realocou os camelôs das ruas para o Centro Popular de Compras e agora conta com outros projetos para devolver o brilho à região. Moacyr Schukster, presidente do Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis e de Condomínios Residenciais e Comerciais no Rio Grande do Sul (Secovi), considera que o bairro teve seu momento de declínio em razão da ocupação de logradouros importantes por camelôs e o fechamento dos cinemas da região. “Chegou um ponto em que lojas, cafés e afins mudaram o públicoalvo ou cerraram as portas”. No entanto, Schukster nunca deixou de acreditar no potencial do comércio nesse ponto importante de Porto Alegre. “O setor bancário se susten-

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“Se preciso de traje novo para um casamento, sei que no centro vou encontrar a blusa, a calça e o sapato, além de um belo detalhe para complementar o look, tudo por um preço mais em conta e sem perder a qualidade”. Ilda Helena Silva, consumidora Foto: Luciano Lanes, PMPA


Foto: Ivo Gonçalves, PMPA

PMPA Foto: Samuel Maciel,

tou durante essa fase não muito positiva, o que ajudou o Centro Histórico a não deixar de ser um ponto de convergência da mobilidade urbana, apesar de ter se ressentido de investimentos para sua readaptação”, explica. Com o varejo perpetuado há décadas no vai e vem das ruas, onde passam cerca de 400 mil pessoas por dia, a Ótica De Conto é uma das lojas mais antigas da região. Fundada há 64 anos e com três lojas no Centro Histórico, a ótica aposta nesse grande volume de pessoas que passa pelas ruas todos os dias. “Aqui estamos sempre perto dos clientes que procuram qualidade e querem pagar um valor justo pelo produto. Isso nos deixa próximos de outros mercados como os de linha branca e de moda, o que acarreta muita clientela com potencial de compra”, conta Fernando De Conto, diretor da ótica e joalheria. Prova disso é a funcionária pública Ilda Helena Silva, que há 35 anos faz compras no bairro histórico, onde encontra tudo que precisa para qualquer ocasião. “Se preciso de um traje novo para um casamento, sei que no centro vou encontrar a bluwsa, a calça e o sapato, além de um belo detalhe para complementar o look, tudo por um preço mais em conta e sem perder a qualidade”, revela. De Conto explica que a qua-

lidade dos produtos se deve à concorrência, o que se traduz em excelentes mercadorias e ótimos preços. “Essa concorrência é fundamental para que tenhamos como progredir no nicho que atendemos. Ela nos torna mais interessados em vender em maior quantidade e melhor qualidade”, diz. Pelo ótimo mercado de compra e venda que o Centro Histórico retoma, a preocupação da maioria dos lojistas é sobre o aumento no valor dos imóveis. “Posso dizer que, nesse último ano, houve um acréscimo maior que 20% nos preços”, revela De Conto. Schukster confirma que os valores aumentaram nos últimos cinco anos e acredita que isso também acontece pela procura por imóveis, que está cada vez mais aguçada por ser um local que catalisa considerável movimento da população da Região Metropolitana. “Hoje em dia, caminhando pela Rua da Praia e transversais, conta-se pouquíssima quantidade de lojas vazias e há muita gente querendo entrar nesse nicho”, completa. Para o futuro, ele é otimista. “O bairro deve continuar recebendo benfeitorias e pode até chegar a ter vida noturna outra vez. Contudo, seria interessante se ao me-

Foto: Ivo Gonçalves, PMPA

Declínio A decadência do Centro Histórico iniciou quando foi dada permissão, nos anos 1960, para que ali atuassem deficientes visuais que trabalhavam como vendedores ambulantes. Entretanto, logo não somente eles se instalaram, mas uma multidão de outros comerciantes informais. A situação se complicou quando o então prefeito Alceu Collares expediu, nos anos 1980, alvarás reconhecendo a atividade, acrescentando-se ao número autorizado uma quantidade de ativos ilegais. À medida que os camelôs tomavam conta de todas as ruas centrais, o comércio tradicional se retraía e muitas lojas tradicionais encerraram suas atividades. Ainda nos anos 1980 vários outros fatores entraram em jogo para desvitalizar o Centro: o declínio do seu antigo distrito industrial; a formulação de um novo padrão de zoneamento urbano, a especulação imobiliária; o aumento da criminalidade, entre outros.

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Revitalização

nos parte do tráfego que flui para a região fosse redirecionado para outros bairros. A tarefa é difícil, mas possível”, finaliza. Com três filiais no bairro, Alcides Debus, diretor da Rabush, ressalta outro ponto importante para o presente e o futuro da região que é a segurança reforçada do Centro Histórico. “Estamos tendo menos assaltos e furtos nas lojas, isso é notável diariamente”, diz. Ronaldo Sielichow, presidente do Sindilojas, concorda e explica que os dados fornecidos pelo comando da 1ª Cia do 9º BPM, da Brigada Militar, mostram queda em todos os índices de criminalidade. “A cada dia a região avança na questão de segurança e de qualidade de vida, tanto para o trabalho quanto para residir”, revela. “A tendência é que tudo evolua com o tempo e

estamos muito felizes com esse reforço da segurança ostensiva que tem e sempre terá o apoio do nosso sindicato”, completa. O Centro Histórico passou por um período de dificuldades quando, a partir de 1970, ficou inevitável o progressivo declínio do comércio varejista de rua e dos centros comerciais devido aos grandes e modernos shopping centers que se instalaram na Capital. Mas, com a notícia da volta da clientela às lojas do bairro e o aumento da procura por imóveis, além da grande satisfação de quem já está lá, é possível prever a recuperação da tradição de percorrer a Rua da Praia para fazer compras e depois tomar um delicioso café expresso no Mercado Público.

Com a criação em 1981 da Equipe do Patrimônio Histórico e Cultural iniciouse um processo de estudo e resgate dos bens culturais de propriedade do Município de especial interesse histórico, social e arquitetônico, sistematizando os tombamentos, que haviam iniciado poucos anos antes, em 1979. Também se reconheceu finalmente a existência do “Centro Histórico” como um núcleo urbano de interesse social e cultural específico, propondo-se medidas de conservação e desenvolvimento sustentável. Também está sendo desenvolvido o Projeto Viva o Centro, um plano de governança solidária da área central da cidade buscando tornar o Centro um bairro de oportunidades para todos, organizando-se em três diretrizes básicas: qualificação do espaço urbano, valorização da imagem pública do Centro e fortalecimento de sua dinâmica funcional.

Foto: Milton Moraes

Mercado Público

A arquitetura do Centro No núcleo urbano histórico sobrevivem alguns exemplares de arquitetura do século XIX e do período chamado áureo da arquitetura portoalegrense, entre 1900 e 1930, aproximadamente. Entretanto, muito das edificações mais antigas desapareceu ao longo do século XX para dar lugar a uma urbanização de linhas modernistas.

Hoje, Porto Alegre divide sua atenção entre a preservação do seu belo patrimônio histórico e a renovação de sua paisagem urbana com exemplares significativos de arquitetura contemporânea, fazendo face aos desafios de crescimento de uma das maiores capitais do Brasil, atualmente com quase 1,5 milhão de habitantes. Foto: Ivo Gonçalves, PMPA

Foto: Ivo Gonçalves, PMPA

Prefeitura

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Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Centro_Hist%C3%B3rico_de_Porto_Alegre

Catedral Metropolitana


Cultura

Sindilojas POA promove palestra com Leila Navarro Conhecida pela intimidade com temas como liderança e gestão, conferencista integra o ranking dos 20 maiores palestrantes do Brasil

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esembarca em Porto Alegre no mês de abril uma reconhecida palestrante motivacional. Leila Navarro, com experiências no Brasil e no exterior, conversará com associados do Sindilojas Porto Alegre em evento marcado para o dia 18 no Teatro do Bourbon Country. Empresária e especialista em liderança, empreendedorismo, gestão e vendas, ela atua na área há 10 anos e conta com 13 livros publicados. As inscrições para a palestra podem ser feitas diretamente na sede da Entidade. Os associados participam mediante doação de alimentos, mas também há vendas de ingressos. “Apesar de atuar há mais de 10 anos, os momentos que antecipam a ‘hora H’ sempre são acompanhados de grande expectativa. Quanto mais eu percebo o envolvimento do cliente para que tudo dê certo, mais responsável eu me sinto para dar o melhor de mim e dos meus conhecimentos”, conta. Mesmo lidando com distintos públicos, Leila faz questão de destacar que o ser humano é único e que cada plateia merece tratamento sinFoto: Divulgação

gular. “Cada um de nós precisa ter autoconhecimento dos dons e talentos”, resume. O objetivo, então, é mostrar ao seu público como aperfeiçoar habilidades inatas e como desenvolver novas. “O meu intuito é levar cada participante a uma reflexão capaz de impulsionálo a um nível elevado de realização pessoal e do meio com o qual ele se relaciona”, diz. Para a escritora, o pilar básico para garantir que a gestão de recursos e

Disseminar o que aprendeu é a grande realização de Leila

“O meu intuito é levar cada participante a uma reflexão capaz de impulsioná-lo para um nível mais elevado de realização pessoal e do meio com o qual ele se relaciona”. Leila Navarro

pessoas aconteça de forma saudável é a confiança. Segundo ela, no mundo moderno existe concorrência acirrada, o que leva as pessoas a adotarem posturas defensivas, utilizando a desconfiança como uma muralha que as separa dos perigos do mundo exterior. O segredo para se libertar dessas barreiras, ela ensina, é estar aberto para uma transformação e comprometido com um propósito. Disseminar o que aprendeu ao longo da vida parece ser a grande realização da palestrante. “Eu faço o que me dá prazer, o que me estimula a querer e conhecer mais, o que eu acredito que transformará positivamente as pessoas e o Universo. Eu não fico retendo conhecimento, o que eu aprendo eu passo para frente”, diz. A fim de manter-se atualizada e ligada nas novas tendências, Leila Navarro conta que, apesar de viajar muito para realizar eventos, sempre dedica parte de seu tempo a viagens de estudo. “Também observo muito os diversos cenários em que nossa sociedade está inserida e desenvolvo meu trabalho com base na realidade de cada pessoa que está ouvindo as minhas palestras, lendo os meus livros ou escutando algum de meus CDs”, completa.

Serviço O Que: Palestra com Leila Navarro Quando: Dia 18 de abril, às 20 horas Onde: Teatro Bourbon Country Mais informações no site www.sindilojaspoa.com.br

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Empreendimento inaugura uma nova fase em uma das mais tradicionais regiões comerciais de Porto Alegre

Foto: Divulgação

Polo Comercial - Bourbon Shopping Wallig

Novo shopping pode consolidar o comércio da zona Norte Empreendimento inaugura uma nova fase em uma das mais tradicionais regiões comerciais de Porto Alegre

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té meados do século XX, a Avenida Assis Brasil foi conhecida como Caminho do Passo da Areia, sendo um dos segmentos da velha Estrada da Aldeia dos Anjos, que desde o século XVIII ligou a vila de Porto Alegre à freguesia da Aldeia dos Anjos de Gravataí (atual município de Gravataí). A partir de agosto de 1948, a estrada recebeu o nome de Avenida Assis Brasil, tornando-se a principal via de fluxo da zona norte da

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cidade. Desde então, tornou-se uma importante via com tráfego intenso e expressivo comércio, concentrando 53% do potencial de consumo de Porto Alegre, conforme dados da Associação dos Empresários da Zona Norte de Porto Alegre (Assonorte). É nessa área, com 670 mil habitantes, considerada um dos mais fortes polos comerciais da Capital, que o Bourbon Shopping Wallig, empreendimento do Grupo Zaffari, está

sendo construído, com previsão de entrega para abril. E por estar localizado numa das principais vias de ligação entre Porto Alegre e mais de 30 municípios vizinhos, com população estimada em 4 milhões de pessoas, das quais 32,4% das classes A e B, há previsão da presença de um grande número de consumidores. Com o novo empreendimento, o já tradicional comércio de rua local poderá sofrer mudanças. Mas o que pensam os lojistas da região? Qual será o novo perfil do varejo a partir da inauguração do shopping? Para o presidente da


tudo à sua disposição: lojas de Assonorte, Benami Coelho, em rua, bancos, serviços, e mais um um primeiro momento o comércio tradicional sofrerá reflexos, shopping. “Com certeza, teremos com a diminuição do fluxo de ainda mais fluxo de pessoas nesconsumidores. “Isso em razão sa região e o lojista tradicional da natural curiosidade do ser hudeve se adaptar a esse processo mano em conhecer algo novo”, de modernização, tornando suas aponta. Ele acredita, porém, que lojas mais atrativas e modernas”, passado o primeiro impacto a afirma. Silva acredita que havetendência é que se restabeleça rá pontos de venda mais claros, a normalidade, “pois o coméramplos e com atendimento cada cio de rua ainda mantém muitos vez mais diferenciado. “Quem atrativos para o seu cliente, prinaproveitar o maior fluxo na região cipalmente o relacom a chegada do cionamento mais empreendimento e “Quem aproveitar pessoal e reservamodernizar suas do, características o maior fluxo na operações, sairá que o povo gaúna frente”, acrescho ainda preza região com a chegada centa. consideravelmen- do empreendimento e A região se rete”, sinaliza. novará como um modernizar suas operações, forte polo comerO gerente comercial da Gas- sairá na frente”. cial e de serviços. ton, Bernardo Bernardo Silva, gerente comercial “O shopping recuSilva, aposta na pera uma área vada Gaston novidade e deslorizada, mas há taca os pontos muito tempo sem positivos que o empreendimento uso”, destaca. Benami Coelho trará para a zona Norte da Caacredita que, como todo grande pital. Na opinião dele, a iniciatiempreendimento, o Shopping va é mais uma oportunidade de Wallig causará múltiplos reflexos comércio que se abre na região, no cotidiano das pessoas e no sem prejuízo às lojas de calçarelacionamento com o comércio da. “A Gaston tem uma unidajá estabelecido em seu entorno. de em frente ao shopping e não “Os consumidores passarão a dispor de mais uma alternativa temos receio algum de que ela para compras e lazer numa locasaia prejudicada”, observa. Para lização privilegiada, pois o acesSilva, o principal diferencial agoso ao shopping será muito fácil”, ra é que os consumidores terão

observa. Pela sua estrutura e mix de lojas, o Bourbon Shopping Wallig será um dos maiores e mais atrativos centros de compras de Porto Alegre. São 167.691 metros quadrados de área construída, quatro pavimentos de lojas, seis lojas-âncora, oito salas de cinema, além de 2,7 mil vagas cobertas para estacionamento, praça de alimentação com 19 lojas e capacidade para 1.085 lugares, mais quatro restaurantes. Além de um Hipermercado Zaffari, o Bourbon Shopping Wallig terá as principais âncoras do varejo, como Renner, Centauro, Marisa, Riachuelo e C&A. Para garantir a diversão, o empreendimento contará ainda com a primeira sala de cinema IMAX3D Premium do Estado. O presidente da Assonorte acredita que o Shopping Wallig representa um desafio para o lojista tradicional, na medida em que deverá exigir uma revisão em todos os seus processos, operacional e mercadologicamente, objetivando conviver no mercado com um forte concorrente, que dispõe de um equipamento eficiente, moderno e atraente. “O varejo é dinâmico e se reinventa a cada momento. Cabe ao empresário do comércio tradicional buscar nessa dinâmica as alternativas para enfrentar mais esse desafio”, esclarece.

Foto: Divulgação

O novo shopping renovará a região como um forte polo comercial e de serviços

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Responsabilidade Socioambiental Fotos: Divulgação

Sacolas plásticas em debate Embalagens biodegradáveis são opção preferida

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distribuição de sacolas plásticas por estabelecimentos comerciais ganhou novos contornos no final do ano passado. Em dezembro de 2011, a Associação Paulista de Supermercados (Apas) assinou um protocolo de intenções com o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, para por fim à distribuição das embalagens. Em Porto Alegre, o assunto foi tema de um projeto de lei já aprovado em 2011 e também foca nos supermercadistas. Porém, muitos empresários do varejo estão atentos aos fatos. Esse único projeto, de autoria dos vereadores Bernardino Vendruscolo (PMDB) e Maristela Maffei (PCdoB), obriga desde janeiro de 2012 os grandes supermercados da cidade a utilizar material de fonte renovável ou reciclável em suas sacolas. De acordo com a advogada especialista em Direito Ambiental, Bibiana Carvalho Azambuja da Silva, existe em todo Brasil um movimento com o intuito de restringir e proibir a distribuição das bolsas plásticas. “Algumas das normas brasileiras sobre o tema estão sendo questionadas. Porém, como o assunto é novo, não existe um conjunto de decisões representativo do entendimento do judiciário”, explica. A Gang, empresa que conta com 33 filiais no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, oferece

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aos clientes tanto as embalagens de plástico quanto as de papel, estas últimas utilizadas apenas para presentes. De acordo com o diretor de Marketing da empresa, Gildo Sibemberg, a substituição por opções reutilizáveis exige uma nova consciência. Para ele, os lojistas buscam soluções ecologicamente corretas, mas os altos preços das sacolas alternativas não compensam o investimento. “O governo estadual deveria entrar com incentivo fiscal para reduzir os custos”, sugere. No caso de São Paulo, sacolas plásticas biodegradáveis são oferecidas, contudo o cliente que optar por elas terá de pagar em média R$ 0,19 por unidade, o que vem gerando reclamações.

A resistência dos consumidores, constata Sibemberg, ocorre devido a hábitos muito arraigados, mas que com o tempo podem ser modificados. “Há alguns anos não separávamos o lixo, mas mudamos e hoje achamos estranho ir para lugares onde não há coleta seletiva”, sintetiza. Para a advogada, o tema é polêmico, mas deve ser analisado de forma cautelosa. “As sacolas plásticas tem sido apontadas como as principais vilãs. Na verdade, o problema é mais amplo e passa pelo modelo de descarte de lixo adotado no Brasil”. Bibiana ressalta que as mudanças devem ser observadas sob os aspectos sociais, tecnológicos e financeiros envolvidos.


Conecs

Início das atividades no Congresso Nacional

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o dia 29 de fevereiro, o Conselho Nacional das Entidades de Comércio em Shopping Centers (Conecs) se reuniu em Brasília para dar início às atividades de monitoramento e atuação junto aos parlamentares. O objetivo do Conselho é promover políticas e legislação que regulamentem o setor de shopping centers no Brasil. Representantes de vários estados estiveram reunidos na sede da Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL), para discutir os avanços de 2011 e os desafios para 2012. A empresa RG Consultoria, de José Ricardo Galdino, apresentou um balanço das atividades desenvolvidas em parceria com o Conecs no último ano e adiantou alguns dos desafios que o Conselho deverá enfrentar em 2012

no Congresso Nacional. Para Galdino, um dos principais avanços do Conecs em 2012 foi o fortalecimento da presença do Conselho no Congresso Nacional por meio da articulação na Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados, onde se construiu um processo de sensibilização dos parlamentares para a causa dos lojistas por meio de reuniões, elaboração de informativos e pesquisas sobre o setor. Um dos principais materiais elaborados pelo Conecs em 2012 foi uma cartilha explicando o PL 7137/2002, o principal projeto de regulamentação do setor, que tramita na Câmara desde 2002. Segundo Galdino: “No ano em que completa 10 anos de tramitação na casa, o projeto ainda é desconhecido de muitos parlamentares.

Ronaldo Sielichow entre Marco Belloto e o deputado Vieira da Cunha (PDT/RS)

Conheça nossos estudos e pesquisas.Acesse: www.conecs.org.br

Daí a necessidade de se elaborar uma cartilha explicando os principais pontos do projeto de lei e os argumentos de ambos os lados”. A cartilha foi distribuída para os membros da Comissão e está disponível para download no site do Conecs: www.conecs.org.br Novo presidente na Defesa do Consumidor Com o início de mais um ano legislativo, alguns integrantes da Comissão de Defesa do Consumidor deixaram o grupo e novos membros entraram. O novo presidente eleito é o deputado José Chaves do PTB de Pernambuco. O deputado é um empresário da área de construção e já foi presidente da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi). Para Ronaldo Sielichow: “o Conecs espera que o presidente mantenha o mesmo nível de comunicação com os lojistas que seu antecessor, o deputado Roberto Santiago (PSD/SP) e vai procurá-lo nos próximos dias para iniciar um diálogo sobre a situação dos lojistas de shopping centers no Brasil”. Ronaldo Sielichow e Marco Belloto aproveitaram a estada em Brasília para se reunirem com o deputado Carlos Eduardo Vieira da Cunha (PDT/RS). Eles entregaram uma versão da cartilha sobre o PL 7137/02 e conversaram com o parlamentar sobre a urgência do Congresso discutir e votar o projeto. O deputado, que está sendo cotado para assumir o Ministério do Trabalho, se mostrou bastante aberto para o debate e abriu sua agenda para uma nova reunião, em Porto Alegre, para tratar do tema. Como se pode avaliar, o ano será bastante movimentado quando o tema for shopping centers, mantenha-se informado. Acesse www.conecs.org.br

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Entidade

Dedicação e atenção ao desenvolvimento de pessoas ABRH-RS completa 40 anos contribuindo na formação de profissionais de Recursos Humanos

“A

entidade por si só não conquista nada”. Com essa frase, o presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos, seccional do Rio Grande do Sul (ABRH-RS), Pedro Luiz Fagherazzi, mostra o valor que a instituição que preside dá aos profissionais de RH que construíram sua história. Completando 40 anos em 2012, a seccional conta hoje com 1,6 mil associados e cerca de 50 colaboradores. A associação, que começou pequena, como lembra Fagherazzi, atualmente é reconhecida e procurada por empresas e pela mídia. Além disso, o presidente afirma que a ABRH-RS se destaca e é referência entre outras do Brasil. “Esses 40 anos crescendo são construção de profissionais com idoneidade e responsabilidade que passaram pela entidade”, sintetiza. Hoje, o grupo oferece uma gama de produtos e serviços aos associados. Estágios, programas de formação em Recursos Humanos, cursos, palestras e grupos de estudo estão entre as principais atividades proporcionadas. O objetivo, Fagherazzi destaca, é formar pessoas, o que acontece desde o primeiro estágio até o desenvolvimento de altos executivos. Os associados, explica Fagherazzi, recebem todo o valor da anuidade de volta através dos

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serviços oferecidos, que incluem ainda o site da instituição e publicações mensais. O ano que passou foi de avanços, de acordo com o presidente. “Nosso 2011 foi fantástico tanto para o Brasil quanto para a nossa região”, aponta. E completa: “Estamos conquistando o pleno emprego e nos desenvolvendo”. Fagherazzi acredita que a área de Recursos Humanos vai se tornar cada vez mais estratégica, crescendo com outros setores e com o País. Quanto a 2012, as expectativas são grandes. “Tende a ser tão bom, senão melhor, do que o ano que passou”, afirma, otimista. Segundo ele, é possível identificar um aumento na concorrência e na disputa por profissionais

“Nosso 2011 foi fantástico tanto para o Brasil quanto para a nossa região... estamos conquistando o pleno emprego e nos desenvolvendo”. Pedro Fagherazzi

de Recursos Humanos, o que é um fator determinante para o aprimoramento do mercado e dos próprios trabalhadores da área. “O que eu mais quero é ver a placa de procura-se”, resume. Além dos 40 anos da ABRHRS, 2012 marca os 20 anos do Prêmio Top Ser Humano, criado pela agregação. O Top destaca empresas, estudantes e jornalistas que valorizam ações em prol da cidadania e aqueles que apresentam melhores práticas na área de gestão de pessoas. O presidente afirma que eventos e palestras devem ocorrer durante o ano para comemorar os aniversários. A sede da Associação no Estado fica no Centro Histórico da Capital gaúcha, mas o grupo também possui empresas parceiras no interior. Mais informações sobre a instituição podem ser obtidas através do site www.abrhrs.com.br.

Foto: Divulgação


Artigo * por Flávio Obino Filho

Uso do e-mail e celular corporativos e as horas extras A Lei nº 12.551/11 alterou o art. 6º da CLT, formalizando entendimento que já estava implícito de que o trabalho realizado a distância não se diferencia do exercido no domicílio ou no estabelecimento do empregador; e que os meios telemáticos e informatizados de comando, controle e supervisão, próprios do trabalho realizado a distância, se equiparam aos meios pessoais e diretos ínsitos ao trabalho realizado no estabelecimento do empregador, para os efeitos da subordinação jurídica. A lei, por não trazer novos direitos e obrigações, seria normalmente recepcionada na ordem jurídica vigente sem maiores debates e discussões. Ocorre, entretanto, que o ministro presidente do TST, João Oreste Dalazen, fazendo leitura diversa da lógica, instalou verdadeiro clima de pânico e insegurança jurídica entre os empregadores. Segundo o ministro Dalazen, em entrevista publicada no sítio do TST, “a lei passou a dizer que o trabalho realizado a distância é tempo de serviço”, completando que a seu juízo é inafastável a revisão da Súmula nº 428 do TST que trata do sobreaviso. O cancelamento será um grande equívoco, pois a Súmula trata do sobreaviso, matéria que não foi direta ou indiretamente tratada na alteração legal. O teletrabalho que foi objeto da regulação se coloca no plano fático em polo diametralmente oposto ao sobreaviso. No teletrabalho a principal característica é a mo-

bilidade do trabalhador, enquanto nos trabalhos em regime de sobreaviso, o pressuposto é exatamente a imobilidade do empregado. Outrossim, a polêmica criada com as declarações também incentivou o debate sobre como deverão ser tratados os serviços prestados por empregados, após a jornada normal de trabalho, com a utilização de meios telemáticos e informatizados. Como o trabalho a distância se equipara ao presencial para todos os efeitos legais, um empregado que normalmente trabalha no estabelecimento do empregador também poderá prestar serviços subordinados em seu domicílio ou a distância, com repercussão no contrato e na contagem das horas de

trabalho. Situação diversa é a dos empregados não sujeitos a controle de horário (vendedores externos, gerentes, executivos, etc.) que estão excluídos do direito ao pagamento de horas extras, prestem ou não o serviço a distância. Esta situação também não se alterou com a nova lei e a caracterização ou não de serviço extraordinário deve ser apurada caso a caso, com base na situação concreta. O recebimento de uma simples mensagem depois da jornada de trabalho não pode ser entendido como serviço extraordinário, mas certamente uma conference call fora do horário normal será considerada como serviço extraordinário. Independentemente da nova lei, as empresas deverão ter cautela na utilização dessas ferramentas, sendo de conhecimento público que alguns empregadores já estão adotando políticas internas referentes à utilização de ferramentas telemáticas e informatizadas inclusive fora do horário normal de trabalho e em períodos de férias. Por exemplo, havendo contato do empregador ou seu preposto com o empregado após o horário normal de trabalho por email, a mensagem poderá vir com a orientação de que a resposta ou as providências reclamadas sejam realizadas apenas durante o horário de trabalho. Outras empresas estão cortando o sinal do celular após o horário normal de trabalho. Finalmente esperamos que os pronunciamentos da Justiça do Trabalho e as medidas de cautela das empresas não acabem por inibir a utilização de ferramentas informatizadas e telemáticas de trabalho que têm contribuído decisivamente para flexibilizar a prestação de serviços com ganhos para o empreendedor e seus empregados. obino@obinoadvogados.com.br *Sócio de Flávio Obino Fº Advogados Associados

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Galeria Sindilojas Marcas de quem decide 1 - Aroldo Juliano Pietta (Panambra), Hugo Pinto Ribeiro (Guaibacar), Sônia Maria de Paula (Exame), José Alberto Torrecillas (Bradesco), José Elias Flores Júnior (Crematório Metropolitano), Júlio Mottin (Panvel), Ronaldo Sielichow (Sindilojas), Rosane Fantinelli (Tramontina), Nailê Santos (Iguatemi), Marcelo Bressan (Terra), Denis Alessandro Azevedo da Silva (Zaffari), Eva Sopher (Theatro São Pedro).

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Fotos: Divulgação Sindilojas

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2 - Irno Augusto Pretto (Uniodonto), Ronaldo Sielichow e Orlando Müller (Central Sicredi Sul) 3 - Ederson Soares e Cesar Soares (Guarida Imóveis), Ronaldo Sielichow e Orlando Müller (Central Sicredi Sul)

3 Foto: Ana Sebben

Diretores das gestões 2010/2012 e 2012/2013

Acomac Porto Alegre tem nova diretoria A Associação dos Comerciantes de Material de Construção de Porto Alegre (Acomac) realizou na noite de 12 de março a cerimônia de posse da nova diretoria, que administra a entidade no biênio 2012/2013. O presidente é Rodolfo Rogério Testoni, sócio O ex-presidente, Arcione Piva, foi das empresas GTA do Sul Serviços homenageado pelo novo presidente Auxiliares à Construção Civil Ltda e da ACOMAC POA, Rodolfo Rogério Testoni Indústria e Comércio Ltda. Testoni

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Jornal Gente O presidente do Sindilojas POA, Ronaldo Sielichow, e o secretário municipal da Produção, Indústria e Comércio (Smic), Valter Nagelstein, participaram do café da manhã em homenagem aos 17 anos do Jornal Gente, da Rádio Bandeirantes AM 640. O evento aconteceu no Sheraton Porto Alegre Hotel no último dia 16.


Artigo * por Renato

Hirata

Os segredos da negociação estratégica

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omo em qualquer segredo é preciso saber sempre duas coisas: - O que fazer e como fazer. O que fazer apontará os ingredientes da negociação estratégica e o como tratará da operação dos ingredientes. Podemos iniciar com os “O QUÊS”, em toda negociação estratégica precisamos prestar atenção em cinco P´s que são: n O problema: a maior preocupação do negociador é resolver o problema e, muitas vezes, isso só será resolvido através de um processo articulado e estratégico de negociação. n As pessoas: hoje em dia muitas negociações complexas são decididas através de comitês e não basta apenas ter técnicas de persuasão de convencimento, é preciso mapear a rede de re-

lacionamentos e o processo decisório do cliente ou fornecedor. n O poder: quando o poder está desnivelado, existe uma relação de dependência do outro lado. Enquanto não conseguirmos criar uma relação de interdependência não conseguiremos negociar com eficácia. n A proposta: muitos negociadores se preocupam muito com o conteúdo da proposta e esquecem da plateia que ouvirá a apresentação. Seja uma ideia, um projeto ou mesmo um serviço ou produto que estamos vendendo é importante preparar estrategicamente uma apresentação que impossibilite o ouvinte a dizer NÃO. n O preço: muitos negociadores erram, pois invertem totalmente sua apresentação iniciando pelo preço. O preço é uma consequência entre o problema e a solução. Se conseguirmos nos diferenciar de um concorrente e solucio-

nar o problema do outro, o preço sempre será compensado e sempre será barato do ponto de vista da solução encontrada. O como fazer esses cinco P´s: n O problema: questionar profundamente o PARA QUE precisamos desta negociação, o que em nosso íntimo estamos querendo resolver. Isso exige muita reflexão do negociador, com a pressa que vivemos, muitas vezes não temos tempo para fazer questionamentos e vamos para a negociação sem ao menos nos automapear. n A pessoa: saber como nós funcionamos como tomadores de decisão e saber como o outro lado toma decisões são fatores essenciais para qualquer negociador. Isso exige entender tipos psicológicos. n O poder: para ter interdependência é preciso saber neutralizar forças. Para isso é preciso saber como alterar cenários mentais de forma que essa mudança desnivele o processo de dependência da outra parte. n A proposta: uma proposta se torna irresistível quando atinge duas necessidades, a cognitiva e a emocional. Saber como escrever e falar sobre o que se está prometendo exige técnicas de comunicação que extrapolam o simples descrever da proposta. n O preço: a equação do preço haverá componentes que antes não eram tangíveis. O grande segredo da proposta irresistível é tangibilizar todas as moedas que estão disponíveis como risco, credibilidade, velocidade, durabilidade, confiança, fidelidade, pontualidade. renatohirata@hirataconsultores.com.br Consultor da ADVB/RS, professor da Fundação Dom Cabral e coordenador do Pós-MBA de Negociação da HSM Educação

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Sindinews

Fotos: Divulgação Sindilojas

Ação do programa Geração Varejo na Redenção

Mais uma vez o programa Geração Varejo foi até a população Durante os dias 10 e 11 de março, o Sindilojas POA participou da Feira do Consumidor, realizada pelo Procon Municipal, na Redenção. No evento, o Sindicato manteve à disposição da população um estande do programa Geração Varejo, que disponibiliza vagas e treinamento para emprego no comércio da Capital e de Alvorada. Também é possível realizar o cadastro no hotsite do Programa. O endereço é: (http://tcs.sindilojaspoa.com.br/geracaovarejo/).

Um dos melhores da América Latina Depois de eleito duas vezes pelo Institutional Investor como executivo destaque, José Galló, CEO da Lojas Renner, foi, pela primeira vez, apontado como um dos melhores da América Latina pela Harvard Business. Ele ficou na 13ª posição no ranking dos 50 CEOs de melhor desempenho na América Latina, de acordo com a revista. O estudo foi elaborado com base nos dados financeiros das empresas analisadas. Foram avaliados 294 presidentes de 197 companhias, na primeira fase. Galló aparece ao lado de executivos brasileiros como Maurício Botelho, ex- Embraer, Roger Agnelli, que deixou a Vale em 2011, e Benjamin Steinbruch, da CSN.

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Comércio da zona norte sofre com falta de luz por mais de 12 horas O Sindilojas Porto Alegre está atento aos problemas relatados por lojistas da zona norte da Capital em relação ao fornecimento de energia elétrica. No dia 13 de março, um incêndio ocorrido na região afetou as operações do comércio local. Segundo a CEEE, a falta de luz que atingiu parte da região se deu em decorrência do incidente. Lojistas afirmaram, porém, que não havia luz desde antes do incêndio e que um transformador da área já apresentava problemas. “Isso está impactando no nosso faturamento, no atendimento aos clientes e atrasando as entregas. Tivemos que providenciar o aluguel de um gerador”, conta Roni Zenevich, diretor Administrativo do Sindilojas Porto Alegre.

Gad’Red no Sindilojas Porto Alegre A Gad’Red é a nova agência de comunicação do Sindicato e tem o objetivo de consolidar a imagem do Sindilojas POA em suas ações pelo desenvolvimento do comércio varejista da Capital e Alvorada. A seleção foi realizada durante os meses de janeiro e fevereiro.

Prazo para troca dos valecompras encerra em abril

José Galló

O Sindilojas Porto Alegre lembra aos lojistas associados que o prazo para recebimento dos valecompras da promoção Vale Mais Comprar Aqui 2011 nas lojas encerra dia 18 de abril, e a data para reembolso dos vales na sede do Sindicato (Rua dos Andradas, 1234 – 22º andar) é no dia 28/04.


Vitória em favor de lojistas

Um dos pontos altos das comemorações dos 75 anos será o lançamento do livro

História do comércio na Capital vira livro Em 2012, o Sindilojas Porto Alegre completa 75 anos e, a partir de outubro, o Sindicato prepara uma série de ações em comemoração ao aniversário. Vale lembrar que um dos pontos altos será o lançamento do livro, que vai resgatar histórias do comércio varejista da Capital. O responsável pela obra é o escritor Eduardo “Peninha” Bueno.

Agende-se e participe! Datas - Abril 09 a 12 16 a 19 23 a 26

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Termômetro do Varejo – Fevereiro 2012 Segundo o Termômetro do Varejo, índice de faturamento mensal divulgado pelo Sindilojas Porto Alegre, em fevereiro o setor de materiais de construção teve crescimento médio de 11,12% em relação ao mesmo período do ano passado. O acumulado dos meses de janeiro e fevereiro registra, nesse segmento, 16,3% de crescimento na comparação com o mesmo período de 2011. O segmento de vestuário também cresceu no mês passado, registrando elevação média de 3,18% na comparação com fevereiro de 2011. O crescimento do faturamento do setor de materiais de construção já é realidade desde 2011, quando apresentou alta de 9,19%, em média, em relação a 2010.

Após a obtenção de liminar junto ao Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul e de meses de negociação com a Secretaria da Fazenda do Estado, o Sindilojas Porto Alegre comemora os benefícios conquistados para os comerciantes. Agora os lojistas associados podem regularizar dívidas de ICMS geradas até dezembro de 2011, pelo não pagamento da diferença de alíquota interestadual de ICMS, à vista, sem a incidência de multa, apenas acrescida de juros de mora. Já para os que precisarem realizar o parcelamento dos valores pendentes, o acordo com a Secretaria permite fazê-lo em até 48 parcelas mensais, acrescidas de juros de mora e multa de 40% sobre o valor total. Diante de análise da situação financeira da empresa, será possível ainda estender este prazo para até 60 meses. Outra conquista importante é que através desta negociação os lojistas têm até o final de maio de 2012 para procurarem o Estado e negociarem suas dívidas, já que a Secretaria da Fazenda se comprometeu a não notificar empresas até essa data. Atualmente, no Rio Grande do Sul qualquer pagamento de dívida tributária de modo espontâneo (que não tenha origem em fiscalização ou autuação), sofre o acréscimo de multas de 20% para quitações à vista e de 40% para parcelamentos. “A grande conquista, nesse caso, é eliminar a multa de 20% para os pagamentos à vista e estender o prazo para parcelamentos. Nenhuma outra Entidade gaúcha trabalha incessantemente pela categoria no campo tributário como o Sindilojas Porto Alegre.”, afirma Ronaldo Sielichow, presidente do Sindicato dos Lojistas da Capital. LOJISTA ASSOCIADO - Para mais informações e esclarecimentos sobre como usufruir desta facilidade acesse www.sindilojaspoa. com.br ou ligue 3025-8300.

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Foto: Milton Moraes

Associadas

Diversidade em confecções femininas

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dificuldade de encontrar roupas bonitas para mulheres com uns quilinhos a mais foi o que motivou as vizinhas Viviane Keglis e Susana Freitas Valle e Silva a empreender. Juntas, a pedagoga e a advogada criaram a Paparico, loja de confecções femininas inaugurada em junho de 2010. “Sempre comentávamos como era difícil comprar roupas bonitas, jovens e alegres para pessoas mais gordinhas. Então, partindo de nossos manequins,

começamos a busca por marcas que favorecessem a mulher gaúcha”, contam elas. As amigas se associaram ao Sindilojas POA em fevereiro deste ano e já estão aproveitando os benefícios oferecidos pelo Sindicato. “O que mais nos agradou nessa parceria é que não estamos sozinhas”, destacam. “As funcionárias já participaram de um curso de vendas, trazendo uma nova visão sobre o cliente, e agora teremos uma consultoria finan-

Setor de informática como empreendimento

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m 1996, depois de trabalhar por dois anos em uma empresa de informática, Rogério Da Fré Souza decidiu investir em um negócio próprio. Foi assim que nasceu a Speed Work, loja de informática que atualmente conta com outros dois sócios. A ideia, quando o empreendimento surgiu, era oferecer um atendimento diferenciado e especializado na prestação de serviços. Hoje, Rogério, que ocupa o cargo de gerente comercial, e os sócios Valério Waszcenko, gerente técnico, e Janaina Nunes

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Souza, que cuida da gerência financeira, dividem a tarefa de administrar a empresa. Parceiros do Sindilojas Porto Alegre, eles afirmam terem procurado o Sindicato para conquistar maior destaque no comércio e vantagens com outros associados. Apesar de integrarem o Sindicato há pouco tempo, eles já notam mudanças: “Já percebemos uma maior visibilidade da empresa”, destacam. Quanto ao aprendizado adquirido em 16 anos de trabalho, eles destacam o constante aperfeiçoamento

As funcionárias da Paparico fizeram curso promovido pelo Sindilojas POA ceira para nos orientar”, completam. As sócias ainda ressaltam a importância da renovação: “O cliente é exigente. Precisamos nos capacitar e estarmos sempre renovando nossa maneira de atendimento. Não podemos jamais nos acomodar para conseguirmos atingir nossos objetivos com a loja”. A Paparico Moda Feminina fica no Paseo Zona Sul, na Avenida Wenceslau Escobar, 1823, bairro Tristeza. Mais informações podem ser obtidas através do e-mail lojapaparico@terra.com.br ou pelo telefone (51) 3085-0957. Foto: Divulgação

Os sócios da Speed Work já sentem mudanças positivas na recente parceria com o Sindicato tecnológico pelo qual o estabelecimento vem passando e uma maior interação com o cliente final. A Speed Work Informática está localizada na Rua Silveiro, 295, bairro Menino Deus. Mais informações sobre a loja podem ser obtidas através do e-mail comercial@speedworkinf.com.br ou pelo telefone (51) 3231-1021.

Para participar desta editoria, as associadas podem manifestar interesse pelo email imprensa@sindilojaspoa.com.br




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