Conexão Varejo - Junho/2012

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Revista do Sindicato dos Lojistas do Comércio de Porto Alegre/RS

Nº 48

junho 2012

Especial

Onde investir?

Entrevista

28º Encontro Nacional

Desenvolvimento Humano

Omar Ferri Jr. é empossado na SMIC

Evento debate interesses do comércio

Varejo na Escola capacita jovens do ensino médio




Sumário

08

Reformas para o futuro.

Responsabilidade socioambiental

Entrevista

Sustentabilidade é destaque na Conferência Rio+20.

Opinião

À frente da SMIC, Omar Ferri Júnior vai dar continuidade ao trabalho da secretaria.

Entidade

Finanças Fotos: Divulgação

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Novos projetos sociais e unidades do SESC-RS visam à qualidade de vida da comunidade.

Conecs

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Celulares podem substituir máquinas de pagamento eletrônico em até cinco anos.

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28º Encontro Nacional Evento debate atuação dos Sindicatos Patronais.

Especial Diferenças entre loja de shopping e de rua vão além da preferência do consumidor.

Desenvolvimento Humano

PL que regulamenta relações entre lojistas e proprietários de Shopping Centers em debate no Congresso Nacional.

Artigo Analisa Brum: a liderança como canal de comunicação interna.

Galeria Sindilojas Destaques da Entidade em imagens.

Projeto Varejo na Escola, do Sindilojas Porto Alegre qualifica para o comércio.

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Cultura MACRS comemora 20 anos e quer conquistar novos frequentadores.

Polo Comercial O charme do comércio no bairro Moinhos de Vento.

Artigo Locações comerciais: aspectos a considerar na renovação.

Sindinews Notícias e informações do setor varejista.

Associadas Saccaro Móveis e Santa Básica.

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Milton Moraes

Opinião

Expediente

* por Ronaldo Sielichow

Sindicato dos Lojistas do Comércio de Porto Alegre/RS Rua dos Andradas, nº1.234. Edifício Santa Cruz, 22º andar – Centro Histórico Porto Alegre/RS Fone: (51) 3025.8300 Fax: (51) 3228.1123 www.sindilojaspoa.com.br

Reformas para o futuro

Unidade Shopping Total Avenida Cristóvão Colombo, 545, loja 1122 Fone: (51) 3018.8122 Diretoria Sindilojas POA Presidente: Ronaldo Sielichow Vice-presidente: Paulo Kruse Vice-presidente Administrativo: Daniel Casais Vice-presidente Financeiro: Marco A. Belotto Pereira Vice-presidente de Relações de Trabalho: Sergio Axelrud Galbinski Vice-presidente Comercial: João Rodrigues Vice-presidente de Comunicação e Marketing: Paulo Penna Rey Vice-presidente de Relações Políticas e Institucionais: Arcione Piva Diretor Administrativo: Roni Zenevich Diretor Financeiro: Augusto Hecktheuer Diretor de Relações de Trabalho: Vladimir Machado Diretor Comercial: Tarcísio Pires Diretor de Comunicação e Marketing: Antonio Gomes Diretor de Relações Políticas e Institucionais: Antonio Sanzi Suplentes: Alécio Ughini, Eduardo Suslik Igor, Gustavo Orlandini Schifino, Irio Piva, José Galló, Manoel Motyl, Marivaldo Tumelero, Mauro Suslik Tornain, Moacir Sibemberg, Nádia Regina Almeida, Nelson Jawetz, Ricardo De Conto, Silvio Sibemberg e Vilson Noer. Diretores Adjuntos: Eduardo Spunberg, Eduardo Lasevitch, José Rodrigues, Luiz Caldas Milano e Roberto Zimmer Conselho Fiscal: Lídio Ughini, Wilson Scortegagna e Alcides Debus Suplentes: Carlos Schmaedecke, Hermes Queiroz e Orisvaldino Magnus Scheffer Conexão Varejo Publicação do Sindicato dos Lojistas do Comércio de Porto Alegre (Sindilojas POA), produzida pela Uffizi Consultoria em Comunicação. As colaborações e sugestões de pauta para a publicação devem ser enviadas para revista@uffizi.com.br Atendimento ao leitor e Assessoria de Imprensa: Sindilojas Porto Alegre imprensa@sindilojaspoa.com.br Fone: (51) 3025-8323 Conselho Editorial – Sindilojas POA Presidente: Ronaldo Sielichow Vice-presidente de Comunicação e Marketing: Paulo Penna Rey Diretor de Comunicação e Marketing: Antonio Gomes Superintendente: Márcio Allegretti Gerente de Comunicação e Marketing: Karin Souza Assessor de Imprensa: Vinícius Ghise Estagiária de Comunicação: Kamila Karolczak

O

mês de maio marcou a realização de mais um Encontro Nacional dos Sindicatos Patronais do Comércio de Bens, Serviços e Turismo. O Sindilojas Porto Alegre esteve presente nesta que foi a 28º edição do encontro e que reuniu, em Natal (Rio Grande do Norte), 1,2 mil dirigentes, executivos e assessorias jurídicas de sindicatos do setor em todo o país, tendo como tema central “Reformas, o futuro já chegou”. Foram momentos de uma intensa troca de experiências e ideias sobre a condução dos processos de negociação coletiva e de estratégias para o fortalecimento dos sindicatos patronais. O mundo vem passando por um intenso processo de modificação nas relações de consumo a partir das inovações impostas pela tecnologia. Logo, o impacto também envolve mudanças nas relações sindicais e como elas passam a ser conduzidas a partir dessa nova perspectiva. Entre os debates, se destacaram temas como a reforma tributária, com enfoque no Simples Nacional, e a reforma da Previdência Social a partir da recente aprovação do Fundo de Pensão dos Servidores Públicos Federais (Funpresp). Esse fundo instituiu o Regime de Previdência Complementar para os servidores públicos federais e a inclusão das donas de casa no sistema previdenciário. As recentes medidas tomadas pelo Governo Federal incentivaram a formalização e o desenvolvimento de pequenas e microempresas. Com a simplificação da legislação por meio do regime fiscal Simples Nacional e a criação das figuras do Empreendedor Individual (EI), mais de 2 milhões de microempreendedores saíram da informalidade desde 2009. Mais do que a formalização, conceder incentivos e simplificações fiscais também facilita a vida do microempresário. E é isso que queremos cobrar do governo: responsabilidade de simplificar as coisas para os empresários. Para citar um exemplo, temos a recente prorrogação da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), que aqueceu o comércio, principalmente com o apelo comercial do Dia das Mães, data responsável por grande movimentação no varejo. De parte de nosso Sindicato continuamos com nosso objetivo de oferecer a capacitação e qualificação do melhor serviço prestado pelas empresas associadas. Dessa forma, temos motivos de sobra para comemorar o primeiro ano de gestão do programa Geração Varejo e o lançamento do Varejo na Escola, este último com o objetivo de sensibilizar jovens do ensino médio quanto às possibilidades de carreira no comércio. *Presidente do Sindilojas Porto Alegre

Princípios organizacionais Edições Anteriores Acesse o site do Sindilojas Porto Alegre e baixe a Conexão Varejo em formato PDF.

MISSÃO “Representar, defender e promover o desenvolvimento da classe lojista, com excelência em serviços, gerando benefícios e vantagens para categoria,

Uffizi Consultoria em Comunicação Diretor Executivo: Almir Freitas (MTb/RS 5.412) Editora: Carol Borne Redatores: Gabriela Sitta, Gullherme Jaeger, Jaíne Martins Projeto Gráfico e Editoração: Carla Cadó Vielmo Dietrich Revisão: Luana Aquino Colaborador: Pablo Berger e Analisa Brum Fone: (51) 3330.6636 Comercialização: Sindilojas Porto Alegre Gerente Comercial: André Zurita Contato: comercial@sindilojaspoa.com.br ou pelo telefone: 3025-8300 Impressão: Pallotti Tiragem: 10 mil exemplares * Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores

associados e sociedade”.

VISÃO “Ser referência nacional em entidade patronal sendo decisivo no desenvolvimento do comércio varejista de Porto Alegre.”

VALORES Ética: Respeitar normas e diretrizes

como um time, somando competên-

da Entidade com honestidade e inte-

cias para alcançar os objetivos.

gridade.

Transparência na gestão: Dar

Comprometimento: Ter compro-

visibilidade aos processos, ações e re-

misso e responsabilidade com os ob-

sultados da Entidade.

demonstrando

Inovação: Buscar soluções criativas

iniciativa e proatividade junto aos as-

e ideias inovadoras frente aos desafios.

jetivos

da

Entidade

Foco no resultado: Ser eficaz na

Responsabilidade Socioambiental: Em suas ações, considerar a sus-

defesa de suas bandeiras.

tentabilidade em benefício da socieda-

Trabalho em equipe: Trabalhar

de e do meio ambiente.

sociados.


Entrevista - Omar Ferri Júnior

Omar Ferri Júnior assume SMIC A Secretaria Municipal da Produção, Indústria e Comércio está sob novo comando. Omar Ferri Júnior assumiu o cargo de secretário no dia 5 de abril, no lugar do vereador Valter Nagelstein, que voltou para a Câmara Municipal. Ferri Júnior já trabalhou como assessor da Bancada Estadual do PMDB, foi dirigente de equipe de pessoal Substituto do Palácio Piratini, responsável pela montagem e instalação do Procon Municipal de Porto Alegre, entre outros. O secretário também exerceu advocacia civil entre os anos 1992 e 2007. Ele declara que seu compromisso é dar continuidade ao trabalho que vinha sendo feito nesta gestão, com o apoio e a confiança do prefeito José Fortunati. Para o novo secretário, a palavra de ordem é a lei. Ele garante que no setor de comércio e serviços, quem estiver regular sempre terá apoio da Smic. Ferri Júnior comemora o momento econômico do Brasil e as oportunidades que devem ser geradas nos próximos anos para a capital gaúcha.

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Foto: Divulgação SMIC

“E nós vamos continuar fiscalizando para garantir condições de trabalho para quem está dentro da lei” Conexão Varejo - Quais as metas e projetos para este ano? Omar Ferri Júnior - Eu assumi a Secretaria Municipal da Produção, Indústria e Comércio com a intenção de dar continuidade ao trabalho que vinha sendo feito e que atingiu resultados excelentes. Nenhum projeto que esteja dando certo vai ser mudado. O que nós vamos fazer é continuar melhorando e qualificando o nosso atendimento e os nossos serviços aos cidadãos porque esse é o compromisso da Prefeitura de Porto Alegre. Conexão Varejo - Quais as mudanças e melhorias para os lojistas? Omar Ferri Júnior - Entre essas

ações está nossa intensa fiscalização para combater atividades irregulares e garantir o cumprimento das leis. Acredito que esse ponto é fundamental para os lojistas e para o comércio formal, porque é um setor que sofre com a concorrência desleal das atividades informais e irregulares. A consolidação do Centro Popular de Compras (Camelódromo) é um passo fundamental que nós demos no sentido de acabar com o conflito entre lojistas e vendedores ambulantes e de melhorar as condições de trabalho para os dois lados. Nós vamos continuar fiscalizando para garantir condições de trabalho para quem está dentro da lei. Conexão Varejo - Quais as expectativas para 2012? Omar Ferri Júnior – Este ano deve ser de consolidação de todo esse trabalho feito pela nossa ges-


tão dentro da Smic e de colher os frutos dos projetos e ações implantados nos últimos sete anos. O grande destaque daqui para frente é que vamos ter todo um trabalho de preparação para a Copa de 2014, que é um evento de importância mundial e isso vai aquecer o turismo, o comércio, os serviços, enfim, vai desenvolver mais toda a economia de Porto Alegre e região. Os empresários já estão se movimentando nesse sentido, temos empreendedores atentos às oportunidades de negócio que estão surgindo e isso vai demandar muito da Secretaria. Nós precisamos estar preparados já nesse ano para dar apoio e respaldo que os empresários precisam. Também temos que garantir que esse processo seja feito de forma muito bem planejada e organizada para que tenhamos uma execução eficiente desses projetos e tudo dentro da legislação, gerando desenvolvimento não só durante os dias do evento, mas pensando em longo prazo. Conexão Varejo - Como o senhor vê a Smic no mercado atual? Omar Ferri Júnior - Com o aumento do poder de compra dos consumidores nos últimos anos, nós presenciamos um “boom” no desenvolvimento econômico no Brasil. A indústria cresceu, o comércio cresceu e temos hoje uma diversidade de serviços prestados que era impensável há alguns anos. Com isso, também aumenta a demanda por profissionais qualificados, agilidade nas questões burocráticas que envolvem licenciamento, suporte financeiro no sentido de garantir crédito para quem está disposto a investir e uma questão ainda mais delicada: garantir que tudo seja feito de forma legal, regular. Ou seja, a Smic tem um papel cada vez mais importante para garantir o crescimento econômico, mas também

“Também precisamos ser mais ágeis e eficientes na concessão de licenças, de alvarás, e estamos fazendo isso com o Alvará Eletrônico. E no caso da fiscalização, essa é uma área mais delicada. Nós intensificamos as operações nos últimos anos e isso deu um resultado incrível” uma função cada vez mais difícil. É importante destacar o papel do Procon na harmonização das relações entre empresários e consumidores - cada vez mais exigentes e cientes de seus direitos. Conexão Varejo - Como a Smic está dando conta dessa missão? Quais os programas que atendem essas demandas? Omar Ferri Júnior - Temos o compromisso de auxiliar na qualificação da mão de obra, dar suporte para aqueles que trabalham e precisam de treinamento. E também para o empresário que precisa desse profissional bem preparado. Existem programas de formação: os Planos Territorial e Setorial de Qualificação. Mais de quatro mil trabalhadores já passaram pelos cursos. No caso de pequenos empreendedores, temos que orientar, indicar o caminho para que ele esteja preparado para o mercado e tenha sucesso no seu empreendimento. E isso é feito, por exemplo, na Linha da Pequena Empresa que percorre os bairros da cidade. Temos que garantir acesso ao crédito sem juros pesados, que é o caso do Microcrédito Orientado, que já tem R$ 10 milhões disponíveis para pequenos empréstimos, de até R$ 15 mil, e outros R$ 10 milhões

a serem liberados ainda este ano. Também precisamos ser mais ágeis e eficientes na concessão de licenças, de alvarás, e estamos fazendo isso com o Alvará Eletrônico. No caso da fiscalização, essa é uma área mais delicada. Nós intensificamos as operações nos últimos anos e isso deu um resultado incrível. Quem trabalha dentro da lei quer a fiscalização ativa. Temos ações como a Operação Sossego, Fumo Zero, Passeio Livre, Água Mineral, Fogos de Artifício e também ações para controlar o comércio ambulante, como a venda de bebidas alcoólicas em vias públicas, CDs e DVDs, etc. Vamos continuar com esse trabalho porque é uma forma de garantir concorrência justa entre os estabelecimentos que cumprem a lei. Os que não cumprem não podem funcionar. Conexão Varejo - Quais foram os números do ano passado? Omar Ferri Júnior - Na prática, para a economia de Porto Alegre, podemos ressaltar o número de alvarás emitidos. Só a Seção de Licenciamento de Atividade Localizada atendeu mais de 320 pessoas por dia. Foram licenciadas 33.650 atividades econômicas. Mais de 14 mil licenças foram concedidas para o setor do comércio. E agora, com o Alvará Eletrônico que foi implantado em outubro do ano passado, a tendência é que esses números cresçam ainda mais em 2012. Vale destacar também o treinamento e qualificação de pessoas para o mercado de trabalho. Em dois anos, 4.229 trabalhadores passaram pelos cursos profissionalizantes dos Planos Territorial e Setorial de Qualificação (Planteq e Planseq). Todos foram encaminhados ao Sine. A capital gaúcha fechou 2011 com taxa de desemprego de 5,6% - a mais baixa dos últimos 19 anos.

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Celular será a nova carteira Aparelhos vão substituir

Foto: Divulgação

Finanças

Em até cinco anos, celulares serão utilizados para pagamentos no comércio

cartões eletrônicos

O

surgimento da telefonia celular no Brasil aconteceu em 1990, no Rio de Janeiro, e desde então incorporou diversas funcionalidades, além de efetuar ligações. Desde 2006, entretanto, diversas organizações tentam transformá-lo na nova “carteira eletrônica”. A mais nova iniciativa é o aplicativo da PagSeguro, lançado em abril deste ano pela UOL, que promete funcionar tanto como cartão de crédito quanto como terminal de cobrança, além de transferir dinheiro entre duas pessoas. Disponível para celulares Nokia, modelos C7, N9 e 701, as duas versões do aplicativo (para quem compra e para quem vende) podem ser baixadas na loja virtual do sistema Symbian, que usa a tecnologia NFC (sigla que traduzida do inglês significa comunicação de campo próximo). Para que a transação se realize, basta que os aparelhos estejam próximos (cerca de 3 cm) e rodando o aplicativo, que funciona como um mediador para transações on-line. A GSMA, associação americana de operadoras e fabricantes de celulares, estima que nos próximos três anos sejam vendidos 1,5 bilhão de celulares com tecnologia NFC. Para as fabricantes é a chance de lançar celulares capazes de substituir os cartões de crédito. “O

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“Nos próximos anos, teremos a adoção massiva desse sistema pela população, mas dependerá da entrada de operadoras de celular e de cartão de crédito juntas neste nicho”. Mauro Duarte mercado mobile está em franca expansão. O poder de concentrar cartão de crédito em um único dispositivo é muito conveniente”, afirma o professor de Informática do Senac do Rio Grande do Sul, Mauro Duarte. Segundo ele, as ações anteriores de pagamento móvel não emplacaram pela falta de integração entre as grandes operadoras de celular e financeiras. “Nos próximos anos, teremos a adoção massiva desse sistema pela população, mas dependerá da entrada de operadoras de celular e de cartão de crédito juntas nesse nicho”, prevê. Para o professor da Escola de Administração da UFRGS, Henrique Freitas, “o celular será a própria carteira do cidadão”. A expectativa é de que seja mais rápido do que atualmente é o uso do cartão. Ambos estimam que o pagamento via celular se torne uma prática corriqueira em até cinco anos. Duarte completa que o paga-

mento móvel trará vantagens como a possibilidade de transferência de crédito entre celulares, livrando o comerciante de ter uma máquina de cartão de crédito, da divisão do valor da compra entre amigos, hoje inviável nos pagamentos eletrônicos disponíveis, além de o pré-pago funcionar para controlar gastos ou dar uma mesada para o filho. Ele alerta que, para poder usufruir desses benefícios, o lojista deverá estar cadastrado no serviço de pagamento via celular e disposto a pagar mais taxas. Já Henrique Freitas aponta o aumento da satisfação dos consumidores ao enfrentar menos filas, caso o pagamento seja facilitado com essa tecnologia. “Isso pode estimular um aumento nas vendas, pois quem nunca deixou de comprar algo pelas longas filas?”, questiona. As empresas também veem o pagamento móvel como um grande aliado na inclusão bancária, já que 40% da população não tem conta corrente em instituição bancária, conforme dados do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). Exemplo disso é o projeto piloto implantado pela Caixa Econômica Federal (CEF) no ano passado com mil moradores do Conjunto Palmeira, de Fortaleza (CE). A parceria do banco com a MasterCard, a Redecard, a Vivo e o Banco Palmas (CE) permite aos usuários da ferramenta


final do ano passado, efetuarem suas comhavia 3,3 milhões de pras em estabelecicorrentistas, enquanmentos comerciais Veja como funciona to, em 2010, eram credenciados pela a tecnologia NFC pouco mais de 2 miRedecard e diretamen- acessando o canal de lhões. A maior parte te de pessoas físicas, vídeos do Sindilojas das transações é retais como vendedores POA no YouTube via lativa à consulta de autônomos e repre- QR Code (acima) ou saldo, ao pagamento sentantes comerciais. acesse de contas e a transfeUm aplicativo da sindilojaspoa.com.br rências. Cielo, lançado no ano De acordo com passado, opera em uma pesquisa do Ibocelulares com platape Inteligência, em parceria com forma Android e IOS (iPhone, iPad a Worldwide Independent Network e iPod Touch), da Apple. O downof Market Research, 25% dos load é feito no site da App Store ou usuários mundiais de smartphoAndroid Market. É necessário entrar nes já efetuaram algum pagamento em contato com a Cielo para realivia celular e 43% pretendem fazer zar o cadastro, que custa R$ 50. A novos pagamentos no futuro. No mensalidade do serviço é R$ 9,90, Brasil, somente 1% realizam paalém de taxas adicionais. gamentos via celular, 23% pretenConforme um estudo da Fededem realizar no futuro, e 12% não ração Brasileira dos Bancos (FEpretendem utilizar. Segurança é o BRABAN), o uso do mobile banking principal motivo alegado para não cresceu 49% em 2011 no país. No

usarem esses serviços, de acordo com 54% dos entrevistados. Fraude (39%) e privacidade (29%) também são impedimentos. Defensores do NFC afirmam que a tecnologia é segura, porque exige proximidade para estabelecer contato. As informações financeiras ficam protegidas no cartão do celular, só acessíveis com o aparelho ligado, depois de digitada a senha.

Projetos no Brasil A Oi promete lançar até o fim do ano um cartão de débito pré-pago que permitirá a transferência de valores entre duas pessoas, pagamento de contas ou recarga por mensagem de texto. A Vivo planeja trazer um sistema que vincula diversos cartões (de crédito e/ou de débito) ao celular, permitindo ao consumidor escolher a melhor opção.

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Foto: Augusto Ratis

“Nos últimos 30 anos, o Brasil experimentou um extraordinário desenvolvimento econômico, político e social”. Antonio Oliveira Santos

O presidente da CNC, Antonio Oliveira Santos, fez a abertura oficial do evento

28º Encontro Nacional

Reunião para debater o varejo no país Encontro Nacional de Sindicatos Patronais estimula o diálogo para o desenvolvimento do comércio em todo o Brasil

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ntre os dias 16 e 18 de maio, o Sindilojas Porto Alegre participou do 28º Encontro Nacional dos Sindicatos Patronais do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, em Natal (RN). Com o tema “Reformas, o futuro já che-

gou”, o maior evento direcionado às entidades de representação dos lojistas,reuniu cerca de 1,2 mil dirigentes, executivos e assessorias jurídicas de Sindicatos Patronais de todo o país, no Centro de Convenções da capital potiguar. Foto: Augusto Ratis

Luiz Bravo (Sindilojas Rio) foi nomeado patrono do evento

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Além de fortalecer a união entre sindicatos de todo o Brasil, o Encontro Nacional é um momento para a troca de informações que visam ao desenvolvimento dos sindicatos patronais. Para o presidente do Sindilojas Porto Alegre, Ronaldo Sielichow, a cada ano os sindicatos de lojistas estão mais unidos em defesa dos interesses da categoria. “O Encontro Nacional possibilita ações conjuntas entre confederação, federações e sindicatos”, ressalta. Durante a abertura do evento, o presidente da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), Antonio Oliveira Santos, abordou os cenários da economia brasileira e mundial. “Nos últimos 30 anos, o Brasil experimentou um extraordinário desenvolvimento econômico, político e social”, disse Oliveira Santos. O presidente da CNC destacou que a Constituição de 1988 consolidou no país uma sólida democracia e uma garantia de segurança jurídica, sob as quais vem se realizando uma política consistente de estabilidade econômica, interna e externa. “Os avanços sociais estão permitindo significativa inclusão social, respaldada por uma consistente melhoria dos padrões de consumo de uma ampla classe média e maior participação dos rendimentos de trabalho na distribuição da renda nacional”, disse. Durante a abertura, foi anunciado o patrono do evento, Luiz Bravo, executivo do Sindilojas Rio de Janeiro.


Foto: Augusto Ratis Foto: Divulgação Sindilojas Porto Alegre

O ministro da Previdência, Garibaldi Alves Filho, participou dos debates

Destaques do evento Entre os temas de maior repercussão nesta 28ª edição do Encontro, ganhou destaque o debate Reforma Tributária com Enfoque no Simples Nacional, ministrado pelo gerente nacional de Políticas Públicas do Sebrae, Bruno Quick, com a participação de José Ferreira Melo (Sebrae/RN), de Luiz Carlos Bohn (Fecomércio/RS), e mediado por Itamar Maciel Jr. (Sincopeças/RN). Outro painel de grande importância no evento abordou a Reforma Previdenciária, com a participação do ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves Filho. O ex-ministro do Tribunal Superior do Trabalho, Vantuil Abdala, falou sobre a importância das negociações sindicais. Segundo ele, a cada dia é preciso aperfeiçoar e especializar essa área dentro dos sindicatos, para que as negociações possam beneficiar tanto empregadores quanto trabalhadores. Em uma das palestras mais aguardadas do Encontro, o economista e articulista Stephen Kanitz mostrou otimismo em relação à economia brasileira, e, em especial, com o crescimento do nordeste. Kanitz criticou os americanos em relação à crise

Márcio Allegretti e Ronaldo Sielichow naquele país e elogiou o Brasil, ressaltando que pela primeira vez na história, o país tem reservas internacionais e vai sair da crise com R$ 300 bilhões para investimento interno. Além das palestras, o evento contou com várias câmaras temáticas, com discussões sobre e-commerce e redes sociais, associativismo, convenção coletiva de trabalho e segurança patrimonial.

Sindilojas Porto Alegre é premiado com o melhor case de gestão O presidente do Sindicato, Ronaldo Sielichow, coordenou uma discussão temática sobre as relações entre lojistas e administradores de shopping centers. Sielichow destaca que os Sindicatos de todo o país devem sa-

ber o que é possível fazer para proporcionar o desenvolvimento das empresas estabelecidas em centros comerciais. “A troca de informações fortalece o comércio, e os lojistas são os grandes beneficiados”, afirma. Na Reunião de Executivos de Sindicatos Patronais, o superintendente do Sindilojas Porto Alegre, Márcio Allegretti, apresentou o case “Gestão da Contribuição Sindical Patronal”, vencedor do Prêmio Lair Montenegro, que reconhece o melhor trabalho entre os gestores de sindicatos em todo o país. Segundo Alegretti, O trabalho de divulgação das ações e sensibilização realizado pelo Sindilojas Porto Alegre junto aos lojistas conquistou, em dois anos, o aumento de 21,43% de empresas contribuintes.“Apesar de ser prevista em lei, muitos lojistas não faziam o recolhimento da Contribuição Sindical, pois não conheciam a atuação do Sindicato e sua importância”, informou.

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Especial

Quais as diferenças entre as lojas de rua e as de shopping? O que o lojista deve levar em conta na hora de escolher o ponto comercial para abrir ou expandir seus negócios Fotos: Divulgação

ocorre principalmente na loja de rua: “Temos consumidores mais fidelizados à região, ao produto, aos colaboradores. Os clientes são conhecidos pelo nome e assim tratam os colaboradores. É mais comum termos os proprietários dentro da loja, sendo uma referência”. Esse consumidor também precisa de eficiência no atendimento, mas respira em outra velocidade, por isso está mais aberto à sedução da conversa agradável e do acolhimento. “O peso da simpatia nesse atendimento é maior”, salienta Mônica Moura Cardoso, consultora e diretora da Espaço Varejo RH (RJ), especializada em recursos humanos para os mercados de varejo e serviços.

A clientela

Shoppings oferecem, além de estacionamento e segurança, convergência de soluções

A

o abrir ou ampliar o negócio é preciso avaliar questões que vão além da localização e dos custos. Também é necessário levar em conta o tipo de produto oferecido e os perfis do público consumidor e dos colaboradores antes de se decidir pela rua ou pelo shopping. O consumidor da loja de rua é bem diversificado e procura, principalmente, o preço baixo,

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enquanto o de shopping prima por qualidade, conforto e segurança. Este último está disposto a investir um pouco mais na compra. De acordo com a Associação Brasileira dos Shoppings Centers, 71% dos frequentadores de shoppings pertencem às classes A e B. Para Andréa Abs de Agosto, psicóloga e proprietária da Potenciale Gestão de Pessoas (POA), a fidelização dos clientes

Ainda que a fidelização seja objetivo comum de ambos os lojistas, a maneira como ocorre pode ser diferente. Mônica explica que é mais difícil fidelizar o cliente de shopping, pois tem mais pressa e escolheu o local por fatores como estacionamento, praça de alimentação, segurança e convergência de soluções. Para fidelizá-lo, é necessário oferecer vantagens como desconto no estacionamento, promoções e eficiência. “O público das classes A e B é mais exigente pelo seu poder aquisitivo e cultura e, por isso, busca um atendimento mais qualificado, com profissionais que entendam e satisfaçam suas expectativas e necessidades”, completa Ricardo Leite, professor e consultor do Senac-RS. Em qualquer negócio, no entanto, a moda, associada à qualidade do produto e, principalmente, ao atendimento, é diferencial de fidelidade. “É preciso um ambiente acolhedor, profissionais bem preparados para o atendimento, produtos


O lojista de rua deve estudar o fluxo de público e avaliar custos

atrativos, criação de canais de relacionamento e ações de pós-vendas”.

Critérios de escolha do local Marcelo Feijó, gerente de aluguel corporate da imobiliária Auxiliadora Predial, afirma que a escolha pela rua ou pelo shopping depende do público-alvo e das necessidades da loja, como estacionamento, por exemplo. “Os prós do shopping são a segurança e a conveniência, como mercado, cinema e restaurante. O contra da rua é que a pessoa vai apenas para um fim específico”, diz. O professor e pesquisador da Escola de Administração de Empresas da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo, Edgard Barki, ressalta que rua e shopping são complementares. Para ele, o mais importante ao abrir uma loja de rua é escolher a via e a região mais interessantes, saber se há transporte próximo e acessível, onde as pessoas circulam e quais as lojas próximas,

Loja de rua n Bairro Centro Histórico: locações a partir de R$ 1 mil até R$ 10 mil. Em razão do grande movimento, é uma região com lojas de segmentos diversificados, assim como a Azenha. n Bairro Azenha: de R$ 2,5 mil a R$ 4 mil n Rua Cristóvão Colombo: R$ 3 mil a R$ 10 mil (restaurantes e lojas diversas) n Avenida Osvaldo Aranha: a partir de R$ 2 mil até R$ 20 mil (lojas de móveis, bancos e imobiliárias) n Avenida Ipiranga: de R$ 5 mil até R$ 25 mil (loja de móveis, casas de festas e revendas de veículos) n Bairro Moinhos de Vento: loja pequena de R$ 5 mil até R$ 20 mil (casa de festas, escritório, loja de roupas e cursos de idiomas) n Bairros Higienópolis, Auxiliadora e Avenida Plínio: R$ 2,5 mil até R$ 20 mil (escritório, seguro, contabilidade, arquitetura e publicidade)

além de conhecer bem o perfil do público e avaliar os custos para não correr riscos de prejuízo. Domingos Pires Cordovil, professor, consultor e executivo com mais

de 28 anos de experiência em empresas como Ford do Brasil, Odebrecht, Pão de Açúcar e Walmart, destaca que, para ter sucesso, esse lojista deve estar situado em uma rua comercial com grande tráfego de pedestres e ter um preço bom. Edgard Barki destaca que para abrir uma loja no shopping é preciso conhecer o perfil do local, avaliar se está alinhado ao seu posicionamento, fazer uma boa negociação e estudar se os custos e a localização dentro do shopping estão dentro de sua viabilidade financeira. Domingos Cordovil explica que, quando o lojista de rua não obtém sucesso ao abrir uma filial no shopping, é porque não conseguiu comunicar uma proposição que convença ou que seja apropriada ao público do shopping: “Vender muito barato produtos muito populares e sem qualidade dá certo na rua para um povo muito humilde, mas no shopping, por mais que seja barato, isso não convence os clientes”.

Custos Na rua, o lojista paga o valor do aluguel e do ponto comercial, que consiste em um percentual de acordo com o faturamento ou do tipo de negócio. No shopping, os custos compreendem, além do aluguel, condomínio e fundo de promoção. Para Edgard Barki, o lojista precisa conhecer bem os custos e ter uma boa comunicação com o cliente para vender mais. O gerente comercial de locações da Guarida Imóveis, Tiago Seltenreich, acredita que os custos da loja de shopping são mais altos por englobarem uma estrutura com mix de serviços, como estacionamento, segurança e conveniência. “Sem ser franquia não vale a pena. O lojista fica limitado ao que o shopping determina como, por exemplo, a

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Foto: Divulgação

obrigação de participar de campanhas”, conclui.

Carga horária Colaboradores de shopping trabalham em domingos e feriados, mas têm carga horária diária reduzida. Para a diretora da Espaço Varejo RH, Mônica Cardoso, essa compensação pode representar qualidade de vida. Em entrevista de emprego, no entanto, os candidatos afirmam preferir trabalhar de segunda a sábado, “apesar de reconhecerem que os domingos são dias rentáveis em comissionamento”, observa Andréa Abs de Agosto. O horário de trabalho das lojas de rua também é mais atrativo para os funcionários. “Os shoppings de Porto Alegre abrem às 10h ou 11h e fecham às 22h ou às 23h. Para a função de caixa, por exemplo, soma-se mais meia hora, no mínimo, para o fechamento do dia”, explica Andréa.

Remuneração Quanto à remuneração, Andréa afirma que, em lojas de shopping, o ganho mais significativo está no variável, enquanto nas lojas de rua o fixo tende a ser mais valorizado para compor o salário. Já Mônica entende que a remuneração é relativa, pois dependerá da escala de trabalho para o mesmo horário.

Perfil

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Andréa aponta que o colaborador de rua permanece muito tempo na mesma loja como vendedor ou em outra função, enquanto que o funcionário de shopping é menos interessado em fazer carreira no varejo e deseja trabalhar para quem lhe pagar mais. Mônica define o colaborador ideal para lojas de rua como “aquele que tem paciência para ouvir, que é capaz de sabore-

Perfis dos consumidores devem ser observados pelos lojistas de rua e shopping

ar uma boa conversa, de vivenciar a ‘vida do bairro’ e de estabelecer laços com os clientes”. Já o vendedor ideal para loja de shopping é mais ágil em vários atendimentos ao mesmo tempo, sem afetar a qualidade de venda. “Não basta que o vendedor seja simpático, ele tem que ser eficiente, conhecer bem o estoque para não tomar tempo desse cliente apressado e oferecer a solução correta”, afirma. Apesar das diferenças, Andréa finaliza dizendo que “todo vendedor deve ter as capacidades de convencimento, sedução e persuasão aguçadas. Deve ser simpático, sem ser falso. Atencioso, seguro e ágil. Proatividade pode ser uma boa característica, desde que não passe por cima de ninguém na busca do resultado. Tem que ter atitude – conquistando assim bons resultados, seja em lojas de rua, seja em shoppings”.

Custo por metro quadrado A gerente Comercial do Shopping Total, Sílvia Rachewsky Lemos, revela que o custo por metro quadrado no Shopping Total é na média de R$ 290. Nesse valor, não há percentual de vendas sobre

aluguel e condomínio. O Shopping não cobra fundo de campanha. O empreendimento não cobra fundo de campanha e tem um conceito diferenciado na relação comercial com o lojista. O valor de aluguel é uma taxa única, o que permite ao cliente (lojista) saber exatamente o seu custo fixo. O perfil do frequentador do Shopping Total é eclético, assim como o lojista do empreendimento, que vai desde o empreendedor de pequenas empresas aos grandes players de mercado, com marcas conhecidas. O custo do metro quadrado no Paseo Zona Sul é fixado de acordo com o segmento e pode variar de R$153,60 a R$178,80. Esses valores não incluem aluguel, condomínio e fundo de promoção e Propaganda. “O percentual do fundo de promoção é de 20% sobre o aluguel”, informa Bianca Medeiros, coordenadora de Marketing do Shopping. O Paseo diversifica seu mix de lojas. “É um shopping de vizinhança, com grande diversidade de lojistas, desde os que têm lojas de rua até os que abriram no Paseo sua primeira unidade, vislumbrando o crescimento da região”, completa Bianca.


Desenvolvimento Humano

Varejo na Escola qualifica alunos da Capital

Informações Para receber o projeto, escolas interessadas em participar podem entrar em contato pelo telefone 3025-8300. Mais informações também estão disponíveis no site www.sindilojaspoa.com.br.

Projeto do Sindilojas Porto Alegre oferece aulas sobre economia e varejo para estudantes do Ensino Médio Foto: Divulgação Sindilojas

Varejo na Escola investe na sensibilozação de jovens para o trabalho no comércio

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mês de abril ficará marcado na história do Sindilojas Porto Alegre como o início do Varejo na Escola, ação criada para sensibilizar os jovens sobre as oportunidades no setor de carreira no comércio na Capital. A primeira instituição de ensino a receber o projeto foi o Colégio Estadual Professor Elmano Lauffer Leal, na Zona Norte de Porto Alegre. Os jovens do segundo e terceiro ano do Ensino Médio puderam se inscrever para participar nas duas primeiras turmas. As atividades aconteceram nos dias 26 e 27 de abril, e beneficiaram 78

estudantes divididos nos turnos da manhã e noite. A carga horária foi de 8h, distribuídas entre ações teóricas e práticas. Na parte teórica, os alunos receberam noções básicas de economia, comércio e varejo, além de aprenderem sobre as principais funções em uma loja e orientações sobre postura profissional. O Sindi-

lojas Porto Alegre acredita que o investimento em melhores profissionais é indispensável para o futuro do comércio: “Estamos trabalhando para formar os futuros profissionais do varejo, o que terá reflexo direto na qualidade do atendimento ao cliente porto-alegrense”. A ação tem a intenção de despertar os alunos para as oportunidades que surgem na área, e que existe mais de uma forma de crescer nesse setor. “É mais do que dar emprego ao jovem. É mostrar a ele que o comércio possui diversas possibilidades de crescimento”, afirma o presidente do Sindilojas Porto Alegre, Ronaldo Sielichow. Após a avaliação das atividades práticas, nas quais alunos simularam o processo de compra e venda, o vice-presidente de Comunicação e Marketing do Sindilojas Porto Alegre, Paulo Penna Rey, falou aos estudantes sobre as possibilidades de desenvolvimento profissional que o varejo oferece. “Temos diretores do Sindicato que iniciaram suas trajetórias profissionais como vendedores e empacotadores, e hoje são empresários de sucesso”, lembrou. Para a diretora do Colégio, Sinara Silveira Santos, o projeto auxilia na postura profissional e no comprometimento dos alunos. “O projeto vai refletir no desempenho deles na escola, em casa, no comércio e na sociedade”, ressalta. Durante o ano, o Sindilojas POA planeja levar o Varejo na Escola a diversas instituições de ensino da cidade.

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Cultura

Museu de Arte Contemporânea do RS completa 20 anos O MACRS investe na conquista de novos frequentadores

O

museu é uma necessidade, só que daquelas que algumas pessoas não sabem que têm. Quem diz isso é o diretor do Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul (MACRS), André Venzon. À frente do museu desde janeiro de 2011, ele trabalha para fazer a arte chegar mais perto do grande público. Criado em março de 1992 por Gaudêncio Fidelis, atual gestor do Museu de Arte do Rio Grande do Sul (MARGS), o MACRS fica na Casa de Cultura Mario Quintana (CCMQ). Sem sede própria, o Museu sobrevive com esforço. De acordo com Venzon, a ausência de um orçamento próprio dificulta a manutenção, o acondicionamento das obras e a realização de eventos. Mas desde que assumiu como diretor ele vem conseguindo dar vida nova à instituição. Graças às parcerias com empresas públicas e privadas e às Camila Domingues/Palácio Piratini

doações recebidas pela Associação Amigos do MACRS, a agenda do Museu está movimentada neste ano em que completa duas décadas. As principais homenagens a esses 20 anos foram as exposições “O Triunfo do Contemporâneo”, que ficou em cartaz em abril no espaço Santander Cultural, e a “Museumetria”, que acontece até o dia 10 de junho no MARGS. A exposição no Santander, realizada pela Lei de Incentivo à Cultura, deixa clara a importância histórica do Museu como difusor da arte contemporânea no Estado. Já a mostra Museumetria destaca a produção de conhecimento nesses 20 anos. As galerias Xico Stockinger e Sotero Cosme, no 6º andar da CCMQ, são os espaços que o museu ocupa. A perspectiva para 2013 é inaugurar uma nova galeria para exposição permanente do acervo junto ao centro cultural do Instituto Federal de

Educação Ciência e Tecnologia, na antiga Loja Mesbla, no Centro da Capital. Com a mudança, haverá mais espaçopara acomodar o acervo, expor e conquistar novos frequentadores. Na CCMQ, o MACRS não é atração principal. “Nós somos um atrativo a mais na Casa de Cultura, mas não somos o mais importante”, afirma Venzon. De acordo com o diretor, poucas pessoas vão até lá para visitação, mas acabam fazendo isso, já que ele é parte do itinerário. Dos anos de 1990 para cá, o MACRS contribuiu para balançar a cena da arte moderna no Estado. A mostra “Metropolitanos – A nova urbanidade” em exposição, que ficou em cartaz até o dia 20 de maio, trouxe a visão de 25 jovens artistas sobre a metrópole moderna. Além das exposições, o museu também atende pesquisadores da arte contemporânea. No ano passado, 24 mil visitantes assinaram o livro de registros do Museu. Esse público é composto primordialmente por jovens. Atrair esse pessoal para o espaço cultural é o que motiva Venzon. Além disso, um acervo maior também está nos planos. Hoje o MAC possui 400 obras. Eram 230 quando Venzon chegou à diretoria. Para ampliar o acervo, várias das obras expostas em 2012 serão doadas à instituição. O objetivo de Venzon é conseguir levar esses trabalhos ao público com mais frequência. Hoje, apenas uma mostra anual expõe obras próprias.

MACRS Os empresários interessados em apoiar e patrocinar as atividades do MACRS podem preencher a ficha de inscrição em: http://macrs.blogspot.com.br/p/acoes-culturais.html

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MACRS aposta no talento de jovens artistas da cena urbana

n Endereço: Rua dos Andradas, 736, 6º andar – Casa de Cultura Mario Quintana n Horários: Segunda das 14h às 19h, de terça à sexta das 10h às 19h, sábados, domingos e feriados das 12h às 19h. n Site: www.macrs.blogspot.com n Telefone: +55 51 3221 5900


Polo Comercial

Comércio sofisticado: o diferencial do Moinhos Tradicional bairro de Porto Alegre tem lojas charmosas que atraem o consumidor Foto: Divulgação

O bairro Moinhos de Vento concentra um elegante polo de consumo na Capital

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om a fama de ser um dos bairros mais atraentes da capital, o Moinhos de Vento tem na gastronomia e no vestuário seus carros-chefe quando o assunto é comércio. Criado pela Lei 2022 no dia 7 de dezembro de 1959, tem como origem do nome os Caminhos dos Moinhos de Vento. A Rua 24 de Outubro era conhecida pelos seus moinhos, de posse de famílias de açorianos que por ali se estabeleceram para plantar e moer trigo. Mais tarde, o bairro teve seu crescimento impulsionado pela implantação da linha de bonde Independência pela Companhia Carris no ano de 1893. Hoje é um dos bairros mais nobres de Porto Alegre e cobre uma área de 82 hectares, ou 0,82 km², e possui como característica as ruas arborizadas,

lojas, bares e restaurantes mais sofisticados. Cacaia Bestetti faz parte dessa história. É proprietária do Café do Porto, que existe há 17 anos e é um dos pontos mais conhecidos da região e da cidade. Cacaia fala que “sobre o que faz do bairro um ponto de preferência do consumidor”, e destaca que o reconhecimento se deve “pela animação das mesas nas calçadas, por seus cafés e bistrôs, pela beleza e charme de seus frequentadores e o patrimônio verde de suas ruas”, analisa. Um grande fator no crescimento comercial do bairro foi a inauguração do Moinhos Shopping em 2001. Cacaia afirma que a grande oferta de múltiplas lojas em um só lugar sempre atrai o consumidor e “em função disso, toda a região se beneficiou, pois abriu oportunidades para novos negócios de

rua”. Duas vias de destaque são a Padre Chagas e a 24 de Outubro, ponto dos principais cafés, restaurantes e bares do bairro, e a Fernando Gomes, popularizada como “Calçada da Fama”. O charme da região é um grande atrativo para os consumidores e, por tabela, ajuda no comércio. É o que diz a proprietária da Loja Padrão XXI Alice Berg: “o charme do bairro atrai o consumidor, que sente a maior qualidade das lojas e por isso se sente mais à vontade para comprar”, afirma. Alice acrescenta que o perfil do bairro acaba naturalmente por atrair aqueles com maior poder aquisitivo: “É um padrão mais exigente dos consumidores”. O subgerente da Casa Masson Fabiano Soveral destaca que isto acaba por gerar um nível diferenciado no comércio no qual “o atendimento personalizado e o cuidado com o cliente são os pontos de destaque”. E a atenção no futuro é constante. Com a aproximação da Copa do Mundo de 2014, o bairro Moinhos de Vento já se agiliza para receber os turistas de diversas partes do mundo. As principais iniciativas dos comerciantes da região para se preparar para o evento, segundo Cacaia, têm sido a capacitação dos setores de gastronomia e varejo. Além disso, ideias para a qualificação do espaço público vêm sendo desenvolvidas desde o ano passado com vistas à Copa de 2014. Mas no bairro da Calçada da Fama, cujo nome Cacaia imagina ter começado como brincadeira de algum “criativo de plantão” e depois caído nas graças da população, a certeza é de que muitos turistas irão se encantar com o charme e a elegância peculiares ao bairro, e ficarão por ali, contribuindo com o comércio local.

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Responsabilidade Socioambiental

Rio+20 retoma diálogo sobre sustentabilidade Desenvolvimento sustentável e padrões de consumo em debate na conferência

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preocupação socioambiental está em destaque neste mês de junho. No dia 5 comemora-se o Dia Mundial do Meio Ambiente e, no dia 13, tem início a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20. O evento busca renovar o compromisso político com o desenvolvimento sustentável e definir sua agenda para as próximas décadas. A Conferência vai abordar a economia verde, a erradicação da pobreza, e a estrutura para o desenvolvimento sustentável. O desafio do primeiro tema é pensar um novo modelo de desenvolvimento ambientalmente responsável, socialmente justo e economicamente viável. O segundo propõe uma discussão sobre a necessidade de fortalecimento global para a solução dos problemas mundiais de sustentabilidade. O secretário executivo da Comissão Nacional para a Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), embaixador Luiz Alberto Figueiredo, destaca que “essas mudanças de padrões envolvem, pelo lado da produção, o uso racional e eficiente de recursos naturais e de energia, além do aprimoramento de processos produtivos e, pela área do consumo, maior educação e alterações culturais que levem as populações a não testarem os limites do planeta”. Para o vice-presidente Comercial do Sindilojas Porto Alegre e representante da entidade no

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Conselho de Sustentabilidade da Federação do Comércio de Bens e Serviços do Rio Grande do Sul (Fecomércio-RS), João Rodrigues, “todos os segmentos devem estar envolvidos com o tema, porque os problemas resultantes – econômico, social e ambiental – são universais”. Ele afirma que os lojistas podem colaborar para a sustentabilidade, em um primeiro momento, “participando dos eventos que abordam a temática, para contribuir com suas experiências e aprender novos exemplos, ajudando a construir um modelo compatível com a nova política e contribuindo com a preservação das futuras gerações”. O setor será representado na Rio+20 pela Confederação Nacional do Comércio (CNC) e pelas Federações Estaduais. A Fecomércio-RS foi uma das pioneiras em implementar sustentabilidade no seu Plano de Gestão com a criação do Conselho de Sustentabilidade, constituído pelo SESC-RS, Senac-RS, demais sindicatos e entidades. “O Conselho realizou o Primeiro Fórum de Sustentabilidade em 2011, com a participação de 150 sindicatos do Estado, e a Campanha dos Vilões com o objetivo de recolher resíduos eletrônicos e telefonia. A

ação movimentou a comunidade e arrecadou 100 toneladas de lixo tecnológico. Em junho, acontece a segunda edição do Fórum e o Sindilojas Porto Alegre está engajado nesses trabalhos”, contou Rodrigues. Para desenvolver um trabalho em prol da sustentabilidade, qualquer setor pode, a partir de ações simples, como recolher pilhas usadas, participar de coletas seletivas de lixo, reutilizar folhas de papel, reciclar caixas de papelão e sacolas plásticas para uso interno, além de recarregar cartuchos das impressoras.

Programação da Rio+20 Será disponibilizada uma plataforma digital (www.riodialogues.org) com um espaço de discussão interativo e sistema de votação. As recomendações finais do encontro com a sociedade civil serão levadas aos Chefes de Estado e de Governo dos países-membros das Nações Unidas presentes no Segmento de Alto Nível da Conferência, que ocorre de 20 a 22 de junho. Essa cúpula é a responsável pela adoção do documento final da conferência.

Foto: Divulgação


Entidade

Parceria e qualidade de vida para todos SESC-RS implanta novos projetos para manter atividades em

Informações n Para usufruir do SESC-RS e saber outras informações acesse o site www. sesc-rs.com.br ou entre em contato pelo telefone (51) 3284.2000. Em Porto Alegre, a Administração Regional fica localizada na Avenida Alberto Bins, 665. Além do RS, o SESC-RS também atua em outros 13 estados. Participe!

benefício dos comerciantes e da comunidade

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romover a qualidade de vida dos comerciantes e da comunidade é a missão do Serviço Social do Comércio (SESC-RS). Trabalhando desde 1946 com atividades que visam à saúde, à educação, ao esporte, ao lazer, à cidadania e à cultura, hoje, o SESC-RS é comandado por Zildo de Marchi, o qual também é presidente do Sistema Fecomércio-RS e Senac-RS. Os serviços oferecidos são muito variados. Há unidades operacionais, centros de eventos, gabinetes odontológicos, restaurantes, escolas infantis, teatros, bibliotecas, ginásios, quadras poliesportivas, auditórios, entre muitos outros. Quando se fala sobre os pontos positivos para aqueles que trabalham com a entidade, o SESC-RS é apontado como um parceiro das empresas em relação à concretização de ações sociais. É através dele que as ações desenvolvidas se tornam vivas com empresas que atuam no comércio de bens, serviços e turismo. “Ou seja, o SESC-RS é uma ferramenta para que os empresários do setor terciário ajam com responsabilidade social quanto ao público interno e externo”, completa Zildo de Marchi. Atualmente, um dos principais objetivos da entidade é expandir suas áreas de atuação. “Estamos finalizan-

do as obras da Unidade Operacional do SESC Chuí e já demos início à construção na cidade de Canoas. Também será desenvolvida, durante este ano, a segunda Unidade SESC de Saúde Preventiva, unidade móvel que circula pelo interior gaúcho levando exames gratuitos ao acesso de toda a comunidade”, afirma Marchi. A ampliação das Unidades Operacionais (fixas) e a implantação das unidades móveis permitem intensificar a atuação no Rio Grande do Sul e abranger outros pontos. Em 2011, o SESC-RS realizou mais de 77 milhões de atendi-

mentos. No total, 99,79% dos municípios gaúchos receberam atividades de estímulo à qualidade de vida. O objetivo deste ano é atingir 80 milhões de atendimentos no Estado e chegar a 496 municípios gaúchos com atividades sistemáticas. “Certamente teremos um crescimento visível em relação à nossa atuação no ano passado”, completa o presidente Marchi. A Administração Regional fica localizada na Avenida Alberto Bins, 665, no centro de Porto Alegre. Mas o SESC também atua em outros 13 estados. Para outras informações, acesse o site www.sesc-rs.com.br. Foto: Divulgação SESC

Projeto BiblioSESC oferece acesso gratuito a livros em todo o Estado

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Conecs

Comércio em shopping centers em debate no Congresso Nacional Foto: Divulgação

Diversos projetos de lei que mudam a vida de quem é lojista de shopping center podem ser votados nas próximas semanas

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a Câmara dos Deputados, está em debate o Projeto de Lei 7137/02 que regulamenta as relações entre lojistas e proprietários de shopping centers. Já no Senado Federal está sendo discutido o PL 289/07, que proíbe a cobrança de mais de 12 aluguéis por ano em shopping centers. O impacto desses projetos, caso aprovados, será uma mudança radical na vida dos lojistas de shopping centers, que se verão livres de cobranças injustas e que têm levado ao encerramento de várias operações, o que gera um alto custo social.

PL 289/07 – Proibição da cobrança de 13º aluguel em shopping centers O projeto de autoria do senador Waldir Raupp proíbe a cobrança de mais de 12 aluguéis por ano, e veta também a cobrança de aluguel dobrado nos meses de maior venda. O relator do PL, senador Benedito de Lira, é favorável ao projeto e em seu relatório acatou uma sugestão feita pelo senador Pedro Simon, a pedido do Conecs, para deixar o texto mais claro sobre a impossibilidade de cobrança do 13º aluguel. O projeto entrou na pauta da Comissão de Constituição e Justiça do Senado e deverá ser discutido e

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Projeto prevê a proibição da cobrança de mais de 12 aluguéis anuais em shoppings votado nas próximas semanas. O Conecs estará acompanhando o passo a passo dessa tramitação no Senado.

PL 7137/02 – Audiência pública agendada A novidade sobre o PL 7137/02 foi o agendamento da audiência pública na Comissão de Defesa do Consumidor (CDC) da Câmara dos Deputados. A audiência, aprovada pela comissão em agosto de 2011, veio sendo postergada desde então pelos proprietários de shopping centers, que alegavam viagens, motivos de saúde, inclusive do relator da proposta. Depois de uma grande mobilização dos lojistas, a audiência foi marcada pelo presidente em exercício da CDC, deputado Eros Biondini, para o dia 27 de junho. O projeto em questão regulamenta uma série de dispositivos do contrato de shopping centers,

que atualmente são tratados em contratos atípicos, e não são protegidos pela Lei do Inquilinato. A audiência será uma oportunidade única para o Conecs apresentar os dados da última pesquisa de opinião realizada em parceria com o Instituto Vox Populi que vai apresentar o retrato fiel do que pensam os lojistas de shopping centers do Brasil sobre seus contratos e o relacionamento com os shopping centers. Cobrança de mais de 12 aluguéis, renovação de contratos, cessão do ponto e diversos outros temas serão apresentados aos parlamentares. * Conteúdo produzido pela assessoria parlamentar do CONECS, em Brasília.

Conheça nossos estudos e pesquisas. Acesse: www.conecs.org.br


Artigo * por Analisa Brum

Liderança como canal de comunicação interna

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oje, muitas empresas já entenderam que o líder deve ser o primeiro e principal canal de Comunicação Interna e o estão treinando para isso. Os canais como jornal de parede, revista interna, e-mural, redes sociais internas e outros são complementares ao papel do líder. Mas existem aquelas que ainda se questionam sobre como transformar o líder num canal de Comunicação Interna. n O primeiro passo é dizer: o líder precisa saber que a empresa o está distinguindo dessa forma e possui expectativas em relação a ele. n O segundo passo é treinar os líderes para que entendam o papel estratégico que possuem no processo da informação. n O terceiro passo é criar rituais para que eles possam repassar informações para as suas equipes, sempre lembrando que existe diferença entre reunião de gestão e reunião de informação. n O quarto passo é instrumentalizar as lideranças, já que ninguém repassa aquilo que não recebe. A empresa precisa entregar ao líder as informações para

que sejam repassadas para a equipe por meio da comunicação face a face. n E o quinto passo é estimular as pessoas a buscarem junto ao líder as informações de que necessitam sobre a empresa, cobrando-o para que realize os rituais definidos para o repasse. A empresa que seguir esses cinco passos certamente terá lideranças melhor preparadas para o exercício da comunicação com suas equipes. Entretanto, é preciso levar em consideração que a primeira pessoa que um líder precisa liderar é ele mesmo. A maneira como um líder sente-se em relação ao seu trabalho impacta diretamente no bem-estar dos seus subordinados.

Algumas pessoas acreditam, inclusive, que as atitudes dos líderes capazes de inspirar pessoas não resultam apenas de intensos processos de treinamento, sendo também um resultado da paz interior conquistada em suas vidas pessoal e profissional. O que um líder espera das pessoas que trabalham na sua área? Certamente: iniciativa, comprometimento, entusiasmo, rapidez, capacidade de trabalhar em equipe, capacidade para encontrar a solução de problemas, entre tantos outros aspectos considerados positivos. Mas um líder não possui uma “varinha mágica” capaz de provocar todas essas reações nos seus subordinados, até porque, na maior parte das vezes, elas são intrínsecas, ou seja, fazem parte do elemento humano e de aspectos genéticos e ambientais. Um bom líder pode inspirar esse tipo de comportamento, mas não ordená-lo ou exigi-lo. A reação positiva da equipe é decorrente da ação positiva do líder. Mais do que isso, é decorrente da ação constante e não de fatos ou atitudes isoladas. Trata-se de um esforço diário. Os líderes precisam se preparar para o exercício da liderança todos os dias, além de decidir sobre a melhor maneira de se comunicar com as suas equipes. www.happyhouse.com.br Diretora da HappyHouse Brasil Agência de Endomarketing Autora de seis livros sobre esse tema.

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Galeria Sindilojas 2

28º Encontro Nacional de Sindicatos Patronais 1 Foto: Dudu Leal

1 - Luiz Bravo (Sindilojas Rio / patrono do evento) e Ronaldo Sielichow 2 - Nadim Donato (Sindilojas BH) e Ronaldo Sielichow 3 - Ronaldo Sielichow e o Ministro da Previdência, Garibaldi Alves

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Palestra com Leila Navarro 4 - João Rodrigues, Ronaldo Sielichow, Augusto Hecktheuer, Paulo Kruse, a palestrante Leila Navarro, Paulo Penna Rey, Roni Zenevich, Daniel Casais, Arcione Piva, Tarcísio Pires e Magnus Scheffer (diretoria do Sindilojas Porto Alegre)

Fotos: Sindilojas, DIvulgação

Café com Lojistas - Abril 5 - (Linna) Maria Alice Viana, Juliana Almeida e Carla Ansolin 6 - (Joalheria Cruzeiro) Michelle Fortes, Daniel Oliveira, Carmen Spindola e Suzane Salvador

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7 - (RKR) Márcia Redecker Kunz e Cláudia Machado (Consultora) 8 - (Hering) Denise Arosteguy, Fernanda Ughini e Josy Barbosa

Café com Lojistas -Maio 9 - (Patchwork) Aline Martins e Inês Scheffmacher 10 - (Linna) Cristina da Silveira, Cleusa Moura e Daiana Borba 11 - (Kakus) Elaine e Vinicius da Costa Reis 12 - (Mundo Marinho) Laureane Zaleski, Fabiana Jardim, Silvia Rodrigues e Janice Campos 13 - Leonel Gomes da Silva (Sul Center) e Paulo Penna Rey (Multiferragem / Sindilojas POA) 14 - Marilene dos Santos (Das-M), Paulo Kruse (Patchwork / Sindilojas POA), Fernanda Fogliati (Shopping Total) e Márcia Leão (Das-M) 15 - (Sicredi) Rafael Chidem, Fabiane Lenhart e Rodrigo Assmann

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Reunião Diretoria 16 - Ricardo Ritter (Sindpoa), Ronaldo Sielichow e José de Jesus Santos (Sindpoa)

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Artigo * por Pablo Berger

Locações comerciais: aspectos a considerar na renovação

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o momento da contratação, a convenção do aluguel e demais cláusulas é livre, decorrendo da autonomia da vontade e subordinada exclusivamente a critérios de conveniência das partes dentro de parâmetros de mercado. Entretanto, ao aproximar-se o término do prazo previsto no contrato de locação, deve o locatário tomar cuidados a fim de preservar seus direitos e inserir garantias até então inexistentes. O primeiro ponto a ser analisado é o prazo pelo qual será renovado o contrato. A fim de preservar os direitos do locatário, sugere-se renovação sempre por prazo determinado, eis que tal modalidade impede o locador de promover a retomada do imóvel

antes do término do prazo e permite, conforme restará demonstrado abaixo, eventual utilização do direito à renovação compulsória através de ação renovatória. Caso o contrato a renovar tenha sido firmado por prazo determinado e o locatário tenha dificuldades em renová-lo, há a possibilidade de, atendidos os requisitos legais, promover a renovação compulsória do contrato. Para tanto, devem estar presentes os seguintes requisitos: a) o contrato a renovar tenha sido celebrado por escrito e com prazo determinado; b) o prazo mínimo do contrato a renovar ou a soma dos prazos ininterruptos dos contratos escritos seja de cinco anos; e c) o locatário esteja explorando seu comércio, no mesmo ramo,

pelo prazo mínimo e ininterrupto de três anos. Ainda, é necessário que a ação judicial seja ajuizada no prazo de 12 a 6 meses anteriores ao término do contrato de locação, o que reforça a necessidade de que a negociação entre locador e locatário seja prévia ao término do contrato. Perante a mesma demanda judicial pode ser postulada a revisão do locativo, caso o mesmo se apresente destoante da realidade do mercado no qual está localizado o imóvel. Outro aspecto importante é a verificação de cláusula contratual na qual reste consignado que, em caso de venda do imóvel, o adquirente respeite na íntegra o contrato de locação firmado. Entretanto, somente tal cláusula não basta. É imprescindível que o contrato de locação seja averbado na matrícula do imóvel perante o Cartório de Registro Imobiliário, garantindo, assim, que eventuais adquirentes respeitem suas cláusulas. Importantes modificações legislativas no último ano permitiram ao locador a retomada mais célere dos imóveis através de ações de despejo em hipóteses específicas. A ausência de indicação de novo fiador após o locatário ser notificado a tanto, nos termos do artigo 40 da Lei de Locações, permite o despejo liminar em 15 dias. Por fim, considerando a complexidade e a importância das relações locatícias ao lojista/locatário, aliadas às recentes modificações legislativas, a contratação ou renovação de contrato de locação não deve ser entendida apenas como uma mera formalidade, mas deve se tornar prioridade a fim de minimizar os riscos. pablo@sbsp.com.br Advogado Sócio do escritório Souza, Berger, Simões e Plastina Advogados

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Fotos: Divulgação Sindilojas POA

Sindinews

Foto: Dudu Leal

Motivação para aumentar as vendas

Pompeo de Mattos, Paulo Kruse, Antonio Sanzi e José Fortunati

Diretor do Sindilojas Porto Alegre recebe distinção do município

Palestra com Leila Navarro lotou o Teatro do Bourbon Country No dia 18 de abril, o Sindilojas Porto Alegre promoveu evento de capacitação com a conferencista Leila Navarro. Mais de mil e cem pessoas participaram da palestra “Inovação: Um Espetáculo em Vendas”, no Teatro do Bourbon Country. Para participar, os lojistas associados trocaram alimentos

não perecíveis por ingressos. Os 1.665 quilos de alimentos arrecadados foram doados para quatro instituições como a Pequena Casa da Criança e Associação Comunitária Campo da Tuca, de Porto Alegre, e a Creche Pedacinho do Céu e Creche Amigos do Taimbé, em Alvorada.

O consumo e a nova classe média No dia 23 de maio, o Sindilojas Porto Alegre rece­beu, no Café com Lojistas, a gerente executiva de Pesquisa do Grupo RBS, Elaine Lösch, com a palestra Classe C: Prepare sua Em­ presa para a Nova Classe Média. No encontro, Elaine apresentou as informações obtidas no estudo “A família de classe C do Sul: uma história em dados”, realizado em parceria com o Instituto Data Popular. A apresentação com informações da pesquisa está disponível para consulta dos associados em sindilojaspoa.com.br, na Central do Associado acesse o menu “Pesquisas de Mercado”.

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O diretor de Relações Políticas e Institucionais do Sindilojas Porto Alegre, Antonio Sanzi, recebeu da Prefeitura Municipal a Medalha Floriceno Paixão – Mérito do Trabalho, no dia 2 de maio. A homenagem é concedida a pessoas e/ou entidades com serviços relevantes prestados ao mundo do trabalho em Porto Alegre. O evento contou com a participação do prefeito José Fortunati, do secretário municipal do Trabalho e Emprego, Pompeo de Mattos, do vice-presidente do Sindilojas Porto Alegre, Paulo Kruse, do Superintendente do Sindicato, Márcio Allegretti, demais agraciados e familiares.

Comunicação interna e liderança Analisa de Medeiros Brum, diretora-presidente da HappyHouse Brasil, foi a palestrante no Café com Lojistas, realizado no dia 25 de abril pelo Sindilojas Porto Alegre, com o tema “Endomarketing – O Líder Como Um Canal de Comunicação Interna”.

Leia também o artigo de Analisa Brum na página 21. Acesse sindilojaspoa.com.br e saiba a data e o tema do próximo Café com Lojistas.


Novas Associadas

Geração Varejo completa um ano Lançado em maio de 2011 pelo Sindilojas Porto Alegre, com o objetivo de oferecer capacitação para quem quer trabalhar no comércio, o Geração Varejo também serviu como porta de entrada para novos e primeiros empregos com o Mural de Vagas. Além disso, o programa é uma alternativa para lojistas que enfrentam o problema de falta de profissionais capacitados no mercado. Durante o primeiro ano, mais de 800 pessoas foram entrevistadas por psicólogos do Geração Varejo e mais de 400 candidatos realizaram processos seletivos. Atualmente, o banco de currículos conta com mais de 2,6 mil cadastros. “É uma ótima opção para o lojista encontrar mão de obra qualificada, pois o Sindicato já faz um processo de triagem. Isso diminui os custos dos lojistas com processos seletivos que normalmente são feitos por agências de emprego”, afirma Ronaldo Sielichow, presidente do Sindilojas Porto Alegre. Os lojistas confirmam. Roberto

Gerardi Basso, diretor administrativo do Bazar Minipreço, é um deles. “Tenho vagas em aberto e sempre consulto o banco de dados do Sindilojas. Está sendo muito útil, pois estou encontrando pessoas que se encaixam no perfil que preciso”, diz. Quem já trabalha no comércio e quer atualizar seus conhecimentos, também pode procurar o programa. O lojista associado que desejar divulgar as oportunidades no Mural de Vagas deve entrar em contato com o Sindicato pelo telefone 51 3025-8300 ou no e-mail geracaovarejo@sindilojaspoa.com.br. Para mais informações, acesse sindilojaspoa.com.br.

Feira de Oportunidades No dia 3 de maio o Sindilojas Porto Alegre integrou a 7ª Feira de Oportunidades Senac/RS, realizada no Mercado Público da Capital. A equipe do programa Geração Varejo recebeu e cadastrou interessados em trabalhar no comércio porto-alegrense.

Termômetro do Varejo

Agende-se e participe! Datas - Junho 11 a 14 18 a 21 25 a 28 Datas - Julho 02 a 06 09 a 12 16 a 19

Curso Técnicas de Atendimento e Vendas Gestão e Planejamento Financeiro Técnicas de Atendimento e Vendas Curso Vitrine para o Varejo Gestão de Estoque Técnicas de Atendimento e Vendas

n Alphabella Cosméticos – Avenida Ipiranga, 5200/Loja 211 – Azenha; n Arquilux – Avenida São Pedro, 1098 – São Geraldo; n Carilla – Rua Olavo Barreto Viana, 36/Loja 105 – Moinhos de Vento; n Casa Cristovão – Avenida Cristovão Colombo, 1325 – Floresta; n Casaclara – Avenida Benjamin Constant, 1751 – Floresta; n Constru Office – Avenida Félix da Cunha, 224/Sala 302 – Floresta; n Datelli – Avenida Ipiranga, 5200/Loja 143 – Azenha; n Dhe Fashion – Avenida Júlio de Castilhos, 108/Corredor Z – Centro Histórico; n Estúdio Palco – Rua da República, 33 – Cidade Baixa; n Floripabrasil – Avenida Cristovão Colombo, 545/Loja 1089 – Floresta; n Boutique Mil Estilos – Rua Ernesto Araújo, 444 – Partenon; n JMPM Design – Avenida Icaraí, 780/Loja 106 – Cristal; n Lojas Meyer – Avenida Protásio Alves, 2456/Subsolo – Rio Branco; n Megamidia – Avenida Ipiranga, 5200/Loja 113 – Jardim Botânico; n Contém 1g – Avenida Assis Brasil, 2611/ Suc 247 – Cristo Redentor; n Lojão Oba Oba – Rua Voluntários da Pátria, 465 - Centro Histórico; n Piscina e Cia – Avenida Baltazar de Oliveira Garcia, 611 – Jardim Itu Sabará; n Point Games – Rua Marechal Floriano Peixoto, 185/Loja 34 – Centro Histórico; n Ponto Extra – Travessa Paz, 39 – Farroupilha; n Mercado da Construção – Avenida Professor Oscar Pereira, 2511 – Glória; n Texas Informática – Rua Doutor Alberto Albertini, 77 – São Sebastião; n Via Bazar – Avenida Osvaldo Aranha, 1340 – Bom Fim; n Via dos Calçados – Rua Voluntários da Pátria, 150/Loja 23 – Centro Histórico; n Wags Moda Atual – Avenida Cristovão Colombo, 2205/Loja 05 – Floresta.

Turno Noite Noite Noite Turno Noite Noite Noite

Lojistas associados e seus colaboradores podem realizar inscrições pelo e-mail cursos@sindilojaspoa.com.br ou pelo telefone 3025.8300.

Segundo o Termômetro do Varejo, índice de faturamento mensal divulgado pelo Sindilojas Porto Alegre, em abril os setores de materiais de construção e vestuário tiveram crescimento de 16,51% e 11,4% respectivamente, na comparação com o mesmo período de 2011. Os lojistas associados ao Sindicato podem acessar os dados completos na Central do Associado, em sindilojaspoa.com.br.

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Foto: Divulgação

Associadas

Saccaro Móveis: o diferencial como produto

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resente há 65 anos no mercado, a Saccaro Móveis acredita no trabalho diferenciado como o principal fator de atração do consumidor. Com uma história de 24 anos de atuação em Porto Alegre, a franquia presente em mais de 25 países preza pelo design inovador e exclusivo nos seus produtos. Quem fala é a franqueada Lia Gomes de Freitas, e acrescenta que a rede “tem como preocupação um investimento no cuidado e no diferencial.” Outro aspecto que diferencia é a preocupação com os materiais na

feitura dos móveis. Para garantir o bom produto, é necessária uma seleção cuidadosa: “acreditamos na qualidade refinada como forma de distinção da marca”. Um grande ponto de destaque para Lia foi o projeto de loja planejada. Quando a franquia chegou a Porto Alegre, procurou se estabelecer na Carlos Gomes. Mas, antigamente, a tradição era transformar casas comuns em estabelecimentos. Não existia um projeto de edificação exclusivo para estabelecimento comercial. Lia fala que “esse tipo

Santa Básica: novidade no mercado de roupas

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Santa Básica é uma loja de vestuário especializada em produtos das marcas Hering, Hering Kids e PUC. Localizada no Shopping João Pessoa, deu início às suas atividades em dezembro de 2011. O curto tempo de existência, porém, já se traduz em sucesso. A proprietária Bibiana Ferreira Martins destaca os bons produtos e os custos baixos como principais atrativos para possíveis clientes: “acredito que mantendo o preço em uma faixa razoável, o cliente é atra-

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ído pelo que nós temos a oferecer”. Além disso, a proprietária afirma que a atenção ao mercado é fator indispensável: as últimas tendências, o que está na moda ou não. “Temos que estar sempre atentos na moda e no preço”, afirma Bibiana. Dos seis meses em que está no mercado, três deles são acompanhados pela parceria com o Sindilojas Porto Alegre, estabelecida em março deste ano. Bibiana acredita que a parceria com o Sin-

Saccaro tem no refinamento seu diferencial

de inovação é justamente o que formou nossa imagem” ao redor do mundo. A parceria de um ano com o Sindilojas Porto Alegre tem sido benéfica para a Saccaro. A franqueada destaca a parte de cursos e palestras como “excelente”, além de elogiar o trabalho feito pelo Sindicato em relação ao acompanhamento do mercado. A loja se encontra na Avenida Doutor Nilo Peçanha, 2218. A página oficial é www. saccaro.com.br para mais informações. Foto: Divulgação

Santa Básica aposta em qualidade a preços acessíveis dicato dos Lojistas beneficia o andamento do seu comércio. Destaca ainda as ações realizadas pela Entidade, principalmente pelos cursos e palestras oferecidos: “acrescenta mais conhecimento, e estar por dentro do mercado é sempre importante. Quanto mais nos aprofundamos, melhor”. Quem quiser saber mais sobre a Santa Básica pode se informar pelo número 3094-0035 ou através do e-mail santabasica@hotmail.com.

Para participar desta editoria, as associadas podem manifestar interesse pelo email imprensa@sindilojaspoa.com.br




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