Conexão Varejo - Julho/2011

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Revista do Sindicato dos Lojistas do Comércio de Porto Alegre/RS

Nº 37

julho 2011

Entidade

Mercado

Vale Mais Comprar Aqui promete novidades para a edição de 2011

O perfil do comerciante portoalegrense

Entrevista O diretorpresidente da EPTC, Vanderlei Cappellari, fala sobre as mudanças no trânsito da Capital

Especial

O mundo chega a Porto Alegre



Sumário

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Opinião

Momento de comemoração.

Entrevista

Foto: Divulgação

Mercado

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Conecs

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Em julho comemora-se o Dia do Comerciante. Qual é o perfil do empresário do varejo nos dias de hoje? Quais seus desafios e perspectivas? Projeto de Lei que proíbe a cobrança de mais de 12 aluguéis por ano dos lojistas de shopping centers, volta a tramitar em Brasília.

Entidade O secretário de Mobilidade Urbana de Porto Alegre e diretor-presidente da EPTC, Vanderlei Cappellari, aborda as restrições no trânsito do Centro Histórico e o impacto para os comerciantes.

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Gestão

O comércio diversificado da Zona Norte.

Artigo

A regulamentação da profissão de comerciário. Por Flávio Obino Filho.

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Gastronomia

Artigo

Vender a que preço, por Claudio D’Avila. Foto: Milton Moraes

Desenvolvimento Humano

Especialistas afirmam que investimento nos talentos traz resultados sustentáveis aos negócios.

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Especial

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Finanças

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Vale Mais promete novidades para edição de 2011.

Porto Alegre é a quarta colocada no ranking de destinos para eventos internacionais no Brasil.

Economia brasileira deve se manter estável no segundo semestre.

Responsabilidade socioambiental Criatividade, responsabilidade ambiental, e um contêiner que seria descartado. Esta é a receita da Container Ecology Store.

Inverno pede um bom café para esquentar. Faça seu mocaccino em casa!

Sindinews

Notícias e informações do setor varejista.

Associadas

Gatolândia Cat Shop e Tenda da Cigana.

Lazer

Cruzadinhas e curiosidades sobre o turismo em Porto Alegre.

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Milton Moraes

Opinião

Expediente

* por Ronaldo Sielichow

Sindicato dos Lojistas do Comércio de Porto Alegre/RS Rua dos Andradas, nº1.234. Edifício Santa Cruz, 22º andar – Porto Alegre/RS Fone: (51) 3025.8300 Fax: (51) 3228.1123 Unidade Shopping Total Avenida Cristóvão Colombo, 545, loja 1122 Fone: (51) 3018.8122 www.sindilojaspoa.com.br Diretoria Sindilojas POA Presidente: Ronaldo Sielichow Vice-presidente: Paulo Kruse Vice-presidente Administrativo: Daniel Casais Vice-presidente Financeiro: Marco A. Belotto Pereira Vice-presidente de Relações de Trabalho: Sergio Axelrud Galbinski Vice-presidente Comercial: João Rodrigues Vice-presidente de Relações Políticas e Institucionais: Arcione Piva Vice-presidente de Comunicação e Marketing: Paulo Penna Rey Diretor de Comunicação e Marketing: Antonio Gomes Diretor Administrativo: Roni Zenevich Diretor Financeiro: Augusto Hecktheuer Diretor de Relações de Trabalho: Vladimir Machado Diretor Comercial: Tarcísio Pires Diretor de Relações Políticas e Institucionais: Antonio Sanzi Suplentes: Alécio Ughini, Eduardo Suslik Igor, Gustavo Orlandini Schifino, Irio Piva, José Galló, Manoel Motyl, Marivaldo Tumelero, Mauro Suslik Tornain, Moacir Sibemberg, Nádia Regina Almeida, Nelson Jawetz, Ricardo De Conto, Silvio Sibemberg e Vilson Noer. Diretores Adjuntos: Eduardo Spunberg, Eduardo Lasevitch, José Rodrigues e Luiz Caldas Milano Conselho Fiscal: Lídio Ughini, Wilson Scortegagna Alcides Debus Suplentes: Carlos Schmaedecke, Hermes Queiroz e Orisvaldino Magnus Scheffer Conexão Varejo Publicação do Sindicato dos Lojistas do Comércio de Porto Alegre (Sindilojas POA), produzida pela Uffizi Consultoria em Comunicação. As colaborações e sugestões de pauta para a publicação devem ser enviadas para revista@uffizi.com.br Atendimento ao leitor e Assessoria de Imprensa: Sindilojas Porto Alegre imprensa@sindilojaspoa.com.br Fone: (51) 3025-8323 Conselho Editorial – Sindilojas POA Presidente: Ronaldo Sielichow Vice-presidente de Comunicação e Marketing: Paulo Penna Rey Diretor de Comunicação e Marketing: Antonio Gomes Superintendente: Márcio Allegretti Gerente de Comunicação e Marketing: Karin Souza

Momento de comemoração

E

m 16 de julho comemoramos o Dia do Comerciante e, temos sim, motivos para comemorar. Afinal, o Brasil ainda vive um dos seus melhores momentos sob o prisma da economia, dados apontam a imersão das classes C e D no mundo do consumo e da realização de sonhos e nós, comerciantes de Porto Alegre, trabalhamos na Cidade dos serviços. Comemoremos! A maioria dos comerciantes da Capital dos gaúchos é composta por micro e pequenos empresários do varejo e temos hoje cerca de 32 mil estabelecimentos atuantes e destes, 16 mil são associados do Sindilojas Porto Alegre. Somos responsáveis por 85 mil empregos diretos e, baseado nessas informações, acredito que a palavra do momento é RESPONSABILIDADE. Seja ética, moral, social, econômica, ambiental. Somos responsáveis por manter nosso negócio funcionando, gerando oportunidades de emprego, crescendo, fazendo não apenas movimentar, mas girar rapidamente a roda da economia. Em 2010, foram abertos em Porto Alegre aproximadamente 14 mil novos estabelecimentos comerciais. E, se há três anos, 80% das empresas do setor fechavam suas portas nos dois primeiros anos de vida, hoje 50% encerram suas atividades no mesmo período. O número ainda é assustadoramente alto, mas temos de considerar seu decréscimo. Isso demonstra que estamos ampliando conhecimentos, nos capacitando, buscando e aplicando ferramentas de gestão nos nossos negócios para sobreviver e competir com uma concorrência altamente qualificada. Planejamento estratégico é a necessidade dos dias atuais. Não importa o tamanho de sua empresa - micro, pequena, grande, ou se é uma rede de lojas. Assim como é uma obrigação hoje em dia a garantia da qualidade dos produtos oferecidos e de seus serviços, conhecer seu concorrente e seu consumidor, além de valorizar seu colaborador, é tarefa do dia a dia! Temos, sim, um longo caminho a percorrer. Um trajeto em que estejamos sempre em busca da inovação, do diferencial, mas sem esquecermos da missão, dos valores, da visão, da cultura e da tradição que são as bases de nossa empresa. Em agosto teremos o Dia dos Pais. Você já se preparou? Já observou as tendências? O que apontam as pesquisas de consumo? Seus colaboradores estão devidamente capacitados para atender e vender melhor? Quem sabe não está na hora de sua empresa colocar em prática aquela promoção ou criar ações de relacionamento e de fidelização com seus clientes? Pense nisso! E comemore seu dia, comerciante! *Presidente do Sindilojas Porto Alegre

Assessor de Imprensa: Vinícius Ghise Estagiária de Comunicação: Kamila Karolczak

Uffizi Consultoria em Comunicação Almir Freitas Diretor Executivo: Almir Freitas (MTb/RS 5.412) Editora: Karla Pimentel Redatores: Ana Júlia Tiellet e Carolina Teixeira Colaboradores: Flávio Obino Filho e Claudio D’Avila Projeto Gráfico: Carla Cadó Vielmo Dietrich Editoração: Carla Cadó Vielmo Dietrich Impressão: Contgraf Tiragem: 10 mil exemplares Revisão: Luana Aquino Comercialização: Uffizi Consultoria em Comunicação Fone: (51) 3330.6636 * Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores

Princípios organizacionais MISSÃO

VISÃO

“Representar, defender e promover o

“Ser referência nacional em entidade patronal

desenvolvimento da classe lojista, com excelência

sendo decisivo no desenvolvimento do

em serviços, gerando benefícios e vantagens para

comércio varejista de Porto Alegre.”

categoria, associados e sociedade”. VALORES Ética: Respeitar normas e diretrizes da Entida-

somando competências para alcançar os ob-

de com honestidade e integridade.

jetivos.

Comprometimento: Ter compromisso e respon-

Transparência

sabilidade com os objetivos da Entidade de-

cessos, ações e resultados da Entidade.

monstrando iniciativa e proatividade junto

Inovação: Buscar soluções criativas e ideias ino-

aos associados.

vadoras frente aos desafios.

Foco

no resultado:

Ser eficaz na defesa de suas

bandeiras. Trabalho

em

na gestão:

Dar visibilidade aos pro-

Responsabilidade Socioambiental: Em suas ações, considerar a sustentabilidade em benefício da

equipe:

Trabalhar como um time,

sociedade e do meio ambiente.


Entrevista - Vanderlei Cappellari

O futuro do trânsito de Porto Alegre Nesta entrevista para a Conexão Varejo, o secretário de Mobilidade Urbana de Porto Alegre e diretor-presidente da Empresa Pública de Transporte e Circulação -EPTC, Vanderlei Cappellari, fala sobre as mudanças no trânsito

da Capital, as obras para a Copa do Mundo e sua preocupação com o futuro da circulação de veículos. Cappellari, que tem 30 anos de experiência na área também discute a importância de projetos que incentivem alternativas ao tráfego. Foto: Divulgação

Conexão Varejo - Recentemente foi implantada a restrição de circulação de caminhões de grande porte no Centro Histórico de Porto Alegre. Que impactos e benefícios essa medida terá sobre o trânsito na região? Vanderlei Cappellari - Os caminhões de grande porte estavam ocasionando problemas na circulação dessa região, causando tanto danos às vias e às calçadas quanto ao pavimento. Fora isso, havia uma série de ocorrências com acidentes envolvendo caminhões de grande porte, alguns deles até mesmo com carga perigosa. Isso demandou um grande estudo da área técnica da EPTC no sentido de avaliar esse impacto, a partir do qual decidimos que era importante fazer um regramento na circulação desse tipo de veículo na área do Centro Histórico. Começamos um processo de negociação com o SETCERGS (Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística no Estado do Rio Grande do Sul) e com o Sindilojas para ajustar os interesses das partes atingidas pela nova medida. A restrição começou em abril deste ano, com o período de sinalização, no qual distribuímos material de orientação para os transportadores. Em junho começou a fiscalização. Nesse período, as transportadoras já se adequaram, já reduziram o tamanho dos caminhões, e hoje, praticamente, já estão enquadradas na nova medida. Já notamos uma melhora grande na circulação, o que passa a trazer um grande benefício para essa área.

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Cappellari acredita que a frota de veículos da Capital deve alcançar seu limite num futuro próximo Conexão Varejo - Além dessa medida, também foram feitas algumas mudanças na Zona Sul. Quais foram? Cappellari - Nós fizemos várias intervenções na Zona Sul. Uma delas foi na Wenceslau Escobar, onde foi feita uma readequação da circulação, com alteração do sentido de vias para melhorar a fluidez e a capacidade de escoamento do fluxo. Isso trouxe um benefício muito grande naquela região, onde tínhamos engarrafamentos constantes. Preocupados com o comércio daquela região, nós tomamos uma medida diferenciada, proibimos o estacionamento na Avenida Cavalhada no sentido do bairro-centro das 6 às 9 horas, horário de grande movimento nessa via. Depois disso, os veículos podem voltar a estacionar, possibilitando que o comércio da região também tenha a

capacidade de receber os clientes. No sentido centro-bairro, proibimos o estacionamento das 16 às 20 horas, no horário de pico da tarde, com a preocupação de que o comércio não fosse prejudicado, já que é uma área comercial muito forte. Foram intervenções que deram resultados bastante positivos e que não trouxe prejuízos desnecessários ao comércio e aos serviços daquela região. Conexão Varejo - Além desses pontos que o senhor mencionou, há outros que preocupam a EPTC? Cappellari - Mobilizamos um grande efetivo exatamente para a cidade continuar tendo um trânsito razoável, chega a ter trânsito lento em vários pontos da cidade, mas ainda não chegamos a ter engarrafamentos. A gente chama aqui de engarrafamentos, mas as pessoas


não têm noção do que é um engarrafamento como em São Paulo, por exemplo. Lá um veículo fica parado de 15 a 20 minutos sempre no mesmo local. Isso em Porto Alegre a gente não tem. Temos trânsito lento, um acúmulo grande às vezes de veículos, mas eles não ficam completamente imobilizados na via. Não temos ainda as características de engarrafamentos que vemos em outros locais.

mento. Porém dados do Detran-RS informam que cerca de 93 novos carros são emplacados por dia na Capital. Até quando Porto Alegre vai comportar esses veículos e não ter engarrafamentos como os de São Paulo? Cappellari - Eu acredito que Porto Alegre, que hoje já tem uma média de um veículo para cada dois habitantes, deve chegar ao limite de crescimento da frota em um futuro próximo. Nós podemos fazer uma Conexão Varejo - E os probleprevisão, que não é 100% segura, mas do trânsito no eixo Assis Brapois a quantidade de veículos que sil-Sertório? cada pessoa adquire pode ser alCappellari - A Assis Brasil e a terada, mas acreditamos que PorSertório são vias importantíssimas to Alegre ao atingir 1,8 habitantes que ligam o norte e nordeste da Capor veículo deve se estabilizar. Enpital e que têm poucas alternativas tão nós devemos chegar em torno de deslocamento. Ou os veículos de 850 mil veículos e estabilizar o transitam pela Sercrescimento da frota. tório ou pela Assis Mas o que mais me Estamos agora Brasil, isso traz um preocupa não é o tagrande prejuízo no praticamente concluindo manho da frota, é a planejamento, há o processo de negociação forma de utilização poucas possibilidadesse veículo. Porto des de manobra para da ciclovia da Ipiranga, Alegre está impleoutras vias. A cons- que vai ter uma grande mentando um grantrução da Avenida de projeto de meparte construída até o lhoria do transporte Grécia é uma contrapartida de um grande público, inclusive final do ano. empreendimento que com a possibilidaestá sendo construíde de uma linha de do na Assis Brasil pela Companhia metrô, que vai atender o eixo norte Zaffari, o Shopping Bourbon Wallig, da cidade, onde temos a maior deque ficou responsável por concluir a manda de transporte. Também vaAvenida Grécia desde a Plínio até a mos implantar os Bus Rapid Transit Avenida do Forte. Será uma grande (BRT’s), que é uma rede de transalternativa de circulação para a Asporte de alta capacidade que está sis Brasil, principalmente. Hoje nós em processo de finalização de protemos linhas de ônibus que foram jeto e financiamento com previsão retiradas dos corredores de ônibus de data de implantação para 2014. da Assis Brasil porque estes já estão saturados em termos de capacidade Conexão Varejo - E quanto aos e foram jogadas para a faixa lateral. problemas no trânsito que aconteE, a melhor notícia, é que ela deve cem em Porto Alegre em dias de ficar pronta até dezembro de 2011, jogo da dupla Gre-nal, podem se então para o Natal, com certeza, varepetir nos jogos da Copa? mos ter uma melhora em termos de Cappellari - Um jogo de Copa do circulação e fluidez naquela região. Mundo, conforme um caderno de encargos da FIFA, exige que o esConexão Varejo - O senhor fatádio fique isolado. As pessoas têm lou que Porto Alegre ainda não de imaginar que durante os jogos conhece o verdadeiro engarrafada Copa no Beira-Rio, os automó-

veis não vão poder circular nem na Padre Cacique, porque a FIFA exige um isolamento em um raio de pelo menos 2km do estádio. Somente veículos autorizados e o transporte público vão chegar perto do estádio. Ao contrário de um jogo de futebol de grande importância para a dupla Gre-nal, que traz reflexos ao trânsito, principalmente, em relação aos horários desses jogos. Nós temos trabalhado muito forte junto à Federação Gaúcha, à CBF e até à CONMEBOL, quando tem jogos da Libertadores, para que não se faça jogo às 19h30, porque nesse horário o trânsito já tem a sua capacidade comprometida devido ao horário de pico. Se acrescentar nisso mais 60 mil pessoas que vão para um evento localizado, vai engarrafar alguma via e prejudicar, em efeito cascata, as outras. Diferentemente do que vai acontecer nos jogos da Copa do Mundo, onde a cidade vai estar mobilizada para isso. Conexão Varejo - O senhor mencionou que lhe preocupa a forma de utilização dos veículos, mais do que o aumento da frota. Há projetos para mudar isso? Cappellari - Nós concluímos o plano diretor cicloviário da cidade e estamos agora praticamente concluindo o processo de negociação da ciclovia da Ipiranga, que vai ter uma grande parte construída até o final do ano. O Shopping Praia de Belas e a Companhia Zaffari vão construir essa ciclovia e devem começar as obras em um prazo de 90 dias. Nós entendemos que a bicicleta é um modal de transporte e o mais adequado para atender a cidade, pois o espaço ocupado é reduzido, tanto quando em movimento como quanto parada, o que é bom já que temos um grande problema de estacionamento de veículos. Temos um trabalho, ainda embrião, que é o incentivo da utilização da bicicleta como meio de transporte, no qual vamos trabalhar fortemente nos próximos anos.

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Foto: Fredy Vieira/PMPA

Oficialmente são 22 bairros que compõem a região que está em constante crescimento

Gestão

Zona Norte: comércio diversificado e bairros com vida própria A região nasceu de um loteamento destinado à moradia dos trabalhadores das indústrias locais

A

Zona Norte de Porto Alegre está em constante expansão em todos os segmentos. Oficialmente, são 22 bairros que compõem a região. Para citar alguns: São Geraldo, São João, Jardim Lindóia, Humaitá, Navegantes, Passo D´Areia, Sarandi, Cristo Redentor, Chácara das Pe-

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dras, entre outros. E mais quatro que ainda são considerados não oficiais: Jardim Leopoldina, Vila Ipiranga, Jardim Ingá, Jardim Planalto e Jardim Ytu. “Temos em nossa região lojas de pequeno, médio e grande porte. O comércio é, portanto, diversificado. Encontra-se de tudo, da

linha de eletrodomésticos a ferragem e a Zona Norte é responsável por 60% do PIB de Porto Alegre. Nosso consumidor não precisa deslocar-se para outras regiões à procura de produtos”, afirma o presidente da Associação de Empresários da Zona Norte de Porto Alegre, Artur Bernardo Timm, há 21 anos atuando comercialmente na região. O maior problema é o trânsito, conforme Timm. “Principalmente no início e no final do dia em vias como a Assis Brasil e a Sertório. Isso prejudica o comércio de forma geral, dificultando o deslocamento dos consumidores e dos trabalhadores”. Um pouco de história Segundo o livro “As Ruas de Porto Alegre”, de Eloy Terra, foi por volta de 1890 que uma extensa área começou a ser loteada na Zona Norte, destinada à moradia dos trabalhadores das indústrias locais. O loteamento se


Foto: Cristine Rochol/PMPA

Novos bairros e empreendimentos comerciais são características da região Foto: Lucas Barroso/PMPA

e o Teatro Novo DC, instalado na Rua Frederico Mentz, 1561, bairro Navegantes, que abriga uma das mais maiores companhias de teatro infantil do Brasil, com 40 anos de atividades interruptas, a Cia Teatro Novo. A Avenida Assis Brasil, uma das principais vias de Porto Alegre, abriga o Centro de Eventos da Fiergs em cujas dependências está instalado o Teatro do Sesi, que apresenta grandes shows musicais e espetáculos da dramaturgia. Foto:Divulgação/PMPA

estendia pela margem do Guaíba, no Caminho Novo (depois batizado como Voluntários da Pátria), avançava pelo miolo da cidade e seguia até a Estrada do Chico Ilhéu, que viria a ser mais tarde a atual Avenida Benjamin Constant. Daí nasceu o atual bairro São Geraldo, um dos mais conhecidos de Porto Alegre e que, como muitos outros, tem vida própria com bancos, fábricas, escolas, intenso comércio de rua e até mesmo shopping center. Outro bairro que tem uma história interessante é o Passo D´Areia. História dos tempos em que na região habitavam os índios, antes da chegada dos casais açorianos. Trata-se da lenda de um triângulo amoroso que deu nome ao bairro e que hoje tem como símbolo a estátua da índia Obirici, com os braços levantados em direção ao céu, lamentando a perda de seu grande amor. Foi a partir de 1855 que a Câmara Municipal começou a dar mais atenção ao Passo D´Areia, um importante elo entre o Centro de Porto Alegre e a Aldeia dos Anjos (como era chamada a cidade de Gravataí). Decidiram alargar o antigo caminho e surgiram as pequenas vendas que serviam de ponto de encontro e descanso dos carreteiros. Foi assim que a Estrada do Passo D´Areia cresceu e incorporou-se à Capital e, em 1948, uma lei municipal mudou o nome para Avenida Assis Brasil. Além de importante região para o comércio da cidade, a Zona Norte também oferece alguns atrativos turísticos e culturais. Quem chega a Porto Alegre via aeroporto, por exemplo, depara-se com um dos mais queridos símbolos da Capital dos gaúchos: o Laçador, instalado logo na entrada da Cidade. Pode-se citar ainda o Porto Seco, o sambódromo porto-alegrense com seus 15 barracões, pista de desfiles com 329 metros de comprimento e 16 metros de largura;

Diversificação e vida própria fazem o perfil dos bairros da Zona Norte

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Artigo * por Claudio D’Avila

Vender a que preço?

U

ma das principais questões nos nossos dias é como estabelecer preços para nossos produtos garantindo um resultado mínimo na comercialização e ao mesmo tempo ser competitivo em um mercado cada vez mais complexo. Nossas lojas passaram a concorrer não apenas com concorrentes de porta e locais, mas também virtuais localizados nos mais diversos pontos no País e porque não no mundo. Lembre-se que muitos produtos e serviços são comprados pelas percepções, sejam elas de benefícios relacionados à funcionalidade e também pela auto-expressão e status. Este é um ponto muito importante, pois apesar de apresentar em seguida o aspecto mais árduo da composição de preço devemos pensar em valores que nossos produtos e empresa transmitem aos consumidores, pois estes podem tocar fortemente suas emoções e fazer toda a diferença na decisão de compra. Pensando friamente no aspecto preço, para garantirmos nossa sobrevivência, devemos ser estratégicos, sabendo o momento

certo de brigarmos por valores e até quando e como conceder descontos. Para que este caminho de certo é necessário o conhecimento profundo de nossos gastos, sejam eles: custos, despesas, perdas ou desperdícios. Esta informação é fundamental para encontrarmos o ponto de equilíbrio em nossa empresa, ou seja, onde nossa receita paga a totalidade dos gastos fixos e os variáveis até o momento, para podermos estabelecer situações pontuais de negociação. Podemos trabalhar em percentuais e, até mesmo, em dias do mês, o que proporciona uma condição diferenciada para planejarmos ações promocionais pontuais. Conceder descontos sem ter segurança das possibilidades pode afetar de maneira irreparável a operação, nos trazendo muitas vezes, prejuízos. O segredo está no equilíbrio, pois o preço é determinado pelo mercado e, conhecer os gastos é o fundamento para estabelecermos limites de descontos. Atuar pensando globalmente mas, compreender nossos clientes

de forma única, é imprescindível. Este aspecto é ainda mais importante de ser trabalhado, pois existe uma tendência geral a sempre oferecermos o preço mais baixo, antes mesmo de identificarmos a necessidade do cliente. Capacitar colaboradores para conhecer melhor nossos clientes também auxilia no processo de manutenção dos níveis adequados de desconto. Trabalhe também, de forma intensa, a venda adicional de produtos. Aumente a cesta do cliente sempre equilibrando itens promocionais com produtos que garantam rentabilidade. claudio.davila@terra.com.br Consultor empresarial Professor de pós-graduação e MBA na ESPM/POA

Algumas dicas: Procure diferenciar-se signi-

1)ficativamente na percepção

do consumidor, esta pode ser a saída para rentabilizar seu negócio. Lembre-se que muitas vezes o cliente compra uma percepção; Conheça muito bem

sua

2)estrutura de gastos e seu ponto de equilíbrio. Não generalize descontos; Pense

globalmente,

mas

3)conheça seu cliente na individualidade;

Tente aumentar o ticket mé-

4)dio aumentando a cesta de compra do cliente;

Capacite intensamente seus

5)colaboradores para que re-

conheçam os produtos com maiores margens.

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Desenvolvimento Humano

Empresas devem focar o desenvolvimento dos colaboradores Especialistas afirmam que investimento nos talentos traz resultados sustentáveis aos negócios

A

s transformações no mercado mudaram os desafios dos empresários: de uma realidade basicamente externa, com a concorrência acirrada, novas tecnologias e negócios cada vez mais sofisticados, para questões cada vez mais internas, como a gestão de competências. Atualmente, o desenvolvimento e a retenção de talentos é a aposta de especialistas na área e deve pautar as estratégias de ação para a concretização de objetivos, tanto econômicos como de qualidade dos produtos e de excelência em uma organização. Eugênio Mussak, educador nas áreas de Liderança e Gestão de Pessoas e colunista das revistas Você S.A e Vida Simples, confirma a tendência. “Com frequência as empresas construíam estratégias maravilhosas, baseadas nos seus sonhos, que depois falhavam porque os recursos internos não eram suficientes para atingir tais objetivos”. Ele afirma que as empresas não devem focar apenas nos objetivos, mas olhar para os recursos que permitirão atingi-los: os talentos. “Talento é uma pessoa que, apesar de ter bom desempenho, possui uma grande vontade de aprender”, explica. Para Roseli da Luz, fundadora do Centro Educacional Hermann Spethmann, de Santa Catarina,

Fotos: Marco Nunes

Mussak acredita que o que fideliza o cliente não são os produtos, mas a maneira como ele foi atendido que trabalha com projetos de transformação de alunos de baixo desempenho e desacreditados em campeões, desenvolver e reter talentos é imprescindível para o sucesso de uma empresa. “Muitas vezes nem os próprios colaboradores conhecem muitos de seus talentos. Cabe ao gestor perceber as diversas características de seus funcionários e saber fazer uso delas em favor da organização”, diz. No âmbito do comércio, por exemplo, Mussak acredita que o que vai fidelizar o cliente em uma loja não são mais os produtos, que estão ficando cada vez mais parecidos, mas a maneira como ele foi atendido. “Nesse aspecto,

Para Roseli da Luz desenvolver e reter talentos é imprescindível para o sucesso das empresas as pessoas são fundamentais”, assegura. Segundo o especialista, o diferencial de uma empresa que investe na gestão de pessoas vai se evidenciar nos resultados. “Às vezes a empresa faz uma boa campanha de marketing, conquista um novo mercado ou lança um produto e tem um bom resultado imediato, mas ela não vai sustentar isso por muito tempo se não tiver pessoas competentes. Portanto, o resultado sustentável depende do investimento em pessoas em caráter continuado.” No atual panorama do mercado, onde há muitas oportunidades de trabalho, Mussak destaca a importância de a empresa investir na educação continuada dos colaboradores para mantê-los na organização. “A empresa deve criar uma realidade onde as pessoas aprendam, se desenvolvam e cresçam, profissional e pessoalmente”, afirma. Para os especialistas, essa participação da corporação na formação dos talentos traz benefícios para os dois lados. “Para a empresa, uma maior lucratividade e para o colaborador, prazer em realizar as atividades e um desenvolvimento constante, o que melhora a qualidade de vida e o desempenho de todos os envolvidos no processo”, afirma Roseli.

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Especial Fotos: Di vulgação

Consumidor, seja bem-vindo a Porto Alegre! A Capital dos gaúchos ocupa o 4º lugar no ranking de destinos para eventos internacionais no Brasil

R

ecursos de uma metrópole e facilidades de uma pequena cidade. Trabalho do setor público em parceria com o setor privado. Esses fatores posicionam Porto Alegre, atualmente, no 4º lugar do ranking de destinos para eventos internacionais no Brasil. Essa colocação, somada a outros indicadores, significa algo importantíssimo para o setor do varejo – há um novo e pujante mercado consumidor a ser explorado. Porto Alegre O ranking citado, divulgado no início de maio, é da International Congress and Convention Association (ICCA), associação da qual o Porto Alegre & Região Metropolitana Convention & Visitors Bureau participa. A Entidade faz a captação para eventos acima de mil participantes, sendo que um dos critérios é que os participantes venham de fora da Cidade. “Precisa ser assim justamente para movimentar a economia” explica a presidente executiva Berenice Lewin. Ao realizar o trabalho, o Bureau destaca as qualidades da cidade. “Aqui ainda não temos longas distâncias, como é o caso de

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Rio de Janeiro, São Paulo ou Fortaleza, em que se pode perder até uma hora ou mais para deslocamento até o local do evento. Temos redes de hotéis capacitadas e a gastronomia oferecida também é muito boa. É fácil se chegar a Porto Alegre. Temos aeroporto dentro da Cidade com todas as grandes companhias operando e o advento de novas linhas internacionais. Dispomos também de excelentes espaços com boas estruturas”, destaca Lewin, referindose a algumas das principais necessidades para um grande evento ser realizado de forma satisfatória. Tudo isso faz movimentar, por ano, na economia de Porto Alegre, dezenas de milhões de reais (veja nos quadros na página 14) – um bolo que pode ter uma fatia generosa captada pelo varejo. É o que observa o Secretário Municipal do Turismo, Luiz Fernando Moraes. “Os impactos sobre algumas áreas são mais óbvios, consideramos sempre que um turista vai se hospedar em um hotel e vai a restaurantes. Em terceiro lugar, aparecem as compras. É uma cadeia que, na nossa compreensão, impacta no varejo” analisa Moraes.


Não há estudos específicos e detalhados sobre o impacto dos eventos no varejo de Porto Alegre, o que poderia funcionar como uma bússola para direcionar atividades do setor ligadas a esse potencial de consumo. É a partir do cruzamento de informações de diferentes áreas e, principalmente, da percepção dos lojistas, que esse impacto tem sido observado. “É verificado um aumento das vendas em períodos de grandes eventos. Apesar de nosso turista ser o de negócios e não o de lazer. O turista de negócios gasta mais em hotéis, restaurantes e não tanto em lojas, mas sempre leva uma lembrancinha da Cidade ou um presente para pessoas queridas”, analisa o Diretor Comercial do Sindilojas POA, Tarcísio Pires, representante do Sindicato na Câmara Temática de Promoção Comercial, ligada à Secopa - Secretaria Extraordinária para a Copa de 2014. Na falta de informações específicas que possibilitem ações efetivas da parte dos lojistas, é o feeling e a percepção aguçada que contam. Ainda assim, observa-se o início de uma mudança de postura do setor varejista. Especialmente por conta de um evento-ícone que terá na Capital gaú-

cha uma de suas subsedes: a Copa do Mundo de 2014. “Nos preocupamos em preparar o nosso lojista para essas oportunidades. Com a criação do programa Geração Varejo, nossa Entidade vai capacitar e disponibilizar mão de obra para o comércio de Porto Alegre, de forma gratuita. Não só o lojista, mas a sociedade ganhará com isso”, exemplifica Pires. Ações nesse sentido resultam não só em lucro para o varejo como também contribuem para o crescimento da atividade em geral. De acordo com o secretário Moraes, o varejo pode ser mais um diferencial para o turismo em Porto Alegre. “Temos testemunhos concretos disso, como o caso notável de pessoas que vêm de Lima, Peru, e gostam de fazer compras aqui, por exemplo. Vemos o varejo como atrativo da cidade.”, pontua Moraes. Nesse cenário promissor, ainda há muito o que fazer, como observa Pires. “O comércio de Porto Alegre tem que estar preparado para este novo mercado. Tudo na vida é uma questão de organização. Estamos preparando funcionários e adequando nossos estoques para aproveitar esta oportunidade, e o Sindilojas POA vai fazer o melhor que puder para os lojistas” , analisa Pires.

Foto: Milton Moraes

Situação atual

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Fotos: Di vulgação

Um participante de evento gasta, em média U$ 100 em evento nacional

U$ 314 em evento internacional

Há eventos que recebem cerca de 6 mil pessoas

Até o mês de maio seis novos eventos estavam confirmados para a Capital gaúcha, o que significa R$ 6 milhões movimentando a economia local Em média, o Porto Alegre&Região Metropolitana Convention&Visitors Bureau traz 30 eventos por ano para a Cidade A projeção para 2011 é de 168 mil participantes em todos os eventos registrados na SMTUR, o que movimentará aproximadamente R$ 127 milhões em Porto Alegre Em geral, incluindo o público dos eventos, 1,5 milhão de pessoas hospedam-se em hotéis da Capital durante o ano O turismo impacta em 52 atividades dentro de uma Cidade COPA 2014 - A projeção do governo é que 400 a 500 mil turistas circulem no Rio Grande do Sul durante o período da Copa. Para receber esse público, o Estado fez uma parceria com o Senac, que está oferecendo 230 mil vagas – metade delas são gratuitas – em cursos de aprimoramento nas áreas de hotelaria, línguas e restaurantes. A movimentação financeira do evento vai girar em torno de R$ 140 bilhões em todo o Brasil.

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Finanças

Economia brasileira deve se manter estável no segundo semestre Instituto de Estudos Empresariais alerta para o risco da pressão

Foto: Cláudio Bergman, Divulgação

inflacionária causada pelo descontrole dos gastos do Estado

Ricardo Gomes assume a presidência do IEE e aconselha os empresários a terem uma visão de longo prazo

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pesar dos indícios da volta da inflação ao mercado e de um possível recuo nos investimentos por parte dos empresários, em razão da crise política do Governo Federal, as expectativas para a economia brasileira para o próximo semestre são de estabilidade. “Não vejo alteração. A perspectiva é de uma manutenção do cenário atual com algum crescimento econômico”, afirma o advogado Ricardo Gomes, novo presidente do Instituto de Estudos Empresariais (IEE). O único risco para o segundo semestre, segundo Gomes, é a pressão inflacionária causada pelo

crédito sem lastro lançado pelo Governo: “Temos dois indicadores diferentes para a inflação: o aumento de preços devido à demanda, como tem ocorrido em alguns setores como o da alimentação e construção civil, por exemplo, e a inflação causada pelo descontrole dos gastos do Estado. Esta é a mais preocupante”, explica. Para o advogado, “se o Governo não mudar essa política, o País pode deixar de ser atrativo para os investidores e o cenário econômico pode mudar”. Sobre o descrédito do governo Dilma, ocasionado pela saída do ex-ministro-chefe da Casa Civil,

Antonio Palocci, Gomes acredita que não terá influência direta sobre os investimentos do empresariado. “Infelizmente, no Brasil, desde o episódio do Mensalão, está claro que há uma desconexão dos eventos políticos de corrupção e as decisões dos empresários. A estabilidade é o que importa e, por isso, os investimentos não devem diminuir”, assegura. Porém, enquanto o panorama econômico do Brasil é de crescimento, a perspectiva para a economia empresarial do Rio Grande do Sul é de retrocesso. “O cenário é ruim, já temos uma posição de atraso em relação aos outros estados e o Rio Grande do Sul é um dos que menos crescem no Brasil. O que é decorrência da política do Estado, que é mais tendenciosa a intervir e cobrar impostos do que liberar a economia”, diz. O presidente do IEE chama a atenção para os problemas estruturais, como o da previdência, que, se não forem resolvidos, vão comprometer a economia a longo prazo. Ele ainda alerta para a importância dos limites da intervenção do Estado na economia: “O mercado do Brasil não está funcionando direito porque o Governo intervém. É necessário barrar o crescimento dessa influência, pois isso vai comprometer a economia brasileira. A inflação é apenas o primeiro indício de que o Estado há muito já cruzou os limites de intervenção”, completa. Frente a essas mudanças no cenário econômico, Gomes aconselha os empresários a terem uma visão de longo prazo e pensarem institucionalmente e não conjunturalmente: “Não importa apenas o próximo semestre e o que vai acontecer com os investimentos no ano que vem. O empresário tem de se preocupar com a estrutura institucional, tanto do Brasil quanto do Rio Grande do Sul, porque, a longo prazo, é isso que vai fazer diferença”.

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Responsabilidade Socioambiental

Uma ideia laranja para um mundo mais verde A franquia de loja multimarcas é econômica e sustentável Fotos: Milton Moraes

A primeira loja contêiner de Porto Alegre é do goleiro Lauro Cruz

Contêiner em Porto Alegre

Laranja: a cor é patenteada com identidade visual da franquia e a tinta colabora para a estabilidade térmica do local

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unte uma série de materiais já usados como corrimãos de ônibus, casca de arroz e madeira compensada. Adicione extrema criatividade e uma rede de parceiros que também cultivam valores ecológicos e sustentáveis. Coloque tudo isso dentro de um contêiner com mais de 20 anos que seria descartado. Pronto! Aí está uma linda, econômica e sustentável Loja Contêiner. A ideia é do gaúcho André Krai e já está patenteada – é a primeira (e única no mundo) franquia de loja multimarcas em um contêiner, a Container Ecology Store. O empreendimento acompa-

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nha as preocupações contemporâneas em condutas ecologicamente corretas que zelem por um mundo sustentável. O diferencial é a aplicação direta no comércio. “Eu venho do varejo, de muito tempo. Agora abandonei um pouco para cuidar desse projeto, que tomou proporções maiores do que as imaginadas”, conta Krai. Ele teve o insight durante uma viagem à Ásia quando viu a ação de uma grande marca com foco na mobilidade e depois visitou um porto. “Avistei os contêineres e pensei: aí está a minha loja”, relembra. O mix de produtos vem da parceria com grandes marcas que toparam o desafio.

Ao todo, já são mais de 40 lojas no País (em quase todos os estados brasileiros) sendo que, em maio, o primeiro desses módulos foi inaugurado em Porto Alegre. É possível ver a caixa laranja recheada de grandes marcas e ideal ecológico na rua Wenceslau Escobar, bairro Tristeza. O local foi o escolhido pelo goleiro e também empresário do varejo, Lauro Cruz. “Duas coisas me chamaram a atenção: o apelo ecologicamente correto e também a praticidade e a economia. Foi mais rápido para fazer e, se eu fosse pagar por um ponto de venda, os custos ficariam altos e o preço dos produtos também. Assim, o meu mark-up é melhor”, analisa Cruz, aprovando o investimento que fez. Conforme observa Krai, a economia acompanha os cuidados com o meio-ambiente. “A grande vantagem é, com absoluta certeza, a locação. A gente trabalha com metade do valor da locação de uma loja nos moldes convencionais. Outra vantagem é a possibilidade de não pagar ponto comercial. E, se for necessário, é totalmente possível colocar a loja em outro lugar”, pontua o proprietário da franquia.


Dinamismo Entre a decisão de se ter uma loja contêiner e a data de abrir as portas ao público, transcorrem poucos dias. A estrutura fica pronta em apenas uma semana. O futuro lojista passa por um processo de treinamento, assessorias e, sobretudo, avaliação do perfil para o negócio, como enfatiza Krai. “O empreendedor é livre para adicionar ou trocar as marcas, só tem de passar antes pela nossa aprovação. Tudo deve estar de acordo com o conceito ecológico da franquia’’, ressalta. Em franca expansão, a ideia dos contêineres está sendo muito bem recebida por consumidores e empresários e, em breve, será ampliada. “Vamos implantar o projeto das lojas totalmente sustentáveis, com utilização de energia solar, por exemplo. Assim, não só a es-

Antigos corrimãos de ônibus são arrematados em ferros-velhos e transformamse em araras para roupas de grife

trutura, mas também a dinâmica de uso e trabalho dentro da loja serão ecologicamente corretos”, conta o proprietário da franquia que, como observa o vice-presidente de Relações Políticas e Institucionais do Sindilojas POA, Arcione Piva, revela uma das tendências do varejo contemporâneo. “É uma ideia

revolucionária, assim como outros empreendimentos nesse sentido, e fica claro que é uma nova geração que está fazendo isso. Comprova que o comércio varejista, cada vez mais, pode se inserir no conceito de sustentabilidade”. Para mais informações: www.lojacontainer.com.br


Mercado

Quem está atrás do balcão? Em 16 de julho comemora-se o Dia do Comerciante

E

Fotos: Milton Moraes

le é responsável por uma maioria são micro e pequenos emdas principais atividades do presários. Parte dos comerciantes mundo. Munido de iniciativa, herdou a paixão pelo varejo dos motivado por vocação ou necessipais, alguns descobriram o talento dade (ou os dois), utiliza de criapara o comércio durante a facultividade e sensibilidade para colodade e muitos foram funcionários car em prática o que pode ser o em grandes redes ou executivos sonho de uma vida, o sustento de em empresas com destaque no uma família, a referência de uma mercado”, descreve. cidade. Na história desta atividade A diversidade citada reflete que se confunde números excom a história pressivos. De Os índices de novos da civilização, acordo com a do dinheiro, do empreendedores vêm subindo e RAIS 2010, Porconsumo e das isso se deve também ao cenário to Alegre tem 32 cidades, o comil estabelecimerciante já foi econômico atual em nosso País, mentos comerdefinido de inúciais no ramo do mais promissor. meras formas. varejo (destes, Mas hoje em dia, 16 mil são asem Porto Alegre, quem é o homesociados do Sindilojas) que genageado neste dia 16 de julho? ram 85 mil empregos diretos. Os Na visão da entidade que redados confirmam a responsabilipresenta a classe, o comerciante dade que cada comerciante tem, porto-alegrense é parte de uma diafinal, trata-se da segunda força versidade democrática e exigente, motriz da cidade. “O comércio como define o presidente do Sindié também responsável por suslojas POA, Ronaldo Sielichow. “A tentar a economia dos serviços.

Porto Alegre oferece ruas com comércio especializado

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A maioria são micro e pequenos empresários Portanto, se Porto Alegre é hoje a cidade que tem a sua maior força nos serviços, esses estão ancorados, grande parte, na demanda do comércio”, avalia o secretário da Produção, Indústria e Comércio, Valter Nagelstein. Novidades e tendências são fatores que têm contribuído para o surgimento dos comerciantes da Cidade, em sua maioria jovens empreendedores, conforme observa o gerente Setorial do Comércio e Serviços do Sebrae RS, Rodrigo Farina Mello. “Os índices de novos empreendedores vêm subindo e isso se deve também ao cenário econômico atual em nosso País, mais promissor. Os novos, de forma geral, tendem a participar mais em serviços, pois nesse setor necessita-se, normalmente, de um investimento menor. Também é limitadora a escassez de crédito em linhas especiais para investimentos pequenos e micro”, aponta Mello. Nesse cenário, cerca de 80% dos novos negócios que surgem em Porto Alegre têm a intenção de investimento capital de, no máximo, R$ 100 mil.


Outra informação que ajuda a entendermos quem é o comerciante de Porto Alegre é a redução dos índices de mortalidade das empresas. Segundo a Secretaria Municipal de Produção, Indústria e Comércio (SMIC), em 2010 foram licenciados 13.827 novos estabelecimentos de comércio varejista em contraponto ao fechamento de pouco mais de dois mil estabelecimentos. A proporção segue números nacionais. Conforme divulga o SEBRAE RS, há três anos, 80% das empresas fechavam nos dois primeiros anos de vida. Atualmente, apenas 50% das empresas fecham no mesmo período. A conclusão é de que os novos comerciantes entendem que, diferente do que acontecia há décadas, atualmente é necessário estudar profundamente a viabilidade de um empreendimento antes de começá-lo. Entre os ramos mais licenciados no ano passado, destacam-se os de artigos do vestuário (972), suprimentos para informática (321), bazares (151) e lojas de variedades (123). Para Sielichow, o varejista trabalha cotidianamente para equalizar inovação e tradição. “Historicamente, a adaptação do comerciante às mudanças do mercado é um dos fatores determinantes para a longevidade de sua empresa. Nos últimos tempos vivemos mudanças significativas, o rápido crescimento do e-commerce, o uso de mídias sociais para relacionamento, até a promessa do mobile commerce. É importante que o lojista esteja atento, com os olhos no futuro, mas sem esquecer as origens do comércio: o bom atendimento, no balcão, ainda faz a diferença”. Novatos ou veteranos, os comerciantes de Porto Alegre são empreendedores que têm percepção aguçada e agilidade para acompanhar a dinâmica da Cidade. “Temos características de bairro para bairro – em alguns, o comércio conse-

Em Porto Alegre são 32 mil estabelecimentos comerciais que geram 85 mil empregos diretos

16 de Julho A instituição do Dia do Comerciante no Brasil foi feita pelo presidente do Senado Federal, João Café Filho, em 26 de outubro de 1953. Trata-se de uma homenagem comemorada no dia em que nasceu o Visconde de Cayru – José da Silva Lisboa. Cayru é figura histórica. Político baiano, exerceu grande influência junto ao príncipe regente português D. João VI para que os portos brasileiros fossem abertos ao comércio com as nações amigas, em 1808. Fonte: brasilcultura.com.br

guiu se especializar e criar espécies de clusters (concentração de lojas do mesmo segmento) e isso aconteceu naturalmente. Também observamos, há algum tempo, a mudança do comércio para shoppings e centros comerciais. Hoje, felizmente, já estamos vivendo um processo de reversão”, avalia Nagelstein, reconhecendo algumas das principais demandas dos empresários do setor, como necessidade de melhorias em mobilidade urbana, segurança pública, combate ao comércio informal e formação de mão de obra qualificada. Esta última, aliás, demanda também já identificada pelo Sindilojas POA, conforme destaca Sielichow. “Atualmente vivemos um sério problema de falta de mão de obra capacitada. Isso interfere diretamente na produtividade dos funcioná-

rios e, por consequência, no custo dos produtos. Visando a sanar essa dificuldade, o Sindilojas POA criou o programa Geração Varejo, focado em recrutamento e capacitação de profissionais. Em breve, os lojistas associados ao Sindicato poderão buscar novos colaboradores no banco de talentos, qualificados para o comércio varejista”. Na medida em que os desafios e fenômenos se apresentam, a complexidade de ser um comerciante aumenta. “Nosso principal desafio é manter o crescimento, pois diariamente surgem barreiras que implicam no desenvolvimento do comércio. O Sindilojas luta contra obstáculos que inviabilizam o crescimento dos lojistas”, analisa Sielichow, reforçando o papel fundamental da Entidade para um varejo com ética e responsabilidade, como ressalta o secretário. “Trabalhamos a questão ética com o Procon, com o Código de Posturas da Cidade e uma entidade como o Sindilojas POA muito nos ajuda. Implica em diversas atitudes do comerciante, sempre buscando uma relação com a cidade pautada pelo equilíbrio e respeito ao direito dos outros. A relação que se constrói entre o comerciante e Porto Alegre é de cruzamento das questões que dizem respeito à vida das pessoas e isso me parece uma consciência muito moderna, muito atual”, sintetiza Nagelstein.

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Conecs

Desarquivado Projeto que proíbe o 13º aluguel nos shopping centers O rateio das despesas condominiais é outro ponto tratado no PL

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Projeto de Lei 6625/06, que proíbe a cobrança de mais de 12 aluguéis por ano dos lojistas de shopping centers, volta a tramitar na Câmara dos Deputados, em Brasília. O PL também obriga as administradoras a prestarem contas mensalmente das receitas e despesas do condomínio, além de vedar aos shoppings que recebem remuneração por serviços administrativos o repasse de despesas relativas ao exercício de sua atividade. O assunto, que tem levado lojistas de todo País a ingressarem com ações judiciais, retorna à discussão após a deputada Fátima Pelaes (PMDB/AP) desarquivar o PL de autoria do ex-deputado Osório Adriano e que, devido a não reeleição do seu autor, havia sido arquivado de acordo com os

termos do regimento interno da Câmara dos Deputados. O rateio das despesas condominiais, ou seja, o pagamento das despesas de acordo com a proporção de área ocupada pela loja, é um outro ponto tratado pelo projeto. Para Fátima Pelaes, ao tentar trazer lojas famosas, as chamadas “âncoras” para dentro dos empreendimentos, os proprietários acabam por repassar o ônus desse investimento para os pequenos lojistas, cobrando valores inferiores das grandes lojas e aumentando os encargos dos pequenos lojistas, que são a maioria dos empreendedores do setor. Conforme pesquisa realizada pelo Instituto Vox Populi em 2009, 75,8% dos lojistas de shopping centers possuem pequenos empreendimentos de até 100m² e Foto: Divulgação

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50% estão localizados em áreas de até 50m². Desse modo, é fácil perceber a quem afeta a ausência de uma normativa legal sobre a cobrança de aluguéis nos centros de compra. Fim do 13º aluguel Desse modo, além dos pequenos empresários pagarem parte da conta das lojas âncoras, são obrigados a pagar aluguel extra nos períodos de maior venda como Dia das Mães, Natal, Dia dos Namorados, etc. De acordo com o Projeto de Lei 6625/06, fica vedada a cobrança de mais de 12 aluguéis por ano. Próximos passos O PL 6625/06 já havia sido aprovado na Comissão de Defesa do Consumidor sob a relatoria do agora senador Vital do Rego Filho (PMDB/PB). Após ser desarquivado, o PL deverá retornar para a Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio e, caso seja aprovado nessa comissão, seguirá para a Comissão de Constituição e Justiça onde poderá ser definitivamente aprovado sem precisar passar pelo Plenário da Câmara. É o que ocorre com os projetos que tramitam em regime conclusivo. Quer saber mais sobre o perfil do lojista de shopping center no Brasil? Leia os resultados da pesquisa do Instituto Vox Populi no site do Conecs: http://conecs.org. br/pesquisas/


Fotos: Divulgação

Entidade

Vale Mais Comprar Aqui promete novidades para 2011 Campanha já distribuiu R$ 720 mil em

Foto: Nabor Goulart

vale-compras nas duas edições

Na edição passada cerca de 2 mil lojas participaram da ação

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em aí a terceira edição da Campanha Vale Mais Comprar Aqui, que premia vendedores e consumidores do varejo de Porto Alegre. Prevista para o mês de setembro, a promoção deste ano promete novidades. “Principalmente nas premiações, tanto para os vendedores quanto para os consumidores”, antecipa o vice-presidente de Comunicação e Marketing do Sindilojas POA, Paulo Penna Rey. A ação, que envolveu cerca de duas mil lojas no ano passado, fomenta o consumo no comércio de Porto Alegre e beneficia os lojistas, que participam gratuitamente, já que os clientes sortea-

dos retornam às lojas para trocar os vale-compras da premiação por produtos. “Nosso objetivo é aumentar as vendas dos nossos associados. E, com isso, expandir a economia da Cidade, pois toda a premiação é revertida para o comércio”, afirma Penna Rey. O vice-presidente de Comunicação e Marketing do Sindilojas POA diz que, para esta edição, “a meta é aumentar as vendas em 10% nas lojas participantes em relação ao ano anterior”. A campanha já teve duas edições, em 2009 e 2010, nas quais houve investimento total de R$ 3 milhões e R$ 720 mil distribuídos em vale-compras para consumi-

Gelson comprou um celular novo dores e vendedores. Cesar Casara, gerente da matriz de Porto Alegre das Lojas Manlec, acredita que a participação na Vale Mais é um diferencial para a loja que motiva os clientes e os vendedores. Segundo Casara, “além dos benefícios das premiações, a loja tem um retorno posterior, pois a promoção gera um estreitamento da relação com os clientes”. O gerente confirma as expectativas do aumento do número de vendas para a edição 2011 da campanha. E não é só para os lojistas que a Vale Mais Comprar Aqui traz benefícios. Helena da Silva Vieira, cliente das lojas Digimer, foi sorteada no ano passado e recebeu o prêmio de R$ 5 mil. “Tive a sorte de ser sorteada na promoção Vale Mais. Foi muito bom e útil, pois sempre estamos precisando de algo em casa. Pesquisei preços antes para gastar bem e comprei geladeira, aspirador e presentes para família”, diz. Já o vendedor Gelson Luis Stroher, da loja Fechosul Fechaduras e Acessórios, conta o que fez com o prêmio: “Adquiri um celular novo, dei presentes bons para minha namorada e para minha família e ainda sobrou para gastar nas férias”.

Helena foi uma das consumidoras sorteadas no ano passado

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Milton Moraes

Artigo * por Flávio Obino Filho

Ainda a regulamentação da profissão de comerciário

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esde 2007, tramitam no Senado Federal projetos de lei de autoria dos gaúchos Paulo Paim e Pedro Simon que, segundo os senadores, buscam regulamentar a profissão de comerciário. No final de 2009, novo projeto sob o tema foi apresentado, agora na Câmara dos Deputados, e tendo como autor o deputado do PT cearense José Airton. O projeto, seguindo a mesma linha dos anteriores, tem na regulamentação da profissão de comerciário uma mera cortina de fumaça. O objetivo, na verdade, é de forma discriminatória em comparação ao restante dos trabalhadores, criar tratamento privilegiado para os empregados do comércio. É estabelecida jornada máxima de trabalho do comerciário de seis horas diárias, respeitado o limite de 36 horas; a abertura aos domingos fica condicionada à celebração de acordos e convenções coletivas; não há previsão de trabalho em feriados; o adicional de horas extras é estipulado em 100% sobre Foto: Divulgação

a hora normal; é instituído Piso Salarial Nacional do comerciário no valor de duas vezes o salário mínimo; e instituída data-base nacional unificada no mês de outubro. Da leitura da justificação do projeto não se encontra uma única linha que apresente argumentos de defesa da regulamentação da profissão. Não poderia ser diferente, pois o próprio projeto define comerciário, não como profissão, mas como todo o trabalhador que exerça suas atividades nas empresas do comércio atacadista e varejista. Assim, a profissão que se busca regulamentar não é definida a partir da atividade prestada pelo empregado, mas em decorrência daquela exercida pelo empregador. Dessa forma, um marceneiro, um segurança, um açougueiro, um encarregado da limpeza, um balconista, ou mesmo um executivo graduado da área diretiva, todos empregados de uma empresa comercial integrariam a profissão que se busca regulamentar. Ora, os comerciários, como os

industriários, são categorias profissionais compostas pelo somatório de exercentes das mais variadas atividades, não constituindo profissão passível de regulamentação. Os reais objetivos das lideranças de comerciários restaram evidenciados em seminário realizado no mês de junho em Porto Alegre, do qual participei como palestrante falando em nome da Fecomércio/ RS. O evento foi coordenado pelo relator do projeto na Comissão de Desenvolvimento Econômico da Câmara Federal, deputado Assis Melo, filiado ao PCdoB e líder sindical da CTB, assim como o presidente da Fecosul, Guiomar Vidor. Na oportunidade, todas as manifestações giraram em torno de restrições ao trabalho aos domingos, fiscalização e redução da jornada de trabalho e fixação de piso salarial. Também nesse seminário, seja pela exposição das lideranças de comerciários, seja pelas manifestações na tribuna livre, não extraímos uma única fala capaz de justificar a regulamentação da profissão. O projeto se presta para o debate das condições de trabalho nas empresas comerciais e ponto final. Imaginar a possibilidade da regulamentação da profissão de comerciário como apresentada é vender sonhos. Assim, esperamos que o projeto seja arquivado na Comissão de Constituição e Justiça. De toda a sorte, impõese vigilância permanente do empresariado no acompanhamento de sua tramitação. *Advogado do escritório Flávio Obino Fº Advogados Associados obino@obinoadvogados.com.br

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- Café do Mercado

Um charme do inverno na sua casa Que café e inverno são complementares, ninguém questiona. Se tratarmos de charme, elegância e aconchego então, a dupla é perfeita. Em Porto Alegre, o Café do Mercado é referência, com opções diversas e exclusivas em um mix de tradição e inovações. Da moagem dos grãos à mesa do cliente, é possível se embevecer da história de mais de cinco séculos dessa bebida. Mas, se você estiver com muito frio para sair do aconchego do lar, uma tendência é incrementar o preparo caseiro, equipando-se com o que há de melhor em utensílios, equipamentos e ingredientes. “Só cresceu o

número de pessoas que se interessa em aprender a lidar com o café e fazê-lo em casa. Aqui, também oferecemos tudo que é necessário, inclusive cursos para iniciantes”, conta o barista Thiago de Souza Mello, prata da casa com 11 anos de experiência, prêmios regionais e nacionais. A sugestão do Café do Mercado é o Moka - mocaccino especial, um dos mais requisitados na banca F e lojas 73 e 103 do Mercado Público.

Fotos: Milton Moraes

Gastronomia

Prepare essa delícia de Moka em casa

Moka Rendimento: uma xícara de 150 ml Ingredientes: n 2 colheres de chá de chocolate em pó puro (ideal ter 32% de cacau na composição) n 80 ml de leite integral vaporizado (pode ser substituído por leite quente em estado normal ou, para quem tem cremeira em casa, utilizar o creme na mesma quantidade) n 30 ml de café espresso (em casa, substituir pela mesma quantidade de café passado bem forte). Modo de fazer: n Coloque o chocolate no fundo da xícara. Em seguida adicionar o leite vaporizado e, por fim, extrair o café em cima (no caso do café passado, apenas adicioná-lo, ao final da composição).

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Fotos: Vinicius Ghise

Ronaldo Sielichow apresentou o painel Desafios da Administração Sindical – Estimulando o Associativismo

Sindinews

Sindicatos de todo o Brasil debatem sustentabilidade Entre os dias 25 e 27 de maio, o Sindilojas Porto Alegre participou do 27º Encontro Nacional dos Sindicatos Patronais do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, em Cuiabá - MT. O evento é realizado anualmente e, nesta edição, abordou o tema Responsabilidade Socioambiental nos Negócios. Iniciando a programação do evento, no dia 25 de maio, foi realizada a reunião de assessores jurídicos e também a 17ª Reunião de Executivos de Sindicatos Patronais, em que o superintendente do Sindilojas POA, Márcio Allegretti, apresentou ações desenvolvidas pelo Núcleo de Inteligência do Sindicato. Allegretti falou sobre as pesquisas e ações realizadas em Porto Alegre e, como exemplo, citou o programa Geração Varejo. “Identificamos a carência de mão de obra capacitada para trabalhar no comércio e, então, criamos um projeto focado em recrutamento e capacitação”, destacou. O segundo dia de evento teve como destaques o painel Responsabilidade Social nos Negócios, ministrado pelo presidente do grupo O Boticário, Artur Grynbaum, e

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o grupo temático Relacionamento entre Lojistas e Administração de Shopping Centers, coordenado pelo presidente do Sindilojas Porto Alegre, Ronaldo Sielichow, que também preside o Conselho Nacional de Entidades do Comércio em Shopping Center (Conecs). No último dia de evento, o presidente do Sindilojas POA apresentou o painel Desafios da Administração Sindical – Estimulando o Associativismo. “Trabalhamos diariamente para facilitar a vida dos lojistas, esta é nossa meta”, ressaltou. Também participaram o presidente do Sindilojas Rio, Aldo

Diretor do Sindilojas Pelotas, Ricardo Klein, conhecido pelo apito

Gonçalves, e o chefe do departamento de planejamento da Confederação Nacional do Comércio (CNC), Daniel Mansur. Ainda no dia 27 de maio, aconteceu a palestra Todos por Motivação, com Ricardo Nunes, proprietário da rede Ricardo Eletro, e a tradicional seção “pinga-fogo”. Além do tema Responsabilidade Socioambiental nos Negócios, o 27º Encontro Nacional dos Sindicatos Patronais do Comércio de Bens, Serviços e Turismo também abordou outros assuntos importantes para o desenvolvimento do sindicalismo patronal e do comércio varejista no País, como cartões de crédito, segurança preventiva, representação comercial, internet e marketing. A próxima edição do evento acontece em 2012, na cidade de Natal- RN, com a primeira reunião preparatória no dia 05 de agosto, no Sindilojas POA.

Presidente do Sindilojas Porto Alegre, Ronaldo Sielichow (D), e o Presidente da CNC, Antonio Oliveira Santos (E)


Antes de vender, confira se a CNH é legítima O Sindilojas Porto Alegre conheceu, no dia 2 de junho, a nova ferramenta disponibilizada pelo Detran/RS, que possibilita a verificação da autenticidade das Carteiras Nacionais de Habilitação via internet. A iniciativa visa a reprimir a utilização de CNHs adulteradas, usadas de forma fraudulenta para comprovação de identidade em

compras no comércio. Presente no evento, o presidente do Sindilojas, Ronaldo Sielichow, alerta: “é importante que os lojistas estejam atentos e, em caso de dúvidas sobre a legitimidade do documento, confiram as informações por meio da ferramenta”. Para utilizar a ferramenta acesse o site www.detran.rs.gov.br.

Falta de cimento no comércio varejista

E-commerce sem mistérios

No dia 8 de junho, dirigentes da Acomac e do Sindilojas Porto Alegre se reuniram com executivos da Votorantim para tentar solucionar o problema da falta cimento no varejo da Capital. Até agosto, a empresa mineradora deve implantar mais duas unidades que irão produzir até 30 mil toneladas/dia.

No dia 15 de junho o Sindilojas Porto Alegre realizou mais um Café com Lojistas, nesta edição com o tema Comércio Online - Sua Loja Está Preparada? O encontro desmistificou as operações de e-commerce e apresentou suas potencialidades. Segundo o palestrante, Eduardo de Oliveira, “o planejamento é fundamental para lançar uma loja virtual que atenda bem os clientes”. Agende-se, participe das próximas edições e sugira temas para novas palestras. Mais informações no site www.sindiojaspoa.com.br.

Sindilojas recebe José Fortunati No dia 14 de junho a reunião de diretoria do Sindicato teve a participação do prefeito da Capital, José Fortunati, acompanhado da primeira dama, Regina Becker. No encontro, Fortunati falou sobre os projetos para a Copa do Mundo de 2014 e esclareceu que a maioria das obras passa por processo licitatório no segundo semestre, com início previsto para o próximo ano.

Polícia Civil apresenta ações A atuação da Polícia Civil do RS e sua interação com os lojistas foram temas debatidos durante reunião de diretoria do Sindilojas POA. No dia 17 de maio, o encontro teve a participação do chefe de Polícia, Ranolfo Vieira Júnior.

Sindilojas promove nova Missão Empresarial à China Lojistas associados ao Sindilojas Porto Alegre têm condições de pagamento facilitadas na missão à China, com partidas previstas para outubro. Os participantes da viagem serão divididos em dois grupos que visitarão fases distintas da Feira de Cantão (Canton Fair) que acontece na cidade de Guangzhou. Para mais informações ligue 3025.8300 ou acesse www.sindilojaspoa.com.br.

Novas Associadas 1. D K D Ind. e Com de confec Ltda. 2. Multimarcas Celulares Ltda. 3. Natalie Hrihrowitsch 4. Lr Boeira Com e Servs Ltda. 5. Gatolandia do Brasil Ltda. 6. Cristina Mioranza 7. Libella Bijoux Com de Bijouterias Ltda. 8. Kizzy Ind e Com de Confec Ltda. 9. Ar7 Comercial Atacadista de Manufaturas Ltda. 10. Rkr Ind e Com de Confec Ltda. 11. Fisioterapia Reginatto Ltda. 12. Torniber Ind e Com Ltda. 13. Roberto Lubisco Carletti 14. Jose Oswaldo Kunz Neto 15. Tania Regina dos Reis 16. Eduardo Fernandes da Silveira 17. Caran Com do Vest e Acess Ltda. 18. Ageu da Rosa Pereira 19. Fh Comercio e Importacao de Prod de Vest e Compl Ltda. 20. Boutique Longhi Com de Bijuterias Ltda. 21. Mini Preço Com de Utilidades Ltda. 22. Nilo Alves Centro de Atividades Físicas Ltda. 23. Silveira Filippini Com Ltda. 24. Jl Kobe e Cia Ltda. 25. Casa Clima Aquecedores Ltda. 26. Coml de Armnhos Parahyba Ltda. 27.Supermercado Hoffmann Ltda. 28. Ky Bella Biju Com de Bijouterias Ltda. 29. Patrícia Borges Christo 30. Habitart Moveis e Objetos de Design Ltda. 31. Anghinoni Chapeação e Pintura Ltda. 32. Lazaro Santana da Silva 33. Sabala Moda Intima Ltda.


Associadas Foto: Gerson José Salamoni Terra, Divulgação

Paixão por gatos

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Gatolândia CatShop é a primeira petshop especializada em gatos de Porto Alegre. “A loja foi inaugurada há apenas 3 meses, porém já conta com público fiel que demanda cada vez mais produtos diferenciados, assim como atendimento médico veterinário”, contam as proprietárias Taís Schein da Silva e Denise Terra. A sociedade surgiu da paixão das duas amigas pelos felinos: Taís tem dois gatos, já Denise cuida de 23 bichanos. A idéia de criar a loja veio da necessidade que ambas sentiam em encontrar produtos para seus pets. Os produtos comercializados na Gatolândia são todos direcionados para os gatos e seus donos. Para os bichinhos, a loja oferece produtos como rações, medicamentos, acessórios, brinquedos, entre outros. Já para os donos

Diversidade e qualidade exclusiva para os felinos comercializa camisetas, ecobags/ bolsas, produtos de decoração, entre outros. Todos com motivos felinos. Segundo as empresárias, os planos da Gatolândia são de expansão. “Está em produção a loja virtual, que logo permitirá a comercialização dos produtos para todo o Brasil e outros países. Além disso, em breve, a Gatolândia começará a representar marcas do

segmento de outros países”, antecipam. Taís e Denise ainda destacam a parceria com o Sindilojas, que “possibilita a atualização e a capacitação profissional através dos cursos, fundamentais para o gerenciamento da empresa”. A Gatolândia situa-se na Av. Venâncio Aires, 500. O funcionamento é de segunda das 10h às 19h, terça a sexta das 9h às 19h e sábados das 9h às 16h. Foto: Divulgação

Em busca do equilíbrio

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pós fazer um curso de empreendedorismo no Sebrae, a secretária executiva Jéssica Marmontel resolveu ir atrás de um desafio para sua vida profissional e, assim, fundou a Tenda da Cigana em setembro de 2005. “Uni o útil ao agradável, pois sou uma pessoa esotérica, assim como a proposta da loja”, conta Jéssica. A Tenda da Cigana vende produtos para o bem-estar das pessoas, que incluem incensos, velas aromáticas e banhos de sal para relaxamento, e ainda oferece atendimento na área holística, como Reiki e consulta de Tarot. Para a empresária, o desenvolvimento satisfatório da loja deve-se ao conhecimento do ramo e permanente atenção nas tendências do mercado, sempre buscando a inovação. “A

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A Tenda da Cigana dispõe de produtos e serviços místicos loja deu certo, pois vem ao encontro da necessidade que as pessoas vêm sentindo de manterem corpo e mente em equilíbrio tendo em vista suas rotinas estressantes”, afirma. Segundo Jéssica, que ressalta o excelente atendimento que recebe

do Sindilojas sempre que necessita de consultoria, a principal meta da loja é manter-se no mercado e continuar crescendo ano a ano. A Tenda da Cigana fica na Avenida Independência, 1211/ loja 19, no Bairro Rio Branco.

Para participar desta editoria, as associadas devem manifestar seu interesse pelo email imprensa@sindilojaspoa.com.br


Lazer

Conheça Porto Alegre n Porto Alegre é a quarta capital que mais recebe eventos internacionais no Brasil e ciente da importância deste fato, a Prefeitura desenvolveu uma Política de Apoio a Eventos, destaque dentro de um conjunto de ações desenvolvido pela Secretaria Municipal de Turismo (SMTUR).

Você sabia? n Em 2010, foram registrados 46.270 atendimentos no Serviço de Atenção ao Turista da Secretaria Municipal de Turismo perfazendo um total de 62.668 pessoas assistidas? n Entre os visitantes europeus, destaque para alemães seguidos por franceses e espanhóis? E que na América do Sul constam entre os cinco primeiros registros pessoas vindas da Argentina, Uruguai, Chile, Peru e Colômbia? n A maioria das pessoas de outros estados do Brasil são provenientes de capitais, mas que existe grande demanda vinda de cidades médias tais como Santos, Ribeirão Preto, Juiz de Fora, Uberlândia, Blumenau, Joinville, Londrina e Maringá?

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