Conexão Varejo - Junho/2009

Page 1

www.sindilojaspoa.com.br

Especial Expans達o em xeque

Conex達o Varejo

maio I 2009

Porto Alegre ainda tem espa巽o para novos shoppings?

Gest達o

Entrevista

O momento certo de investir na abertura de uma filial

Ronald Krummenauer fala sobre propostas e objetivos da Agenda 2020




Expediente

11

ConexĂŁo Varejo

maio I 2009

Sindicato dos Lojistas do ComÊrcio de Porto Alegre e Alvorada/RS Sindilojas POA - Rua dos Andradas, nº1.234. Edifício Santa Cruz, 22º andar – Porto Alegre/RS Fone: (51) 3025.8300 Fax: (51) 3228.1123

12

Diretoria Sindilojas POA Presidente: Ronaldo Sielichow Vice-Presidente: JoĂŁo da Silva Rodrigues Vice-Presidente Administrativo: Daniel Casais Vice-Presidente Financeiro: Marco A. Belotto Pereira Vice-Presidente de Relação do Trabalho e Capacitação: Sergio Axelrud Galbinski Vice-Presidente Comercial: Vladimir Machado Vice-Presidente de Relaçþes PolĂ­ticas e Institucionais: Arcione Piva Vice-Presidente de Comunicação e Marketing: Eduardo Igor Diretor de Comunicação e Marketing: Marivaldo AntĂ´nio Tumelero Diretor Administrativo: Paulo Kruse Diretor Financeiro: Augusto Hecktheuer Diretor Comercial: Roni Zenevich Diretora de Relaçþes PolĂ­ticas e Institucionais: Maria Clair Gomes Diretora de Relaçþes do Trabalho e Capacitação: NĂĄdia Regina Almeida Diretores Adjuntos: Antonio Gomes, JosĂŠ Rodrigues de Almeida, Isabel Cristina Coelho Carvalho, Antonio Sanzi,Paulo Penna Rey, Gilmar Pereira e Alcides Debus Suplentes: AlĂŠcio Ughini, Carmem FerrĂŁo, Gustavo 2UODQGLQL 6FKLĂ€QR +HUPHV &DUORV 9 4XHLUR] ,ULR 3LYD JosĂŠ GallĂł, Mauro Suslik Tornain, Nelson Jawetz, Silvio Sibemberg, Ricardo Pandolfo De Conto, Vania Tereza Sangalli Reale e Vilson Noer. Conselho Fiscal: Orisvaldino Magnus Scheffer, LĂ­dio Ughini e Wilson JosĂŠ Scortegagna. Assessoria de Imprensa: SindilojasPOA e Insider 2 imprensa@sindilojaspoa.com.br ConexĂŁo Varejo Publicação do Sindicato dos Lojistas do ComĂŠrcio de Porto Alegre e Alvorada/RS (Sindilojas POA), SURGX]LGD SHOD 8IĂ€]L &RQVXOWRULD HP &RPXQLFDomR As colaboraçþes e sugestĂľes de pauta para a publicação devem ser enviadas para UHYLVWD#XIĂ€]L FRP EU Atendimento ao leitor: www.sindilojaspoa.com.br conexao@sindilojaspoa.com.br Fone: (51) 3025.8324 Conselho Editorial – Sindilojas POA Coordenador: JoĂŁo da Silva Rodrigues 8IĂ€]L &RQVXOWRULD HP &RPXQLFDomR Almir Freitas e JoĂŁo Menoni Insider2: Beti Sefrin Diretor Executivo: Almir Freitas (MTb/RS 5.412) Editor: JoĂŁo Menoni Subeditora: Betina Barreras Redatoras: Betina Barreras, Luisa Kalil Colaboradores: Eduardo Plastina, Michele Caetano, Eduardo Raupp, VinĂ­cius Ghise 3URMHWR *UiĂ€FR H HGLWRUDomR Gabriela Dias ImpressĂŁo: Pallotti Tiragem: 10 mil exemplares )RWRJUDĂ€D Milton L. Moraes, VinĂ­cius Ghise e JosĂŠ Marcelo Mendes Ribeiro RevisĂŁo: MĂ´nica Pires &RPHUFLDOL]DomR 8IĂ€]L &RQVXOWRULD HP &RPXQLFDomR Fone: (51) 3330.6636 * Os artigos assinados sĂŁo de inteira responsabilidade de seus autores

20 24

22 25


mercado Primavera promete aquecer as vendas. desenvolvimento humano Marketing auxilia pequenos e médios varejistas. crônica Eixo da moda, por Michele Caetano. finanças Proteja sua empresa. Invista em seguro. associação Associação dos Moradores da Rua 24 de Maio atua em prol da comunidade. arquitetura & decoração Como trabalhar a arquitetura para criar uma identidade. especial A expansão dos centros comerciais e seus efeitos no varejo da Capital. tributos Benefícios tributários aos doadores. gestão Qual o momento certo de investir em uma filial? relação trabalhista A natureza jurídica do aviso prévio indenizado. entrevista Ronald Krummenauer, coordenador da Agenda 2020. associadas Manlec, Moldura Minuto, Tumelero e Confiança Informática. per fil Cézar Prestes, diretor do Margs. entidade Lojistas lutam por transparência na relação com administradores de shoppings. sindinews Notícias e informações do setor varejista.

06 07 08 09 10 11 12 14 17 18 19 20 22 24 25 26

Conexão Varejo

opinião Ilusão e Realidade.

maio I 2009

Sumário


FOTO: VINĂ?CUIS GUISE

OpiniĂŁo por JoĂŁo Rodrigues*

IlusĂŁo e realidade maio I 2009

Desnecessårio se torna alinhar os problemas que a concentração de imóveis residenciais e comerciais vem produzindo na cidade.

ConexĂŁo Varejo

06

orto Alegre possui atualmente 14 shopping centers,

tado de operaçþes mal constituídas ou da política de atua-

que totalizam ĂĄrea bruta locĂĄvel (ABL) de aproxima-

lização do mix praticada pelo empreendedor, quase sempre

damente 300 mil m², o que a torna a terceira capital

com prejuĂ­zo aos lojistas substituĂ­dos, onerados por pesa-

brasileira neste quesito. Com as ampliaçþes autorizadas e

das multas, e lucros ao proprietĂĄrio resultantes da venda do

novas propostas em estudo, em breve poderemos chegar a

ponto comercial.

P

20 unidades e uma årea de 400 mil m². As condiçþes da eco-

1mR SDLUDP G~YLGDV VREUH D ÀQDOLGDGH GD FRPHUFLDOL]DomR

nomia brasileira, em especial a polĂ­tica monetĂĄria, que tem

LPRELOLiULD KDMD YLVWD D DĂ€UPDomR GH TXH ´R YDUHMR p FRPSOH-

permitido a pråtica dos juros elevados – os mais caros do

mentarâ€?, como se pode ler na matĂŠria de capa desta edição,

planeta –, têm favorecido os investimentos do capital nacional

consignada por um empreendedor de nĂ­vel nacional. Dessa

e estrangeiro, principalmente na ĂĄrea imobiliĂĄria.

forma, o exame das proposiçþes dos novos empreendimen-

A instalação das casas comerciais em shopping centers, de

tos nessa ĂĄrea deve ser feito sob o aspecto de investimento

inĂ­cio, era vista como oportuna parceria em locais mais apra-

imobiliĂĄrio, e nĂŁo somente como mais um centro comercial

zĂ­veis, que poderia oferecer maior comodidade aos consumi-

de oferta de bens e serviços, porque o Portinho jå estå muito

dores, com estacionamento e concentração das ofertas em

bem servido nesse segmento...

um Ăşnico local, o que facilitaria o exercĂ­cio das compras.

DesnecessĂĄrio se torna alinhar os problemas que a concen-

No entanto, com os atuais problemas do trânsito, o acúmu-

tração de imóveis residenciais e comerciais vem produzindo

lo de transeuntes que transformaram esses locais em praças

na cidade, cujas vias de circulação estĂŁo acantonadas junto Ă

GH SDVVHLR QmR UDUDV YH]HV FRP GLĂ€FXOGDGH GH HVWDFLRQDPHQ-

orla do nosso querido (agora denominado) Lago GuaĂ­ba.

to, fez com que os shoppings perdessem um pouco seu en-

A preservação do tradicional comÊrcio de rua, que atravÊs

FDQWR 3DUFHOD VLJQLĂ€FDWLYD GH FOLHQWHV SUHIHUH D FRPRGLGDGH

da história foi determinante para a consolidação e o progres-

das compras nos bairros, no comÊrcio de vizinhança, onde

so desta Capital, ĂŠ fator preponderante na sociedade, pois ĂŠ

sĂŁo mais conhecidos pelo nome e sobrenome, e costumam

um componente social indispensĂĄvel nos bairros e no Centro

cultivar, em muitos casos, laços de amizade.

HistĂłrico da Capital.

No decorrer dos anos passou-se a observar com frequĂŞncia grande rotatividade nas lojas dos shoppings, resul-

* Vice-presidente do Sindilojas POA e Alvorada


Mercado

Planejamento em alta da pela arquitetura, com propostas modernas e minimalistas,

aguardado com grande expectativa pelo comĂŠr-

resultando em modelagens irreverentes�, comenta.

cio. A primavera convida as pessoas a saĂ­rem de

Conforme a gerente, os anos 1980 retornam com toda for-

casa, o horĂĄrio de verĂŁo deixa os dias mais longos e, mais

ça e o ar romântico dos anos 1950 se reinventa nas formas

Ă frente, as festas de Natal e Ano Novo sĂŁo referĂŞncias de

rodadas em vestidos e saias. A peça que não poderå faltar

consumo. No varejo, em qualquer perĂ­odo, o importante ĂŠ

no armĂĄrio das gaĂşchas? “Com certeza, vestidos e shortsâ€?,

planejar. E com a primavera-verĂŁo nĂŁo ĂŠ diferente.

enfatiza Juliana.

Independente do segmento, o setor varejista se prepara,

Quanto aos acessórios, as pÊrolas vêm com força total, as-

ainda no inverno, para os dias mais quentes. De acordo com o

sim como a sobreposição de correntes e formas de borboletas

consultor de NegĂłcios, Solano Pugliero, presidente da Talen-

e folhas. A cor prata ganha maior destaque, porĂŠm o dourado

tus Consultoria, existem dois tipos de tendĂŞncias: a de moda

WDPEpP WHP VXD IRUoD ´2 ÂśKLW¡ VHUi D PLVWXUD GRV GRLVÂľ FRQĂ€D

e a de mercado.

a gerente. Em relação às bolsas, elas aparecem em tamanhos

A primeira se refere ao segmento de roupas e calçados,

mÊdio e pequeno, com mistura de materiais e aplicaçþes.

que são substituídos por novas coleçþes a cada estação. Jå a tendência de mercado engloba o setor varejista como um

Promoçþes

todo, pois o segundo semestre representa o perĂ­odo de

Apesar da forte presença das tendências no mercado da

maior movimento para todos os tipos de negĂłcio. â€œĂ‰ uma

PRGD RXWURV VHJPHQWRV WDPEpP VmR EHQHĂ€FLDGRV FRP DV

temporada mais longa, na qual o cliente compra mais. Cerca

estaçþes mais quentes. Um exemplo Ê a Master Piscinas, hå

de 60% das vendas no varejo se concentram no segundo se-

30 anos atuando no mercado de piscinas e acessĂłrios, em

mestre�, ressalta Pugliero.

Porto Alegre. “Nos meses de inverno, aproveitamos para

8P GRV VHJPHQWRV PDLV DWLQJLGRV SHODV LQĂ XrQFLDV GD PRGD

planejar o verĂŁo, fazer reformas na loja e investir em trei-

Ê, sem dúvida, o de confecção calçados femininos. Por meio

namento dos nossos colaboradores�, conta o engenheiro

GH GHVĂ€OHV FDPSDQKDV H DQ~QFLRV SXEOLFLWiULRV DV PXOKHUHV

)HUQDQGR -RVp *RXYrD SURSULHWiULR GD HPSUHVD (OH DĂ€UPD

por exemplo, começam a procurar os produtos que serão

que o frio tambĂŠm ĂŠ uma boa ĂŠpoca para investir em pro-

FODVVLĂ€FDGRV FRPR ´LQGLVSHQViYHLVÂľ QD HVWDomR 1HVWH FDVR

moçþes de determinados produtos, como equipamentos de

3XJOLHUR DĂ€UPD TXH ´VHP SODQHMDPHQWR R FRPHUFLDQWH FRUUH

Ă€OWUDomR SRU H[HPSOR

o risco de ser atropelado pelo mercado�. Ou seja, o segredo

O empresĂĄrio adianta que, para o verĂŁo 2009/2010,

ĂŠ nĂŁo ser pego de surpresa e estar atento Ă s tendĂŞncias das

a tendência no segmento serå a automação

próximas estaçþes.

de piscinas, com novos dosadores de cloro, ionizadores e ultravioletas. “As pis-

InfluĂŞncias Para a gerente de Produto das lojas Rabusch, Juliana Du-

cinas hoje tĂŞm formatos mais interesVDQWHV FRP EDQFDGDV IXQGR LQĂ€QLWR

arte, na primavera-verĂŁo 2009/2010, a moda sofrerĂĄ uma in-

hidromassagem e diversos revesti-

versĂŁo de valores, impondo luxo casual, remetendo a uma

mentos, podendo ressaltar pastilhas,

LPDJHP PDLV GHVFRODGD H GLVFUHWD ´$ HVWDomR VHUi LQà XHQFLD-

YLQLO H ÀEUD GH YLGUR¾ DSRQWD

07 ConexĂŁo Varejo

O

segundo semestre ĂŠ, geralmente, um perĂ­odo

maio I 2009

Não importa o segmento, as estaçþes quentes do ano beneficiam o comÊrcio em geral. O segredo estå em planejar.


Desenvolvimento Humano

Empresårios & Comunicação Existem diversas maneiras de trabalhar a imagem dos empreendimentos; uma delas Ê a publicidade.

comunicação estå, cada vez mais, presente na vida

a verba disponĂ­vel e o momento em que o lojista se encontra

das pessoas, no trabalho, nos estudos, no lazer, mas,

em relação Ă concorrĂŞncia e ao mercado. “Cada caso ĂŠ Ăşni-

principalmente, nos negócios. É importante que os

co. A mĂ­dia bem aplicada ĂŠ um investimento que o empresĂĄ-

empreendedores tenham consciĂŞncia de que uma comunica-

rio faz na empresa�, garante a publicitåria e especialista em

ção bem feita agrega valor e contribui para a permanência da

PDUNHWLQJ /XFLDQD %UDXQ 5HLV SURIHVVRUD GD 3RQWLItFLD 8QL-

empresa no mercado. Agora, tambÊm Ê fato que uma ação de

YHUVLGDGH &DWyOLFD GR 5LR *UDQGH GR 6XO 38&56

maio I 2009

A ConexĂŁo Varejo

08

comunicação mal feita prejudica, e muito, os negócios. Investir

$VVLP FRPR 0DULQKR /XFLDQD DFUHGLWD TXH D PtGLD RQOLQH

em publicidade, por exemplo, independentemente do tipo de

WHP PRVWUDGR JUDQGH HĂ€FLrQFLD SULQFLSDOPHQWH QR TXH GL]

mĂ­dia, pode contribuir nĂŁo apenas com a imagem, mas tam-

respeito ao estreitamento das relaçþes com o cliente. “As

bĂŠm para o resultado das vendas.

empresas precisam estar preparadas para utilizar as informa-

Uma das primeiras açþes para desenvolver esse tipo de

o}HV TXH RV FOLHQWHV Oi GHSRVLWDPÂľ FRQĂ€D D SXEOLFLWiULD OHP-

comunicação Ê procurar uma agência de Publicidade, que

brando que tambĂŠm ĂŠ importante que o lojista saiba o que

produz o material publicitårio (peças para mídia impressa,

falar, como fazĂŞ-lo, onde e para quem deseja falar. â€œĂ‰ aĂ­ que

eletrĂ´nica e virtual) e negocia com fornecedores e veĂ­culos,

HQWUD R SURĂ€VVLRQDO GH FRPXQLFDomR TXH SRGHUi RULHQWDU R

oferecendo resultados estratĂŠgicos. “Quando se busca uma

HPSUHViULR GH IRUPD FRUUHWDÂľ LQGLFD /XFLDQD

empresa, se tem a garantia de um trabalho completo e com

2So}HV FRPR PDUNHWLQJ GLUHWR FDWiORJRV H PDLO PDUNHWLQJ

qualidade. No entanto, se o lojista nĂŁo tem recursos, pode

e tambĂŠm o contato com o cliente, como, por exemplo, no

RSWDU SRU XP SURĂ€VVLRQDO TXH IDoD HVVH WUDEDOKR GH IRUPD

pĂłs-venda, tambĂŠm sĂŁo fatores que podem contribuir para a

LQGLYLGXDOÂľ DĂ€UPD R VyFLR GLUHWRU GD %UDQG:RUNV HPSUHVD

LPDJHP GH XP HPSUHHQGLPHQWR UHIRUoDQGR D ÀGHOL]DomR GR

HVSHFLDOL]DGD HP 0DUNHWLQJ GH 9DUHMR /XL] $OEHUWR 0DULQKR

pĂşblico consumidor.

(OH DSRQWD TXH R GHVFXLGR QD FRPXQLFDomR LQà XHQFLD QD Pi percepção da loja.

A boa comunicação pode trazer benefícios no modo em que uma empresa Ê vista pelo mercado. Contudo, isso não

Como alternativa à forma tradicional de comunicação, Ma-

exclui o lojista em cuidar do seu produto. “Cuide primeiro

rinho aposta na internet. “Mesmo que o site nĂŁo ofereça a

de sua loja, produtos e equipe de colaboradores. NĂŁo adianta

opção de compras online, pode disponibilizar um bom catålo-

oferecer um ‘convite bonito’ se a sua festa nĂŁo serĂĄ bem ser-

go, alÊm de apresentar a loja, contar sua história�, recomenda,

YLGDÂľ H[HPSOLĂ€FD /XL] $OEHUWR 0DULQKR

lembrando que o primeiro passo Ê a construção da imagem.

/XFLDQD 5HLV WDPEpP DSRVWD QD FULDWLYLGDGH ´8P SUR-

“Se as pessoas nĂŁo conhecem o empreendimento e do que

jeto de criação ruim e outro ótimo exigem as mesmas

HOH WUDWD ÀFD GLItFLO ID]HU QHJyFLRV WDQWR FRP IRUQHFHGRUHV

despesas para veicular. A diferença Ê que um entrarå na

quanto com consumidores�, ressalta o especialista.

contabilidade apenas como custo e o outro, como investi-

'HĂ€QLGD D LPDJHP H R FRQFHLWR GD ORMD p QHFHVViULR FRPpreender seus objetivos, quais pĂşblicos pretende atingir, qual

mento. O consumidor hoje ĂŠ informado e procura a inovaçãoâ€?, conclui.


CrĂ´nica por Michele Caetano*

Eixo da moda mas exceçþes pretensiosas. O moderno aqui ainda continua

primeira caminhada foi pela Rua da Praia, a passarela

sendo aquelas caixas bauhaus, com arquitetos e engenheiros

da cidade, para ver as mulheres mais lindas do mundo.

cometendo impunes essas construçþes. Salvam-se as decora-

Tinha mudado um pouco... Na verdade, muito.A galeria Malcon,

çþes de interiores que, mesmo sem a ousadia argentina, por

ali era o point. NĂŁo tinha mais a Louro nem a Sloper, outra es-

exemplo, nĂŁo fazem feio nem comprometem.

T

quina de paquera. Subiu para a Avenida IndependĂŞncia, a mais

Com umas duas visitas de olhar mais aguçado, percebe-se

civilizada e libertĂĄria de Porto Alegre na dĂŠcada de 70. Era a rua

que existem tribos que, algumas por faixa etĂĄria e outras por

GDV PXOKHUHV OLQGDV VRĂ€VWLFDGDV UHEHOGHV H SRVVtYHLV SDWULFL-

preconceito, nĂŁo se misturam. Convivem, se cruzam, mas nĂŁo

nhas hippies, aquela coisa “Hair�, Era de Aquarius.Agora, pessoas

interagem. Moradores e circunvizinhos ocupam as padarias

apressadas e preocupadas em atravessar a rua.

H FDIpV GXUDQWH R GLD 1R ÀP GD WDUGH DSyV R H[SHGLHQWH

Decepcionado e ansioso foi subindo. AlguĂŠm sugeriu o ParcĂŁo e a Padre Chagas. Nunca tinha ouvido falar nessa rua. Segue

YHP D WULER GRV H[HFXWLYRV SURĂ€VVLRQDLV OLEHUDLV SXEOLFLWiULRV GHQWLVWDV DGYRJDGRV MXt]HV MXt]DV

por aqui, dobra lĂĄ, dobra outra vez e pronto, a Padre Chagas.

Poucas cidades no mundo – segundo pesquisa inventada de

$ SULQFtSLR QDGD TXH HQWXVLDVPDVVH RX MXVWLĂ€FDVVH TXDOTXHU

XP MRUQDO GH 8UXVVDQJD ² WrP XPD UXD DUERUL]DGD FKHLD GH

fama. Sentou num cafĂŠ. Pessoas nas mesas conversavam, liam

FDIpV FRP PHVDV QDV FDOoDGDV H XP GHVĂ€OH FRQWtQXR H LQWHU-

MRUQDO FRQVXOWDYDP R QRWHERRN 8PD PLVWXUD GH DPLJiYHO YL]L-

PLQiYHO GH PXOKHUHV ERQLWDV ² S{ Vy IDOD QLVVR" 5HVSLUD VH XP

nhança com executivos fashions – vestidos como editorial de

FOLPD SDULVLHQVH RN SUHWHQVDPHQWH SDULVLHQVH ² HP WRGRV

PRGD ( FDFKRUURV GHVĂ€ODQGR VHXV GRQRV H GRQDV

os endereços comerciais da rua. São claras as propostas cul-

Percorreu as trĂŞs quadras da rua e enumerou choperias,

tural e fashionista do local: eventos desta ĂĄrea estĂŁo sempre

FDIpV EDUHV ORMDV delicatessens, restaurantes, padarias – que

DFRQWHFHQGR SRU DOL $OLiV D FXOWXUD p KRMH PRGD H WULERV

se espraiam pelas ruas transversais – e o número de mu-

de produtores de moda e intelectuais convivem e discutem

lheres lindas por metro quadrado – por machismo, ignorou

a geleia geral consumista, a insustentĂĄvel leveza da moda, as

os homens. Sim, as mulheres lindas e maravilhosas tambĂŠm

UHODo}HV OtTXLGDV R WHU R VHU DV PDLV UHFHQWHV WHQGrQFLDV GD

concediam suas presenças.

moda e os últimos lançamentos de livros e revistas.

Para que não pareça obsessão, Ê preciso explicar que não

A Rua Padre Chagas Ê o local da moda – nos dois senti-

se vĂŞ em nenhuma outra parte do mundo a quantidade de

dos – onde mais se discute cultura. Foi onde iniciaram os

mulheres bonitas que existe em Porto Alegre. Nem na ItĂĄlia

“FDIp Ă€O{â€? – importado de Paris, ĂŠvidentement &ODUR TXH Mi VH

ou na Espanha, las calientes latinas se equiparam em nĂşmero

fazia isso em locais alternativos da cidade, mas sem o charme

e elegância. Elegância, este Ê o grande diferencial da Padre

IDVKLRQLVWD H D SUHVHQoD GH PXOKHUHV ERQLWDV 6y DOL VH DPDO-

Chagas, logo, das gaĂşchas.

gamaram essas duas åreas aparentemente antagônicas – apa-

0DV YROWHPRV j 3DGUH &KDJDV 6H D UXD KRMH p LPEDWtYHO

UrQFLD H FRQWH~GR HPEDODJHP H IyUPXOD EHOH]D H LQWHOLJrQFLD

nos quesitos charme e joie de vivre, a sua arquitetura man-

preconceito e tolerância.

tĂŠm o padrĂŁo pobre e feio do restante da cidade, com algu-

* PublicitĂĄrio e roteirista.

09 ConexĂŁo Varejo

inha mais de anos que nĂŁo voltava a Porto Alegre. Sua

maio I 2009

Hå quem diga que a função do espaço Ê reter o tempo.


Finanças

Caminho seguro maio I 2009

O varejo, como qualquer outra atividade empresarial, conta com inĂşmeras possibilidades de seguros que protegem o patrimĂ´nio.

ConexĂŁo Varejo

10

Q

ualquer tipo de seguro segue a mĂĄxima: “Paga-se

O especialista ressalta que hĂĄ diferentes tipos de seguros

para não usar�. Entretanto, quando ele Ê utilizado

disponĂ­veis quando se inicia um negĂłcio, a um baixo custo, se

certamente cobre prejuĂ­zos que, sem o seguro,

comparado com o valor do patrimĂ´nio em risco. “O custo de

praticamente seriam impagåveis. Assim como em relação a

seguro anual de incĂŞndio para loja de roupas, por exemplo,

pessoas fĂ­sicas que seguram seus bens e a prĂłpria vida, o

FRP XPD LPSRUWkQFLD VHJXUDGD GH 5 PLO ÀFDULD HP WRU-

varejo tambĂŠm estĂĄ inserido neste contexto. Por muito me-

no de R$ 400, o que corresponde a R$ 33 mensais�, projeta

nos do que imaginam, os empresĂĄrios tĂŞm a possibilidade de

R GLUHWRU GD &RQĂ€DQoD

prevenir grandes problemas.

A cobertura båsica, de acordo com Mauro Pinto, começa

“O seguro ĂŠ uma forma de garantir a continuidade do ne-

com a proteção contra incêndios, para, mais tarde, agregar pro-

JyFLR VHP JUDQGHV LPSDFWRV ÀQDQFHLURV DR HPSUHHQGHGRU¾

teção contra roubo, danos elÊtricos, vendaval, entre outras. No

explica o superintendente de multirriscos da Allianz Segu-

FDVR GR YDUHMR Ki VHJXURV HPSUHVDULDLV HVSHFtÀFRV SDUD PLFUR

ros, Rafael Rodrigues. Entre as coberturas mais contratadas

e pequenos estabelecimentos, os quais tĂŞm por objetivo inde-

por lojistas de pequeno e mĂŠdio porte, ele aponta os planos

nizar perdas decorrentes de incĂŞndio, raio e explosĂŁo.

contra incĂŞndio, danos elĂŠtricos, vendaval, roubo e/ou furto

AlĂŠm dessas, podem ser incluĂ­das coberturas adicionais

TXDOLÀFDGR GH EHQV GHVSHVD FRP DOXJXHO GHVSHVDV À[DV H

para danos elĂŠtricos, perda de pagamento de aluguel, roubo

responsabilidade civil de operaçþes.

de bens e mercadorias, acidentes pessoais, prestação de ser-

O valor Ê estipulado de acordo com a importância segu-

viços, emergenciais de hidråulica, chaveiro, elÊtrica, etc. En-

rada e as coberturas contratadas. O ticket mĂŠdio ĂŠ de, apro-

tretanto, uma estimativa do mercado aponta que apenas 10%

ximadamente, R$ 800 ao ano. Segundo o diretor de Plane-

das empresas no setor contam com algum tipo de proteção.

MDPHQWR H 0DUNHWLQJ GD &RQĂ€DQoD 6HJXURV 0DXUR GD 6LOYD

Para Mauro, a dica ĂŠ, por meio do seguro, minimizar even-

Pinto, uma boa cobertura ĂŠ essencial. “O primeiro passo ĂŠ

tuais danos que possam ocorrer, seja pessoais ou referentes

determinar quais os tipos de seguros que serĂŁo necessĂĄrios e

ao patrimĂ´nio. “Obter o seguro adequado ĂŠ a decisĂŁo mais

HQWmR DYDOLDU R TXDQWR R ORMLVWD LUi SRGHU LQYHVWLUÂľ DĂ€UPD

prudente para proteger seu negócio�, conclui o especialista.


Associação

Em nome do bem comum ram realizadas festas juninas, espetĂĄculos artĂ­sticos e confra-

VHJXQGR R ,QVWLWXWR %UDVLOHLUR GH *HRJUDĂ€D H (VWDWtV-

ternizaçþes de Natal. Para 2009, o objetivo Ê investir mais no

WLFD ,%*( 1R HQWDQWR JXDUGD HVSDoR SDUD TXH VH

projeto “Caminho das Pedras�, uma feira livre na escadaria,

formem grandes e pequenas associaçþes de bairro e de rua

que reĂşne comerciantes, artesĂŁos, artistas plĂĄsticos, designers

com o objetivo de lutar pelo bem comum e pelo desenvolvi-

de joias, colecionadores de minerais e pessoas que queiram

mento de suas comunidades. Foi com esse pensamento que

expor produtos relacionados a rochas, pedras preciosas e

nasceu a Associação dos Amigos da 24 de Maio e Adjacências

outros minerais. Implantada em 21 de março deste ano, a

$PLYL QR &HQWUR +LVWyULFR GD &DSLWDO

ação conta desde o início com o apoio da Secretaria Muni-

P

No dia 26 de março de 1997 foi realizada a primeira As-

cipal da Cultura, e jå teve quatro ediçþes. A partir de junho,

VHPEOHLD *HUDO VHQGR HOHLWD D FLUXUJLm GHQWLVWD -DQH GH 0R-

serĂĄ realizada sempre no primeiro sĂĄbado do mĂŞs, das 10h

UDHV %UDQFR FRPR VXD SULPHLUD SUHVLGHQWH +RMH D GLUHWRULD

Ă s 15h.

da Amivi ĂŠ composta pela presidente Marlete Campos, pelo

AlĂŠm da reforma da escadaria e da feira ao ar livre, a Amivi

YLFH SUHVLGHQWH 3pUFLR GH 0RUDHV %UDQFR DOpP GH GRLV VH-

conseguiu mĂŁo dupla no trĂĄfego da Av. AndrĂŠ da Rocha e

cretĂĄrios, dois tesoureiros e um Conselho Fiscal com trĂŞs

tambĂŠm foi responsĂĄvel por “conquistas menores, porĂŠm nĂŁo

titulares e trĂŞs suplentes.

PHQRV LPSRUWDQWHVÂľ DĂ€UPD %UDQFR &RPR H[HPSOR HOH FLWD

A årea de atuação da entidade se concentra no quadriOiWHUR GHOLPLWDGR SHODV DYHQLGDV %RUJHV GH 0HGHLURV -RmR

melhorias nas åreas de segurança, iluminação pública, limpeza urbana, poda de årvores e consertos de sinaleiras.

Pessoa, Loureiro da Silva e pela Rua Duque de Caxias. Entre

A Amivi quer ainda investir na limpeza das ruas, alĂŠm de

as principais conquistas da Amivi, o vice-presidente, PĂŠrcio

instalar câmeras de vídeo em alguns pontos da sua årea de

GH 0RUDHV %UDQFR GHVWDFD D UHIRUPD GD HVFDGDULD TXH OLJD D

atuação e implantar um projeto piloto de recuperação de

Avenida AndrĂŠ da Rocha com a Rua Duque de Caxias, a qual

fachadas com tinta ou verniz antipichação. “Esperamos poder

se transformou em sĂ­mbolo da entidade.

contar com o apoio de empresas do setor de tintas, bem FRPR GH yUJmRV GD 3UHIHLWXUD 0XQLFLSDOÂľ HQIDWL]D %UDQFR

FOTOS: PÉRCIO DE MORAES BRANCO

O local tem sido utilizado como espaço cultural, onde jå fo-

MĂşsicos apresentam-se na escadaria da 24 de Maio

Marlete Campos, presidente da Amivi, recebe o vereador Adeli Sell no Caminho das Pedras.

11 ConexĂŁo Varejo

orto Alegre ĂŠ uma cidade de 1,4 milhĂŁo de habitantes

maio I 2009

A Associação dos Amigos da Rua 24 de Maio busca melhorar a vida de quem mora no Centro Histórico e investir na cultura.


Arquitetura e Decoração

Um estilo para cada estilo Como trabalhar a arquitetura do ambiente de uma loja de forma a criar uma identidade e destacĂĄ-la em meio Ă concorrĂŞncia. ara cada segmento que compĂľe o varejo, hĂĄ um esti-

realmente ocorre e como deve ser formatada a arquitetura

OR PRGHUQR U~VWLFR FOHDQ VXUĂ€VWD URPkQWLFR 2 VH-

GD ORMD QHVVH VHQWLGR 8P HUUR FRPXP VHJXQGR R DUTXLWHWR

gredo ĂŠ combinar a arquitetura da loja com o tipo de

p WHQWDU SURMHWDU XPD ORMD SDUD R SHUĂ€O PpGLR GH IRUPD D

S~EOLFR DOYR TXH VH GHVHMD FRQTXLVWDU (QWUHWDQWR D SHUJXQWD

DWHQGHU WRGRV RV JRVWRV ´1mR H[LVWH XPD ORMD ERD SDUD WR-

ĂŠ: como colocar em prĂĄtica e trabalhar essa ideia?

GRV QHP SDUD TXDOTXHU SURGXWRÂľ $ GLFD p FRQWDU DR FOLHQWH

P

Destacar-se em meio Ă concorrĂŞncia depende de uma sĂŠ-

ConexĂŁo Varejo

12

QD SUHIHUrQFLD GRV FRQVXPLGRUHV (QWUH HVVHV IDWRUHV HVWmR

1D KRUD GH FRQKHFHU R FRQVXPLGRU H GHĂ€QLU R HVWLOR GH

a qualidade do produto, o bom atendimento e o estilo arqui-

um empreendimento, geralmente trabalha-se com as tra-

WHW{QLFR GD ORMD

GLFLRQDLV IDL[DV GH UHQGD $ % & RX ' 1R HQWDQWR FRP D

De acordo com o arquiteto ClĂĄudio Yoshimura, conhecer o

globalização, muitos produtos passaram a ter o alcance de

SHUĂ€O GR S~EOLFR HVFROKLGR SDUD R QHJyFLR p R SULPHLUR SDVVR

XP S~EOLFR PDLV KHWHURJrQHR HP WHUPRV ÀQDQFHLURV 'HV-

SDUD GHĂ€QLU D DUTXLWHWXUD GH XPD ORMD ´8PD YH] TXH FDGD

sa forma, clientes de baixo poder aquisitivo hoje possuem

pessoa tem um tipo de necessidade implĂ­cita, dependendo do

maior facilidade para comprar itens considerados mais caros,

produto ou momento, cada um terĂĄ necessidades diferentes:

GH PDUFDV IDPRVDV DVVLP FRPR FRQVXPLGRUHV ´FODVVH $¾ SDV-

conveniência, preço baixo, status, identidade, exclusividade, e

VDUDP D IUHTXHQWDU FDGD YH] PDLV R FRPpUFLR SRSXODU ´3RU

DVVLP SRU GLDQWHÂľ DĂ€UPD <RVKLPXUD

LVVR FODVVLĂ€FDU R S~EOLFR SHODV VXDV QHFHVVLGDGHV QR OXJDU GR

2 HVSHFLDOLVWD HP YDUHMR WDPEpP DFUHVFHQWD TXH DSHVDU GH DOJXQV SURĂ€VVLRQDLV GHVWDFDUHP D LPSRUWkQFLD GD H[SHULĂŞncia da compra, ainda hĂĄ pouca informação sobre como isso 9DORUL]DomR QD H[SRVLomR GH SURGXWRV Voltada para todos os pĂşblicos

FOTOS: CLĂ UDIO YOSHIMURA

PRPHQWR GD FRPSUD

VHX SRGHU GH FRPSUD p EHP PDLV REMHWLYR H HĂ€FLHQWH SDUD GHĂ€QLU FRPR GHYHU VHU D DUTXLWHWXUD GH XPD ORMDÂľ UHFRPHQGD <RVKLPXUD Foco no status e na exclusividade

FOTOS: CLĂ UDIO YOSHIMURA

maio I 2009

rie de fatores que, se bem utilizados em conjunto, resultarĂŁo

por meio da arquitetura, uma sÊrie de informaçþes sobre o


DIFERENCIAIS DEFINEM ESTILO Se o diferencial de uma loja for o preço baixo e a forma de pagamento, sua arquitetura deve ser estimulante e informal, sem confundir com desorganização. Cores vivas e iluminação clara com lâmpadas frias sĂŁo altamente recomendĂĄveis neste caso, eliminando o uso de materiais que sĂŁo sinĂ´nimos de luxo, como mĂĄrmore e metais dourados. Se a aposta do negĂłcio ĂŠ a qualidade, deve-se trabalhar o conceito de preço justo, relacionado Ă mercadoria de credibilidade e prestĂ­gio. “A arquitetura deverĂĄ transmitir, em SRXFRV VHJXQGRV D FRQĂ€DELOLGDGH GRV SURGXWRV e da prĂłpria loja, cabendo utilizar materiais mais durĂĄveis e investir no tema ‘qualidade’ em tudo o que se refere ao investimento, como uniformes, mobiliĂĄrio, iluminação mais focada nos produtos, experimentação, treinamento informativo para os vendedoresâ€?, avalia maio I 2009

Yoshimura, lembrando que esse momento de compra exige evitar a ideia extrema de simplicidade ou de luxo e apostar em

Para a coordenadora de Criação da rede de lojas Tok, Renata

WLĂ€FDU D HPSUHVD HP PHLR D XP PL[ GH HPSUHHQGLPHQWRV

Tornaim, a arquitetura de uma loja tem que respeitar o DNA

seja em shopping ou de rua. Para melhor traduzir o conceito

da marca.“NĂŁo pode ser uma simples cĂłpia de outra loja ou de

de uma loja, ela dĂĄ dicas de alguns signos a serem trabalha-

uma tendĂŞncia arquitetĂ´nica; ela precisa passar a essĂŞncia da

dos na arquitetura do negócio: cores, formas, disposição dos

marca, gerando, assim, experiências satisfatórias�, aponta.

elementos, objetos de decoração e iluminação. “Dessa forma,

ambiente e marca mais facilmente o consumidor poderĂĄ iden-

FOTOS: DIVULGAĂ‡ĂƒO TOK

Marca jovem investe em linguagem moderna

o público-alvo se sente atraído pela loja e a reconhece como parte do seu universo�, analisa.

Organização e simplicidade em loja de grande porte

FOTOS: CLAUIDO YOSHIMURA

5HQDWD DĂ€UPD TXH TXDQWR PDLRU IRU R DOLQKDPHQWR HQWUH

ConexĂŁo Varejo

13

cĂłdigos visuais e sĂ­mbolos da vida saudĂĄvel e do bom gosto.


Especial

Expansão em xeque O grande número de shopping centers instalados, e com previsão de implantação na Capital, em um primeiro momento pode ser traduzido como desenvolvimento e aquecimento do setor, mas esconde, na verdade, uma preocupação latente dos empresårios locais.

S

egundo dados da Fundação de Economia e Estatística

e, em 1994, ganhou o nome de Shopping JoĂŁo Pessoa. Mas,

(FEE), Porto Alegre sofreu um processo de desindus-

talvez tenha ocorrido, em 13 de abril de 1983, na inauguração

trialização relativa no âmbito estadual, nas últimas três

do Iguatemi, o início de um período de grande transformação

maio I 2009

dÊcadas. Em 1970, a Capital gerava 25,88% da produção in-

ConexĂŁo Varejo

14

e que, hoje, estĂĄ em xeque.

dustrial do Rio Grande do Sul; o nĂşmero veio caindo continu-

A Capital do sĂŠculo 21 tem mais de 1,4 milhĂŁo de ha-

adamente, atĂŠ atingir 7,67%, em 2004, uma queda expressiva.

bitantes, conforme estimativa do Instituto Brasileiro de

A partir disso, a dinâmica econômica de Porto Alegre vem

*HRJUDĂ€D H (VWDWtVWLFD ² ,%*( SDUD WHP XP 3URGXWR

sendo, progressivamente, comandada por um complexo de

Interno Bruto (PIB) de aproximadamente R$ 30 bilhĂľes,

serviços. Nesse período, o cenårio do varejo sofreu profun-

conforme cĂĄlculo da FEE; e conta com mais de 14 shop-

das transformaçþes.

pings, em um total de 297.128 m² de à rea Bruta Locåvel

Foi justamente no ano de 1970 que um novo cenĂĄrio co-

(ABL), ocupando a 4ª posição entre as capitais em número

meçou a ser desenhado no varejo porto-alegrense, com a

de estabelecimentos e a 3ÂŞ em ABL, segundo dados da As-

inauguração do Centro Comercial de Porto Alegre (locali-

VRFLDomR %UDVLOHLUD GH 6KRSSLQJV &HQWHUV ² $EUDVFH

zado na Avenida JoĂŁo Pessoa). Na dĂŠcada de 80, o empreen-

Esses nĂşmeros nĂŁo param de crescer. Uma sĂŠrie de empre-

dimento passou a se chamar Centro Comercial JoĂŁo Pessoa,

endimentos e projetos de ampliação dos jå instalados estå em andamento. Serão 16 obras, entre expansão e criação de centros de consumo nos próximos dois anos. Somados, 11


shoppings e hipermercados devem atingir investimentos da

verdade, uma preocupação latente dos empresårios locais.

ordem de mais de R$ 860 milhĂľes atĂŠ 2010, e gerar 13 mil

Porto Alegre tem espaço para tantos centros comerciais? A

empregos com a abertura de 1,1 mil novas lojas e tambĂŠm

renda mÊdia dos responsåveis pelos domicílios da Capital –

de escritĂłrios. Entre os novos pontos estĂŁo previstos o Alto

que, conforme dados do anuĂĄrio 2007 da Prefeitura de Porto

Norte Shopping e o Centro Comercial Centerlar, ambos na

Alegre, ĂŠ de 9,93 salĂĄrios mĂ­nimos - viabiliza o aquecimento

Avenida Assis Brasil. TambÊm se destacam as construçþes

dos negócios em tantos pontos de venda? Qual o preço a ser

do Shopping Belvedere (na Rua Salvador França), do Flores-

pago pelo comĂŠrcio de rua?

ta Shopping Center, do Bourbon Shopping Francisco Trein,

Para Bins Ely, o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano

do Shopping 24 de Outubro, e do Carrefour da Avenida

$PELHQWDO ² 3''8$ GHĂ€QH R ]RQHDPHQWR GH DWLYLGDGHV HP

SertĂłrio. Entre os jĂĄ estabelecidos, os shoppings Moinhos,

vias que se entende terem vocação para um comÊrcio mais

Iguatemi, Total, Praia de Belas e Bourbon Ipiranga jĂĄ anuncia-

forte, mas a preferĂŞncia por shoppings ou comĂŠrcio de rua

ram sua ampliação.

ainda ĂŠ regulamentada pelo mercado. Segundo ele, “cabe ao agente pĂşblico buscar o progresso sem comprometer a qua-

de expansão do Bourbon Ipiranga e as construçþes do

As alteraçþes no Plano Diretor da cidade, que deve ser

Centerlar e Bourbon Shopping Francisco Trein. Os demais

votado atÊ o setembro pela Câmara de Vereadores, segundo

estão em avaliação.

o presidente da ComissĂŁo Especial de RevisĂŁo do PDDUA,

O que, em um primeiro momento, pode ser traduzido

YHUHDGRU -RmR $QWRQLR 'LE 33 QmR GHYHUmR GLĂ€FXOWDU RV

como desenvolvimento e aquecimento do setor, esconde, na

projetos destes novos centros de comĂŠrcio, desde que estes

maio I 2009

lidade de vida das pessoas�.

15 ConexĂŁo Varejo

De acordo com o secretĂĄrio municipal de Planejamento, FĂĄbio Bins Ely, jĂĄ estĂŁo aprovados na prefeitura o projeto


atendam Ă s exigĂŞncias quanto ao impacto ambiental e de vizi-

A desaceleração econômica, iniciada no terceiro trimestre

nhança. Uma emenda sugerida pelo vereador Nereu D’Avila

de 2008, tambĂŠm fez com que a disputa de mercados se acir-

(PDT) - que garante aos empreendimentos de uso pĂşblico,

rasse cada vez mais. Para Kruse, Porto Alegre estĂĄ saturada e

como hospitais, estådios de futebol e shoppings, a aplicação

nĂŁo hĂĄ mercado para tantos empreendimentos. “A economia

do Ă­ndice construtivo do projeto original aos terrenos do

deu uma desaquecida e, por consequĂŞncia, o pĂşblico das clas-

entorno em caso de expansão - viabilizarå as intençþes de

ses C e D, que vinha aumentando o seu poder de consumo,

crescimento do Praia de Belas e do Iguatemi.

passou a se retrair. O movimento dos shoppings se estabilizou, portanto a abertura dos novos shoppings deve apenas

Impacto econĂ´mico Para o titular da Secretaria Municipal de IndĂşstria e ComĂŠrcio, Idenir Cecchim, alĂŠm das questĂľes de infraestrutura e meio ambiente, o equilĂ­brio tem que ser tambĂŠm econĂ´mico. “Precisamos começar a discutir o impacto da vizinhança, nĂŁo sĂł ambiental, mas tambĂŠm o impacto econĂ´mico no comĂŠrcio que jĂĄ estĂĄ estabelecidoâ€?, ressalta. AlĂŠm do mais, o secretĂĄrio ressalta a importância do comĂŠrcio de rua e sua caracterĂ­stica de proximidade e calor humano junto Ă clientela, que deve ser preservado. “Os varejistas de rua sĂŁo os maio I 2009

SLODUHV GR FRPpUFLR GH 3RUWR $OHJUHÂľ GHĂ€QH

ConexĂŁo Varejo

16

Cecchim lembra que a administração municipal realiza audiĂŞncias pĂşblicas para discutir a instalação de empreendimentos. “Cada novo shopping impĂľe grande impacto no or-

dividir o mercadoâ€?, analisa. Para Manoel Pimentel, proprietĂĄrio de sete lojas da rede O BoticĂĄrio, sendo cinco em shoppings da Capital, a multiplicação dos empreendimentos – considerando instalados e anunciados – cria uma sobreposição de oferta. “O mercado ĂŠ uma coisa particular; no segmento em que eu me situo hĂĄ uma demanda crescente, mas para o varejo em geral, o crescimento populacional e de renda nĂŁo acompanha o aumento do nĂşmero de empreendimentos. Percebe-se uma canibalização entre elesâ€?, analisa. O empresĂĄrio acredita que, apesar de elevar os custos, para seu tipo de negĂłcio ĂŠ importante marcar presença nesses centros comerciais. â€œĂ‰ uma questĂŁo de estratĂŠgia, mas depende das possibilidades de cada umâ€?, diz.

çamento dos comerciantes. Se esse custo aumentar muito para o nosso comerciante, se ele abrir muitas portas sem

“Varejo ĂŠ complementarâ€?

aumentar mercado, serĂĄ prejudicado. Muitas vezes, corremos

Para a Iguatemi Empresa de Shopping Centers – IESC, a

o perigo de perder este lojista em função de todos os outros

economia brasileira vai bem. Segundo o presidente da em-

HPSUHHQGLPHQWRVÂľ DĂ€UPD

presa, Carlos Jereissati, as previsĂľes do mercado interno sĂŁo

Paulo Kruse, proprietĂĄrio da rede de lojas de roupas fe-

positivas, “portanto nĂŁo hĂĄ motivos para prorrogar nenhum

mininas Patchwork, com sete lojas e presença garantida nos

projeto anunciado�. Entre as obras em andamento, estå a

SULQFLSDLV VKRSSLQJV VDEH QD SUiWLFD DV GLĂ€FXOGDGHV GH LQVHU-

expansĂŁo do Shopping Praia de Belas, com um investimento

ção nesse mercado – que, segundo pesquisas, tem 80% de

de mais de R$ 86 milhþes, que contempla a criação de duas

insucesso na primeira operação –, entre eles, os altos custos

torres de escritórios, em um total de 300 salas – explorando

de investimento para a instalação de unidades nesses em-

o aquecimento do mercado imobiliĂĄrio –, alĂŠm da renovação

preendimentos. “A obra custa em torno de R$ 2 mil por m²,

da fachada, novos restaurantes, um edifĂ­cio garagem, 80 novas

alÊm do valor das luvas – fundo de comÊrcio no mercado de

lojas, cinemas e teatros no terceiro andar e outras 10 ope-

Porto Alegre, que varia de R$ 2 mil a R$ 3 mil�, revela.

raçþes no tÊrreo. Para ele, a novidade do Praia de Belas Ê

O empresårio, tambÊm Diretor Administrativo do Sindilojas POA, ressalta que experiência Ê fundamental para manter a operação em um shopping, por isso aconselha que os lojis-

D RSomR SHOR XVR PLVWR D DSRVWD QD GLYHUVLĂ€FDomR QR OD]HU que envolve toda a famĂ­lia. “A oferta de varejo atualmente ĂŠ FRPSOHPHQWDUÂľ DĂ€UPD

tas busquem suporte no Sindicato. Mas ĂŠ preciso se planejar

“Talvez nĂŁo haja espaço para um novo empreendimento

e preparar o bolso.“HĂĄ um tempo de maturação no Shopping

em qualquer outro lugar, mas na regiĂŁo em que o Praia de

em que os lojistas deverĂŁo ter um bom capital para aguardar

Belas estĂĄ instalado existe muito crescimento: a verticaliza-

os resultados, que demoram um pouco para aparecer. Esse

ção, o adensamento. Tudo isso ajuda a criar uma demanda de

retorno pode levar de um a três anos�, explica.

utilização da base instaladaâ€?, conclui Jereissati.


FOTO: MILTON MORAES

Tributos por Eduardo Plastina*

BenefĂ­cios tributĂĄrios aos doadores

D

Imposto de Renda devido nos casos de serem realizadas a

WDo}HV SRU SDUWH GH HQWLGDGHV VHP ÀQV OXFUDWLYRV

Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente, de âmbito

para que as pessoas fĂ­sicas e jurĂ­dicas realizem do-

nacional, estadual ou municipal.

Do}HV GH GLQKHLUR HP SURO GH DOJXP SURMHWR RX ÀQDOLGDGH

1D KLSyWHVH GDV SHVVRDV MXUtGLFDV SRU VHX WXUQR Ki EDVLFD-

social ou educacional por elas desempenhados. NĂŁo raro,

mente quatro tipos de modalidades de doaçþes incentivadas:

tambĂŠm, sĂŁo os empresĂĄrios que desejam, independente de

a) aquelas aos Fundos dos Direitos da Criança e do Adoles-

SHGLGR HVSHFtÀFR FRQWULEXLU SHFXQLDULDPHQWH QR ÀQDQFLD-

cente, que possibilitam dedução atÊ o limite de 1% (um por

mento das atividades de alguma entidade social ou educacio-

cento) do imposto de renda devido; b) aquelas Ă s entidades

nal ou mesmo de algum fundo, cujo capital se destine a causas

civis que prestam serviços gratuitos de utilidade pública e a

consideradas nobres.

Organizaçþes da Sociedade Civil de Interesse Público (Os-

Normalmente, porÊm, essas contribuiçþes ocorrem sem

cips), que permitem a dedução como despesa operacional atÊ

TXH RV GRDGRUHV FRQKHoDP DV HYHQWXDLV YDQWDJHQV ÀVFDLV GH

o limite de 2% do lucro operacional da empresa; c) aquelas Ă s

tais doaçþes. A dúvida mais comum, na espÊcie, Ê relacionada

instituiçþes de ensino e pesquisa, que autorizam a dedução

a quais entidades ou fundos podem receber doaçþes, quais

de atĂŠ 1,5% do lucro operacional; e d) aquelas a projetos cul-

HVSpFLHV GH GRDo}HV JHUDP EHQHItFLRV ÀVFDLV H VREUHWXGR

turais, devidamente aprovados na forma da regulamentação

se ĂŠ qualquer pessoa, fĂ­sica ou jurĂ­dica, que pode doar com

do Programa Nacional de Apoio Ă Cultura, que possibilitam a

vantagens tributĂĄrias, ou apenas algumas delas.

dedução de atÊ 4% do imposto devido.

Dentro da legislação brasileira, hå, basicamente, dois trata-

9DOH QRWDU SRU ÀP TXH QmR p TXDOTXHU HPSUHVD TXH SRGH

mentos gerais de caråter diverso para as doaçþes, conforme

utilizar tais benefícios, uma vez que, pela legislação tributåria,

se trate o doador de pessoa fĂ­sica ou jurĂ­dica. No caso das

apenas as submetidas ao lucro real têm condiçþes de deduzir

pessoas fĂ­sicas, devem-se diferenciar, necessariamente, as es-

os valores doados. Com isso, encontram-se alijadas dessas

pÊcies de doaçþes. Por um lado, não hå a possibilidade de

vantagens tributĂĄrias as pessoas jurĂ­dicas submetidas ao lu-

deduzir do imposto sobre a renda a doação efetuada a quais-

cro presumido e ao Simples Nacional, as quais, ao realizarem

TXHU WLSRV GH HQWLGDGHV VHMDP HODV GH FDUiWHU ÀODQWUySLFR

doaçþes, o fazem sem estarem autorizadas a utilizarem-se de

educacional ou de assistĂŞncia social, mesmo as reconhecidas

TXDLVTXHU EHQHItFLRV ÀVFDLV

como de utilidade pública; por outro lado, autoriza-se a dedução das doaçþes realizadas atÊ o limite de 6% do valor do

* SĂłcio do escritĂłrio Pereira, Silva, Plastina, Souza, Berger e SimĂľes Advogados

17 ConexĂŁo Varejo

iversas e cada vez mais frequentes sĂŁo as solici-

maioII2009 abril 2009

Normalmente as contribuiçþes ocorrem sem que os doadores conheçam as eventuais vantagens fiscais de tais doaçþes.


GestĂŁo

Qual a hora de expandir? É preciso conhecer bem o mercado e tomar alguns cuidados essenciais pra a abertura de uma filial, para que ela não se torne um risco.

uando uma loja obtĂŠm bons resultados, logo vem

VRU H FRQVXOWRU GD )XQGDomR *HW~OLR 9DUJDV )*9 5REVRQ

a ideia de expansão dos negócios. A instalação

*RQoDOYHV XP SURMHWR FRQVHUYDGRU GH H[SDQVmR ´H[LJH TXH

GH ÀOLDLV QRUPDOPHQWH p R FDPLQKR 1R HQWDQWR

a rede esteja madura e o capital investido atĂŠ o momento

existem alguns fatores a serem analisados antes de o empre-

HVWHMD FRPSOHWDPHQWH DPRUWL]DGRÂľ *RQoDOYHV HQIDWL]D TXH

sĂĄrio investir nessa ideia. O importante ĂŠ nĂŁo se deixar levar

QD KRUD GH DEULU XPD ÀOLDO GHYH VHU OHYDGD HP FRQVLGHUDomR D

pelo impulso.

taxa de crescimento esperada do mercado na regiĂŁo da nova

maio I 2009

Q

ConexĂŁo Varejo

18

´$ HPSUHVD SUHFLVD LQLFLDOPHQWH YHULĂ€FDU D YLDELOLGDGH

ORMD H DV FRQGLo}HV GH ÀQDQFLDPHQWR GR LQYHVWLPHQWR QHFHV-

PHUFDGROyJLFD GR VHX QHJyFLR H D VD~GH ÀQDQFHLUD H WpFQLFD

ViULR ´$OJXPDV HPSUHVDV VH DIRJDP HP GtYLGDV SDUD DPSOLDU

da empresa�, explica o diretor executivo do Instituto Brasi-

suas redes e acabam nĂŁo obtendo o retorno necessĂĄrio para

OHLUR GH *HVWmR GH 1HJyFLRV ,%*(1 0iUFLR GH 6RX]D 3LUHV

SDJDU R LQYHVWLPHQWRÂľ DĂ€UPD

2 HVSHFLDOLVWD DĂ€UPD TXH QmR Ki XP PRPHQWR FODVVLĂ€FDGR

$ RULHQWDomR p VHSDUDU D HPRomR GD UD]mR H YHU D QHFHV-

como “idealâ€? para investir na expansĂŁo do negĂłcio. “Tudo

VLGDGH GH VH DEULU XPD QRYD ORMD TXDLV DV YDQWDJHQV H ULVFRV

depende do caso de cada empreendedor, das oportunidades

0pWRGRV FRPR SHVTXLVD GH PHUFDGR H PRQLWRUDPHQWR GH

TXH VXUJHP GR SHUÀO GR QHJyFLR GD VD~GH ÀQDQFHLUD GD HP-

FRQFRUUrQFLD VHUYHP GH DOLDGRV FRPR EDVH GH HVWXGR 2 FiO-

presa e da maturidade do gestor�, analisa. Outro exemplo Ê

FXOR GH LQYHVWLPHQWR QHFHVViULR DWp TXH D ÀOLDO VH VXVWHQWH

TXDQGR VH WRUQD ÀVLFDPHQWH LPSRVVtYHO DPSOLDU R HVSDoR GD

dependerå do objetivo traçado.

loja e o empresårio começa a perder vendas.

´6H D Ă€OLDO WHP LPSRUWkQFLD HVWUDWpJLFD p QDWXUDO DFHLWDU

O planejamento ĂŠ fundamental para evitar o risco de a

XP SHUtRGR GH UHFXSHUDomR GR LQYHVWLPHQWR PDLV ORQJR

Ă€OLDO OHYDU D HPSUHVD j IDOrQFLD 'H DFRUGR FRP R SURIHV-

3RU RXWUR ODGR VH p XP SURFHVVR TXH YLVD DPSOLDU D UHQWDELOLGDGH GH WRGD D HPSUHVD HP FXUWR SUD]R HQWmR p SUHFLVR EXVFDU UHVXOWDGRV UDSLGDPHQWH (VWH SHUtRGR QR TXDO D Ă€OLDO DLQGD QmR VH VXVWHQWD p SDUWH GR SUHoR GH HQWUDGDÂľ alerta Gonçalves. A partir da instalação da crise econĂ´mica munGLDO D WHQGrQFLD p D GHVDFHOHUDomR QR ULWPR GDV YHQGDV H FRQVHTXHQWHPHQWH GRV SURMHWRV GH expansĂŁo. O professor da FGV dĂĄ a dica: â€œĂ‰ preIHUtYHO HVSHUDU R DPELHQWH HFRQ{PLFR PHOKRUDU AtĂŠ lĂĄ, vale a pena aproveitar para arrumar a casa e DJXDUGDU Âľ Ă€QDOL]D


FOTO: DIVULGAÇÃO

Relação Trabalhista

por Eduardo Caringi Raupp*

A natureza jurídica do aviso prévio indenizado Sindilojas POA impetrou Mandado de Segurança Coletivo e obteve liminar na Justiça Federal que beneficia associadas da entidade.

dação. Dispõe o referido artigo que se entende por salário-

de 2009, suscitou grande polêmica a respeito da

de-contribuição somente os “rendimentos pagos, devidos ou

incidência da contribuição previdenciária sobre o

creditados a qualquer título, durante o mês, destinados a retribuir o trabalho”.

“f” do inciso V do parágrafo 9º do artigo 214 do Regulamen-

A expressão utilizada pelo legislador, “destinados a retri-

to da Previdência Social, o qual expressamente previa o aviso

buir o trabalho”, atrai a ilação lógica de que as parcelas de

prévio indenizado como verba não integrante do salário-de-

natureza indenizatória não integram o salário-de-contribui-

contribuição, que, por sua vez, é a base de cálculo da contri-

ção. In casu, o aviso prévio indenizado, como a própria de-

buição previdenciária sobre a folha de salários (INSS).

nominação sugere, é uma parcela de natureza indenizatória,

Prima facie, poder-se-ia cogitar que, de acordo com a nova

na medida em que não está retribuindo o trabalho (conceito

regulamentação, revogada a expressa vedação no Regulamen-

de salário-de-contribuição), mas tão somente indenizando o

to da Previdência Social, seria possível a exigência do INSS

período de aviso prévio que o empregador optou por não

sobre o aviso prévio indenizado. Essa é a orientação adotada

usufruir da prestação de serviços.

pela Receita Federal. Tal conclusão, todavia, em nosso enten-

Sustentado nestes argumentos, o Sindilojas POA impe-

der é juridicamente frágil. O estudo mais profundo, e a inter-

trou Mandado de Segurança Coletivo na representação de

pretação constitucional sistemática das normas que presidem

seus associados (MS Nº 2009.71.00.012599-0/RS). Já em

a matéria revela exatamente o contrário.

sede liminar a segurança foi concedida pelo Exmo. Juiz

O artigo 28 da Lei 8212/91, com efeito, assim conceitua o

Federal Leandro Paulsen para “determinar que a Receita

salário-de-contribuição para o empregado:“(...) a remuneração

Federal se abstenha de exigir os recolhimentos das contri-

auferida em uma ou mais empresas, assim entendida a totalida-

buições previdenciárias do empregador e do empregado,

de dos rendimentos pagos, devidos ou creditados a qualquer

incidentes sobre o aviso prévio indenizado, nas rescisões

título, durante o mês, destinados a retribuir o trabalho, (...)”

de contrato de trabalho promovidas pelas empresas asso-

Nota-se, portanto, que integram o salário-de-contribuição

ciadas à entidade”.

apenas as parcelas de natureza remuneratória. O simples fato

Por cautela, sugerimos que as empresas, em ação própria,

do Decreto 6.727/09 excluir o aviso prévio do rol previsto

procedam ao depósito judicial dos valores discutidos, tanto a

no inciso V do § 9º do art. 214 do Regulamento da Previdên-

parcela devida pelo empregador quanto a parcela a ser retida

cia Social não é o bastante para alterar sua natureza jurídica,

do empregado. Em assim procedendo, evitam o fomento de

que lhe é imanente. Como no poema de Drummond de An-

um possível passivo tributário caso ocorra futura reversão

drade, “as leis não bastam, os lírios não nascem da lei”.

do provimento judicial.

Mesmo com a alteração legislativa promovida, o inciso I do artigo 28 da Lei 8.212/91 permanece com a mesma re-

*Advogado do escritório Flávio Obino Fº Advogados Associados

maio I 2009

aviso prévio indenizado. A indigitada norma revogou a alínea

19 Conexão Varejo

A

recente edição do Decreto 6.727, de 12 de janeiro


Entrevista

O Rio Grande do futuro Diretor executivo da Agenda 2020, Ronald Krummenauer ĂŠ um dos lĂ­deres responsĂĄveis pelo movimento que busca reformar a visĂŁo do Estado.

maio I 2009

E ConexĂŁo Varejo

20

m 2005, quando um grupo de lĂ­deres do Rio Grande

DFUHGLWD TXH p DWUDYpV GD XQLmR TXH VH GHUUXEDP REVWiFXORV H VH

do Sul se questionou sobre o futuro que cada um de-

conquistam objetivos. Nesta entrevista, ele fala sobre as principais

sejava para o Estado, as respostas foram pouco escla-

Do}HV GD $JHQGD H RV SUy[LPRV SDVVRV GR PRYLPHQWR

recedoras. Um ano depois, cerca de 850 pessoas – entre tra-

Conexão Varejo - Quais os avanços jå realizados em

balhadores, professores, empresĂĄrios, sindicalistas, membros

nome da Agenda 2020?

GR SRGHU S~EOLFR H SURĂ€VVLRQDLV OLEHUDLV ² VH UHXQLUDP SDUD SURPRYHU XPD JUDQGH UHĂ H[mR VREUH D VHJXLQWH SHUJXQWD Qual o Rio Grande que queremos? Nascia, assim, a Agenda 2020 (www.agenda2020.org.br).

Krummenauer - A Agenda articula para que projetos e açþes aconteçam com mais rapidez e menos burocracia. AsVLP SURMHWRV GH (GXFDomR FRPR D ,QWHJUDomR GD 2IHUWD H 'HPDQGD GD (GXFDomR 3URĂ€VVLRQDO VmR GHEDWLGRV H HVWXGD-

'LUHWRU H[HFXWLYR GR PRYLPHQWR GHVGH 5RQDOG

GRV EHP FRPR R SURMHWR GH 8QLYHUVDOL]DomR GD (GXFDomR

Krummenauer ĂŠ o homem por trĂĄs dos planos e projetos que

BĂĄsica de Qualidade. A Agenda 2020 tambĂŠm trabalha com

buscam transformar o Rio Grande no melhor estado do PaĂ­s

D DPSOLDomR GD SLVWD GR $HURSRUWR 6DOJDGR )LOKR D PRGHUQL-

para se viver e trabalhar atĂŠ 2020. No entanto, para o tambĂŠm

]DomR GD -XQWD &RPHUFLDO GR 56 H FRP R OHYDQWDPHQWR GRV

GLUHWRU H[HFXWLYR GD 21* 3ROR 56 ² $JrQFLD GH 'HVHQYROYL-

DWLYRV VRFLDLV HP QRVVR (VWDGR 6mR GH]HQDV GH SURMHWRV FRP

PHQWR R FHQWUR GH WRGD D PRELOL]DomR HP WRUQR GD $JHQGD

XP JUDQGH REMHWLYR WRUQDU R 5LR *UDQGH GR 6XO R PHOKRU

VmR RV YROXQWiULRV SURĂ€VVLRQDLV GH WRGRV RV VHWRUHV GD

Estado para se viver e trabalhar atĂŠ o ano de 2020.

VRFLHGDGH WDPEpP FKDPDGRV GH ´DUWHVmRV GR IXWXUR¾ Mais do que o foco na economia, a Agenda 2020 trabalha aspectos de relevância para a sociedade, como questþes culturais, sociais, alÊm das que envolvem o sistema político, legislativo e judiciårio, entre outras. Desde o iníFLR GR WUDEDOKR PDLV GH LQVWLWXLo}HV H PLO YROXQtårios contribuíram com a trajetória do movimento, que conta atualmente com o apoio de 120 entidades e 300 voluntårios, os quais dedicam parte de seu tempo para as

Conexão Varejo - Qual a importância e o objetivo do Fórum de Gestão? Krummenauer - $V GHFLV}HV HVWUDWpJLFDV VmR OHYDGDV DR )yUXP GH *HVWmR TXH p VHPHOKDQWH DR SDSHO GH XP FRQVHOKR GH DGPLQLVWUDomR GH XPD HPSUHVD RX HQWLGDGH 3RU H[HPSOR IRL HP XP )yUXP GH *HVWmR TXH IRL WRPDGD D GHFLVmR GH incluir novos fóruns temåticos na Agenda 2020.

reuniĂľes de fĂłruns temĂĄticos do movimento. Com passagens importantes por entidades como o Servi-

ConexĂŁo Varejo - Quantos fĂłruns jĂĄ ocorreram atĂŠ o

ço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no Rio Grande do

momento e o que foi discutido?

Sul (Sebrae/RS) e pelo Grupo Isdra, Ronald Krummenauer ĂŠ um

Krummenauer - -i IRUDP UHDOL]DGRV GH QRYH D GH] IyUXQV

DGPLQLVWUDGRU TXH QmR OXWD DSHQDV SHOR LGHDO TXH GHIHQGH PDV

GH JHVWmR H WHPRV FRPR PHWD UHDOL]DU GRLV HQFRQWURV DQXDLV


para aprovação de planos e decisþes estratÊgicas. Os fóruns

sociados, o Sindilojas jĂĄ contribui enormemente para a Agenda

temĂĄticos, que sĂŁo os responsĂĄveis por desenvolver os pro-

2020 conquistar uma adesĂŁo crescente da sociedade, aumen-

jetos, se reĂşnem quinzenalmente.

tar o nĂşmero de voluntĂĄrios e interiorizar o movimento.

Conexão Varejo - Qual a importância do trabalho dos

ConexĂŁo Varejo - Quais as expectativas e projetos

voluntĂĄrios?

para 2009 e 2010?

Krummenauer - SĂŁo centenas de homens e mulheres que,

Krummenauer - O grande objetivo ĂŠ propagar cada vez

desde o inĂ­cio desse trabalho, participam com seus talentos

mais o movimento. É ter a sociedade gaúcha como protago-

e suas competĂŞncias. Os voluntĂĄrios agregaram a esse mo-

nista do seu prĂłprio futuro. A uniĂŁo por meio dos objetivos

vimento as caracterĂ­sticas essenciais Ă existĂŞncia da Agenda

comuns da entre a chamada sociedade civil organizada e o

2020, fornecendo energia e alma.

poder público Ê que pode fazer a diferença para o futuro GR (VWDGR $V JUDQGHV YLUDGDV TXH DFRQWHFHUDP QR PXQGR

ConexĂŁo Varejo - Quais sĂŁo as nove regiĂľes funcionais

tiveram esses atores como protagonistas.

do interior do Estado e de que forma elas contribuem com o movimento “O Rio Grande que Queremosâ€?? Krummenauer - 3DUD Ă€QV GH SODQHMDPHQWR RV &RUHGHV ² &RQVHOKRV 5HJLRQDLV GR 'HVHQYROYLPHQWR (FRQ{PLFR H

3OXULDQXDO 3RU H[HPSOR D 5HJLmR )XQFLRQDO p IRUPDGD SRU FLQFR &RUHGHV XP WRWDO GH PXQLFtSLRV 3DUDQKDQD (QFRVWD GD 6HUUD 9DOH GR 5LR GRV 6LQRV 9DOH GR &Dt &HQWUR 6XO H 0HWURSROLWDQR 'HOWD GR -DFXt 2V &RUHGHV VmR

21 ConexĂŁo Varejo

tituindo-se nas escalas de regionalização do Plano

maio I 2009

6RFLDO ² IRUDP DJUHJDGRV HP QRYH 5HJL}HV )XQFLRQDLV FRQV-

grandes colaboradores da Agenda 2020 desde o inĂ­cio do movimento.

ConexĂŁo Varejo - Existe alguma ação destiQDGD HP HVSHFtĂ€FR DR FRPpUFLR YDUHMLVWD" Krummenauer - 1R IyUXP WHPiWLFR 'HVHQvolvimento de Mercado, o projeto InteligĂŞncia &RPHUFLDO &RPSHWLWLYD LPSOLFD LQGLUHWDPHQWH no setor varejista, na ĂĄrea de turismo e outros setores, pois sugere mudanças e inclusĂľes na Nomenclatura Brasileira de Serviços. TambĂŠm neste mesmo fĂłrum ĂŠ tratada a questĂŁo fundamental do empreendedorismo, as cadeias produtivas, a capacitação empresarial e as redes de cooperação.

como o Sindilojas podem contribuir com a Agenda 2020? Krummenauer - AtravÊs da divulgação entre as-

FOTOS: MILTON L. MORAES

ConexĂŁo Varejo - De que forma entidades


Associadas

&DUORV (GXDUGR %DXHU LQYHVWH HP FDSDFLWDomR WpFQLFD H WHFQRORJLD

Minuto de sucesso 4XHP TXLVHU DJLOLGDGH TXDOLGDGH H FRQĂ€DQoD HP PROGXUDV HP 3RUWR $OHJUH GHYH FRQKHFHU D 0ROGXUD 0LQXWR 6KRSSLQJ ,JXDWHPL ORMD $ IUDQTXLD LQVWDODGD QD &DSLWDO VR LPSODQWDGR QR %UDVLO HP HP 6mR 3DXOR SHOR GHQWLVWD $QWRQLR &DUORV 9LHJDV )LOKR DSyV PRUDU QD (XURSD H FRQKHFHU R VLVWHPD Atualmente, a rede, com 42 lojas em nove estados brasileiros, e uma tambĂŠm em AsVXQomR QR 3DUDJXDL WUDEDOKD FRQIRUPH %DXHU FRP XPD PHWRGRORJLD GH PRQWDJHP GH

FOTOS: MILTON L. MORAES

HP SRU &DUORV (GXDUGR %DXHU WUDEDOKD FRP R FRQFHLWR GH HPROGXUDPHQWR H[SUHV-

PROGXUDV TXH SHUPLWH D HQWUHJD GR SURGXWR HP DWp XPD KRUD 6HJXQGR R HPSUHViULR D SULQFLSDO FRQTXLVWD GD ORMD QHVVHV GRLV DQRV IRL R UHFRQKHFLPHQWR GR S~EOLFR FRQVXPLGRU HP UHODomR j TXDOLGDGH GRV VHUYLoRV SUHVWDGRV H GRV SURGXWRV GD 0ROGXUD 0LQXWR ´(QWUDU HP XP PHUFDGR RQGH H[LVWHP HPSUHVDV WUDGLFLRQDLV H FRQVROLGDGDV H[LJH XPD GRVH H[WUD GH HVIRUoR¾ DYDOLD $ HPSUHVD DWXD FRP DOWD FDSDFLWDomR WpFQLFD LQIUDHVWUXWXUD LQIRUPDWL]DGD YDULHGDGH GH SURGXWRV H PDWpULD SULPD GH TXDOLGDGH

ConexĂŁo Varejo

22

FD RIHUHFH FDL[DV ' YLGURV HVSHFLDLV HVSHOKRV FULVWDLV S{VWHUHV H LPDJHQV LPSRUWDGRV H SRUWD UHWUDWRV HQWUH RXWURV SURGXWRV

Caso de confiança

0DULD $OLFH WUDEDOKD SDUD ÀGHOL]DU FOLHQWHV

“Nosso cliente ĂŠ nosso maior patrimĂ´nio.â€? É dessa forma que a empresĂĄria Maria $OLFH 'HLPLTXHL GD 6LOYD SURSULHWiULD GD &RQĂ€DQoD (TXLSDPHQWRV SDUD (VFULWyULRV 5XD )DEUtFLR 3LOODU Qž GHĂ€QH D LPSRUWkQFLD GD FRQTXLVWD H GD Ă€GHOL]DomR GRV FOLHQWHV $ HPSUHVD LQDXJXUDGD HP SRU 0DULD $OLFH H VHX PDULGR 5REHUWR FRPSOHWRX DQRV QR ~OWLPR PrV GH PDLR 5REHUWR DWXD QDV iUHDV GH YHQGDV H GH DWHQGLPHQWR $ GHGLFDomR DR FOLHQWH p GHVWDTXH QD HPSUHVD $ HPSUHVD RIHUHFH PDLV GH PLO LWHQV HQWUH PDWHULDO GH HVFULWyULR SDSHODULD H LQIRUPiWLFD 2V SURGXWRV PDLV VROLFLWDGRV VHJXQGR D SURSULHWiULD VmR FDUWXFKRV GH WLQWD SDUD LPSUHVVRUDV H WRQHU ´(VWDPRV VHPSUH DWHQWRV jV QRYLGDGHV H D ODQoDPHQWRV GH novas impressoras, por exemplo, para garantir nosso estoqueâ€?, analisa. $ PHWD SDUD GD &RQĂ€DQoD (TXLSDPHQWRV SDUD (VFULWyULRV p FRQWLQXDU FRQTXLVWDQdo clientes e ampliar o seu mix de produtos. Maria Alice destaca TXH R ERP DWHQGLPHQWR JDUDQWLGR SHOD DWHQomR HVSHFLDO GDGD DRV clientes pela equipe de trĂŞs colaboradores, ĂŠ o maior diferencial da loja. Para a empresĂĄria, o apoio de entidades como o Sindilojas ĂŠ funFOTOS: MILTON L. MORAES

fevereiro I 2009

IDWRUHV TXH FRQTXLVWDP H VDWLVID]HP FOLHQWHV $OpP GH PDLV GH UHIHUrQFLDV GH PROGXUDV VHQGR PRGHORV H[FOXVLYRV GD PDU-

GDPHQWDO HVSHFLDOPHQWH HP UHODomR j iUHD MXUtGLFD ´e PXLWR ERP saber que temos alguĂŠm ao nosso ladoâ€?, conclui.

(QWUH RV SURMHWRV SDUD HVWH DQR HVWi D DPSOLDomR GR PL[ GH SURGXWRV


AtĂ­lio ressalta marca forte e rede consolidada

Associadas

FOTOS: DIVULGAĂ‡ĂƒO MANLEC

HistĂłria de Empreendedorismo A Manlec nasceu como uma pequena fĂĄbrica de mĂłveis no bairro Bom Fim, em 1953. Em 1960, a fĂĄbrica foi instalada na Av.Assis Brasil, 2332, bairro Passo D’Areia, em um prĂŠdio amplo que permitiu o aumento da produção. O endereço se mantĂŠm como o da matriz da rede.A aceitação dos produtos encorajou os diretores a abrirem, em 1967, a primeira Loja Manlec, nome fantasia, formado pelas trĂŞs primeiras letras dos sobrenomes de seus fundadores, AtĂ­lio Manzoli e Felipe Lechtman. Estava selado o destino e o sucesso da marca. Aos poucos, a loja ampliou seu mix de produtos, incorporando mĂłveis de outros fabricantes, alĂŠm de eletrodomĂŠsticos, eletroeletrĂ´nicos, bazar, informĂĄtica, camping e bicicletas, entre outros. A Manlec conta com 39 lojas, sendo 26 em Porto Alegre e regiĂŁo Metropolitana, e as demais instaladas em 12 cidades do interior, alĂŠm de uma loja virtual (www.manlec.com.br). ´$ 0DQOHF HQWHQGH D OLQJXDJHP GH VHXV FOLHQWHV H DVVLP FRQVWUXLX XPD PDUFD IRUWH H XPD UHGH DFUHGLWDGD H VyOLGDÂľ DĂ€UPD R diretor comercial da rede, AtĂ­lio Manzoli Jr. $OpP GR DSRLR GH FRODERUDGRUHV UHVSRQViYHLV SHOR DWHQGLPHQWR SHUVRQDOL]DGR HOH DĂ€UPD TXH R GLIHUHQFLDO GD PDUFD p D FRQVWDQWH EXVFD SHOD TXDOLGDGH EHP FRPR DV OLQKDV GH FRPXQLFDomR iJHLV H HĂ€FLHQWHV GH IRUPD D FDSWDU DV QHFHVVLGDGHV do consumidor. “TambĂŠm fomos pioneiros nacionais na realização de promoçþes de alto impacto e grande receptividade, com VLJQLĂ€FDWLYR UHVXOWDGR QDV YHQGDVÂľ GHVWDFD R GLUHWRU 3DUD HVWH DQR R REMHWLYR p LQYHVWLU DLQGD PDLV QD TXDOLĂ€FDomR GRV VHXV maio I 2009

recursos humanos, alĂŠm de desenvolver e aprimorar as operaçþes nas lojas. Em relação ao Sindilojas, AtĂ­lio Manzoli Jr. explica a importância da interatividade com representantes da classe: “O Sindilojas tem um papel de extrema relevância para a atividade YDUHMLVWD SHoD FKDYH GR VLVWHPD GH FRPHUFLDOL]DomR GH EHQV H VHUYLoRV TXH PRYH D HFRQRPLD QDFLRQDOÂľ GHĂ€QH

ConexĂŁo Varejo

23

Tumelero ĂŠ uma loja moderna, destaca SĂŠrgio Bandeira

Marca de pioneirismos FOTOS: ARQUIVO TUMELERO

Quando o assunto ĂŠ material de construção, a Tumelero ĂŠ um dos nomes mais lembrados em todo o Estado. Com mais de 40 anos de tradição, a rede foi pioneira em muitos aspectos, entre eles o fato de abrir suas lojas da Capital aos domingos. Operando 45 lojas, a Tumelero, que disponibiliza cerca de 50 mil itens de 6 mil marcas diferentes a seus clientes, possui o maior estoque do Rio Grande do Sul em material de construção. “A Tumelero ĂŠ uma empresa moderna, atenta a novas tecnologias, modelos de gestĂŁo e novos conceitos de comercialização. Buscamos, permanentemente, a satisfação total de nossos clienWHVÂľ DĂ€UPD R GLUHWRU RSHUDFLRQDO GD UHGH 6pUJLR %DQGHLUD 6HJXQGR R GLUHWRU D UHGH LQYHVWH QD Ă€GHOL]DomR GH VHXV FOLHQWHV SRU PHLR GH uma polĂ­tica de comercialização e de relacionamento pautada na ĂŠtica e no respeito, “fatores que sempre notabilizaram a Tumelero nos seus 42 anos de existĂŞnciaâ€?, DĂ€UPD %DQGHLUD $ HPSUHVD FRQWD DWXDOPHQWH FRP PLO FRODERUDGRUHV citação e formação de sua equipe de vendas, sempre com o objetivo de melhorar a prestação de serviços. Sobre a participação do Sindilojas na vida dos lojistas, Bandeira nĂŁo hesita: â€œĂ‰ uma entidade legĂ­tima e atuante que defende os interesses GR VHJPHQWR YDUHMLVWDÂľ GHĂ€QH A rede tem 45 lojas e disponibiliza cerca de 50 mil produtos

FOTOS: J. M. MENDES RIBEIRO

$ UHGH SURMHWD DLQGD HP LQWHQVLĂ€FDU RV LQYHVWLPHQWRV QDV iUHDV GH FDSD-


Perfil

Paixão pela cultura O diretor do Museu de Arte do Rio Grande do Sul, Cézar Prestes, conta sobre os desafios e a responsabilidade de trabalhar com o conhecimento por meio da arte.

A

cultura, acima de tudo. Atuando na área há mais de 20 anos, o cruz-altense Cézar Prestes tem sob

ZOOM

sua responsabilidade o cargo de diretor de um dos

)LORVRÀD GH YLGD ² Trabalhar pela cultura.

mais importantes complexos culturais do Estado, o Museu de

8P GHIHLWR ² Tenho diversas manias, mas um dia

Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli – Margs.

me livrarei de todas elas. 8P VRQKR ² Ter um cantinho em Paris e outro em

tico, Museus e Arquivos do Rio Grande do Sul da Secretaria de

Nova York.

Estado da Cultura (Sedac), desde 2007. Seu currículo mostra

8P PHGR ² Viajar de carro.

ser um verdadeiro apaixonado pela arte e, sobretudo, pela cul-

8P FRQVHOKR DRV MRYHQV ² Sem drogas e sempre

maio I 2009

8PD TXDOLGDGH ² Sempre fazer tudo bem feito.

está à frente do Departamento de Patrimônio Histórico,Artís-

tura. Em 1990, assumiu o cargo de assessor cultural do Grupo

usem camisinha.

Aplub, onde implantou o Centro Cultural Aplub, com acervo

8P OLYUR ² O primeiro livro que ganhei do meu pai

24

de 700 obras de artistas regionais, com o objetivo de promo-

sobre o Rio Grande do Sul, quando eu tinha quatro

Conexão Varejo

Formado em Administração de Empresas, Prestes também

ver a arte do Rio Grande do Sul. Ainda na mesma década, atu-

anos.

ando como marchand de Iberê Camargo, coordenou o primei-

8PD P~VLFD ² Todas da Elis Regina.

ro grande livro sobre o pintor e gravurista gaúcho. Ao lado de

8PD FLGDGH ² Paris e Nova York.

Maria Coussirat Camargo, esposa

8P OXJDU ² Chartres, na França

do artista, e de Jorge Gerdau

8P GHVDÀR ² Proporcionar

Johannpeter, foi um dos princi-

cada vez mais o acesso de

pais idealizadores da Fundação

todos à educação, por meio

Iberê Camargo, inaugurada em

das artes visuais.

maio de 2008.

2 IXWXUR FXOWXUDO GH 3RUWR

Cézar Prestes é um ver-

$OHJUH ² Promover e divulgar

dadeiro empreendedor da

sempre a história da nossa ci-

cultura. Ele deseja oferecer

dade, sem perder a referência

aos gaúchos mostras impor-

do nosso pátio cultural.

tantes “que possibilitem o

2 IXWXUR FXOWXUDO GR 56 ²

acesso de todos aqueles que

Divulgar e fazer intercâmbios,

não podem viajar para ver de

mas também sem perder as

perto acervos de outras ins-

nossas fortes raízes históricas

tituições e museus”. Para ele,

e culturais.

R SULQFLSDO GHVDÀR HP GLULJLU

3URMHWRV SDUD R IXWXUR ²

um complexo como o Margs

Sempre na cultura.

é proporcionar conhecimento e educação por meio das artes visuais. FOTO: CARMEM GAMBA


Entidade

Trabalhando pela representatividade ços e Turismo. O evento, que tratou o tema “Representativi-

escolhido como a melhor experiĂŞncia de gestĂŁo entre os

dade se conquista�, reuniu sindicatos patronais do comÊrcio

sindicatos de todo o Brasil. Na ocasiĂŁo, o superintendente

de todo o paĂ­s para debater o desenvolvimento da classe.

do Sindilojas, Fernando Lopes, falou sobre a profunda mu-

O presidente do Sindilojas Porto Alegre e Alvorada, Ronaldo

dança de atitude realizada no Sindicato, valorizando a gestão

Sielichow, conduziu sessĂŁo plenĂĄria sobre Responsabilidade

instrumentalizada, foco nos resultados e, principalmente, nas

Social Empresarial no Ă‚mbito Sindical. O dirigente destacou a

soluçþes para os associados.

Sindilojas Rio sediou o XXV Encontro Nacional de

O painel “Choque de GestĂŁoâ€?, apresentado pelo Sindilo-

Sindicatos Patronais do ComĂŠrcio de Bens, Servi-

jas Porto Alegre e Alvorada na reuniĂŁo dos executivos, foi

reforma do posto da Brigada Militar próximo à Praça XV, rea-

Durante o XXV Encontro Nacional de Sindicatos Patro-

lizada pela entidade; doaçþes ao Instituto da Mama/RS; treina-

nais do ComÊrcio de Bens, Serviços e Turismo, a diretoria do

mentos realizados no Telecentro Mercado Público; realização

Sindilojas tambĂŠm participou de importantes debates sobre

de palestras para um pĂşblico estimado em 5 mil pessoas; e

temas de interesse do varejo, como Super-Simples, shopping

doaçþes de alimentos a entidades assistenciais.

FHQWHUV FDUW}HV GH FUpGLWR FDSDFLWDomR SURĂ€VVLRQDO SDUD R

Na reuniĂŁo de assessores jurĂ­dicos, o advogado Antonio

25 ConexĂŁo Varejo

D

Reconhecimento nacional

e 20 a 22 de maio, na cidade do Rio de Janeiro, o

maio I 2009

“Choque de GestĂŁoâ€?, apresentado pelo Sindilojas Porto Alegre e Alvorada, no Rio de Janeiro, foi escolhido como a melhor experiĂŞncia de gestĂŁo entre os sindicatos de todo o Brasil.

comÊrcio e preparação para a negociação coletiva.

Job Barreto, que compĂľe a Assessoria de Direito Trabalhista 282/2208, de autoria do deputado Brizola Neto (PDT/RJ), que altera a Lei Complementar nÂş 103/200 e propĂľe que as convençþes e acordos coletivos GH WUDEDOKR GHYDP Ă€[DU SLVR VDODULDO HP valor igual ou superior ao piso regional; e alertou as entidades patronais para que encaminhem, via representante SDUODPHQWDU SURSRVWD SHOR Ă€P GD Lei nÂş 6.798/79, que institui o mĂŞs YHUPHOKR DTXHOH TXH Ă€[D LQGHQLzação adicional de um salĂĄrio ao empregado despedido sem justa causa, no perĂ­odo de 30 dias que antecede a data-base da categoria. Ronaldo Sielichow e Fernando Lopes

FOTO: VINĂ?CIUS GHISE/SINDILOJAS

do Sindicato, propôs a rejeição integral do Projeto de Lei


Sindinews

Para definir o futuro do Pontal

maio I 2009

(VWi HP SOHQR DQGDPHQWR D FDPSDQKD HOHLWRUDO SDUD D GHĂ€-

ConexĂŁo Varejo

26

Henrique Gerchmann

nição da instalação ou não de prÊdios residenciais no projeto

O Sindicato dos Lojistas do ComĂŠrcio de Porto

do Pontal do Estaleiro. A votação ocorrerå no dia 23 de agos-

Alegre e Alvorada/RS registra, com pesar, o falecimen-

to. O vice-prefeito JosĂŠ Fortunati, que coordena o processo,

to de Henrique Gerchmann, ex-presidente da entida-

destacou que as entidades que pretendem coordenar frentes

de, ocorrido no Ăşltimo dia 1Âş de junho. O empresĂĄ-

ou posiçþes deverão se credenciar junto à comissão eleitoral,

rio presidiu o Sindicato por duas gestĂľes, de 1977

no Gabinete do Vice-Prefeito, no Paço Municipal. O material

a 1983, e de 1986 a 1989;

de divulgação serå entregue à população pelo Departamento

e a ComissĂŁo Municipal

Municipal de Ă gua e Esgoto - Dmae, junto com as contas

de Emprego de Porto

de ĂĄgua. CompĂľem a ComissĂŁo da Consulta, o Gabinete do

Alegre, em 1998. Como

Vice-Prefeito junto com Secretaria do Vice-prefeito, Secreta-

reconhecimento de sua

ria Municipal de Coordenação Política e Governança Local,

atuação, em 2005, foi es-

Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano Ambiental,

colhido como patrono do

Conselho Municipal de CiĂŞncia e Tecnologia, Conselho do

XXI Encontro Nacional

Orçamento Participativo, Instituto dos Arquitetos do Brasil,

de Sindicatos Patronais

Ordem dos Advogados do Brasil - RS, Sociedade de Engenha-

do ComĂŠrcio de Bens e

ria do RS, Força Sindical, Central Ăšnica dos Trabalhadores,

de Serviços, realizado em

União das Associaçþes de Moradores de Porto Alegre, Sindi-

MaceiĂł (Alagoas).

cato dos Lojistas, Associação Rio-Grandense de Imprensa.

Respeito Ă diferença ĂŠ obrigação de todos O respeito Ă diversidade ĂŠ uma caracterĂ­stica de quem optou por atender ao pĂşblico. Mas para que o respeito Ă diferença seja um fato, sempre, o artigo 150 da Lei Orgânica do MunicĂ­pio de Porto Alegre estabelece sançþes aos estabelecimentos comerciais que, de qualquer forma, pratiquem o crime de discriminação. Diz a Lei: “SofrerĂŁo penalidades de multa atĂŠ a cassação do alvarĂĄ de instalação e funcionamento os estabelecimentos de pessoas fĂ­sicas ou jurĂ­dicas que, no territĂłrio do MunicĂ­pio, pratiquem ato de discriminação racial; de gĂŞnero, por orientação sexual; ĂŠtnica RX UHOLJLRVD HP UD]mR GH QDVFLPHQWR GH LGDGH GH HVWDGR FLYLO GH WUDEDOKR UXUDO RX XUEDQR GH Ă€ORVRĂ€D RX FRQYLFomR SROtWLFD GHĂ€FLrQFLD ItVLFD LPXQROyJLFD VHQVRULDO RX PHQWDO GH FXPSULPHQWR GH SHQD FRU RX UD]mR GH TXDOTXHU SDUWLFXODULGDGH RX condição.â€?




Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.