Conexão Varejo - Junho/2011

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Revista do Sindicato dos Lojistas do Comércio de Porto Alegre/RS

Nº 36

junho 2011

Especial

Corações apaixonados já ocupam as vitrines da cidade

Entrevista O prefeito José Fortunati defende o comércio de rua

Gestão O crescimento sustentável da Zona Sul de Porto Alegre

Gastronomia No clima das festas juninas, a receita de um delicioso bolo de milho

Finanças O alto custo dos feriadões para a economia



Sumário

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Opinião

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Entidade

Conectados ao mundo.

Clube do Comércio comemora 115 anos. Foto: Luciano Lanes

Entrevista

O prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, é o entrevistado desta edição e apresenta os planos e projetos para transformar a capital dos gaúchos numa cidade mais segura, com maior mobilidade e muito mais feliz.

Artigo

O Simples Nacional e suas mudanças, por Eduardo Plastina.

Gastronomia

Fotos: Milton Moraes

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Desenvolvimento Humano

Programa Geração Varejo do Sindilojas.

Mercado

O que vamos vestir e calçar na Primavera - Verão 2011/2012.

Uma receita deliciosa para a festa junina.

Sindinews

Notícias e informações do setor varejista.

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Especial

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Finanças

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Responsabilidade socioambiental

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Dia dos Namorados: o amor alavanca as vendas.

Vem aí o segundo semestre do ano e vários feriados que têm forte impacto na Economia.

Artigo

Ponderar razão e emoção no ato de negociar faz toda a diferença no ambiente das vendas, por Beto Carvalho.

Associadas

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Implantação da coleta de lixo mecanizada na área central da cidade começa em julho.

Gestão

O potencial econômico da Zona Sul.

Cravo & Canela Especiarias e Klá Oka.

Conecs

Lazer

Um relato da atividade junto ao Congresso Nacional.

Cruzadinhas e os encantos da zona rural de Porto Alegre.

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Milton Moraes

Opinião

Expediente

* por Ronaldo Sielichow

Sindicato dos Lojistas do Comércio de Porto Alegre/RS Rua dos Andradas, nº1.234. Edifício Santa Cruz, 22º andar – Porto Alegre/RS Fone: (51) 3025.8300 Fax: (51) 3228.1123 Unidade Shopping Total Avenida Cristóvão Colombo, 545, loja 1122 Fone: (51) 3018.8122 www.sindilojaspoa.com.br Diretoria Sindilojas POA Presidente: Ronaldo Sielichow Vice-presidente: Paulo Kruse Vice-presidente Administrativo: Daniel Casais Vice-presidente Financeiro: Marco A. Belotto Pereira Vice-presidente de Relações de Trabalho: Sergio Axelrud Galbinski Vice-presidente Comercial: João Rodrigues Vice-presidente de Relações Políticas e Institucionais: Arcione Piva Vice-presidente de Comunicação e Marketing: Paulo Penna Rey Diretor Administrativo: Roni Zenevich Diretor Financeiro: Augusto Hecktheuer Diretor de Relações de Trabalho: Vladimir Machado Diretor Comercial: Tarcísio Pires Diretor de Relações Políticas e Institucionais: Antonio Sanzi Diretor de Comunicação e Marketing: Antonio Gomes Suplentes: Alécio Ughini, Eduardo Suslik Igor, Gustavo Orlandini Schifino, Irio Piva, José Galló, Manoel Motyl, Marivaldo Tumelero, Mauro Suslik Tornain, Moacir Sibemberg, Nádia Regina Almeida, Nelson Jawetz, Ricardo De Conto, Silvio Sibemberg e Vilson Noer. Diretores Adjuntos: Eduardo Spunberg, Eduardo Lasevitch, José Rodrigues e Luiz Caldas Milano Conselho Fiscal: Lídio Ughini, Wilson Scortegagna Alcides Debus Suplentes: Carlos Schmaedecke, Hermes Queiroz e Orisvaldino Magnus Scheffer Conexão Varejo Publicação do Sindicato dos Lojistas do Comércio de Porto Alegre (Sindilojas POA), produzida pela Uffizi Consultoria em Comunicação. As colaborações e sugestões de pauta para a publicação devem ser enviadas para revista@uffizi.com.br Atendimento ao leitor e Assessoria de Imprensa: Sindilojas Porto Alegre imprensa@sindilojaspoa.com.br Fone: (51) 3025-8323 Conselho Editorial – Sindilojas POA Presidente: Ronaldo Sielichow Vice-presidente de Comunicação e Marketing: Paulo Penna Rey Superintendente: Márcio Allegretti

Conectados ao mundo

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omo empresários modernos e conscientes, sabemos da importância de trabalharmos oferecendo aos nossos clientes um alto padrão de qualidade nos produtos e serviços. Ainda mais em um mundo globalizado, onde a competição está cada vez mais acirrada. Como representantes dos lojistas, participamos de palestras, pesquisamos novas tecnologias, promovemos cursos de capacitação e integramos missões empresariais em busca de iniciativas de sucesso. Falando de maneira objetiva, direcionamos nossos esforços para que os comerciantes possam atingir a excelência. Porém, já faz algum tempo, toda essa busca pela qualidade, que o mercado praticamente exige, só se completa caso as organizações estiverem conectadas com mundo de forma sustentável, interagindo com o meio ambiente de maneira ética e responsável. Por isso, de 25 a 27 de maio, a diretoria do Sindilojas Porto Alegre participou do 27º Encontro Nacional dos Sindicatos Patronais do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, realizado em Cuiabá (MT), com o tema Responsabilidade Socioambiental nos Negócios. O evento, que é itinerante e já foi realizado em três outras edições em Porto Alegre (1987, 1997 e 2004), reúne anualmente dirigentes das entidades para discutir temas próprios do setor, compartilhar conhecimentos e debater ideias para o desenvolvimento do varejo e do sindicalismo patronal brasileiro. A participação da missão porto-alegrense no evento e os resultados do encontro serão abordados na próxima edição da Conexão Varejo, mas considero importante sinalizar que estamos sempre atentos aos fatos e ações relevantes para nosso setor. Nós, do Sindilojas Porto Alegre, juntamente com representantes de sindicatos de todo o País, participamos de diversos painéis e grupos de discussão que abordaram temas de grande importância para os lojistas, como cartões de crédito, programas de sustentabilidade e segurança preventiva nas empresas. Como presidente do Sindicato dos Lojistas da capital gaúcha, tive envolvimento direto no grupo temático Relacionamento entre Lojistas e Administração de Shopping Centers e no painel Desafios da Administração Sindical – Estimulando o Sociativismo. Para finalizar, tenho certeza que trouxemos na bagagem diversas experiências e novas ideias para agregar ainda mais qualidade às ações futuras em prol dos associados.

Gerente de Comunicação e Marketing: Karin Souza Assessor de Imprensa: Vinícius Ghise

*Presidente do Sindilojas Porto Alegre

Estagiária de Comunicação: Kamila Karolczak

Uffizi Consultoria em Comunicação Almir Freitas Diretor Executivo: Almir Freitas (MTb/RS 5.412) Editora: Karla Pimentel Redatores: Ana Júlia Tiellet, Carolina Borne, Carolina Teixeira e Luciane Costa Colaboradores: Carlos Alberto Carvalho e Eduardo Plastina Projeto Gráfico: Carla Cadó Vielmo Dietrich

Princípios organizacionais MISSÃO

VISÃO

“Representar, defender e promover o desen-

“Ser referência nacional em Entidade patronal

volvimento da classe lojista, com excelência em

sendo decisivo no desenvolvimento do

serviços, gerando benefícios e vantagens para

comércio varejista de Porto Alegre.”

categoria, associados e sociedade”.

Editoração: Carla Cadó Vielmo Dietrich Impressão: Coan

VALORES

TRABALHO EM EQUIPE: Trabalhar como um time,

Tiragem: 10 mil exemplares

ÉTICA: Respeitar normas e diretrizes da Entida-

somando competências para alcançar os obje-

Revisão: Luana Aquino

de com honestidade e integridade.

tivos.

Comercialização: Uffizi Consultoria em Comunicação

COMPROMETIMENTO: Ter compromisso e res-

TRANSPARÊNCIA NA GESTÃO: Dar visibilidade aos

ponsabilidade com os objetivos da Entidade

processos, ações e resultados da Entidade.

demonstrando iniciativa e proatividade junto

INOVAÇÃO: Buscar soluções criativas e ideias

aos associados.·

inovadoras frente aos desafios.

FOCO NO RESULTADO: Ser eficaz na defesa de

RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL: Em suas

suas bandeiras.

ações, considerar a sustentabilidade em bene-

Fone: (51) 3330.6636 * Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores

fício da sociedade e do meio ambiente.


Entrevista - José Fortunati O prefeito de Porto Alegre José Fortunati não esconde seu desejo: ser reeleito e dar continuidade aos planos que preparam o município para ser uma das sedes da Copa do Mundo de 2014. Nesta entrevista para a Conexão Varejo, defendeu o comércio de rua, enfatizou a revitalização do Centro da Cidade e contou sobre o projeto do metrô interligado com os Bus Rapid Transit (BRT), ônibus de última geração. Nascido em Flores da Cunha, ingressou no Movimento Popular com um trabalho em vilas da Capital. Presidiu o Sindicato dos Bancários de Porto Alegre e participou da fundação da Central Única dos Trabalhadores (CUT), sendo seu primeiro presidente estadual em 1985, reeleito para a gestão seguinte. Deputado estadual, sendo também conduzido para a Câmara Federal por duas vezes, e vice-prefeito na gestão 1997/2000, quando o município foi reconhecido pela Organização das Nações Unidas (ONU) como a Metrópole de Melhor Qualidade de Vida do país. Em 2000, foi eleito vereador com a mais expressiva votação da história de Porto Alegre. Em 2008, concorrendo com José Fogaça, Fortunati foi eleito vice-prefeito pela segunda vez, assumindo também o cargo de Secretário Extraordinário da Copa de 2014. Em março de 2010, com a renúncia de Fogaça para disputar o governo do Estado, Fortunati assume a prefeitura até o final da atual legislatura, em 2012.

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Defensor da revitalização do Centro de Porto Alegre Fotos: Luciano Lanes

Fortunati: “Eu não quero que minha cidade cresça sem sustentabilidade”


Foto: Divulgação

Conexão Varejo – Como o senhor vê hoje o setor de comércio, bens e serviços de Porto Alegre? José Fortunati – O comércio é o grande sustentáculo da economia da cidade juntamente com a Tecnologia de Informação (TI). O setor tem importância fundamental para o cotidiano da nossa cidade. É uma referência para a Região Metropolitana e para o Estado. Basta olharmos de forma emblemática para o Centro Histórico de Porto Alegre, com grande concentração especialmente de comércio de rua, por onde circulam cerca de 400 mil pessoas diariamente. Junto com isso, é inegável que Porto Alegre tem outra marca reconhecida nacionalmente que é o número de shopping centers. Conexão Varejo – Considerando a lotação dos shoppings, na sua opinião os espaços para o comércio de rua são os mais adequados? Fortunati – É muito difícil fazer a afirmação de que esse modelo está esgotado. O que eu vejo no cotidiano são mais e mais projetos protocolados na Prefeitura Municipal pedindo a ampliação dos atuais shopping centers. Em relação ao comércio de rua, não conseguimos ainda avançar o suficiente para darmos o destaque merecido. Existem vários projetos que estão em discussão, como o projeto da Azenha, que é muito emblemático, porque tem uma reflexão de mais de 10 anos e está novamente em discussão. Eu sou um fervoroso defensor do comércio de rua, porque sei o potencial que ele tem para dar uma dinâmica interessante à cidade. As pessoas estão voltando a morar no Centro Histórico. Além disso, e com investimentos que o poder público faz, o Projeto Monumenta, a revitalização de espaços públicos como o Largo Glênio Peres, a Praça 15 de Novembro, o Chalé da Praça XV, a Praça da Alfânde-

As pessoas estão voltando a morar no Centro Histórico de Porto Alegre ga, a participação e a presença do comércio de rua é fundamental. Conexão Varejo – Até o final da sua gestão, o que o comércio pode esperar em termos de projetos que o beneficiem? O que está previsto até o final de 2012? Fortunati – O comércio de rua sobrevive na medida em que nós tivermos uma cidade com melhor qualidade de vida. Isso significa maior segurança pública e nesse aspecto eu tenho uma confiança muito grande, porque o governador Tarso Genro assumiu para si essa responsabilidade. Estamos buscando alternativas para aumentar a vinda das pessoas para o Centro de Porto Alegre. Uma delas é a qualificação do transporte público com o Bus Rapid Transit (BRT), ônibus de última geração. A qualificação dos corredores de ônibus (sem vírgula) permitirá a retirada das 33 mil viagens que se faz para o Centro da cidade. Já está em estudo o estacionamento subterrâneo do Largo Glênio Peres para que as pessoas tenham estacionamentos públicos à disposição com segurança, conforto, comodidade e a mobilidade que todos desejamos. Estamos terminando a parte de estruturação, que deverá entrar em execução com a participação do Sindilojas POA,

CDL, Federasul e todas as entidades do setor para requalificarmos as calçadas num prazo mediano de tempo. Conexão Varejo – E o metrô de Porto Alegre? Fortunati – O metrô é o grande sonho da cidade e está no imaginário da população com outro sentido: a cidade entraria na era da modernidade. Mesmo que nosso sistema de transporte coletivo seja um dos melhores do país, juntamente com o sistema de rotação, o metrô viria qualificar muito o transporte coletivo. Os BRTs não colidem com o metrô, que vai ser construído a partir do Centro da cidade e se desloca até logo após a Fiergs. Não só pelo metrô, mas todo o processo de operação está sendo pensado como um casamento, tanto com os ônibus da Região Metropolitana, como com os ônibus da Zona Norte. Todos eles terão uma ponte de contato para que os ônibus que vêm de Canoas, Sapucaia, Esteio, Gravataí, Alvorada e Cachoeirinha não precisem mais vir até o Centro. Conexão Varejo – O senhor acha que Porto Alegre tem condições de sediar uma etapa da Copa do Mundo? Fortunati – Com toda a certeza.

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Nós somos a terceira cidade do país a receber eventos internacionais e uma das capitais que mais tem turismo de eventos e negócios. De qualquer forma, temos alguns gargalos. O aeroporto precisa de duas obras fundamentais. A primeira é a ampliação da pista em mil metros, possibilitando que aviões de grande porte venham de qualquer parte do mundo, o que não acontece hoje. A segunda obra é a construção de um novo terminal urgente. Para a Copa não! Para hoje! Estamos fazendo obras importantes para a mobilidade urbana, começando pela duplicação da Avenida Beira Rio. Das cinco etapas, estamos com duas concluídas. Estamos trabalhando na duplicação da Avenida Tronco, nas cinco obras de arte da Terceira Perimetral e na duplicação da Avenida Grécia, atrás do aeroporto. Conexão Varejo – E a rodoviária de Porto Alegre? Fortunati – A rodoviária tem um gargalo que deve ser resolvido com a construção de um estacionamento subterrâneo, onde os táxis deverão chegar para que possamos dar vazão ao trânsito. Hoje a área é muito limitada e não comporta o número de táxis num feriadão, por exemplo. Esse estacionamento terá uma área muito maior. Com isso, os táxis entrarão pelo mesmo lado, indo para o subsolo por onde os passageiros também desembarcarão. Essa é a grande obra da nossa Estação Rodoviária. É importante deixar claro que não é falta de táxi, é falta de espaço. Conexão Varejo – Os projetos dos portais ficaram adiados? Fortunati – Não, nós estamos mudando o projeto dos portais pelos BRTs e refazendo o projeto dos portais, que vai mudar de nome, porque queremos interligá-lo com o trem.

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Conexão Varejo – Como Porto Alegre pode preparar o varejo para a Copa do Mundo? Fortunati – Nós temos discutido com os parceiros do setor – Sindilojas POA, CDL e Federasul – que precisamos qualificar especialmente quem atende ao público. A nossa maior dificuldade hoje é que muito poucos falam a língua inglesa e a espanhola. É necessário que ele tenha noções básicas para poder receber o cliente, entender o que esse cliente deseja, dentro das normas básicas de conversação mínima que o comércio exige. Lançamos o Guia Básico de Línguas, através da Secretaria Municipal de Turismo, com expressões idiomáticas mais utilizadas em inglês e espanhol, que vão fazer parte dessa capacitação. Ele é distribuído para os comerciários, trabalhadores de hotéis, bares e restaurantes, e taxistas para que a gente possa, no bom sentido, prender mais o turista em Porto Alegre, fazer com que ele se sinta à vontade de permanecer na cidade. Conexão Varejo – Como o senhor vê as relações sindicais com o comércio em Porto Alegre? Fortunati – Acho que são relações muito construtivas. Eu tenho relação com os dois lados, porque sou originário do movimento sindical, fui presidente do Sindicato dos Bancários e da Central Única dos Trabalhadores. Então sempre tive uma relação muito forte com o Sindicato dos Comerciários, que mantenho até hoje. E pela minha função pública, acabei me aproximando muito do Sindilojas POA. Percebo que tanto um lado quanto o outro tem procurado de forma muito propositiva contribuir com a cidade. O Sindilojas POA tem sido um grande parceiro na construção dos grandes projetos da cidade, não desse ou daquele governo. É importante deixar isso muito claro, porque o Sindilojas POA está a serviço da cidade de Porto Alegre.

Conexão Varejo – E as eleições de 2012? Fortunati – O PDT tem candidato e casualmente se chama José Fortunati. Sou candidato, deixando claro que esse é um velho sonho. Eu era deputado federal e, pela segunda vez, abri mão do meu mandato. Modéstia à parte um mandato exitoso, reconhecido nacionalmente. Renunciei a ele para assumir como vice-prefeito e me preparar para ser prefeito. Circunstâncias não permitiram. Felizmente com o passar do tempo as circunstâncias acabaram permitindo que eu virasse vice-prefeito e prefeito. E meu desejo, naturalmente, é construir um trabalho neste período que ainda falta para o final da minha gestão, me credenciando para mais quatro anos. Eu desejo e vou trabalhar para ser o prefeito da Copa do Mundo. Tenho muita confiança de que estaremos em 2014 com uma cidade muito mais qualificada, deixando um grande legado para a geração presente e futura, tanto na qualificação da nossa mão de obra quanto em obras que ficarão, não para a Copa do Mundo, mas para a cidade. Eu quero ser o prefeito da Copa do Mundo de 2014. Conexão Varejo – Se o prefeito José Fortunati quisesse que a população lembrasse dele, seria com que característica? Fortunati – Um homem que trabalhou pela sua cidade, mas, especialmente, na tentativa da inclusão social, da geração de renda, da geração de empregos, na busca de uma melhor qualidade de vida. Eu não quero que a minha cidade cresça sem sustentabilidade. Nós temos que olhar o futuro com muita esperança, torcendo e trabalhando para que Porto Alegre possa se desenvolver, mas, acima de tudo, um desenvolvimento que permita dar maior qualidade de vida a quem aqui mora, vive, trabalha, estuda ou simplesmente nos visita.


Desenvolvimento Humano

Geração Varejo qualifica para o comércio

individual, sendo indicados para capacitação conforme o perfil identificado entre os diversos departamentos do varejo seja estoque, vendas, caixa ou gestão. Cada candidato inscrito será selecionado dentro do perfil comercial ou administrativo e encaminhado a um dos cursos de Gratuita e aberta à comunidade, iniciativa oferece capacitação conforme enquadraformação para jovens sem experiência mento. O currículo é atualizado no banco de dados e fica disponível para consulta dos associados que possuem vagas para esses trabalhadores. “O lojista também é beneficiado porque tem acesso a um banco organizado que abrange as diversas funções de uma loja”, enfatiza Allegretti. Para o executivo, o Geração Varejo tem um viés social. “A maior dificuldade do setor é encontrar qualificação e o Sindilojas POA vem preencher essa lacuna com essa iniciativa”, completa. No começo da década passada, havia pouco mais de 60 mil empregados no comércio em Porto Alegre, e hoje o universo chega a 110 mil trabalhadores. Especialistas atribuem essa diferença à ocupação das vagas Candidatos são encaminhados para por antigos vigilantes, porteiros os cursos conforme perfil comercial ou administrativo ou auxiliares de serviços gerais. Inicialmente é nova realidade do mercado o Geração Varejo. O possível receber O programa tem de trabalho vai além das programa tem foco entre R$ 800 e fronteiras do âmbito proem recrutamento e foco em recrutamento e R$ 900, sem fissional. Se antes era preciso capacitação procomissão socapacitação profissional, bre vendas, que fechar os portões, pela quantifissional. O objetidade de pessoas que buscavam vo da iniciativa é o para atendimento em podem reforçar colocação, agora é fundamental desenvolvimento do o ganho entre vendas com vistas à abrir espaço nas empresas para comércio varejista, 30% e 40%. ensinar até quem não tem expelongevidade para as Embora em Copa do Mundo de riência. Com salários maiores e empresas e a gerafevereiro o de2014 chance de ascensão, o comércio ção de empregos. semprego meé um dos setores que mais atraPara participar, os dido pelo IBGE em trabalhadores que, muitas candidatos devem tenha subido vezes cumpriam jornadas supeacessar o site do Sindilojas POA para 6,4% na média das regiões riores a 10 horas e trabalhavam e preencher o cadastro com as metropolitanas brasileiras, este até sem carteira assinada. informações curriculares. Depercentual está um ponto abaixo Para ajudar a suprir a oferta, pois de analisados por profisdo mesmo mês do ano passado. desde 1º de maio, o Sindilojas sionais de psicologia, poderão É menos da metade do recorde da POA passou a oferecer gratuitaser chamados para participar de série iniciada em 2002, de 13,1% mente à comunidade em geral dinâmicas de grupo e entrevista em abril de 2004.

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Mercado

No calor da estação Leveza e cor aquecem a moda primavera-verão e os lojistas preparam-se para as compras

D

epois das ousadias e exageros das últimas temporadas, onde cores intensas e babados imperaram, a proposta de moda para as estações mais quentes chega com personalidade. A aposta é pelo minimalismo e visuais mais limpos para romper os excessos e enfatizar cortes e detalhes. As tendências para a primavera-verão 2011/2012 apontam para uma fase mais clean, especialmente para a moda feminina. Nos lançamentos apresentados durante as últimas edições de semanas de moda internacional, blazer e paletós femininos conquistaram um lugar de destaque entre as tendências. As peças arrematam desde produções casuais e urbanas até looks elegantes e românticos. Versáteis, podem se combinar ao jeans, calças sociais, saias e até vestidos conferindo um toque moderno e descolado às produções. A estilista gaúcha Milka Wolff adianta as tendências para as próximas estações: “Virão pela frente linhos texturizados com fios de seda (estilo chantung), algodão cru, sedas misturadas e puras, malhas frias e jérseis de seda”, sinaliza. Já para a docente de Moda do SENAC-RS, Larissa Guerra Prudente, teremos a continuidade do couro e do tricô (principalmente o listrado, estilo Missoni), suede, lurex, rendas, sedas, plissados, metalizados e emborrachados. “A mistura de materiais muito presente no inverno também continua em alta no verão”, diz. A especialista destaca que os ‘animal prints’, estampas de bicho vistas nas roupas de inverno, deverão continuar no ve-

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rão. “Vamos ter estampa de onça, leopardo, python, entre outras. A diferença é que no verão elas vêm mais coloridas”, arremata. Outra tendência apontada por Larissa e Milka são as estampas geométricas, florais, frutas, coqueiros, bambus, vichys, poás e aquarelas abstratas. As franjas estarão em alta principalmente em peças fluidas e acessórios, com referências bem anos 70. “As transparências permanecem também em locais estratégicos, num jogo de mostra-esconde que já vimos no inverno”, adianta Larissa. Os cortes podem seguir os padrões clássicos da moda masculina – em comprimentos mais longos e shapes soltos. Tecidos mais finos e requintados, em tons neutros ou estampados dão conta de atualizar a peça. A aplicação discreta de detalhes como flores, Fotos: Divulgação


laços ou broches confere feminilidade à proposta; enquanto listras, lapelas e botões coloridos dão o tom contemporâneo aos paletós e terninhos. Se a modelagem das calças sociais chega mais tradicional, são as cores que dão o tom inovador. Coral, azul, oliva, vinho, marinho, cinza, nude, marrom e até mesmo os tradicionais branco e preto se destacam em looks monocromáticos. Para os vestidos mídis, a modelagem vem ampla com saias rodadas pelo tornozelo, principalmente em algodão. “O tomaraque-caia, estilo reto e estilo corpete aparece muito”, informa Milka. Na parte dos jérseis, as mangas raglãs surgem amorcegadas e o cós alto das calças vem com cinto marcando a cintura. “Os vestidos serão cortados enviesados com muito drapeado e a linha evasée”, enfatiza Milka. Segundo a especialista, as camisas brancas serão imperadoras neste verão, para serem usadas com calças jeans ou calça de alfaiataria, para momentos como happy hours.

Alta do algodão Conforme dados da Fundação Getúlio Vargas, já

é possível experimentar um acréscimo de 7% nos últimos 12 meses no preço do produto final no mercado têxtil. De acordo com Larissa, do SENAC-RS, a alta do algodão é a maior em 11 anos. “É inevitável que ocorra um aumento ainda maior no preço para o consumidor, porém isso ainda depende do volume que será importado pela indústria”, esclarece. Uma alternativa para substituir o algodão é utilizar a fibra sintética, porém seu valor também deve subir devido ao aumento da procura. A especialista acredita que os preços vão aumentar de uma forma geral no mercado e a diferenciação pode ser obtida através da compra de produtos que tenham apelo perante o consumidor. “Atualmente as marcas que estão se sobressaindo no gosto do consumidor são as que se encaixam no perfil consciente. As vendas deste tipo subiram 68%, pois o consumidor associa o termo eco-friendly à qualidade e honestidade nos processos de produção e comercialização”, ilustra. O segredo do empresário Antônio Gomes, proprietário da loja Thitãs e diretor de Comunicação e Marketing do Sindilojas POA, para garantir preços competitivos, é saber negociar. “É preciso usar nosso poder de compra para que o custo seja dividido com o fornecedor e não pese tanto no bolso do consumidor”, recomenda. Já a estilista Milka recomenda observar a melhor oferta, tendo um pouco de cada item da moda em sua loja para não sobrar estoque.

Eventos no Brasil As duas principais semanas de moda do Brasil já divulgaram as datas de suas próximas edições. Seguem: Fashion Rio Inverno 2012: 9 a 13 de janeiro de 2012 Verão 2013: 28 de maio a 2 de junho de 2012 São Paulo Fashion Week Verão 2012: 13 a 18 de junho de 2011 Inverno 2012: 16 e 21 de janeiro de 2012 Verão 2013: 11 a 16 de junho de 2012 FONTE: Estadão online http://blogs.estadao.com.br/moda/ tag/semanas-de-moda-brasileira/

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Foto: Divulgação

Emprego à vista Com a proximidade do Dia dos Namorados aumentam as oportunidades de trabalho temporário. Segundo a Pesquisa Setorial 2009/2010 da Associação Brasileira das Empresas de Serviços Terceirizáveis e de Trabalho Temporário (Asserttem), a média de efetivação do trabalho temporário nos dois últimos anos foi 37,3%. Considerando apenas o setor de serviços, a média sobe para 45%.

Jantar romântico sempre é uma ótima opção para comemorar a data como cafés da manhã e garrafas de espumante, atraindo um grande público. Uma alternativa podem ser hotéis e pousadas da cidade, que também oferecem pacotes especiais para o Dia dos Namorados. Como a maioria dos estabelecimentos possui bons restaurantes, é possível jantar a dois até mesmo no próprio quarto. “As empresas investem forte nessas datas comemorativas, preparando ambientes decorativos e românticos”, destaca o presidente do Sindpoa.

Especial

Corações nas vitrines Apaixonados estão mais dispostos a investir em presentes úteis e tecnologia

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estabelecimentos darão brindes e oferecerão áreas reservadas, além de promoções em sites para grupos, cada vez mais comuns”, afirma. Como é uma noite especial, o risco de encontrar todos os motéis lotados é grande. Para evitar congestionamentos, o bom é bom reservar antes e aproveitar a noite. Algumas casas oferecem cortesias

Presentes

Foto: Milton Moraes

erceira data do calendário do comércio com o maior volume de vendas no País, perdendo apenas para o Natal e o Dia das Mães, o Dia dos Namorados não se resume somente ao romantismo. A movimentação em lojas e shopping centers na busca dos desejados presentes para o dia 12 de junho vai além dos namorados que presenteiam na data. ‘Namoridos’ e casados também comemoram com tudo o que têm direito. Como esse ano a data será comemorada em um domingo, os casais apaixonados poderão curtir um final de semana cheio de romantismo. Cinema, jantar e motéis estão na lista das preferências. O presidente do Sindicato da Hotelaria e Gastronomia da Capital (Sindpoa), José Jesus dos Santos recomenda fazer reserva com antecedência no restaurante predileto, mas se isso não for possível, o jeito é chegar mais cedo e evitar o movimento. “Nessa época do ano a demanda é muito grande. Porém, muitos

Zuca Feijó aposta em rosas vermelhas para o dia dos namorados

Independente da data, flores são sempre um presente inesquecível, ainda mais se forem personalizadas em arranjos e buquês coloridos. Quem dá a dica é a proprietária do Atelier Zuca Feijó. “Nesta data não há o que inventar, pois todos querem rosas vermelhas, importadas ou nacionais”, declara. Zuca trabalha com outras flores em tons de vermelho como tulipas, que cabem no gosto de cada cliente. Que tal variar e dar flores também para o namorado? Uma caixa com flores diferenciadas vai surpreender o amado. “Buquês, caixas e arranjos podem ser encomendadas com antecedência”, destaca.


Foto: Milton Moraes

Para Zilmar Pinto Quintão Jr, diretor da Executivo, especializada em moda masculina, a expectativa para o Dia dos Namorados depende da temperatura. Se o frio não chegar a tempo, Quintão aposta em um maior volume de vendas de camisas de manga longa e jeans. “Esperamos pelo frio para que as peças de inverno tenham mais saída”, afirma. Como presente, o lojista dá uma dica que, além da qualidade, cabe no bolso de qualquer apaixonado. “As jaquetas fabricadas com poliuretano imitam perfeitamente o couro legítimo e custam quatro vezes menos”, recomenda. Que homens e mulheres são bem diferentes ninguém duvida e, na hora de escolher presentes, as diferenças se destacam. A gerente da loja da Rua Dr. Flores de O Boticário, Lisiane Polippo, conta que eles pedem muito mais sugestões do que elas na hora da compra. “Os homens apostam nos perfumes, mas acabam levando também um creme para surpreender as namoradas”, descreve. A gerente destaca que as mulheres antecipam as compras nas datas especiais e que os homens geralmente deixam para a última hora. “Elas são mais indecisas quando compram para elas mesmas, mas a maioria já vem até a loja em busca de produtos de barba. O perfume é um complemento, normalmente o preferido do namorado”, completa.

Nas lojas O boticário a procura maior é por perfumes e creme de barbear

Zilmar Quintão espera maior volume de vendas nas roupas de inverno

Varejo em números O economista Antônio Carlos Fraquelli, da Fundação de Economia e Estatística (FEE) aponta que, diferentemente do ano passado, o Dia dos Namorados em 2011 deve ter um balanço mais positivo. “O Brasil está com o crescimento retomado, ao contrário do ano passado em que a base de comparação era a recessão devido à crise econômica em 2009”, confronta. Outro dado levantado pelo econo-

mista é que o nível de emprego está melhor que o ano passado, elevando a renda da população. “O perfil do consumidor deve absorver as classes D e E, com o comércio oferecendo produtos mais baratos. Até mesmo os importados estarão mais acessíveis”, observa. Mesmo com um cenário favorável, Fraquelli aconselha ao consumidor prestar atenção ao aumento dos

juros para não comprometer a renda na hora de comprar. “Este ano o comércio estará mais preparado em termos de estoque para suprir a demanda do Dia dos Namorados”, acrescenta. Segundo dados divulgados em abril pelo Programa de Administração do Varejo (Provar), da Fundação Instituto de Administração (FIA), 73,8% dos consumidores

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Intenção de Compras por Categoria Telefonia e celulares

12,8%

Eletroeletrônicos

12%

Cine e foto

11,8%

Informática

11,4%

Móveis

9,6%

Linha branca

7,6%

Automóveis e Motos

6,2%

Material de construção

6%

Eletroportáteis

5,8%

Cama, mesa e banho

1,8%

A pesquisa apontou uma queda na Intenção de Compras pela Internet do primeiro para o segundo trimestre deste ano. A intenção de compra que era de 90% passou para 85%. Fonte: Programa de Administração do Varejo (Provar)

pretendem comprar bens duráveis no período de abril a junho. No trimestre passado, esse percentual era de 71,8%. Segundo o levantamento, as categorias com maior intenção de compras no período são: “Telefonia e Celulares”, com um percentual de 12,8%, “Eletroeletrônicos”, com 12% e “Cine e Foto”, com 11,8%. De acordo com dados de 2010 da empresa de pesquisa Rhode & Carvalho, 80% dos entrevistados desejam comprar um presente para o dia 12 de junho. O destaque é a maior disponibilidade de investimento em tecnologia, como 52,5% dos entrevistados. “As pessoas vêm apostando em presentes úteis, como celulares e iPads, principalmente entre os mais jovens”, aponta a coordenadora da pesqui-

sa, Suzana Carvalho. Do total de pessoas pesquisadas, 85% preferem parcelar a compra, e 11% deixam para comprar o presente no último dia. “Essa característica não muda”, afirma Suzana. Ainda segundo a pesquisa, 81,5% dos entrevistados vão comemorar o Dia dos Namorados. Desse total, 60% preferem jantar em casa ou restaurante; 8,3% vão comemorar em um motel e apenas 5% pegam a estrada. O primeiro Dia dos Namorados do Brasil foi celebrado em 12 de junho de 1949. A loja de departa-

Câmeras fotográficas, tablets e notebooks estão entre as preferências.

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mentos Magazine Clipper, da capital paulista, procurou o publicitário João Dória para criar uma maneira de aquecer as vendas durante o mês, considerado pouco lucrativo para o comércio. Dória buscou inspiração no Dia de São Valentim (Valentine’s Day), comemorado em 14 de fevereiro pelos românticos do mundo. A data escolhida pelo publicitário coincide com a véspera do Dia de Santo Antônio, santo português considerado casamenteiro por muitos, provavelmente por causa de suas pregações sobre a importância da união familiar. Assim, foi oficialmente criado o Dia dos Namorados no Brasil.


Fotos: Divulgação

Finanças

Feriadões prejudicam resultados do comércio Brasil tem mais dias parados comparado a outros países

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e há quem comemore a existência de grandes feriados, há também aqueles que amargam prejuízos com eles. Em abril, a sequência dos feriados de Tiradentes e Sexta-Feira Santa fechou o varejo por dias seguidos. Conforme o economista da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Rio Grande do Sul (Fecomércio), Pedro Lutz Ramos, o grande número de feriados existentes no País traz prejuízos ao setor, especialmente quando constituem os chamados feriadões. “O Brasil tem um número muito maior de feriados na comparação com outros países. Isso afeta a economia, pois nesses momentos se gera menos riqueza. O feriado, portanto, custa caro”, explica. Para o vice-presidente Financeiro do Sindilojas POA, Marco Belotto, a queda nas vendas traz resultados negativos facilmente perceptíveis para o varejo. “Muitas pessoas viajam nos feriados, o que é muito prejudicial para os negócios, mesmo nos dias anteriores ou posteriores à data comemorada”, afirma. Ramos conta que os efeitos

maiores são sentidos pelos estabelecimentos que oferecem serviços, como restaurantes e bares. “As refeições que seriam feitas nesses dias em que o comércio não abre são perdidas para o varejista, já outros tipos de compra são planejadas e acontecem nos dias seguintes”, diz. O economista também ressalta que mais do que volume em compras, é perdido o custo fixo investido em estrutura, como aluguel do espaço. Apesar da influência do fator planejamento, Belotto, que é proprietário da Joalheria Astratto, reforça que a não abertura da loja tem impacto mesmo para itens com alto valor agregado. “Nossos produtos são comprados por impulso também, mas ainda que não fossem, quando há feriadão, nosso público costuma viajar, investindo o valor que poderia ser gasto com uma joia em turismo”, justifica. Propostas devem reduzir impacto dos feriados O número elevado de feriados no Brasil – e a intenção de cria-

Nos feriadões, as pessoas viajam e deixam de girar a roda da economia

ção de novos – preocupa também o governo Federal. Em dezembro do último ano e ao final do seu mandato, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a Lei 12.345, que fixou regras para instituição de datas comemorativas no calendário brasileiro. Segundo o texto, a criação de novas datas obedecerá ao critério de significação para diferentes segmentos profissionais, políticos, religiosos, culturais e étnicos da sociedade, o que será avaliado por meio de consultas e audiências públicas com organizações e associações vinculadas aos segmentos interessados. Desta forma, o objetivo da nova legislação é evitar a polêmica de algumas datas, que alguns consideram feriados e outros não, como o Dia da Consciência Negra ou o Dia dos Professores. Já o Projeto de Lei 2756, em tramitação na Câmara dos Deputados, busca reduzir a ocorrência de finais de semana prolongados em decorrência de feriados em terças ou quintas-feiras. Segundo este projeto, os feriados que caírem entre terças e sextas-feiras serão comemorados por antecipação nas segundas-feiras, salvo os dias 1 de janeiro (Confraternização Universal), Carnaval, Sexta-feira Santa, 7 de Setembro (Independência) e 25 de dezembro (Natal). O objetivo, segundo o advogado trabalhista Eugênio Hainzenreder Júnior, do Veirano Advogados, é evitar os transtornos e prejuízos causados à economia, principalmente ao comércio.

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Responsabilidade Socioambiental

Lugar de lixo é no contêiner

Fotos: Divulgação

Implantação da coleta mecanizada do lixo domiciliar em área central da cidade começa em julho.

A comunidade depositará o lixo nos contêineres Foto: Milton Moraes

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acos e sacolas que se rasgam e espalham diferentes tipos de lixo pela calçada. Cães, gatos e até mesmo ratos fuçam os materiais espalhados e levam a sujeira ainda mais longe. Esta é a realidade de muitos passeios públicos em Porto Alegre, apesar dos dois sistemas de coleta existentes atualmente (a Seletiva e a Domiciliar). O lixo rolando no chão e os insetos acumulando ao redor, o mau cheiro e os sacos voando com o vento completam o cenário que enquadra também muitos estabelecimentos comerciais, como descreve o vice-presidente de Comunicação e Marketing do Sindilojas POA e proprietário da Multi Ferragem, na rua Júlio de castilhos, Paulo

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Penna Rey. “Perto do meu estabelecimento, por exemplo, há um restaurante. O lixo, com o resto de comidas é depositado na calçada e na lixeira. Isso fica se decompondo ali. O óleo, muitas vezes, escorre atraindo cães. Também os catadores informais reviram e espalham tudo”. Mas, essa vista desagradável em composição com as vitrines e portas de entrada de lojas está com os dias contados. Em julho, tem início a implantação da Coleta de Lixo Mecanizada que vai substituir a Coleta Domiciliar, começando pela região central da cidade na fase piloto (ver mapa). Em lugar de sacos alojados no chão ou lixeiras abarrotadas de sacolas, entrarão em cena con-

têineres e caminhões com braços robotizados, câmeras e controle remoto – será deles a tarefa de erguer os grandes compartimentos, fazendo a coleta para posterior compactação. Aos cidadãos – residentes ou lojistas – fica a responsabilidade de depositar o lixo nos contêineres, em uma ação colaborativa, como destaca o diretor geral do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) Mário Moncks. “O mais importante é


Foto: Milton Moraes

que vamos promover a limpeza das áreas da cidade. É uma mudança visual e comportamental, para a qual contamos com a colaboração da população”.

Na prática Os 1,1 mil contêineres estarão posicionados em pontos estratégicos mapeados pelo DMLU, sendo apenas 300 em calçadas e os demais nas ruas, de acordo com a verificação feita acerca da demanda e estudo do impacto dos dispositivos ao ficarem estacionados. “Houve a preocupação com relação aos estacionamentos, no início do projeto. O tamanho não ultrapassa o equivalente a um carro popular de pequeno a médio porte. Assim, teremos o espaço de um ou dois carros deste volume por quadra sendo ocupados” observa Moncks, reforçando que não haverá problemas sobre estacionamentos ou visibilidade das fachadas. O volume do lixo determinará a periodicidade da coleta e, para tanto, a fiscalização da área será intensificada, a fim de verificar quais as reais necessidades dentre contêineres de 2,4 ou 3,2 mil litros. O lixo poderá ser depositado em qualquer horário, já que os equipamentos ficarão a disposição por 24 horas e as coletas serão realizadas de duas a três vezes por semana. O vento, a chuva ou os animais não terão acesso ao material que ficará “guardado” e bem fechado até o momento do recolhimento. O trânsito das regiões atendidas pelo novo sistema também poderá melhorar: atualmente oito caminhões realizam a Coleta Domiciliar, número que cairá para apenas três veículos circulando na região central com a Coleta Mecanizada. A coleta Seletiva seguirá inalterada.

Sacos e sacolas de lixo nas calçadas estão com os dias contados Penna Rey, a coleta terá envolvimento geral. “Acredito que este novo sistema vai organizar mais essa questão do lixo, a cidade vai ficar mais limpa. E tudo dependerá muito de um processo de educação d as pessoas para isso. Com certeza estamos dispostos a colaborar”, diz o lojista, fazendo sugestões. “Entendo que o poder público terá de fazer uma boa divulgação sobre isso, inclusive para que to-

dos cuidem dos contêineres evitando a depredação, por exemplo. Um telefone público para dúvidas e denúncias seria uma boa ideia”, observa Penna Rey. Para esclarecer todas as dúvidas e apresentar o novo sistema para a população que será atendida na região piloto, a Prefeitura fará uma campanha institucional, com 30 dias de antecedência ao início da coleta.

Foto: Reprodução/PMPA

Expectativa A julgar pelo interesse e disposição de comerciantes como

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Gestão

Foto: Eduardo Liott i, Divulgação

PA e Rochol/PM Fotos: Cristin

Empresários apostam no potencial econômico da Zona Sul da Capital

Foto: Ivo Gonçalves/PMPA

Frequentadores estão mais jovens, seletivos e apreciam o comércio local aproveitando a boa qualidade de vida

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a outrora tranquila região colonizada por italianos que não encontraram terras na Serra do Rio Grande do Sul, passando pelas imponentes casas de veraneio da aristocracia de Porto Alegre, a Zona Sul vive um intenso momento de expansão do comércio, sua principal atividade econômica. É a partir desta perspectiva que o presidente da Associação dos Empresários da Tristeza (GET), César Pereira da Cunha, defende o crescimento do bairro para aqueles que buscarem a atualização, qualificação, estrutura e consultoria especializada. “A tendência é de seguir crescendo neste ritmo pelos próximos anos”, afirma. O empresário, que tem negócios na região há 20 anos, acredita que esse desenvolvimento tenha ligação com o deslocamento do eixo imobiliário de crescimento da cidade, o que promoveu um grande in-

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cremento populacional, mudando o perfil dos moradores. “O público está mais jovem, mais seletivo e busca cada vez mais satisfazer suas necessidades de consumo próximo de casa, o que beneficia o comércio local”, justifica. Aproveitar este potencial como pólo de turismo, gastronomia e qualidade de vida também é o objetivo de um grupo de empreendedores que criou o movimento A Zona Sul da Nossa Porto Alegre. O empresário André de Oliveira Bokerskis, um dos fundadores, explica que o projeto visa assegurar que o crescimento se dê em harmonia com a comunidade, com o meio ambiente e os interesses econômicos da região. Segundo Boker-

Destaque para a boa qualidade de vida da Zona Sul de Porto Alegre


Foto: Divulgaç ão/PMPA

skis, “o movimento tem uma relação comercial, e dele fazem parte empresários, donos de centros comerciais, que defendem o desenvolvimento sustentável”. Para ambos, é fundamental que sejam feitas melhorias na infraestrutura da região para oferecer um suporte adequado ao desenvolvimento, sendo que a principal demanda é a duplicação da Avenida Wenceslau Escobar. Cunha ainda acrescenta serem necessárias melhorias em segurança, sinalização e no sistema de coleta de lixo. Com isso, acredita que seja possível a construção do modelo de bairro definido pela visão da associação: ser a região mais charmosa da cidade.

Grupo de empresários defende o desenvolvimento sustentável

O desenvolvimento A Zona Sul da Capital compreende 30 bairros, localizados, em sua maioria, junto à orla do Rio Guaíba. Originalmente, estes bairros caracterizavam-se por terem características rurais e por serem bastante tranquilos, longe da movimentação e da vida cultural do Centro de Porto Alegre. No entanto, toda essa vasta área começou a mudar a partir do final do século XIX, com a instalação de agricultores italianos que não conseguiram lotes de terra na Serra gaúcha. A colônia agrícola, batizada de Teresópolis, acabou se consolidando nas proximidades do principal acesso ao bairro Tristeza, a estrada proveniente da Cavalhada. A construção da Estrada de Ferro do Riacho, com terminal na Tristeza, que a princípio serviria para transportar o lixo produzido pelo centro de Porto Alegre para os aterros da Zona Sul estimulou de maneira decisiva o crescimento do bairro. A presença dos trens despertou a curiosidade da população e desenvolveu o uso da ferrovia para transporte de passageiros. Essa facilidade de deslocamento para o Tristeza permitiu que muitas

pessoas de maior poder aquisitivo pudessem desafogar o já populoso Centro, comprando propriedades na faixa de terra entre a ferrovia e o Rio Guaíba e instalando casas de veraneio no local. Estimulados pela construção de uma faixa de concreto, esses novos moradores passaram a não apenas veranear, mas também a morar no bairro. Hoje a principal via de acesso ao bairro é a Avenida Wenceslau Escobar, que concentra boa parte do comércio. Esse novo caminho resultou em uma intensa atividade imobiliária na região. Atualmente, a Tristeza caracteriza-se por ser um bairro residencial. Na região da orla do Rio Guaíba predominam casas de alto valor, enquanto que na área próxima ao bairro Camaquã há edifícios de médio e pequeno porte. Já a zona próxima ao Morro do Osso (limítrofe ao Bairro Ipanema), ainda sobrevive uma tranqüilidade que foi perdida com

o processo de urbanização ao longo do século XX. A Zona Sul hoje Segundo dados* do Observatório POA (www2.portoalegre.rs.gov. br/observatório), a região tem 67.821 habitantes distribuídos pelos bairros: Espírito Santo, Guarujá, Hípica, Ipanema, Pedra Redonda, Serraria, Tristeza, Vila Assunção e Vila Conceição representando 4,98% da população de Porto Alegre. Com área de 29,73 km², representa 6,24% da área total da Capital, sendo sua densidade demográfica de 2.281,23 habitantes por km². A taxa de analfabetismo é de 3,1% e o rendimento médio dos responsáveis por domicílio é de 13,8 salários mínimos. (*) Dados referem-se ao Censo 2000. As informações do Censo 2010 ainda não foram divulgadas pelo IBGE.

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Conecs

Conselho busca apoio em Brasília O grupo promoveu encontros com vários parlamentares Fotos: Divulgação Sindilojas

Representantes de Sindicatos e lojistas fizeram uma verdadeira maratona no Congresso Nacional

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Conselho Nacional das Entidades de Comércio em Shopping Centers (Conecs) discutiu, em sua reunião de 06 de abril, em Brasília, as ações de influência política no Congresso Nacional, especialmente sobre os projetos de lei 7137/2002 e 6625/06. Após o encontro, representantes de Sindicatos e Associações de Lojistas de vários Estados fizeram uma verdadeira maratona na Câmara dos Deputados onde, entre conversas rápidas e reuniões de trabalho, diversos parlamentares foram contatados e colocados a par da realidade enfrentada pelos lojistas. O objetivo do Conselho é sensibilizar os parlamentares para que entendam a questão dos shopping centers a partir do impacto causado nos consumidores, com altos preços e taxas abusivas (como no caso dos estacionamentos) e trabalhar para a provação dos dois PLs até o final de 2011. O deputado Renato Molling (PP/RS) teve uma longa conversa com os

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representantes do Conecs e ouviu as principais reivindicações dos lojistas e se comprometeu em apoiar a causa. Entretanto, deixou claro que não é possível a nenhum parlamentar atuar sozinho sobre um tema de tamanha relevância e impacto econômico. Neste sentido, o Conecs solicitou o apoio do deputado gaúcho para esta causa dentro da Comissão de Desenvolvimento, Indústria e Comércio (CDEIC) onde atualmente está o PL 6625/06, colocando-se à disposição para desarquivá-lo e realizar uma audiência pública para discuti-lo. Durante a tarde, os lojistas ainda se reuniram com o deputado Laércio Oliveira (PR/SE) para mais uma reunião de trabalho, que afirmou atuar em favor do Conecs no Congresso Nacional. O contato com o deputado foi intermediado pela Confederação Nacional do Comércio (CNC). No fim da tarde, os lojistas tiveram uma reunião com a deputada Fátima Pelaes (PMDB/AP). Duran-

te mais de uma hora foi possível discutir todas as dificuldades que os lojistas de shopping vivenciam. Sensibilizada pela situação, a parlamentar se comprometeu a ser uma defensora desta causa no Congresso Nacional. Este foi, inclusive, um dos motivos para ela solicitar uma vaga na CDEIC. No início da noite, finalizando a série de reuniões, foi realizada uma rápida conversa com o deputado brasiliense José Antônio Reguffe (PDT/DF), o mais votado proporcionalmente na última eleição e nome importante na Comissão de Defesa do Consumidor. As atividades desenvolvidas pelo Conecs no Congresso Nacional são prioritárias para os lojistas, já que este é o cerne do trabalho desenvolvido pelo Conselho. Atuar fortemente sobre o Congresso Nacional é uma prerrogativa de todas as gestões que assumiram a direção do Conselho nos últimos anos, o que se mantém na atual gestão.


Foto: Divulgação Clube do Comércio

Entidade

O Palácio Rosado é hoje local de casamentos, formaturas e outros eventos

Tradição e glamour Por seus salões passaram grandes personalidades

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Clube do Comércio de Porto Alegre completa 115 anos neste mês com uma história marcada por grandes eventos. Se na década de 40 filas de populares se formavam na porta do Clube para ver as moças e expoentes da sociedade gaúcha chegando para o Baile de Debutantes, a década de 60 foi marcada pelos shows de artistas e bandas nacionais e internacionais nas dependências da sede social. Elis Regina e a turma da Jovem Guarda levaram um grande público para dentro do Clube. Personalidades desfilaram por seus salões como, por exemplo, a então primeira dama da Argentina, Evita Perón. O Salão Cristal foi a primeira boate no Brasil a ter luzes coloridas e o primeiro andar da sede social já abrigou encontros políticos com a participação, inclusive, do presidente Getúlio Vargas. Palácio Rosado

Art Déco, o prédio tem espelhos de cristal rosado e vidros de cristal negro importados da Europa. Este foi o cenário para alguns dos eventos sociais mais cobiçados da capital gaúcha na década de 60, como relembra o pianista Norberto Baldauf, do Conjunto Melódico Norberto Baldauf, responsável pela trilha sonora de muitas destas grandes noites. “Tocamos diversas vezes no famoso Baile do Perfume (das Debutantes) e nas Reuniões Dançantes. Éramos aguardados com muita ansiedade. Bons tempos aqueles... Os bailes eram muito animados”, recorda o músico que tinha no repertório sucessos do rádio. “FasFoto: Marcello Campos/Arquivo Pessoal

cinação, por exemplo, não podia faltar”, conta Baldauf, elogiando a estrutura disponibilizada pelo Clube. “Não era pouca coisa. Havia um piano de cauda, um ótimo lugar para se tocar. Mas a nossa melhor recompensa era a satisfação do público de todas as faixas etárias, não havia separação. Jovens e adultos divertiam-se juntos”, recorda, destacando que o público era seleto e familiar. Palco de boas recordações, a sede social denominada Palácio Rosado é motivo de orgulho para os porto-alegrenses. Tombada pelo Patrimônio Histórico e Cultural, ainda hoje é centro de eventos como casamentos, formaturas, encontros empresariais e convenções. Sede Esportiva Localizada em região nobre da cidade de Porto Alegre, a Sede Esportiva do Clube do Comércio está na Avenida Bastian, 178, no Bairro Menino Deus. O espaço passou a fazer parte da estrutura da Entidade em 1943, com a incorporação do Clube Excursionista e Esportivo. Composta por diversos ambientes, o espaço amplo mantém a elegância característica do Clube do Comércio. O Salão Inglês e um moderno restaurante climatizado são ambientes aconchegantes. Já as quadras de tênis e futsal, piscinas e academia de ginástica oferecem opção para os adeptos do esporte ou atividades físicas.

O Clube do Comércio foi cenário de alguns dos eventos sociais mais cobiçados de Porto Alegre

Fundado em 7 de junho de 1896, o Clube do Comércio tem sua sede social localizada na Praça da Alfândega nº 1085 desde o ano de 1939. Idealizado no estilo

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Artigo * por Eduardo Plastina

Luta por mudanças no Simples

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Constituição Federal determina, expressamente, que as micro e pequenas empresas devem ser submetidas a tratamento tributário diferenciado e favorecido. Isso significa que a tributação dos empreendimentos de menor porte deve, necessariamente, apresentar duas características: quantitativamente, ser em montante proporcionalmente menor que os das empresas médias e grandes; e, qualitativamente, ter perfil simplificado, evitando grandes investimentos em suportes técnico-administrativos para garantir o correto pagamento dos tributos. Com a instituição do SIMPLES NACIONAL, em 2007, criou-se um sistema unificado de tributação pelo qual as micro e pequenas empresas encontram-se aptas a recolher os principais tributos federais e o ICMS ou o ISS em uma única guia, em percentual incidente sobre o faturamento e em montante via de regra mais reduzido do que o aplicado em outras sistemáticas de tributação. Em princípio, portanto, seguiu-se o desígnio constitucional e estabeleceu-se um modelo de tributação diferenciado e favorecido para as empresas de menor porte. Ocorre, porém, que após quase quatro anos de instituição do SIMPLES NACIONAL, podem-se identificar algumas deformidades nessa sistemática de tributação, as quais são atualmente objeto do Projeto de Lei Complementar (PLP)

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nº 591, que busca, no âmbito do Congresso Nacional, aprimorar a Lei Geral. As principais alterações previstas no referido PLP e que repercutem sobre o ramo varejista são as seguintes: (i) ampliação dos limites de adesão: prevê a ampliação de R$ 2,4 milhões para R$ 3,6 milhões o teto da receita bruta anual das micro e pequenas empresas para inclusão no Simples Nacional e aumenta de R$ 36 mil para R$ 48 mil o teto da receita bruta anual do Empreendedor Individual; (ii) criação do parcelamento especial: estabelece parcelamento especial para débitos de tributos inadimplidos dentro da própria sistemática do SIMPLES NACIONAL, acrescidos de um índice sobre a receita fixado em 1% para a pequena empresa e 0,5% para a microempresa; (iii) extinção da aplicação da substituição tributária: prescreve a impossibilidade de aplicação da substituição tributária para os casos em que empresas submetidas ao SIMPLES NACIONAL participem da cadeia circulatória, com exceção daquelas que atuam nas áreas de combustível, cigarros, bebidas alcoólicas, refrigerantes,

energia elétrica, eletrodomésticos e veículos automotivos; (iv) extinção da cobrança antecipada do diferencial de alíquota interestadual: determina a vedação de qualquer cobrança antecipada das empresas submetidas ao SIMPLES NACIONAL do diferencial de alíquota interestadual. Como se vê, trata-se de proposições de aperfeiçoamento do sistema integrado de pagamento de tributos fundamentais para recompor o modelo de tributação diferenciado e favorecido para as empresas de menor porte, pois garante o aumento dos limites de adesão, permite o parcelamento de dívidas e, além disso, extingue os dois grandes gargalos para as empresas varejistas optantes pelo SIMPLES, a substituição tributária e a antecipação da diferença de alíquota. Importante mencionar que o Sindilojas POA vem trabalhando fortemente para a aprovação integral desse projeto de lei. Inclusive, em reunião realizada com a bancada gaúcha no Congresso Nacional na sede da FECOMÉRCIO/RS, solicitou expressamente aos nossos representantes que ajudem a aprovar tal projeto, em função de trazer propostas de alteração que vêm ao encontro das necessidades dos lojistas do comércio de Porto Alegre. Advogado do Escritório Souza, Berger, Simões e Plastina - Advogados


Gastronomia

- Chef Fabiano Soares

Uma gostosura de festa junina Bandeirolas, barraquinhas, cantigas, pular fogueira! Comemorar os dias de São João, São Pedro e Santo Antônio é tudo isso e ainda deliciarse com os sabores da culinária caipira, típica do Interior do Brasil: pé-de-moleque, arroz de leite, canjica, batata doce, pinhão, pipoca, bolo de fubá, quentão! A Conexão Varejo decidiu apresentar neste espaço a dica do chef Fabiano Soares, um especialista nas maravilhas da Panificação e Confeitaria, com experiência de 20 anos em empresas do ramo. “A proposta é apresentar uma receita que leve um dos ingredientes mais conhecidos das festas juninas: o milho. Além disso, a família toda pode participar do preparo”, afirma Fabiano. Sendo assim, separe os ingredientes, convoque as crianças e dê início à diversão!

Foto: Milton Moraes

Bolo de Milho Verde ingredientes n2 espigas de milho debulhadas ou 1 lata de milho em conserva escorrido n1/4 de xícara de leite n1 xícara de açúcar n3/4 de xícara de manteiga n2 ovos n1/2 xícara de farinha de trigo n1 colher (sopa) de fermento Modo de preparo do Bolo: Aqueça o forno em 200º C. Bata no liquidificador o milho com o leite até formar um creme e reserve. Na batedeira bata o açúcar com a manteiga até obter um creme claro (demora uns 5 minutos), depois

junte os ovos e bata bem. Agora coloque o creme de milho, a farinha de trigo e o fermento e bata até ficar bem homogêneo.Asse por mais ou menos 20 minutos ou até que, ao furar o bolo com um palito, este saia limpo. Ingredientes da Cobertura n1/2 lata de milho em conserva escorrido n1/2 lata de leite condensado Modo de preparo da cobertura Bata os ingredientes no liquidificador ou em um mixer. Fure o bolo todo com um garfo e espalhe sobre o bolo ainda quente.

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Café com Lojistas debate temas de interesse dos associados

Foto: Vinicius Ghise

Sindinews

Foto: Kamila Karolkzac

Qualificação em debate O vice-presidente do Sindilojas POA, Paulo Kruse, participou de um talkshow com o jornalista Tulio Milman e o com o diretor regional do SENAC RS, José Paulo da Rosa. O encontro integrou a 6ª Feira de Oportunidades SENAC, realizada dia 04 de maio, na Capital. João Bosco Vaz debateu sobre os preparativos para a Copa do Mundo de 2014, na Capital

As últimas edições do Café com Lojistas foram um sucesso. A segunda, realizada no mês de abril, abordou o tema Dicas Tributárias, com o consultor jurídico do Sindilojas Porto Alegre, Dr. Eduardo Plastina. Na ocasião, os participantes tiraram dúvidas em relação à diferença de alíquota, substituição tributária e responsabilidade dos sócios pelas dívidas tributárias das empresas. Na terceira edição, realizada em maio, os lojistas debateram Os Preparativos de Porto Alegre para a Copa do Mundo 2014 e as Perspectivas para o Comércio, com o titular da Secretaria Extraordinária da Copa 2014, João Bosco Vaz. Durante o evento, o Secretário apresentou aos lojistas as principais mudanças da Capital para o mundial, que vai proporcionar a Porto Alegre grandes oportunidades de desenvolvimento.

Parceria contribui para a redução de crimes no Centro Histórico Os índices de roubos e furtos no Centro Histórico de Porto Alegre reduziram em média 38,6% de dezembro de 2010 a fevereiro deste ano, quando a BM passou a contar com 51 celulares com rádio disponibilizados pelo Sindilojas. O major André Córdova, comandante da 1ª Cia do 9º BPM, destaca o empenho dos comerciantes da região central: “A ação dos lojistas atuando junto aos policiais facilita o trabalho da corporação”, informou. A iniciativa visa melhorar a comunicação da BM, como uma alternativa que complementa o 190.

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João Rodrigues empossado na Junta Comercial do RS No dia 17 de maio, o vice-presidente Comercial do Sindilojas Porto Alegre, João Rodrigues, foi empossado como vogal na Junta Comercial do Rio Grande do Sul (Jucergs). Rodrigues assume o cargo como suplente de Ary Costa de Souza, que ocupa uma das quatro cadeiras da Federação do Comércio de Bens e Serviços do Rio Grande do Sul (Fecomércio-RS) na casa.

Oportunidades em Portugal O vice-presidente Administrativo do Sindilojas Porto Alegre, Daniel Casais, foi a Portugal buscar inspiração para o comércio da Capital. Casais integrou a missão realizada pela Fecomércio-RS em maio, para prospecção de negócios no país considerado a porta de entrada da Europa. Foram feitos contatos com empresas e entidades, que podem resultar em parcerias e negócios futuros. Os resultados da viagem foram apresentados na reunião de diretoria do Sindicado.

Novos diretores A diretoria do Sindilojas Porto Alegre conta com dois novos diretores adjuntos: Eduardo Spunberg – Coliseu Diretor de Joalherias Eduardo Lasevitch – Hering Diretor de Redes de Lojas


Artigo * por Carlos Alberto Carvalho Filho

O poder da emoção na negociação persuasiva

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or que razão duas pessoas argumentando sobre o mesmo tema, produto ou serviço – utilizando-se de premissas factuais e dados informativos idênticos – conquistam diferentes resultados persuasivos junto ao mesmo interlocutor? Respostas diversas podem ser justificativas plausíveis a esta indagação. Porém, ouso assegurar que grande parte delas tem explicação na valoração dada ao fator emoção no contexto argumentativo na busca do sim. A arte de argumentar estabelece a necessidade de harmonização entre o sentido racional e tangível do que está sendo dito ou exposto – informações,

dados, provas ou demonstrações – e o viés emocional construído no terreno dos sentimentos e das atitudes capazes de sensibilizar o interlocutor à tomada de decisão. Vender, tecnicamente falando, é um verbo conjugado pelo equilíbrio prático da racionalidade do convencimento com a emocionalidade do envolvimento persuasivo. Não raras vezes, no transcorrer de uma argumentação, consegue-se o convencimento de alguém sem, necessariamente, persuadi-lo. Isso significa dizer que convencer a outra parte por meio de fatos ou informações, por si, não assegura êxito aos objetivos plenos de uma negociação, conflito ou

simples interação pessoal persuasiva. Além da obtenção do convencimento, o sim definitivo exige a capacidade de sensibilizar o interlocutor a adotar uma decisão em que a inferência dos atributos tangíveis da argumentação utilizada seja robustecida pela percepção de relevância deste ato, especialmente a qualificação no usufruto dos benefícios deles decorrentes. Em síntese, a conquista do sim é um processo situacional e argumentativo que envolve o gerenciamento harmônico da informação (convencimento) e o da relação (envolvimento). O exercício desta dinâmica interpessoal, ponderando razão e emoção, faz toda a diferença para a obtenção do resultado desejado em processos persuasivos, principalmente no competitivo ambiente de negociação em vendas. (*) Consultor Empresarial, palestrante nacional e autor dos best-sellers A azeitona da empada (2007), A cereja do bolo (2009) e Você é o cara (2010)


Associadas

Bom gosto em vestuário

A decoração da loja é feita de taquaras e móveis rústicos

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Klá-Óka foi fundada em 12 de Fevereiro de 1982, mas a ideia surgiu em 1981 quando Claísa Leão, proprietária da empresa, ganhou a loja de presente de casamento dos sogros. “Na época, a loja estava alugada para um comerciante de roupas íntimas, cama, mesa e banho que negociou o estoque e os móveis. Só foi preciso criar a razão social”, conta Claísa. A Klá-Óka estabeleceu seu estilo próprio no co-

Presentes com carinho

mércio de roupas de marca depois que a proprietária percebeu que seus concorrentes não estavam no bairro, mas nas lojas de shopping center. Os principais clientes são moradores e funcionários das empresas do bairro, principalmente das classes A e B, por se tratar de comercialização de marcas bem posicionadas no mercado consumidor. O estilo e a decoração da loja foram elaborados quase por acaso. “As araras foram feitas de taquara, inicialmente, pelo baixo custo, mas com o tempo conquistou o cliente e tem tudo a ver com o nome da loja: Klá de Claísa e Óka em referência a moradia indígena. Até hoje a decoração da loja é toda de taquaras e móveis rústicos”, ilustra Claísa, observando que o estabelecimento está em constante atualização para sempre atender bem a clientela fiel, há mais de 15 anos. A parceria com o Sindilojas POA é outro ponto destacado pela proprietária. “Sou associada há mais de dez anos e sempre participo das palestras que são uma injeção de ânimo, principalmente em épocas de crise financeira”, observa. Outro benefício apontado por Claísa são os cursos de capacitação oferecidos pela entidade. “São de alto nível e minha funcionária aprendeu muito”, afirma. A Klá-Óka fica na Rua Demétrio Ribeiro, 861, no Centro de Porto Alegre. Fotos: Milton Moraes

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á 15 anos no mercado, a Cravo&Canela - Cestas e Especiarias tem produtos importados e caseiros nacionais para a montagem de cestas de café da manhã, formatura, maternidade, happy hour e toda a sorte de datas especiais, nas mais diversas ocasiões. Com embalagens diferenciadas e produtos deliciosos, as cestas são entregues com hora marcada, seguindo a tradição, bom gosto e sensibilidade como conta a Gerente de Marketing Juliana Costa. “Tudo é feito com muito carinho e amor”. A loja foi fundada março de 1996 por Sulani Costa (Dona Sula, como é conhecida) e as filhas Joana e Juliana, conta com a colaboração de duas funcionárias part time e aumenta a equipe nas datas comemorativas. “A maior parte dos clientes mora na Zona Sul, mas temos um público crescente de outros bairros e pessoas que moram no exterior e presenteiam família e amigos em Porto Alegre”, informa Juliana. Com a proximidade de datas especiais “há o ‘boca a boca’ e outras ações de marketing para aquecer as vendas, além de 15 anos de trabalho com a mesma qualidade. Nossos clientes são fiéis e satisfeitos”, co-

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A equipe aproveita os cursos de qualificação do Sindilojas POA memora Juliana. A gerente destaca a parceria com o Sindilojas POA nos cursos de qualificação oferecidos pela entidade. “Os preços são acessíveis e os cursos qualificam toda a equipe”, enfatiza. A Cravo&Canela fica na Av. Wenceslau Escobar 3033 e abre de segunda a sábado das 9h às 19h, sem fechar ao meio dia. Confira os produtos pelo site www.cravoecanelaespeciarias.com.br

Para participar desta editoria, as associadas devem manifestar seu interesse pelo email imprensa@sindilojaspoa.com.br


Lazer

Conheça Porto Alegre n Quem olha a capital gaúcha apenas com olhos urbanos, não imagina que a apenas 30 minutos do Centro da cidade é possível conhecer lugares históricos, pequenas propriedades agrícolas onde o turista pode saborear um cacho de uva embaixo de um parreiral, deliciar-se com as frutas dos pomares, tomar chimarrão sob figueiras centenárias e percorrer trilhas ecológicas.

Você sabia... n Que Porto Alegre é a segunda capital brasileira com a maior área rural - cerca de 30% de seu território - e que esse espaço de natureza viva, com áreas de preservação ambiental e biológica, foi decisivo para a cidade ser considerada, pela ONU, a metrópole com a melhor qualidade de vida do Brasil? n Opções de agências que oferecem opções de roteiros para os Caminhos Rurais de Porto Alegre podem ser acessadas no site www.caminhosrurais.tur.br Fonte: www2.portoalegre.rs.gov.br/turismo

ERRATA a No Editorial da edição de março afirmamos que “Desde a primeira revolução industrial, no início do século XX”, e a primeira revolução industrial iniciou na Inglaterra em meados do século XVIII, se expandindo pelo resto do mundo a partir do século XIX.

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