Conexão Varejo - Novembro/2011

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Revista do Sindicato dos Lojistas do ComĂŠrcio de Porto Alegre/RS

NÂş 41 novembro 2011

Especial

Mercado:

Polo comercial

A classe C serĂĄ a protagonista das vendas do Natal 2011

A Restinga tem atrativos para investimentos do varejo



Sumário

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Opinião Em novembro empregadores e empregados do comércio varejista negociam a convenção coletiva de trabalho.

Responsabilidade socioambiental Ação do movimento “Porto Alegre: Eu curto. Eu cuido”, o projeto Minha Calçada incentiva a cidadania entre os porto-alegrenses.

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Foto: Divulgação

Desenvolvimento Humano O programa Geração Varejo visa suprir a carência de mão de obra no comércio.

Polos Comerciais A Restinga se revela um cenário promissor para o comércio.

Conecs

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Entrevista

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Artigo

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Finanças

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A diretora superintendente da Junior Achievement, Wilma Resende Araujo Santos, explica como a entidade prepara jovens para o mercado de trabalho.

Marcada a Audiência Pública que vai discutir o Projeto de Lei N. 7.137 de 2002, que altera a Lei do Inquilinato para regulamentar as relações comerciais dentro dos shopping centers.

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A Lei do Estágio impõe novas regras que passaram a disciplinar o tempo máximo de duração dos contratos, a obrigatoriedade de uma remuneração, a concessão de um período de recesso e a limitação da jornada de trabalho. Por Gustavo Villar Mello Guimarães.

Franquia: as vantagens, os custos e os cuidados que franqueado e franqueador devem ter para usufruir de um bom negócio.

Mercado A classe C é responsável por metade do consumo no País e deve ser compreendida e bem-atendida por aqueles que desejam vender muito no próximo Natal.

Especial Conheça inovações tecnológicas que otimizam processos e aumentam a interação de clientes com o ponto de venda.

Entidade Vale Mais Comprar Aqui: mais um sucesso.

Cultura No Centro Histórico, tesouros arquitetônicos emolduram o cotidiano da metrópole.

Artigo A vitrine é o cartão de visita da loja e nas festas de final de ano, ganha ainda mais destaque. Por Iran Marcon.

Galeria Sindilojas

Destaques da Entidade

Sindinews

Notícias e informações do setor varejista.

Associadas Ponto Sul e Mundo Marinho.

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Milton Moraes

Opinião * por Ronaldo Sielichow

Expediente Sindicato dos Lojistas do Comércio de Porto Alegre/RS Rua dos Andradas, nº1.234. Edifício Santa Cruz, 22º andar – Centro Histórico

Que seja justo

Porto Alegre/RS Fone: (51) 3025.8300 Fax: (51) 3228.1123 www.sindilojaspoa.com.br Unidade Shopping Total Avenida Cristóvão Colombo, 545, loja 1122 Fone: (51) 3018.8122 Diretoria Sindilojas POA Presidente: Ronaldo Sielichow Vice-presidente: Paulo Kruse Vice-presidente Administrativo: Daniel Casais Vice-presidente Financeiro: Marco A. Belotto Pereira Vice-presidente de Relações de Trabalho: Sergio Axelrud Galbinski Vice-presidente Comercial: João Rodrigues Vice-presidente de Comunicação e Marketing: Paulo Penna Rey Vice-presidente de Relações Políticas e Institucionais: Arcione Piva Diretor Administrativo: Roni Zenevich Diretor Financeiro: Augusto Hecktheuer Diretor de Relações de Trabalho: Vladimir Machado Diretor Comercial: Tarcísio Pires Diretor de Comunicação e Marketing: Antonio Gomes Diretor de Relações Políticas e Institucionais: Antonio Sanzi Suplentes: Alécio Ughini, Eduardo Suslik Igor, Gustavo Orlandini Schifino, Irio Piva, José Galló, Manoel Motyl, Marivaldo Tumelero, Mauro Suslik Tornain, Moacir Sibemberg, Nádia Regina Almeida, Nelson Jawetz, Ricardo De Conto, Silvio Sibemberg e Vilson Noer. Diretores Adjuntos: Eduardo Spunberg, Eduardo Lasevitch, José Rodrigues, Luiz Caldas Milano, Mariana Pimentel e Roberto Zimmer Conselho Fiscal: Lídio Ughini, Wilson Scortegagna e Alcides Debus Suplentes: Carlos Schmaedecke, Hermes Queiroz e Orisvaldino Magnus Scheffer Conexão Varejo Publicação do Sindicato dos Lojistas do Comércio de Porto Alegre (Sindilojas POA), produzida pela Uffizi Consultoria em Comunicação. As colaborações e sugestões de pauta para a publicação devem ser enviadas para revista@uffizi.com.br Atendimento ao leitor e Assessoria de Imprensa: Sindilojas Porto Alegre imprensa@sindilojaspoa.com.br Fone: (51) 3025-8323

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chegada a hora de sentar à mesa de negociações. Novembro é o mês em que empregados e empregadores do comércio de Porto Alegre discutem o dissídio da categoria. Felizmente, em pleno século 21, o processo evoluiu, e a negociação coletiva é pautada pelo diálogo, respeito e entendimento. Nesse momento de negociações, o Sindilojas POA tem papel fundamental para que a convenção coletiva de trabalho seja normatizada e atenda aos interesses dos comerciantes com justiça e coerência diante da realidade em que vivemos. Atualmente, o Sindilojas Porto Alegre representa mais de 16 mil lojas na Capital. Todos esses estabelecimentos são diretamente afetados pela negociação coletiva, e seus proprietários sabem a importância de contar com um Sindicato forte, que trabalha para gerar benefícios aos associados e tem consciência de sua responsabilidade com os lojistas e a sociedade. O comércio de Porto Alegre é um dos principais pilares da economia da cidade e do Estado. Nosso negócio como lojistas é vender, mas também gerar empregos, capacitar pessoas, proporcionar crescimento profissional, e essa soma de fatores nos confere um papel decisivo no desenvolvimento econômico da Capital. Seguimos trabalhando, pois sabemos que não existe crescimento sem empenho, sem metas traçadas e sem resultados perseguidos. *Presidente do Sindilojas Porto Alegre

Conselho Editorial – Sindilojas POA Presidente: Ronaldo Sielichow Vice-presidente de Comunicação e Marketing: Paulo Penna Rey Diretor de Comunicação e Marketing: Antonio Gomes Superintendente: Márcio Allegretti

Princípios organizacionais

Gerente de Comunicação e Marketing: Karin Souza

MISSÃO

VISÃO

Assessor de Imprensa: Vinícius Ghise

“Representar, defender e promover o

“Ser referência nacional em

Estagiária de Comunicação: Kamila Karolczak

desenvolvimento da classe lojista, com

entidade patronal sendo decisivo no

excelência em serviços, gerando benefícios

desenvolvimento do comércio varejista

e vantagens para categoria, associados e

de Porto Alegre.”

Uffizi Consultoria em Comunicação

sociedade”.

Diretor Executivo: Almir Freitas (MTb/RS 5.412) Editora: Karla Pimentel Redatores: Ana Júlia Tiellet e Carolina Teixeira Colaboradores: Gustavo Villar Mello Guimarães e Iran Marcon Projeto Gráfico e editoração: Carla Cadó Vielmo Dietrich Impressão: Contgraf Tiragem: 10 mil exemplares Revisão: Luana Aquino Comercialização: Uffizi Consultoria em Comunicação Fone: (51) 3330.6636 * Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores

VALORES Ética: Respeitar normas e diretrizes da

alcançar os objetivos.

Entidade com honestidade e integridade.

Transparência na gestão: Dar visi-

Comprometimento: Ter compromis-

bilidade aos processos, ações e resulta-

so e responsabilidade com os objetivos

dos da Entidade.

da Entidade demonstrando iniciativa e

Inovação: Buscar soluções criativas e

proatividade junto aos associados.

ideias inovadoras frente aos desafios.

fesa de suas bandeiras.

Responsabilidade Socioambiental: Em suas ações, considerar a susten-

Trabalho em equipe: Trabalhar como

tabilidade em benefício da sociedade e

um time, somando competências para

do meio ambiente.

Foco no resultado: Ser eficaz na de-


Entrevista - Wilma Resende Araujo Santos

Plantando sementes para um futuro empreendedor e responsável Primeiro você tem um sonho. Depois estabelece as metas para alcançá-lo. Em seguida, constrói um planejamento e traça os caminhos que vai seguir. Com perseverança e dedicação, o que era um desejo se transforma em ação e, finalmente, você vive aquilo que um dia sonhou. O raciocínio parece simples e claro, porém, a maioria das pessoas tem dificuldade para traçar suas próprias metas e entende o futuro como algo prédefinido. É exatamente sobre isso o trabalho realizado pela Junior Achievement (JA). A organização sem fins lucrativos é fruto da iniciativa de empresários norte-americanos que, em 1919, plantaram a semente do empreendedorismo para que crianças fossem “arquitetas do próprio futuro”. A Junior Achievement foi trazida para o Brasil na década de 1980 e, como explica a diretora superintendente da entidade, Wilma Resende Araujo Santos, os jovens

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são preparados para o mercado de trabalho e comprometidos com a coletividade. O trabalho da Junior Achievement tem como base oferecer às escolas uma série de programas realizados com a participação de empresários que se dispõem a ensinar de forma voluntária. Em mais de duas décadas, dois milhões de jovens já foram atendidos em todo o País. No Rio Grande do Sul, atualmente, 50 mil alunos de escolas públicas e privadas, em diversos municípios, participam das atividades. Como detalha Wilma, na entrevista que segue, trata-se de uma grande contribuição para a formação de bons cidadãos, bons empresários, bons líderes, bons educadores e bons políticos, enfim, para um bom futuro.

Conexão Varejo – Por que trabalhar a cultura empreendedora na faixa etária escolar? Hoje em dia se fala muito mais nesse assunto do que há algumas décadas... Wilma Resende – A Junior Achievement nasceu em 1919 nos Estados Unidos e chegou ao Brasil “atrasada”. Foi fundada por dois empresários que perceberam a necessidade de levar o assunto de negócios para as escolas com o objetivo de preparar crianças e jovens para a realidade. E foi por essa mesma razão que trouxemos a Junior Achievement para o Brasil, trabalhando desde a educação infantil até os anos iniciais do ensino superior. Entendemos que, ao plantar a semente de empreendedorismo nos jovens, devemos abordar todos os valores que acompanham um bom empresário: honestidade, ética, perseverança, coragem para correr riscos e, é claro, a capacidade de analisar o mercado. Isso tudo vai sendo ensinado, aos poucos e de maneira lúdica, às crianças e, depois, de maneira mais profunda, aos jovens. Pretendemos que cheguem ao mercado de


Fotos: Divulgação

trabalho com maior capacidade de entendê-lo e de participar sem medo, pois estarão preparados. Conexão Varejo – Essa cultura é relativamente nova, diferenciada do que temos tradicionalmente no Brasil... Wilma Resende – Sim. Nós sabemos que a maioria dos negócios começou através de uma pessoa empreendedora. E essa pessoa tinha uma ideia que desenvolvia até se tornar um negócio. Mas faltava, muitas vezes, a educação financeira e é nisso que pensamos. É importante desenvolver uma cultura de maior conhecimento sobre finanças, pois muitas vezes, o empreendedor tem uma boa ideia, mas não tem muito conhecimento sobre crédito, débito, planejamento orçamentário, viabilidade do negócio, etc. Tudo isso ele deve aprender a analisar. Conexão Varejo – É algo que se constrói desde infância? Na prática, como se dá esse ensino? Wilma Resende – Nossos programas ensinam de maneira lúdica o “aprender-fazendo”. Oferecemos atividades práticas, sempre através de simulações, jogos, situações e dinâmicas. Assim, as crianças vão absorvendo mais facilmente. Quando são muito pequenos, ensinamos valores de família – orçamento pessoal, como administrar a mesada, o que significa orçamento familiar, etc. Temos relatos de pais que perguntam: “O que vocês estão fazendo com o meu filho? Ele antes sentava-se à mesa do almoço, comia e saía. Hoje ele senta, conversa e indaga quanto custam as coisas, quanto eu ganho e o que eu faço com o que sobra”. Esses depoimentos mostram que essas crianças já estão pertencendo ao mercado.

Os programas ensinam de maneira lúdica, o “aprender-fazendo”

com que o governo atenda às necessidades da sociedade. Porém, como cidadão, deve saber analisar os seus direitos e saber exigir do governo que traga de volta esses impostos em forma de saúde, educação e segurança. O que a Junior Achievement deseja é incentivar nos jovens a consciência de cidadania.

Qual a reação inicial das crianças no início desse trabalho? Wilma Resende – Há muita curiosidade, mas há, principalmente, uma avidez por informação. As escolas não fornecem esse tipo de educação preparatória para o mercado de trabalho. Então, quando a Junior Achievement chega com assuntos como empreendedorismo, finanças e sustentabilidade, a reação do jovem é de surpresa com o que ele está aprendendo. Depois, vai assimilando e introjetando até que se torna um cidadão consciente de seus direitos e de seus deveres.

Em mais de duas décadas, quais os resultados do trabalho da Junior Achievement no mercado de trabalho? Wilma Resende – Sem dúvida já temos resultado. Sabemos de muitos jovens que estão sendo requisitados para trabalhar em grandes empresas. Eles são o nosso termômetro, pois as empresas dão preferência aos jovens que, no currículo, citam a participação nos programas da Junior Achievement. Temos jovens, em quantidade muito expressiva, colocados nas empresas depois que passaram pela Junior Achievement.

Conexão Varejo – Como exatamente? Wilma Resende – Nós ensinamos, por exemplo, que um empreendedor precisa ter noções de sustentabilidade. Deve pensar no futuro. Os jovens têm de aprender que, ao pensar no negócio, devem pensar em inovação, em criatividade, mas também em responsabilidade. Esse produto que ele está criando para colocar no mercado não deverá prejudicar o Planeta. É obrigação ter a noção de sustentabilidade, saber que, no momento em que se quer ser empresário, terá de entender toda a dinâmica desse empreendimento em relação à sociedade. Por exemplo, o jovem deve analisar a importância dos impostos no seu negócio e a importância de não sonegar, porque são os impostos que fazem

Toda essa cultura gera também um público consumidor diferenciado. Como atender esse novo consumidor? Wilma Resende – O jovem, depois de ter uma educação financeira mais apurada, vai consumir conscientemente. Não vai comprar sem muita necessidade e vai diminuir a compra por impulso. Não vai ceder à tentação de se endividar para comprar e vai colocar esse débito dentro das possibilidades dele. Avaliará se não está comprando mais do que tem capacidade, pois já sabe analisar um orçamento e sabe que não pode gastar mais do que ganha. Somos a favor do consumo, mas é importante que o jovem tenha a noção de consumo consciente, pois isso fará a economia do País mais forte.

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Artigo * por Gustavo Villar Mello Guimarães

Contrato de estágio e as empresas do comércio

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palavra “estágio” se refere a uma etapa da vida do estudante. A experiência vivida nesse período pode determinar seu futuro profissional. Trata-se de contratação que traz em seu bojo o sentido de “oportunidade”. A Lei nº 11.788/2008 que substitui as legislações esparsas até então editadas, sinaliza que o estágio deve se constituir em um vínculo educativoprofissionalizante. Destacam-se na referida lei as regras que disciplinam a duração dos contratos de estágio, a obrigatoriedade de uma remuneração, a concessão de um período de recesso e a limitação da jornada de trabalho. Os contratos não poderão ter duração superior a dois anos. Passa a ser obrigatória a concessão de uma bolsa-estágio. Outra novidade é a garantia de um período de descanso de 30 dias, concedido sempre que o estágio tiver duração igual ou superior a 12 meses e que deverá coincidir, preferencialmente, com o período de férias escolares. A duração da jornada foi limitada a quatro horas diárias ou seis horas diárias, de acordo com o momento escolar. A lei também disciplina o número máximo de estagiários por empresa, que deve guardar proporção com o número de empregados. Segundo a lei, o desrespeito às regras de validade do contrato de estágio implica em sua nulidade e no reconhecimento de uma relação de emprego. As situações mais comuns de deturpação do contrato de

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estágio são os casos de incompatibilidade entre o curso frequentado pelo estudante e a atividade exercida na empresa e o desrespeito ao número máximo de estagiários. Nas empresas que exploram a atividade do comércio, a contratação de estagiários tem limitações menos implícitas do que aquelas destacadas acima, mas não menos importantes. A contratação de estagiários não serve para suprir a necessidade transitória de contratação de vendedores, caixas e outras atividades típicas do comércio, uma vez que essas funções não demandam formação profissional. A contratação de estagiários pelas empresas do comércio somente se justifica para as atividades que demandem forma-

ção profissional, porquanto nessas situações ocorrerá a indispensável interação entre a parte teórica e a parte prática. No momento em que se aproximam as festas de fim de ano e, naturalmente, surge a necessidade de mão de obra para atender à demanda extraordinária de serviço, o empresário deve ficar atento às formas de contratação que a legislação oferece. A contratação de estagiários não pode ser utilizada para a contratação de vendedores, caixas e outras atividades que não demandam formação profissional. A alternativa legal é a contratação de trabalhadores temporários, prevista na Lei nº 6.019/74, regulamentada pelo Decreto nº 73.841/74. Esse tipo de contratação ocorre por meio de empresas fornecedoras de mão de obra temporária, que colocam seus trabalhadores à disposição de outras empresas. O contrato entre as empresas deve ser escrito, indicando de forma expressa a justificativa da demanda extraordinária e a forma de remuneração pelos serviços prestados. A prestação de serviço com uma mesma empresa tomadora de serviços não pode exceder de três meses, salvo autorização do Ministério do Trabalho e Previdência Social. A remuneração, que é paga pela empresa de trabalho temporário deve ser equivalente ao dos empregados da empresa tomadora de serviços. Essa é a alternativa efetivamente correta para as empresas do comércio que necessitam de mão de obra para atendimento da demanda extraordinária de serviço decorrente das festas de final de ano. *Advogado – Sócio da Flávio Obino Fº Advogados Associados gustavo@obinoadvogados-sc.com.br


Finanças

Franchising: em dez anos, setor cresce no Brasil três vezes mais que o PIB RS é visto como uma das regiões promissoras para o crescimento do mercado de franquias nos próximos anos Fotos: Milton Moraes

Manoel Pimentel, franqueado de O Boticário, acredita que o franchising oferece muitas vantagens e está em expansão

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m mercado amadurecido, consolidado e com grandes expectativas de crescimento. Essa é a realidade do franchising no Brasil. O setor, que nos últimos dez anos vem crescendo em um ritmo três vezes maior que o do PIB nacional e gera mais de 777 mil empregos diretos, deve fechar o ano de 2011 com uma expansão de 15%, segundo a Associação Brasileira de Franchising (ABF). A previsão é que mantenha o mesmo ritmo em 2012, chegando ao patamar de quase R$ 100 bilhões de faturamento anual. De acordo com Gustavo Schifino, franqueador e diretor da ABF/RS, o Rio Grande do Sul é uma das regiões promissoras desse mercado, que está em um momento particularmente bom. “De 2009 para 2010, dobrou o número de marcas

que são franqueadoras no Estado e também o número de franquias cresceu mais do que a média da ABF, que foi de 12%. Aqui, o número cresceu na faixa de 16%. Isso deve acontecer nos próximos anos no Estado, a tendência é que o franchising continue crescendo um pouco acima da média nacional por ser um mercado que começou a ser explorado há pouco tempo”, afirma o diretor da ABF/RS. Dono de oito lojas de O Boticário (maior empresa franqueadora do País, com 3134 unidades e ainda com planos de expansão), Manoel Pimentel brinca que o ramo de perfumaria e cosméticos é “instável em um sentido positivo, porque está sempre crescendo”. Empresário

Tipos de Franquias Atualmente, existem franquias de todos os segmentos. Desde as microfranquias, que possuem um valor baixo de investimento, a partir de R$ 20 mil, até grandes, que ultrapassam o valor de R$ 1 milhão. Segundo a ABF/RS, o que mais cresceu em 2010 foi o segmento de acessórios e vestuário pessoal, que aumentou em 40%. “Vários setores estão indo muito bem. Há os mais maduros, como o de alimentação que estão estáveis e setores novos que explodiram, como as franquias de iogurte, que cresceram em 2000%”, explica o diretor da ABF/RS, Gustavo Schifino.

do ramo há 25 anos, ele acredita que, além de ser um mercado em expansão, o franchising oferece outras vantagens. “O bom do sistema de franquias é que você não está sozinho no negócio. Tem toda uma estrutura atuando na retaguarda, trabalhando para que se tenha cada vez mais sucesso”, conta. E é esse sistema cooperativo a grande vantagem, segundo Gustavo Schifino. “Uma andorinha não faz verão. A capacidade cooperativa de unir vários pequenos com a mesma bandeira para se tornarem relevantes no mercado é o que faz a diferença”, explica. Dados do Sebrae comprovam o quanto esse sistema cooperativo colabora para o sucesso dos negócios e indicam que 83% das empresas que abrem de forma autônoma quebram em dez anos. No franchising, o mesmo índice de mortalidade da empresa no decênio cai para 9%. “No franchising te tornas mais competitivo, tens alguém para te ajudar, como se tivesse uma consultoria”, compara Schifino.

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Fotos: Divulgação

Mercado

A base forte das vendas de Natal Responsável por metade do consumo do País, a classe C ocupa posição relevante quando o objetivo é aumentar as vendas neste fim de ano

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inda sob as incertezas geradas pela turbulência econômica em nível global, as expectativas do comércio concentram-se no Natal, tradicionalmente o período de vendas mais robusto. No Brasil, por mais um ano, o cenário terá um protagonista de peso: a classe C. De acordo com especialistas, o segmento não vai desestabilizar ou gerar resultados extraordinários para o varejo, mas seguirá sendo a maior fatia consumidora, fato que, por si só, justifica sua importância. A classe C tem aspirações, deve ser compre-

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endida e bem-atendida para que a intenção de compras se consolide em resultados positivos, como é a expectativa.

Quem é Considera-se pertencente à classe C o indivíduo com renda familiar mensal entre R$ 1.300,00 e R$ 3.000,00, o que engloba quase 100 milhões de brasileiros. “Não é um nicho, é, praticamente, um país de consumidores. Eles foram responsáveis por 43,3% do consumo no ano passado, enquanto as classes A e B participaram com 38,7% e, neste ano, a distância deve aumentar ainda mais”, analisa o publicitário e consultor especializado em mercado consumidor de baixa renda, André Torretta. Ele vislumbra um aumento considerável nas vendas para essa parcela da população. “Provavelmente esse segmento irá consumir bem mais do que as

classes A e B neste final de ano. Ou seja, o grande presente de Natal de 2011 para os lojistas é mesmo a tão aclamada classe C”, afirma o consultor. O diretor da empresa especializada em inteligência de mercado com foco no monitoramento do varejo, a Shopping Brasil, José Roberto Resende concorda que essa grande parcela de consumidores será ainda mais importante neste Natal e observa que, possivelmente, deverá sofrer menos o impacto da crise tendo em vista que as condições de emprego, renda e disponibilidade de crédito continuarão ainda positivas. No entanto, Resende faz uma ressalva em relação ao mercado regional. “Pelo nível de politização e cultura da população gaúcha, em momentos de crise a retração acaba sendo maior aqui no Sul do que em outros estados como o Nordeste”, alerta.

O que deseja Tratando-se de uma fatia de mercado extremamente importante, além de descrevê-la em estatísticas, também é necessário entender seus anseios, raciocínio e objetivos. Nesse sentido o fator


Fotos: Divulgação

qualidade ganhará atenção da classe C, como destaca Torretta. “De acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, o número de trabalhadores informais caiu, aliás, vem caindo ano a ano. Ou seja, há mais brasileiros com estabilidade no emprego, o que significa mais e mais pessoas sem medo de comprar no crediário. Por isso, acredito que em relação ao Natal de 2010, o consumo da classe C vai ser de maior valor. E, com sua experiência em compras, vai ser também de melhor qualidade”, indica. Passado o boom do aumento da renda, os consumidores desse universo específico buscam, através do consumo, a tradução para suas aspirações. É o que explica o mestre em economia de empresas e professor da Escola Superior de Propaganda e Marketing do Rio Grande do Sul (ESPM/RS), Cláudio D’Ávila. Ele utiliza o conceito de um fenômeno verificado nos Estados Unidos, chamado trending up, para explicar a motivação da classe C. “É o indivíduo de baixa renda comprando, devido às novas condições, um produto não destinado prioritariamente a ele. Dizer que essa categoria social vai comprar determinado produto porque tem valor intermediário não é uma verdade absoluta. Deve-se ter cuidado para não rotular, não se pode fazer esse tipo de limitação porque essa decisão está muito mais no aspecto comportamental do que propriamente na renda do consumidor. Acredito que com as condições de pagamento e uma possível reserva

Cerca de 50% da tomada de decisão para a compra se dá no ponto de venda e é importante a boa iluminação, ambiente agradável e bons vendedores

Dizer que essa categoria social vai comprar determinado produto porque tem valor intermediário não é uma verdade absoluta... Essa decisão está muito mais no aspecto comportamental do que propriamente na renda do consumidor. Cláudio D’Ávila Mestre em Economia de Empresas e professor da ESPM - RS feita especialmente para o período, essas pessoas vão querer algo a mais”, explica D’Ávila. O especialista também atenta para o fato de que, atualmente, a classe C segue um equilíbrio entre preço e qualidade. Dessa forma, o aumento do ticket médio deste

consumidor é possível do ponto de vista econômico, mas perpassa ainda aspectos comportamentais para a tomada de decisão de compra. “A grande questão é que esse consumidor, apesar de ter elevado seu consumo, ainda necessita de clareza e objetividade no atendimento. Ele recebe uma quantidade muito grande de informação e busca credibilidade para definir sua compra. Não se pode ter uma oferta ou uma promoção que não esteja clara, um parcelamento que não indique objetivamente a taxa de juros e o valor do produto ao final das prestações, por exemplo”, explica D’Ávila que complementa:“A oferta está cada vez maior, com produtos cada vez mais parecidos. Então, o aspecto sensorial merece atenção dos lojistas. Uma boa iluminação e demonstração de produto, material de ponto de venda bem-elaborado, música e aroma adequados e agradáveis, boa apresentação e comunicação dos vendedores são alguns pontos. Sabemos que 50% da tomada de decisão para a compra se dá no ponto de venda. O consumidor da classe C está justamente buscando essa mudança, esses diferenciais”.

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Especial

Lojas inteligentes transformam o comércio Para atender a demanda dos novos consumidores, lojas investem em tecnologia para proporcionar experiência de compras diferenciada

I

magine um expositor digital que mostre as características de um determinado produto, sugira ao cliente ofertas relacionadas e disponibilize um mapa da loja contendo a localização física do produto e o caminho a ser percorrido para encontrá-lo. Ou, então, um provador que identifique as peças que estão com o cliente e as exiba em um monitor touchscreen, permitindo a consulta de cores, tamanhos, detalhes do produto, disponibilidade de estoque e os preços com um só toque na tela. Soluções tecnológicas como essas, entre tantas outras, não fazem mais parte de projeções futurísticas e prometem reformular o atual conceito das lojas do varejo. Segundo Regiane Relva Romano, CEO da Vip-Systems - em-

presa provedora de soluções tecnológicas -, a partir de agora o mercado vai começar a ver o que se vem especulando há anos. “O consumidor moderno vai exigir que a loja se diferencie, que ofereça um processo de compra inovador. É um quadripé - a gestão, a interatividade, o entretenimento e a mobilidade - que vai sustentar as lojas modernas. Só com isso você vai conseguir se diferenciar, dando uma experiência de compra diferente para o cliente”, afirma. As lojas inteligentes, denominação dada aos pontos de venda que utilizam tecnologias como RFID (Radio-Frequency Identification) e NFC (Near Field Communication) em todas as suas operações, estão transformando a experiência de compra

A tecnologia RFID e NFC atrai clientes, otimiza processos e ajuda a reduzir custos

dos consumidores. A NFC tem um sistema bem simples de ser utilizado: ela permite a troca de informações de maneira bastante segura entre dois dispositivos eletrônicos compatíveis assim que estes são aproximados. Com isso, é possível captar dados de qualquer objeto em que a tecnologia for aplicada. Por exemplo, o

Com apenas um toque na tela, o cliente tem informações sobre cores, tamanhos, detalhes do produto, disponibilidade de estoque e preço

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Todos os itens da loja podem ter suas informações conectadas com telas de alta definição e tablets distribuídos pelo local

cliente pode obter informações de um cartaz ou de um display em um supermercado, ou até mesmo comprar ingressos para um show, apenas encostando seu celular nesses dispositivos. Com essas tecnologias de transferência de dados, todos os itens da loja podem ter suas informações conectadas com telas de alta definição e tablets distribuídos pelo local e nas mãos dos vendedores. Assim, os consumidores têm acesso a detalhes dos produtos escolhidos e podem interagir com provadores, espelhos e expositores inteligentes. De acordo com Regiane, o uso dessas tecnologias vai se tornar comum a todos os segmentos do varejo. “As pessoas estão descobrindo agora o quanto a interatividade é importante. Os consumidores estão mudando, o povo da geração Y e Z espera tudo muito fácil e divertido, então tem que ser diferente. Se a loja não disponibilizar isso, ele não vai até o local: Compra pela internet. E pouquíssimas lojas se deram conta disso”, previne. O diretor adjunto de Relações Internacionais do Sindilojas, Ro-

berto Zimmer, afirma que essa tendência se apresentará primeiro em grandes magazines e nas empresas que já usam de alta tecnologia de informação para gerir seus negócios. “Sabemos que toda tecnologia de ponta é aceita rapidamente pelo mercado brasileiro. Em 2012, muitas empresas utilizarão a tecnologia RFID e a tendência de multiplicação em massa dessa tecnologia provavelmente ocorrerá em 2013 ou 2014. Primeiramente, as lojas varejistas terão os tablets como solução de tecnologia”, diz. Conforme Zimmer, não há como fugir das tendências. “O varejista que não buscar alternativas modernas para gerir sua empresa vai perder mercado”, assegura. A tecnologia que ajuda a atrair consumidores serve, também, para auxiliar os lojistas a otimizar os processos e aumentar a disponibilidade de produtos. “O mundo está em crise e precisamos reduzir gastos. E essa tecnologia ajuda a reduzir os custos operacionais e de mão de obra, além de tornar a marca diferenciada através da interatividade com o cliente”, ressalta Regiane. Para ela, esses são os maiores benefícios que a empresa vai ter ao levar as inovações para o ponto de venda.

Custo X Benefício Apesar dessas novidades tecnológicas ainda não serem comuns - só há uma loja com o conceito de inteligente na América Latina -, Regiane assegura que é algo que vai se popularizar em breve. “Como o custo vai valer a pena, porque já despencou e vai despencar ainda mais, não tenho a menor dúvida que isso vai chegar ao pequeno varejo, porque ele tem que trabalhar com mais eficiência. Então, tem que otimizar os processos para ganhar mais e essas etiquetas proporcionam isso, pois eu posso ler e gravar

elas e consigo reaproveitá-las”, explica. Segundo ela, cada etiqueta custa R$ 0,40 pronta, as antenas na faixa de U$ 500,00 (dólares) e um leitor cerca de R$ 3 mil, além dos softwares. “Dependendo da loja o investimento é muito pequeno perto do retorno. Além disso, a mesma etiqueta que se usa na produção, na logística, no inventário e na interatividade é a mesma para redução de filas e para prevenção de perdas”, enumera. A CEO da Vip-Systems ainda compara a tecnologia RFID e NFC ao código de barras. “Há 30 anos, todo mundo achava que não seria possível e, hoje, tem até na doceira da esquina”, relaciona. O diretor de Relações Internacionais do Sindilojas reconhece que os benefícios compensam o investimento. “O retorno começa

As novidades tecnológicas ainda não são comuns, mas em breve chegam ao pequeno varejo

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de imediato, pois pode-se sentir a satisfação do vendedor com um tablet em mãos e do cliente sendo valorizado com este atendimento rápido e eficiente”, diz. Ele ainda destaca que “o cliente atendido desta forma é valorizado e lembrará da loja com o conceito de um bom atendimento com tecnologia moderna, colocando, assim, a empresa em destaque no segmento de mercado que atua”.

Mundo de inovações Em países como o Japão, já é possível conferir a tecnologia sendo utilizada no dia a dia: o sistema de metrô permite que passagens sejam compradas com a aproximação do aparelho de telefone às catracas. Desta forma, objetos comuns do cotidiano transformam-se em “objetos inteligentes”, capazes de armazenar e transmitir informações. Recentemente, o Google lançou o Google Wallet (do inglês, carteira), serviço que permite a realização de pagamentos em lojas, restaurantes e outros estabelecimentos por meio do celular. O celular funciona como um cartão de crédito e pode ser usado para pagar compras em lojas conveniadas. Por enquanto em funcionamento apenas nos Estados Unidos, o Google Wallet funciona em estabelecimentos conveniados com as grandes operadoras de cartões de crédito. Sílvio Alves, professor de disciplinas de Tecnologias Aplicadas à Comunicação na graduação e pósgraduação da Unisinos e Consultor

de Tecnologia da RBS, cita o caso do Supermercado TESCO no metrô da Coréia do Sul. “Essa empresa colocou grandes displays de vinil com imagens de produtos e códigos de barras 2D (QR-Codes) nas paredes das estações de metrô. Assim, as pessoas, enquanto esperam pelo seu transporte, fazem suas compras, que são entregues mais tarde em suas casas. Isso é usar tecnologia e criatividade a serviço do negócio, pensando na qualidade do serviço e na necessidade do cliente”, explica. Para o consultor, o mundo vai ficar cada vez mais mobile (móvel) e a aplicação dos conceitos de convergência de mídias, cada vez mais, será utilizado para levar o cliente a conhecer os produtos e serviços. “No momento em que ele vive e experimenta, é impactado de forma muito mais forte. Diversas tecnologias podem ajudar nesse sentido, algumas ofertando experiências totalmente virtuais e outras, felizmente, muito mais do que isso”, comenta. Quanto ao uso destas inovações tecnológicas no Brasil, ele afirma que as perspectivas - especialmente no uso do NFC - são muito boas. “O início da produção de dispositivos móveis a preços mais acessíveis, a disseminação da cultura tecnológica em todas as classes, especialmente na C e D, nos levam a ter a certeza de que essas novidades, associadas à oferta criativa de serviços de valor agregado e de usabilidade e segurança altas, vão ter um boom nos próximos anos”, completa.

Como usar o QRCode: O QR Code pode servir, por exemplo, para armazenar o endereço de um site ou blog, como um cartão de visita, currículo, convite, e o que mais a sua imaginação mandar. Para fazer a decodificação você deve ter instalado no seu smartphone um aplicativo de leitura de QR Code - a maioria deles é gratuita e pode ser baixada da internet. Com isto, basta abrir o programa, apontar a câmera para a imagem acima e o resto é feito automaticamente.

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Novas tecnologias Confira as tecnologias que já estão disponíveis no Brasil

1- Catálogo Eletrônico: uma tela na entrada da loja permite que o cliente vire as páginas em formato digital com o movimento das mãos captado por uma câmera; 2- Parede Interativa: uma câmera afixada no teto capta os movimentos dos clientes e muda cenários na parede; 3- QR Code: ao aproximar o código impresso em uma etiqueta de uma tela interativa, o cliente pode ganhar brindes e participar de sorteios; 4- Jogos: na mesma tela, o comprador tem games (jogos eletrônicos); 5- Realidade aumentada: combina o mundo real com o virtual por meio da leitura de um símbolo QR Code; 6- Espelho interativo: o usuário pode se ver na tela utilizando um acessório virtual e, depois, compartilhar nas redes sociais; 7- Expositor inteligente: um mapa virtual que pode ser acessado via iPad/ tablet; 8- Arara inteligente: permite saber quais produtos faltam na exposição ou até mesmo se estão em locais errados, com o uso de RFID; 9- Provador inteligente: ao entrar no espaço, o sistema reconhece as peças, sugere outras cores, tamanhos e produtos relacionados, e possibilita enviar torpedo ao vendedor para chamá-lo; 10- PDV inteligente: lê os produtos automaticamente, agilizando o pagamento; 11- Desativador inteligente: libera os produtos pagos no caixa; 12- Prevenção de perdas: detecta produtos que não foram pagos e estão sendo levados para fora da loja;

13- Recebimento e expedição: agiliza a entrada e a saída de produtos, com a coleta de dados móvel por leitura de etiquetas RFID nas caixas de mercadorias; 14- Inventário inteligente: torna a contagem dos itens 40 vezes mais rápido que por meio da leitura de código de barras; 15- 3D: é uma brincadeira, um protótipo de holografia. Com espelhos, pequenos objetos são projetos como se estivessem em terceira dimensão. .


O sucesso da terceira edição da Vale Mais pode ser confirmada desde o show de lançamento da promoção, passando pela adesão cada vez maior de lojistas, vendedores e consumidores

Entidade

Sucesso consolidado A

s palavras acima traduzem perfeitamente a terceira edição da promoção Vale Mais Comprar Aqui. Realizada entre 1º e 30 de setembro, teve seu ponto alto no dia 18 de outubro, com o sorteio dos 52 cupons vencedores e com a palestra “Construindo uma Tropa de Elite” ministrada pelo excapitão do Bope/RJ, Paulo Storani. Durante todo o mês, mais de 2 mil lojistas estiveram envolvidos na promoção, o que movimentou o comércio em Porto Alegre e Alvorada. Esses são apenas alguns dos indicativos positivos, como avalia o vice-presidente de Comunicação e Marketing do Sindilojas POA,

Paulo Penna Rey. “Notamos que muitos lojistas e consumidores já aguardavam a Vale Mais. O envolvimento foi intenso, tivemos que fazer várias entregas adicionais de cupons, muitos clientes chegavam às lojas já com o objetivo de participar”, cita Penna Rey, destacando alguns dos principais motivos para o sucesso da terceira edição. “O show de lançamento que foi realizado no Parque Marinha do Brasil com público superior a 20 mil pessoas, o aumento da premiação para vendedores e a criação de dois Super Prêmios, somados à participação efetiva dos lojistas”, opina Penna Rey.

Paulo Penna Rey, Gisele Pinheiro de Matos, Elba da Silva e Paulo Kruse.


Responsabilidade Socioambiental

Iniciativa visa restaurar e conservar os passeios públicos da Capital Ação da campanha “Porto Alegre: Eu curto. Eu cuido” incentiva cidadania entre os porto-alegrenses

O

programa Minha Calçada, iniciativa da Prefeitura de Porto Alegre que visa restaurar e conscientizar os cidadãos sobre as suas responsabilidades no processo de conservação dos passeios públicos, já está estabelecendo prazos, procedimentos e até mesmo financiamentos para que cada cidadão, indústria, comércio e entidades mantenham as calçadas em boas condições de utilização. Segundo Ana Pellini, coordenadora do Minha Calçada, a implantação acontecerá em toda cidade, mas se dará de modo gradual. “O programa começou pelos bairros

Centro Histórico e Cidade Baixa e abrangerá as demais regiões nos próximos 12 meses”, explica. Segundo ela, Porto Alegre é considerada a capital da participação popular e do engajamento dos cidadãos. “Pretendemos mobilizar essas mesmas pessoas para a revitalização dos passeios públicos, conscientizando-as de que o estado da calçada que fronteia um imóvel é a demonstração ou não do amor pela cidade, do respeito pela vizinhança

Fotos: Divulgação

A boa conservação das calçadas demonstra o amor do cidadão por sua cidade

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e por todos os cidadãos que tem que transitar por ali”, fala. Ronaldo Sielichow, presidente do Sindilojas POA, destaca o cuidado dos lojistas com os passeios. “Muitos lojistas já mantém suas calçadas em perfeito estado. Este projeto é interessante porque reconhece quem já cuida da calçada e trabalha na conscientização de quem precisa melhorar. Além disso, a Prefeitura vai cobrar das demais entidades envolvidas uma atenção especial aos passeios que já estão em boas condições para evitar que sejam danificados”, diz. Além de tornar a cidade mais bonita, a iniciativa vai trazer benefícios não só para os pedestres. “Para o comércio é muito importante que as pessoas tenham boas condições de caminhar por toda a cidade e tenham prazer em fazê-lo. Os lojistas de rua dependem deste movimento. Sabemos que, cada vez mais, os clientes buscam empresas que, além de oferecerem qualidade e preço baixo, estão envolvidas com a comunidade e trabalham de forma responsável”, ressalta Sielichow. No mês de novembro, as regiões contempladas são a Rua da Conceição, Av. Castelo Branco, Rua Câncio Gomes, Av. Cristóvão Colombo. Em dezembro, quem reside ou tem loja na Av. Independência, Rua Mostardeiro, Av. Goethe, Rua Câncio Gomes e Av. Cristovão Colombo deve ficar atento aos prazos. Para mais orientações e informações, a prefeitura disponibiliza informações através do Fala Porto Alegre, por meio do telefone 156. O Minha Calçada faz parte da campanha “Porto Alegre: Eu curto. Eu cuido”. Acompanhe mais informações em sindilojaspoa.com.br .


Desenvolvimento Humano

Geração Varejo capacita jovens para trabalhar no comércio

C

om o final do ano se aproximando, ressurge um grande problema dos varejistas: a contratação de mão de obra capacitada. A dificuldade, que já atinge o segmento durante o resto do ano, aumenta na hora das contratações temporárias para trabalhar no comércio durante as vendas de fim de ano. Para suprir esta necessidade do mercado de captar e capacitar mão de obra qualificada, o programa Geração Varejo do Sindilojas Porto Alegre, está oferecendo cursos de capacitação para quem tem interesse em trabalhar no comércio. Segundo Daniel Casais, vicepresidente Administrativo do sindicato, a iniciativa já conta com mais de 500 currículos cadastrados no banco de dados. “Todos os associados do Sindilojas podem ter acesso a eles, sendo que os currículos cadastrados no site do programa são recrutados através de um profissional, passam por seleção, entrevista e capacitação,

sem custos para o interessados ou para os lojistas”, explica. Ele conta que “a iniciativa surgiu através do Núcleo de Inteligência do Sindilojas que detectou a necessidade de auxiliar o lojista associado a recompor seu quadro funcional frente ao turn over (rotatividade) crescente e a falta de oferta no varejo”. De acordo com um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, IPEA, somente 18% dos trabalhadores que buscam emprego no Brasil têm algum tipo de qualificação, o que eleva para 7,5 milhões o número de trabalhadores sem qualquer qualificação ou experiência buscando trabalho no Brasil. “Contratar funcionários para trabalhar no varejo é um problema que vem se agravando nos últimos anos. Além da falta de capacitação, percebemos que muitos candidatos não buscam instrução para se diferenciar no mercado. É desse interesse

Lojista Associado Siga os passos abaixo e acesse o Geração Varejo:

1 – No site sindilojaspoa.com.br, acesse a Central do Associado;

2 – Faça login informando o CNPJ de sua empresa e a senha;

Dica: No seu primeiro acesso, a senha será o código de associado, que consta no doc de pagamento da mensalidade do Sindicato. Será solicitada alteração de senha logo em seguida.

3 – Acesse o menu Geração Varejo; 4 – Efetue a busca utilizando os filtros

disponíveis para especificar o perfil do candidato;

5 – Contate os candidatos selecionados para entrevista.

Em caso de dúvidas entre em contato com o Sindilojas Porto Alegre pelo telefone 3025.8300 ou pelo email geracaovarejo@ sindilojaspoa.com.br.

que sentimos falta, pois experiência se adquire com o tempo”, reclama Luciane Morais, sóciaproprietária da Fechosul. A lojista, que contratou uma funcionária através do Geração Varejo, conta que o programa foi uma experiência muito positiva. “O site é fácil de utilizar, e solicitamos um parecer psicológico sobre o perfil da candidata, o que agilizou o processo”, diz. Para Luciane, a maior vantagem do programa é captar profissionais que passaram por qualificações. “Recomendo o Geração Varejo a todos os lojistas. O principal benefício do programa é que os candidatos que integram o cadastro já passaram por um processo de recrutamento e capacitação, e nem todos os lojistas têm acesso a agências de emprego ou a contratação de consultoria em recursos humanos para avaliar de maneira profissional o perfil dos candidatos”, completa.

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Fotos: Jhonata Petersen, Divulgação

Polos Comerciais- Restinga

Uma boa oportunidade chamada Restinga Infraestrutura urbana adequada e bons consumidores criam cenário positivo para investimentos no bairro

I

nfraestrutura urbana básica, segurança e boas condições econômicas da população compõem um cenário mínimo para que o comércio se desenvolva. A Restinga (extrema Zona Sul de Porto Alegre) é um exemplo claro disso. A região está se estruturando como um bairro de boas oportunidades e o comércio varejista é testemunha, agente e indicativo das mudanças neste cenário promissor. “De maneira geral, os clientes querem ter os melhores preços, de preferência perto de casa, por isso, atualmente, temos diversos segmentos estabelecidos no bairro. Há ferragens, lojas de vestuário, móveis, calçados, eletrodomésticos, entre outros. Isso demonstra o potencial da região,

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Tinga em números n São 53.764 habitantes, representando 3,95% da população de Porto Alegre. Com área de 38,56 km², representa 8,10% da área do município. A taxa de analfabetismo é de 6,0% e o rendimento médio dos responsáveis por domicílio é de 3,6 salários mínimos.

Fonte: Prefeitura Municipal de Porto Alegre e IBGE- Censo 2000.

um grande mercado que ainda tem muito para crescer”, analisa o presidente do Sindilojas POA, Ronaldo Sielichow. O potencial de consumo da Restinga é realmente um dos

grandes atrativos da região para novos investimentos, sejam eles imobiliários, de serviço ou varejo. A clientela dos empreendimentos estabelecidos no bairro é composta prioritariamente por moradores. A maioria, consumidores da classe D e da emergente classe C. Muitos já adquiriram suas casas próprias (com destaque para as habitações do programa Minha Casa Minha Vida, do Governo Federal) ou reformaram suas moradas, tiveram aumento da renda familiar e procuram artigos com simplicidade, como conta o proprietário de uma loja da franquia Rainha das Noivas, Eloi Scherer. “Os clientes daqui caracterizam-se pela racionalidade na hora de pagar. Ou seja, assumem apenas a dívida que poderão saldar. Geralmente, compram parcelado e quitam tudo de maneira correta”. Bons consumidores contribuem para que o comércio desenvolvase a olhos vistos na Restinga. É o que confirma Diego Bristot, sócio proprietário da Ferragem Diadel. “É muito competitivo. A maioria da clientela diária de nossa loja é do bairro mesmo. Para conquistar os consumidores, eu tenho de tudo aqui, além do que normalmente se procura em uma ferragem”, comenta Bristot.

O crescimento Com território de quase 40 km², é na região central do bairro, na qual se aproximam as avenidas João Antônio da Silveira, Oscar de Oliveira Ramos, Nilo Wulff e Tenente Arizoli Fagundes, que concentra-se a maior parcela dos empreendimentos comerciais, como observa Bristot, ao falar da localização de seu negócio. “A rua é puramente comercial. Aos poucos, o pessoal foi vendendo suas casas e os investidores vieram. Esta é uma das mudanças dos últimos anos. O hospital, o instituto de ensino e o centro de compras


A procura por imóveis comerciais é grande

também mudaram bastante o contexto. A última vez que fui assaltado, por exemplo, faz sete anos. Agora, ao lado do meu estabelecimento há dois bancos, sempre tem policiais militares na rua”, diz o empresário citando alguns projetos do poder público que contribuíram para a modificação do espaço (veja detalhes nos quadros). A história de Eloi Scherer confirma que o bairro melhorou nos últimos anos. Ele conta que optou pela Restinga a partir de uma cuidadosa análise do mercado, onde verificou significativo potencial de consumo. “Era um lugar onde não havia a oferta dos artigos que trabalhamos com a mesma qualidade e variedade que temos”, relembra. No entanto, o lojista também destaca entraves para o desenvolvimento do varejo. “Estamos em um bairro populoso e o maior problema é a falta de linhas de ônibus dos bairros do entorno para cá. As pessoas acabam indo para o Centro por falta de acesso à Restinga. Isso é uma dificuldade, pois as compras de nossa loja, por exemplo, têm um certo volume e as classes C e D, geralmente, não têm carro, precisam mais do transporte público”, aponta o comerciante.

para o bairro, mas há questões polêmicas. O espaço para ampliação da malha comercial no bairro é um desses pontos, como enfatiza o lojista e presidente da Associação do Comércio e Indústria da Vila Restinga (Acir), Ronaldo Iranzo Ramos. “Não ficamos uma semana sem a instalação de um novo empreendimento, mas para ajudar nesse processo, necessitamos da regularização de muitas áreas, uma vez que grande parte do território é considerada condomínio e, como tal, não permite instalação de atividade empresarial. Em vários locais a procura por imóveis comerciais é grande, mas não existe área disponível enquanto terrenos vazios estão ociosos”, revela.

O Centro Popular de Compras da Restinga (CPC) é outro projeto que concorre na opinião dos comerciantes. Para Scherer, apenas a conclusão e o funcionamento pleno do CCP é que indicarão o impacto sobre o comércio já instalado. “Eu tenho um aluguel alto do meu ponto de venda, pois há poucas opções, tenho custos com funcionários, encargos... Se eles (comerciantes do CCP) venderem a mesma coisa que eu vendo, claro que vai ser complicado. Mas não sabemos ainda como vai ser. E se for para o bem da comunidade, para formação de massa crítica e desenvolvimento, vai ser bom para todos”, opina.

Futuro De uma forma ou de outra, o comércio na Restinga tem potencial e é um indicativo das melhorias e desenvolvimento no bairro e como observa o presidente do Sindilojas POA, Ronaldo Sielichow, merece atenção de todos. “Nossa missão é representar, defender e promover o desenvolvimento da classe lojista. O Sindicato está à disposição dos comerciantes da Restinga para receber solicitações e trabalhar por melhorias para o comércio da região”, reforça o presidente.

A maioria da clientela da Restinga é do bairro e o comércio precisa ter variedade de produtos

Polêmica A maior parte dos grandes empreendimentos públicos são vistos pelos comerciantes como positivos

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Lei do Inquilinato terá debate

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stá marcada para novembro de 2011 a Audiência Pública que vai discutir o Projeto de Lei N. 7.137 de 2002, que altera a Lei do Inquilinato para regulamentar as relações comerciais dentro dos shopping centers, equilibrando as relações contratuais entre lojistas e proprietários destes empreendimentos. O requerimento de audiência pública foi de autoria do presidente da Comissão de Defesa do Consumidor – CDC, deputado Roberto Santiago (PV/SP). É a segunda audiência pública que a Comissão realiza para dis-

cutir o PL. Na primeira, a maioria dos palestrantes foi favorável à aprovação do Projeto. O Conselho Nacional de Entidades do Comércio em Shopping Center (Conecs) já esteve reunido com os membros da CDC em vários momentos deste ano. O Conecs será representado na audiência por seu presidente, Ronaldo Sielichow; pelo presidente da Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL), Roque Pellizzaro Jr., e pelo advogado Fernando Piffer, da Associação de Lojistas de Campinas.

Conheça nossos estudos e pesquisas. Acesse: www.conecs.org.br

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Foto: Divulgação Sindilojas

Conecs

Roberto Santiago PV/SP (à esquerda) e Dimas Ramalho PSDB-SP.

Principais pontos PL 7137/02 1) Exclusão da cobrança do aluguel em dobro no mês de dezembro 2) Exclusão da cobrança de aluguéis progressivos e complementares 3) Exclusão da taxa de transferência de locação 4) Redução de multa de rescisão antecipada para três aluguéis 5) Excluir a menção na Lei do Inquilinato que a exime de regulamentar as relações de comércio em shopping centers


Cultura

Onde vive a identidade de Porto Alegre No Centro Histórico, tesouros arquitetônicos emolduram o cotidiano da metrópole

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rata-se do maior polo comerfase, a tendência mundial era o cial e bancário do Estado. É Estilo Eclético – uma mistura de um dos bairros com maior diversos elementos, com base no densidade demográfica da capital Positivismo. Observamos a valogaúcha e o mais especializado rização da coisa pública, a ideia de comércio e serviços da Região de que um prédio público tinha Metropolitana. Por suas ruas e de mostrar grandiosidade para ter avenidas circulam, diariamente, efeito sobre o cidadão. O Palácio cerca de 400 mil pessoas. Mas, do Piratini e a Biblioteca Pública além dos inúmeros serviços e Municipal são bons exemplos”, produtos ofertados, o Centro Hisdetalha a engenheira civil e espetórico oferece algo que, no coticialista sobre o Centro Histórico diano de uma vida atribulada, de Porto Alegre, Rita Chang. não se faz notar. Em cada corredor, à sombra dos grandes prédios, no alto de Foto: João Fiorin/PMPA janelas, em meio à vegetação, o bairro perpetua o passado e agrega o espírito de cada tempo em um patrimônio que transcende museus, bibliotecas e cinemas. Cultura e arte permeiam o Centro Histórico, a céu aberto, fundidas em uma arquitetura incrivelMaioria dos prédios mente rica e bela.

Os prédios De todos os imóveis tombados pelo Patrimônio Histórico e Cultural em Porto Alegre, 82% (1.034) estão no Centro. “Temos vários prédios interessantíssimos e a maioria é pertencente ao final do século XIX e início do século XX. Nessa

pertence ao final do século XIX e início do século XX

Cultura e arte permeiam o Centro Histórico de Porto Alegre

A vida A estrutura do Centro Histórico funciona como um grande esqueleto habitado por um espírito incrível que é a vida humana em suas diversas atividades. Nesse sentido, o comércio é, primordialmente, uma das energias que faz a região pulsar. São 15.321 estabelecimentos ativos, de acordo com a Secretaria Municipal da Produção, Indústria e Comércio. Dentre eles, o Mercado Público Municipal e o Caminho dos Antiquários são exemplos clássicos dessa interação. Estruturas restauradas e conservadas para dar relevância à história, mas que precisam de atualização para seguir competitivas. Há 12 anos, Sidnei Dichuta tem um antiquário, o Mercado Negro, que habita o prédio da antiga Loja Dias/PMPA Foto: Otacílio de Penhores Melchior. “É um privilégio trabalhar com isso e estar inserido na região onde a cidade se originou. Nós tomamos todos os cuidados para que seja, cada vez mais, um ambiente seguro, agradável e cultural, para atrair as pessoas”, sintetiza Dichuta.

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Artigo

Natal é época de encantar!

Foto: Divulgação

* por Iran Marcon

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postar no potencial de consumo das festas de final de ano é um grande acerto (e necessidade) dos lojistas que enxergam a temporada como uma das melhores oportunidades de bons negócios, dentre as datas comemorativas do Calendário Comercial. Isso significa o abastecimento do estoque com produtos de preços competitivos, qualificação e treinamento da equipe, embalagens práticas e esteticamente belas para presentes, e, principalmente, uma decoração atraente no ponto de venda. Nessa linha, a vitrine, que é o cartão de visitas da loja, deve cumprir o papel de encantar pela beleza, convidando os consumidores a realizar o que pode ser considerado um momento especial de compras. Para tanto, aplicar recursos de forma planejada é o primeiro passo para que a vitrine traga mais vendas e, de quebra, a simpatia dos clientes. O fim de ano caracteriza-se como uma época em que as pessoas estão mais sensíveis e com seu lado emocional mais aflorado, remetendo à confraternização festiva em família, a lembranças de infância e a desejos de renovação pela proximidade do início de uma nova etapa. Esse clima deve ser expresso através de elementos lúdicos na decoração e passando conceitos de sofisticação e riqueza, simbolizando a prosperidade e a alegria, tão desejosas no mês de dezembro.

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Confira a seguir, algumas dicas para as vitrines de final de ano n Utilizar elementos que surpreendam. Trabalhar a decoração de Natal e Réveillon conjuntamente e enfatizar branco e cores metalizadas em substituição aos tradicionais vermelho, verde e dourado, fugindo do convencional, são bons exemplos. n Caixas e pacotes de presente em apresentações elaboradas, decorando e, ao mesmo tempo, servindo de suporte para “levantar” os produtos, emprestam dinamismo à exposição, além de ser uma alternativa de baixo custo e fácil execução. Concentrar a decoração em pontos específicos do ambiente, ao invés de dispersá-los. Esse artifício potencializa o encantamento do público em relação a sua loja e vitrine. n Deve-se tomar o cuidado de não poluir demasiadamente a vitrine, na ânsia de demonstrar variedade grande de produtos. Algumas alternativas interessantes são válidas, como montar “kits de presente”, ou agrupar produtos por faixas de

preço, destacando as tradicionais “lembrancinhas” e as sugestões para amigo-secreto. n Redobrar o cuidado com iluminação, limpeza, etiquetas de preços, dobras de roupas e boa exposição de itens diferenciados, com a finalidade de causar uma boa impressão. Estar bastante atento às promoções e aos diferenciais da concorrência com o objetivo de propor alternativas inovadoras. n Observar, também, a adequação do tipo de decoração e o perfil da loja em relação ao público-alvo que se deseja atingir e planejar as ações com antecedência, afinal, a criatividade precisa de tempo e espaço para acontecer. Um final de ano de excelentes vendas e de lojas incríveis! *Consultor na Área de Visual Merchandising para ambientes comerciais e Designer de Moda em formação. Ministra cursos no Sindilojas e possui especialização em Milão, pelo Instituto Europeu de Design. fale_com_iran@hotmail.com

O Sindilojas Porto Alegre promove curso de vitrinismo gratuito para lojistas associados. Acesse www.sindilojaspoa.com.br e consulte o calendário de capacitação.


Galeria Sindilojas

Visitas à Entidade

Ronaldo Sielichow e Emerson Beloti de Souza

Fotos: Divulgação Sindilojas

N Atílio Manzolli Jr., Ronaldo Sielichow e Ricado Santos Gomes

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Palestra Paulo Storani

terceira edição da promoção Vale Mais Comprar Aqui teve seu ponto alto no dia 18 de outubro, com o sorteio dos 52 cupons vencedores e a palestra Construindo uma Tropa de Elite ministrada pelo ex-capitão do Bope/RJ, Paulo Storani. O evento teve grande presença de público, com participação de autoridades, lojistas e diretoria do Sindilojas Porto Alegre. O vice-presidente do Sindilojas POA, Paulo Kruse, acompanhado dos vice-presidentes Administrativo, Daniel Casais, financeiro, Marco Belotto, e de Comunicação e Marketing, Paulo Penna Rey, assim como os diretores Administrativo, Roni Zenevich, e Comercial, Tarcísio Pires, recepcionaram o público. Prestigiaram o evento o vereador Idenir Cecchim, Rogério Testoni, da empresa GTA do Sul, e o diretor da Acomac e proprietário da Divinorte, Paulo Pancinha, acompanhado da esposa, Cátia Justino.

o mês de setembro, o Sindilojas POA recebeu a visita de representantes de outras entidades e de personalidades como o vice-presidente da rede de lojas Manlec, Atílio Manzolli Jr. E do presidente do Instituto de Estudos Empresariais (IEE), Ricardo Santos Gomes (ao lado). O presidente do Sindicato do Comércio de Juiz de Fora – MG (Sindicomércio-JF), Emerson Beloti de Souza, veio a Porto Alegre em busca de referências para melhorar os serviços oferecidos pelo sindicato mineiro (acima).

Fotos Tânia Meinerz/ Divulgação Sindilojas POA

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1 - Paulo Storani e Paulo Kruse; 2 - Cátia Justino, Paulo Pancinha e Paulo Penna Rey; 3 - Paulo Penna Rey, Tarcisio Pires, Rogério Testoni e Roni Zenevich; 4 - Paulo Penna Rey, Idenir Cecchim, Paulo Kruse e Roni Zenevich 5 - Daniel Casais, Ricardo De Conto, Carmen Flores, Marco Belotto, Paulo Penna Rey e Alexandre Baumgarten

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Sindinews Livro marcará os 75 anos do Sindilojas Porto Alegre A trajetória de empreendedores que são responsáveis pelo desenvolvimento do comércio de Porto Alegre será o assunto do livro que tem a assinatura do escritor Eduardo “Peninha” Bueno e irá assinalar a comemoração dos 75 anos do Sindilojas Porto Alegre, em 2012. Você, caro associado, é nosso convidado para participar com fotos ou fatos interessantes. Entre em contato por meio do telefone 3025.8300 ou pelo e-mail marketing@sindilojaspoa.com.br.

Reforço contra o comércio irregular Desde o mês de outubro, lojistas de Porto Alegre contam com mais um apoio na fiscalização do comércio informal. A Prefeitura e a Brigada Militar renovaram o convênio que disponibiliza 30 policiais militares para atuar das 8 às 21 horas, junto aos servidores da SMIC.

Novidades sobre o ponto eletrônico Pela quarta vez foi adiado o início da utilização obrigatória do chamado Registrador Eletrônico de Ponto (REP). Segundo a Portaria nº 1.979/2011, o início da vigência se dará em 1º de janeiro de 2012. Também foi publicado acórdão do julgamento do recurso da Superintendência Regional do Trabalho contra a sentença obtida pelo Sindilojas POA, ou seja, os lojistas de Porto Alegre e Alvorada devem imprimir o comprovante.

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Novo aviso prévio aumenta custos para empregador Regulamentação da lei possibilita até 90 dias de prazo para desligamento

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aviso prévio de desligamento do emprego é uma comunicação obrigatória, devendo ser feita tanto pelo empregador quanto pelo funcionário. A Constituição Federal de 1988 estabeleceu a proporcionalidade do aviso ao tempo de serviço, na forma definida em lei, sendo de no mínimo 30 dias. A regulamentação, aprovada pelo Congresso e publicada no Diário Oficial da União (Lei 12.506), em vigor desde o dia 13 de outubro, definiu nova regra, podendo o aviso chegar a 90 dias. Para os empresários, o aumento dos encargos em caso de dispensa do funcionário é uma das principais preocupações. Segundo o vice-presidente do Sindilojas Porto Alegre, Paulo Kruse, as empresas não têm como absorver as novas despesas com pessoal, e em longo prazo estes valores devem ser repassados aos consumidores. Parada há 23 anos no Congresso, a definição desta regulamentação em pouquíssimo tempo

foi recebida como prematura por diferentes setores da sociedade, especialmente pela falta de diálogo entre empresários e trabalhadores. “Lamentamos que não tenha havido um debate com as partes interessadas”, afirma Kruse. De acordo com a nova regra, o funcionário a cada ano completo de serviço além do primeiro tem direito a mais três dias de aviso prévio. Para o empresariado, uma das principais preocupações é, justamente, o aumento excessivo de encargos, em caso de indenização do aviso prévio, como observa o vice-presidente do Sindilojas POA. “Nós achamos que cada ano deveria ser contemplado com apenas um dia e não um período tão longo, de três dias. Da forma como está colocado, os custos que virão serão bastante altos”, ressalva Kruse. Vale destacar que a nova regra prevê um teto máximo de 90 dias. Em casos de empregados com até um ano de trabalho, mantém-se o mínimo de 30 dias de aviso.

Novidade no curso Vitrine para o Varejo A partir de novembro o curso Vitrine Para o Varejo, do Sindilojas Porto Alegre, tem uma novidade: O Laboratório do Varejo. É um ambiente que simula uma vitrine real, em que aos lojistas podem aplicar de maneira prática os conceitos abordados na capacitação. Com o Laboratório do Varejo, será possível trabalhar, na prática, noções de organização, disposição de produtos, comunicação visual, estruturação, iluminação e cor, contando com a orientação do professor e debate com colegas. Mais informações em sindilojaspoa.com.br.


Ronaldo Sielichow

O mundo do trabalho em debate O Sindilojas POA participou do VII Congresso Mundial de Administração e do XII Fórum Internacional de Administração, realizados na Itália e na Suíça, em outubro. O presidente Ronaldo Sielichow, e o vicepresidente de Relações de Trabalho, Sergio Galbinski, visitaram a ONU e a Organização Internacional do Trabalho (OIT). Os dirigentes participaram de conferências que abordaram “O mundo do trabalho: uma visão prospectiva da Administração”. Segundo Sielichow, a troca de experiências deu uma visão globalizada sobre as relações de trabalho.

Esforço para revitalizar o Centro Histórico A Federasul, em parceria com o Sindilojas Porto Alegre, o Sindipoa e outras entidades empresariais da Capital, apresentou ao prefeito José Fortunati o plano de revitalização sustentável do Centro Histórico. O projeto contempla melhorias para o Cais Mauá, Mercado Público, para calçadas e para fachadas de lojas e prevê ainda a criação de estacionamentos subterrâneos e de uma linha dos antigos bondes para turistas. O presidente do Sindilojas POA, Ronaldo Sielichow, ressaltou a importância da união das entidades e o poder público.

Novas associadas n Albiero Digital Pero Vaz de Caminha, 40 Vila Ipiranga n Alvimed Avenida do Forte, 1343 - Vila Ipiranga n Bassonelli Edgar Pires de Castro, 1067 Aberta dos Morros n Barbara Paties Borges de Medeiros, 459 Loja A - Centro Histórico n Barbara Paties Alberto Bins, 349 - Loja 02 Centro Histórico n Bela Art Benjamin Constant, 1607 Higienópolis n Bedding Store Quintino Bocaiuva, 732 Rio Branco n Cia Intima Doutor Flores, 105 - Loja 205 Centro Histórico n Cookies João Wallig, 2235 Chácara das Pedras n Central das Espumas Pernambuco, 1195 Navegantes n Compujob Ceará, 1859

Fotos: Divulgação Sindilojas

São Geraldo

Márcio Allegretti (Sindilojas POA), Manassés Sato, Paula Aliyana e Fábio Pelanda.

Bela Vista n Flirt Girl Voluntários da Pátria, 263 - stand 74/75 Centro Histórico n Ferramentas E F São Pedro, 431 São Geraldo n Global Plástico Ceará, 1058 - São João n Inotus Conforto Ambiental São Luiz, 526 - Santana n Jp Materiais Doutor Flores, 105 - Sala 1412 Centro Histórico n Lanternim Conforto Ambiental Dom Diogo de Souza, 180 - Cristo Redentor n Lg Mulher Cristóvão Colombo, 545 Loja 2169 – Floresta

Gestão sindical Representantes do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e Minerais de Curitiba (Sindi Combustíveis /PR) estiveram na capital gaúcha em busca de referências para nortear a participação da entidade paranaense do Sistema de Ex-

n Deslize Passo da Pátria, 80 - Apto 305

celência em Gestão Sindical - SEGS (nível II), e o Sindilojas foi escolhido como modelo. A coordenadora de qualidade, Paula Aliyana, veio acompanhada do diretor de relações do trabalho, Fábio Pelanda, e do assessor comercial, Manassés Sato.

n Reli Novidades Engenheiro Francisco Rodolfo Simch, 291 - Sarandi n Viacom Cristóvão Colombo, 245 - Loja 2075 Floresta n Yasai Cristóvão Colombo, 545 - Loja 1215 Floresta

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Associadas

A

s lojas Mundo Marinho, de propriedade do casal Marilaine e Claus Lagemann, está no mercado há 14 anos e, atualmente, vai além do estilo marinheiro, que remete à praia e ao mundo náutico. “Falamos agora em moda relax, que amplia as opções de tecidos, cores, migrando para florais e estampas diversas. Temos roupas para situações de lazer e informalidade”, comenta o proprietário. Atendendo a uma clientela predominantemente de mulheres a partir dos 30 anos de idade, a Mundo Marinho tem lojas em Porto Ale-

gre (shoppings Lindóia, Bourbon e Paseo Zona Sul) e também possui filiais em Gramado, Nova Petrópolis e Canoas. De acordo com Lagemann, um dos segredos para fidelizar o público é o bom atendimento e as opções diferenciadas de produtos. “Oferecemos várias peças em tamanhos um pouco maiores. Trabalhamos com GG e XGG em vários itens. Assim, conseguimos captar clientes que, por vezes, sentem-se excluídos”, comenta. O proprietário também enfatiza a importância do Sindilojas POA na consolidação do negócio.

Fotos: Milton Moraes

Para vestir tranquilidade e conforto

No mercado há 14 anos, as lojas focam na moda relax “Acreditamos que o sindicato é um órgão essencial para a classe lojista, que só poderá ter êxito em seus pleitos unindo forças”. A Mundo Marinho está na Internet: Blog (http://lojasmundomarinho.blogspot.com) Twitter (@mundo_marinho) Site (www.mundomarinho.com.br)

Experiência e inovação construindo bons resultados

E

m 1987, João Carlos Almada idealizou e fundou a loja de ferragens Ponto Sul. Ainda situado em seu endereço original (Av. Vicente Monteggia, nº 989, entre os bairros Cavalhada e Vila Nova), o empreendimento é referência na Zona Sul de Porto Alegre. Atualmente, Fábio Almada, filho de João Carlos, também é responsável pela administração da Ponto Sul e destaca os desafios e diferenciais da loja. “Em todos esses

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anos nós aumentamos nosso estoque e diversificamos nossos produtos. O mercado está aquecido, dado o boom de construções que está ocorrendo no País”, analisa o administrador. Além de aproveitar de forma eficiente as oportunidades do mercado, cuidar da clientela é outro ponto forte para o sucesso da Ponto Sul, como observa Fábio Almada. “Nosso foco é sempre a plena satisfação de nossos clientes. Para

A ferragem comemora o mercado aquecido da construção civil isso, criamos promoções, eventos e ações voltadas ao meio ambiente e responsabilidade social. Nossa equipe de colaboradores, de excelente nível, também é outro fator fundamental”, complementa. Acesse a Ponto Sul na internet: www.pontosulrs.com.br

Para participar desta editoria, as associadas podem manifestar interesse pelo email imprensa@sindilojaspoa.com.br




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