A hora certa de ativar o shopper p. 5
Varejo solidário p. 10
Revista do Sindicato dos Lojistas do Comércio de Porto Alegre/RS
Quem é o cliente de shopping? p. 13
Nº 98 • ANO X agosto 2016
Febravar 2016 movimentou Porto Alegre Evento bateu recorde de público mais uma vez e Congresso trouxe nomes de referência que estimularam o debate entre os visitantes. Veja alguns destaques e prepare-se para 2017!
agosto 2016
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Editorial Participar faz a diferença
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ESPECIAL Febravar 2016 movimentou Porto Alegre
Você precisa saber e Sindilojas responde
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personalidade Gustavo Caetano
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lojista em destaque Short Fuse, Dtalhe e Madeben
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mercado Perfil do frequentador de shoppings
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galeria sindilojas
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Espaço sindilojas
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dia a dia
case do varejo Elevato
Conforto e facilidade para a sua loja
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opinião Antônio Gomes
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em foco Segmentos de negócio: esporte
sindilojas nas redes sociais:
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gestão da inovação Varejo solidário
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editorial
Expediente
Paulo Kruse Presidente do Sindilojas Porto Alegre
Sindicato dos Lojistas do Comércio de Porto Alegre/RS Rua dos Andradas, nº 1.234. Edifício Santa Cruz, 22º andar – Centro Histórico Porto Alegre/RS Fone: (51) 3025.8300 Fax: (51) 3228.1123 sindilojaspoa.com.br Diretoria Sindilojas Porto Alegre Presidente: Paulo Kruse Vice-presidente: Arcione Piva Vice-presidente Administrativo: Daniel Casais Vice-presidente Financeiro: Marco A. Belotto Vice-presidente de Relações de Trabalho: Sérgio Galbinski Vice-presidente Comercial: Tarcisio Pires Morais Vice-presidente de Comunicação e Marketing: Paulo Penna Rey Vice-presidente de Relações Políticas e Institucionais: Ronaldo Sielichow Vice-presidente de Responsabilidade Socioambiental: João da Silva Rodrigues Diretor Administrativo: Eduardo Igor Diretor Financeiro: Augusto Hecktheuer Diretor de Relações de Trabalho: Vladimir Machado Diretor Comercial: Carlos Schmaedecke Diretor de Comunicação e Marketing: Antonio Gomes Diretor de Relações Políticas e Institucionais: Eduardo Spunberg Diretor de Responsabilidade Socioambiental: Roberto Zimmer Suplentes: Alécio Ughini, Claus Hubert Lagemann, Fabiana Estrela, Felippe Tarta Sielichow, Irio Piva, James Kravetz, Jorge Logemann, Jorge Strassburger, Manuel Motyl, Mariana Baroni dos Santos, Marivaldo Tumelero, Nelson Lídio Nunes, Paulo Sérgio Gonzaga, Ricardo De Conto, Roni Zenevich, Rosi Frigo Luz Conselho Fiscal: Carlos Klein, Lídio Ughini, Magnus Scheffer Suplentes: Alcides Debus, Moacir Sibemberg, Zilmar Pinto Quintão Conexão Varejo - Publicação do Sindicato dos Lojistas do Comércio de Porto Alegre (Sindilojas Porto Alegre), produzida pela Giornale Comunicação Empresarial. As colaborações e sugestões de pauta para a publicação devem ser enviadas para conexao@giornale.com.br Atendimento ao leitor e Assessoria de Imprensa: imprensa@sindilojaspoa.com.br Fone: (51) 3025.8323 ou 3025.8324 Conselho Editorial – Sindilojas Porto Alegre Presidente: Paulo Kruse Vice-presidente de Comunicação e Marketing: Paulo Penna Rey Diretor de Comunicação e Marketing: Antonio Gomes Consultora: Sílvia Rachewsky Gerente de Comunicação e Marketing: Graciele Grando Produção Assessora de Imprensa: Mariane Rehm Assistente de Comunicação: Carolina Guterres Estagiária de Comunicação: Júlia Flores
Giornale Comunicação www.giornale.com.br Fotos: Tânia Meinerz, Divulgação Instagram, Arquivo Sindilojas Porto Alegre, Joel Vargas/PMPA e Divulgação.
Comercialização: Sindilojas Porto Alegre Contato: comercial@sindilojaspoa.com.br ou pelo telefone: (51) 3025.8300 Impressão: Impresul Tiragem: 6 mil exemplares
Edições Anteriores Acesse o site do Sindilojas Porto Alegre e baixe a Conexão Varejo em formato PDF.
4 agosto 2016
conexão varejo
Participar faz a diferença
O
mundo está cada vez mais inseguro e individualista, mas pouca gente se dá conta de que somos nós os responsáveis por mudar essa situação. Na nossa sociedade democrática, o direito de participar é a garantia de que os interesses de alguns não prevaleçam sobre a maioria. E toda vez que nos isentamos, enfraquecemos a defesa dos interesses coletivos, juntos dos quais estão os nossos próprios direitos. Para resolver as questões que julgamos erradas ou mal administradas, participação é o que faz a diferença. Um bom começo são as iniciativas menores e pontuais, como as reuniões de condomínio ou os círculos de pais e mestres nas escolas, que se abrem para ouvir os seus cidadãos e dependem disso para existir. Ou seja, a participação da comunidade é um requisito fundamental para a continuidade desse tipo de organização. Além do mais, é espantoso que as pessoas achem que os outros são responsáveis por resolver os seus problemas, pois só isso explica a falta de interesse pelas organizações coletivas. Mas, afinal, elas servem para unir esforços e facilitar a resolução de demandas que são responsabilidades de todos. Contar com a cooperação é sempre benéfico. Um exemplo é a diferença notável entre os bairros onde há uma organização comunitária forte e entre os que não possuem, já que no primeiro caso costumamos ver locais mais organizados e assistidos. É isso, aliás, a causa desse desgoverno na política que presenciamos no Brasil. Pois quanto menos participação popular houver, menos voltado para o povo se torna o governo. Estimular a participação é o que fazemos diariamente no Sindilojas Porto Alegre, pois acreditamos que juntos somos mais fortes para criar uma sociedade mais ética e honesta. Com a rotina ocupando uma parte significativa do dia, é nosso dever encontrar formas de contribuir com o coletivo, do qual nós também fazemos parte. Participe do nosso Sindicato, das iniciativas comunitárias e ajude a criar um setor e uma sociedade melhor. Um abraço.
“Acreditamos que juntos somos mais fortes para criar uma sociedade mais ética e honesta.”
Princípios Organizacionais MISSÃO: “Representar, defender e promover o desenvolvimento da classe lojista, com excelência em serviços, gerando benefícios e vantagens para a categoria, associados e sociedade”.
Comprometimento: Ter compromisso e responsabilidade com os objetivos da Entidade, demonstrando iniciativa e proatividade junto aos associados.
VISÃO: “Ser referência para os lojistas de Porto Alegre e Alvorada na defesa de seus interesses e promoção da categoria, assim como modelo de gestão para Entidades Patronais do País”.
Foco no resultado: Ser eficaz na defesa de suas bandeiras.
BANDEIRAS
Transparência na gestão: Dar visibilidade aos processos, ações e resultados da Entidade.
1. Combate ao comércio informal; 2. Eficiência em Segurança Pública; 3. Redução e simplificação dos tributos. VALORES: Ética: Respeitar normas e diretrizes da Entidade com honestidade e integridade.
Trabalho em equipe: Trabalhar como um time, somando competências para alcançar os objetivos.
Inovação: Buscar soluções criativas e ideias inovadoras frente aos desafios. Responsabilidade Socioambiental: Em suas ações, considerar a sustentabilidade em benefício da sociedade e do meio ambiente.
você precisa saber
Ativando o shopper Muitos estabelecimentos buscam atrair o cliente e aumentar suas visitas à loja, mas não dão a devida atenção aos processos comportamentais pelos quais ele passa quando está no local. Segundo o estudo ‘A hora certa de ativar o shopper’, da Nielsen, em média 70% das decisões de compra são tomadas na frente da gôndola. Isso significa que esse momento precisa ser cercado de cuidados e estímulos que levem o consumidor a decidir pelo seu produto. Outros dados importantes são que os compradores notam menos de 40% dos produtos da gôndola, ficam diante de cada prateleira cerca de 15 segundos, em média, e 50% das compras funcionam no piloto automático, baseadas em fatores emocionais e intuitivos. Diante disso, é preciso saber que o visitante só se torna um cliente quando tem a atenção captada, e o que pode contribuir é um visual merchandising atraente, que valorize os produtos e o ambiente, estimulando a permanência, e um atendimento exemplar, que transforme a simples visita em uma experiência de compra que fique na memória. O mesmo estudo ainda destaca que fatores como variedade e promoções são os que mais interferem na escolha dos brasileiros. Estar atento ao nível de autonomia sobre a decisão de compra também é essencial para uma abordagem adequada. Conforme a Nielsen, em 52% das vezes são exclusivamente os shoppers que decidem qual produto comprar, mas em 36% das situações eles costumam satisfazer outras pessoas e em 12% dos casos eles escolhem, mas levam em conta o desejo de terceiros.
Sindilojas responde Qual a orientação sobre abrir as lojas em feriados, considerando que em alguns casos os lojistas são pressionados por entidades que representam os trabalhadores a não abrir? Oscar Brauner Proprietário da Grêmio Mania do Shopping TOTAL Faça a sua pergunta ao Sindicato enviando um e-mail para imprensa@sindilojaspoa.com.br
Momento de ativar Como sugere o nome do estudo, existe uma hora certa para chamar a atenção do comprador e ela depende principalmente do nível de planejamento para cada tipo de compra. Conforme o relatório, “essa ativação deve ser feita antes da loja, isto é, no momento do planejamento, se a categoria for muito planejada, ou dentro da loja, se a categoria não for planejada e for necessário incitar a compra por impulso”. Em geral, 61% das compras são planejadas, 17% das compras são por impulso e em 22% dos casos o comprador se lembrou de que precisava do item no ponto de venda e comprou.
Para regulamentar a abertura das lojas associadas ao Sindilojas Porto Alegre nos feriados de 2016 foi estabelecido um acordo coletivo com o Sindec, que representa os empregados do comércio da Capital. Esse instrumento contém várias regras, que devem ser seguidas pelas lojas, e autoriza a abertura dos estabelecimentos nestes dias, com exceção dos feriados de 1º de janeiro, 1º de maio e 25 de dezembro. Porém, para obter a autorização, os estabelecimentos comerciais tiveram até o dia 31 de março para entregar a declaração de opção pelo trabalho em feriados, que libera a atuação com empregados e que deve ser mantida nas lojas abertas nos feriados. Se a loja associada tiver a autorização e estiver sendo intimidada, a orientação é entrar em contato com o Sindilojas Porto Alegre, que tomará as medidas cabíveis. Sindilojas Porto Alegre
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PERSONALIDADE
Inovação na veia Gustavo Caetano Fundador e CEO da Samba Tech
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onhecido como “Mark Zuckerberg brasileiro”, Gustavo Caetano esteve em Porto Alegre para ministrar a palestra ‘Inove ou morra tentando’, que integrou a 4ª edição do Congresso Brasileiro do Varejo, que ocorreu junto à Febravar 2016. Na Capital, ele contou como rompeu as expectativas, já que veio de uma família de médicos, e se tornou um dos mais conhecidos jovens empreendedores do Brasil na área de tecnologia. Hoje, aos 34 anos, ele comanda a Samba Tech, fundada em 2007 e especializada em plataforma de vídeos, que atende as maiores emissoras de TV do País e segue em pleno crescimento. No currículo, Gustavo acumula cursos na Nasa, Disney e MIT, foi reconhecido como uma das 50 mentes mais inovadoras do País pela revista Proxxima, um dos 15 brasileiros mais influentes da internet pela Revista GQ, tem dois prêmios de CEO do ano pela Pequenas Empresas Grandes Negócios e The Next Web, e foi eleito pelo MIT como uma das 10 mentes mais inovadoras do Brasil. Além disso, a Samba Tech foi eleita por três vezes nos Estados Unidos como uma das 100 empresas mais inovadoras do mundo e apontada pela Forbes como uma das dez startups para se observar na América Latina.
6 agosto 2016
conexão varejo
Como nasceu a Samba Tech? Com 17 anos iniciei a faculdade de Marketing. No meu primeiro estágio comprei um celular novo e queria baixar jogos, mas não tinha e vi aí uma oportunidade de negócio. Fiz contato com um desenvolvedor britânico e fui até lá com um plano de negócios. Voltei com um contrato e consegui um aporte de 100 mil dólares com um patrocinador, apresentado pelo meu pai. Com a empresa montada, vendemos para as quatro maiores operadoras de celular do País e nos consolidamos como líderes do mercado na América Latina. Com o tempo, passamos a perder valor e nos reinventamos com a criação de uma plataforma de vídeos como alternativa ao YouTube. Hoje, atendemos as maiores emissoras de TV do País e entregamos 500 milhões de vídeos por mês. Para você, o que é inovação nas empresas? Não tem necessariamente a ver com o mundo digital, mas com resolver os mesmos problemas de antigamente de uma forma diferente, mais simples e eficaz, pois o que era cômodo há cinco anos já não é hoje. A adoção de tecnologia é importante, e no caso do varejo ajuda a oferecer uma experiência melhor e dar escalabilidade às vendas, mas não é a chave para inovar. Experimentar as tecnologias, como um app de vendas ou abrir um canal de relacionamento via Facebook, deve ser a regra para ver o que dá certo para cada negócio. Muita gente tem boas ideias, mas fica com medo de colocá-las em prática. Se não testar, não se sai do lugar. Como um pequeno varejista pode construir uma boa reputação que contribua para alcançar um grande resultado? O WhatsApp é exemplo de boa reputação sem fazer propaganda e faz parte dessa nova lógica de chegar no usuário por meio de uma experiência positiva. Se foi bom, o usuário compartilha e traz mais gente, assim como quando a experiência é ruim. A reputação hoje é construída por atitude, não propaganda. Por isso, ter atendimento focado no cliente e resolver pequenos problemas, que afetam a sua percepção – como as filas nas lojas – é um bom começo. Inovação não é algo complexo, é pegar o que já existe e tornar eficiente. Simplicidade é chave para a inovação.
Como implementar a inovação em negócios com anos de estrada nos quais os processos parecem já estabelecidos? Creio que o segredo é estar mais aberto à falha, porque muitos têm medo de errar, de prejudicar a marca, e ficam no mesmo lugar. Mas isso é uma falsa ilusão de segurança, porque não é o passado das empresas que garante o seu futuro, já que as inovações que antes levavam 50 anos hoje levam 6 meses, mas a capacidade de seguir sendo relevante. E, nesse caso, as pequenas empresas têm vantagens, como a agilidade, já que podem testar e mensurar mais rápido, além de terem mais proximidade com o seu cliente para perceber o que agrada.
“Não é o passado das empresas que garante o seu futuro, mas a capacidade de seguir sendo relevante.”
Você concorda com a fama do gaúcho de ser conservador? E como descreveria o empreendedor daqui? Quando eu olho para o varejo gaúcho vejo empresas de referência e que fazem inovação simplificada, como a Renner. O Sul é referência em pensamento diferenciado, pois esses empresários criam futuros que hoje não existem e isso é inovar. E um bom modo de fazer isso é buscar realidades diferentes da sua, olhar para outros modelos de negócios, além de jamais perder o seu propósito, que não deve ser vender alguma coisa, mas melhorar a vida das pessoas em algum aspecto. É preciso perceber o ambiente para identificar as necessidades, por isso brinco que temos que comer a comida do nosso cachorro, pois somente quando olhamos com o olhar do cliente é que enxergamos os pontos fracos que ele vê.
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case do varejo
Alto padrão em todos os sentidos Com quase três décadas no mercado gaúcho, a Elevato investe no bom relacionamento com todos os seus públicos para seguir escrevendo uma história de sucesso.
8 agosto 2016
conexão varejo
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á 27 anos no mercado gaúcho de materiais de construção, a Elevato é especialista em acabamentos de alto padrão. Fundada após os irmãos Irio e Arcione Piva atuarem no ramo e perceberem uma carência na venda de produtos diferenciados no mercado, a empresa se consolidou no setor e hoje trabalha com um mix completo em diversas linhas para todos os ambientes residenciais e comerciais, e ainda oferece serviços especializados para instalação dos materiais com garantia total. Em setembro de 1988, os dois irmãos compraram uma pequena empresa de azulejos na Avenida do Forte, zona Norte da Capital, e abriram a primeira unidade da Elevato com mais três funcionários antes de se juntarem aos outros irmãos: Élio, Ildo e Inacir. No início, eles trabalhavam com um mix enxuto de cerâmicas e louças sanitárias, que foi aos poucos sendo ampliado para pisos, carpetes, aquecedores e toda a parte de acabamentos. Em 2009, a Elevato fundiu-se com a Tapesul, dando origem ao Grupo Elevato e contando com a participação de mais dois sócios: Roni Zenevich e Edevando Schenato. Hoje, a empresa possui oito estabelecimentos em Porto Alegre, Pelotas, Cachoeira do Sul, Camaquã e São Lourenço do Sul, sendo dois deles Stilo Elevato – lojas conceito da marca – e também a Casa Stilo Elevato, localizada no Bairro Petrópolis, que possui 600 m² e 20 ambientes, e nasceu pela necessidade de demonstrar uma maior diversidade de produtos aplicados, tal como ficarão na casa do cliente. A Casa foi executada sob o comando de um time de arquitetos, decoradores e profissionais da empresa e inaugurada em 2015 para servir como ponto de apoio para as vendas, pois contribui para agregar valor aos objetos e materiais em uso. Na casa, os clientes podem ver aplicados itens como persianas, papéis de parede, ventiladores, queimadores a álcool, cobogós, móveis de jardim, objetos de decoração e móveis sob medida de marcas nacionais e internacionais.
Entre os quase 200 colaboradores, a empresa mantém pessoas que fazem parte da equipe desde a fundação.
Crescimento constante Mesmo com a baixa no comércio, que atinge diversos setores do varejo, a Elevato segue seu o ritmo constante de crescimento a um volume de 10% ao ano. Vivendo uma boa fase de vendas, a empresa atende cerca de 10 mil clientes e comercializa em torno de 50 mil metros quadrados de pisos e revestimentos por mês devido, especialmente, ao investimento nas pessoas e na melhoria física das lojas.
Público diferenciado Além do cliente final, que chega à loja para comprar para a sua casa, grande parte do público da empresa é composto de arquitetos, engenheiros, designers e decoradores, que contam com a estrutura das lojas e da Casa para demonstrar o resultado final aos seus clientes. E para cultivar esse relacionamento a Elevato promove eventos, como palestras e cursos, além de incentivos que contribuem para as vendas e motivam os profissionais a seguirem indicando a loja. E o bom relacionamento não se resume a esse público, já que entre os quase 200 colaboradores a empresa mantém pessoas que fazem parte da equipe desde a fundação. Segundo Irio, é a constante preocupação com o ambiente de trabalho, bem-estar e com iniciativas que promovam segurança, saúde e motivação dos funcionários o que possibilita essa relação duradoura e que beneficia todos. Junto disso, um treinamento intenso e constante busca promover a identificação dos colaboradores aos valores do Grupo Elevato, que apesar de trabalhar com produtos de alto padrão acredita na simplicidade para conquistar o cliente. Antes mesmo de iniciar, os novos vendedores passam por 160 horas de treinamentos nas quais são capacitados em todos os quesitos necessários para manter o alto nível da loja.
Por mês, a Elevato vende 50 mil metros quadrados de pisos e atende mais de 10 mil clientes. conexão varejO agosto 2016
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gestão da inovação
Varejo solidário Mais do que vender, os consumidores entendem cada vez mais que é dever do comércio desempenhar o seu papel social, e valorizam isso.
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ão é novidade que o varejo tem um enorme poder de movimentar a economia, mas outra tendência que chegou com a mesma força e está atraindo um número crescente de lojas é o apoio às causas sociais. Esse, inclusive, foi um dos conceitos apontados no estudo Tendências de Consumo 2016, da agência de inteligência de mercado Miltel. De acordo com o relatório, “as marcas, atualmente, não apenas apoiam causas cívicas, mas em alguns casos elas iniciam uma transformação pública”, atitude cada vez mais valorizada e bastante relevante para 23% dos jovens brasileiros da geração Y, que tendem a preferir marcas que patrocinam programas interessantes em sua cidade ou bairro, por exemplo. Essa tendência de varejo solidário tem relação com o crescimento do senso de coletividade, necessário em todos os âmbitos da vida coletiva e que vem sendo cobrado pela sociedade mais massivamente desde junho de 2013, quando diversas cidades foram palco de protestos exigindo transformações políticas. Demonstrar essa proatividade em atender às demandas coletivas é essencial para o varejo, pois o setor depende da simpatia das pessoas para ter sucesso nos negócios.
10 agosto 2016
conexão varejo
TOMS doa um par de sapato a cada par vendido
One for one Uma das mais conhecidas iniciativas do varejo social é da TOMS Shoes. A marca surgiu em 2006, quando o americano Blake Mycoskie viajou à Argentina e viu crianças da periferia brincando sem sapatos porque seus pais não tinham dinheiro. A partir daí, ele voltou aos Estados Unidos e deu início à empresa, que a cada par vendido passou a doar outro para uma criança carente ao redor do mundo. Poucos anos depois, a TOMS começou a vender óculos, dos quais parte do valor é direcionado a consultas, óculos e tratamentos para quem precisa; bolsas, com parte das vendas dirigidas para o cuidado da saúde dos recém-nascidos e suas mães; e café e seus acessórios, que viabilizam a doação de água limpa aos necessitados. Hoje, a marca é vendida em 15 países, conta com seis lojas próprias nos Estados Unidos, já distribuiu mais de 60 mil sapatos infantis e apoiou 25 mil nascimentos seguros em 70 países. Como resultado, as clássicas alpargatas da marca são reconhecidas em todo o mundo.
Thithãs doa seus retalhos para produção de itens
Livro por LIVO
Mil formas de fazer o bem
Inspirada na mesma ideia, a brasileira LIVO – que vende óculos – deu vida a outra causa social. A empresa foi criada em 2012 em busca de um comércio mais justo de óculos de qualidade, mas não tão caros, e logo entendeu que podia dar um retorno à sociedade por meio de um projeto de incentivo à leitura, que tinha tudo a ver com o negócio. No mesmo ano da fundação, o programa LIVRO por LIVO começou a distribuir, a cada óculos vendido, um livro para a ONG Pró-Saber, da comunidade paulistana de Paraisópolis, até o final de 2014. A partir disso, a força se direcionou para a construção de uma biblioteca na instituição, finalizada na metade de 2015. E, desde outubro do ano passado, a LIVO adotou o apoio rotativo a projetos, voltando-se a uma nova ação a cada três meses. A mudança conta com a juntos.com.vc para uma parceria que aumenta o impacto positivo por meio de crowdfunding social, quando qualquer pessoa pode doar o valor que quiser. Com isso, a LIVO viabiliza ações que, se a meta de crowdfunding for atingida, podem ter ainda mais impacto.
Mas se engana quem pensa que é preciso ir longe para vivenciar um varejo social, pois em Porto Alegre há diversas iniciativas do tipo e uma delas parte da Thithãs. A ideia consiste em doar os retalhos que sobram da confecção da marca para mulheres do projeto Laços em Trapos, que utilizam o material para dar origem a produtos artesanais, como colares e almofadas. Depois de prontas, as peças são vendidas na própria loja e parte do valor é doado a diferentes instituições de caridade. De acordo com Camile Rostro Gomes, designer da Thithãs, o projeto tem o objetivo de ajudar a preservar o meio ambiente com o reaproveitamento de sobras dos tecidos. “E no futuro planejamos realizar oficinas para ensinar essa produção a mulheres desfavorecidas para que elas possam produzir mais, ter renda e até influenciar positivamente na questão da autoestima”, explica. Participar desse varejo que assume a sua responsabilidade para com as causas sociais é fundamental, pois cada vez mais os consumidores se preocupam com tudo o que está ligado ao seu consumo. Conforme o estudo Born this Way: US Millennial Loyalty Survey, da Aimia, direcionado para a geração Y, nascida entre 1980 e 2000, 50% deles estão mais dispostos a comprar de uma marca que apoie uma causa e 35% concordariam em pagar mais em negócios desse tipo. Ou seja, é imprescindível para as empresas que querem ter uma longa história desempenhar todos os papéis que lhes competem e, mais do que simplesmente vender, fazer o bem a cada venda.
LIVO apoia uma causa social a cada três meses
conexão varejO agosto 2016
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lojista em destaque Conveniência para o cliente O foco diário na Madeben é atender bem o cliente e facilitar ao máximo a sua experiência na loja, que completa 11 anos neste mês oferecendo produtos para construção civil, do alicerce ao telhado. Para isso, o estabelecimento conta com facilidades como o cartão CredConstrução, uma linha de crédito direto ao consumidor (CDC) do Sicredi para compras em até 36x com taxas baixas e o sistema de fidelidade Compro Bem, um programa de recompensa no qual o cliente ganha pontos a cada compra, indicação de novos clientes e nas compras desses indicados que podem ser trocados por mercadorias e serviços. Além disso, todas as soluções estão disponíveis no site madeben.com.br, podendo ser adquiridas e recebidas no conforto de casa com a pontualidade que marca o atendimento da Madeben. Acesse o Facebook da Madeben no QR Code ao lado.
Loucos por Short Fuse No momento em que a Short Fuse completa 15 anos, a loja realiza pela segunda vez o encontro Loucos por Short Fuse. O evento, que ocorreu pela primeira vez em março de 2015, tem sua segunda edição em agosto para reunir clientes e fortalecer o relacionamento com eles. Na ocasião, a marca disponibiliza croquis para os visitantes desenharem ideias de roupas e apresenta as novidades em vestuário e acessórios nos estilos rock, punk, metal, retrô e alternativo e que seguem as temáticas de filmes, séries e desenhos. Um diferencial da loja é a venda por catálogo digital, na qual o cliente escolhe o modelo, tamanho e estampa, visualiza e encomenda seu produto. Esse modelo de venda tem agradado bastante ao público.
Meio século de Dtalhe
Acesse o Facebook da Short Fuse no QR Code abaixo.
As preparações estão a toda velocidade na Dtalhe Calçados para uma festa em setembro em celebração aos 50 anos de atuação da loja, completados no final de 2015. O coquetel receberá 150 clientes e terá uma apresentação musical, além da distribuição de brindes e do lançamento da coleção primavera/ verão 2016. A loja ainda vai integrar a calçada recém-reformada, que conta desde maio com novo pavimento, banco de praça e floreira, dando ainda mais charme ao espaço. O negócio hoje é administrado pela segunda geração da família e ocupa desde o início o mesmo endereço, na Av. Assis Brasil, 1849, bairro Passo d’Areia. Junto das últimas novidades em sapatos, a loja é especializada em tamanhos grandes femininos e masculinos que podem ser adquiridos tanto na loja física como na virtual em detalhecalcados.com.br. Acesse o Facebook da Dtalhe no QR Code acima.
Participe desta editoria enviando novidades sobre sua loja para o e-mail imprensa@sindilojaspoa.com.br. 12 agosto 2016
conexão varejo
MERCADO
Quem é o cliente de shopping?
60% vão acompanhados e consideram centros comerciais como espaços de lazer e convivência.
mulheres entre 16 e 19 anos da classe A são as
que passam mais tempo no shopping.
59% do público efetiva a compra.
solteiros
estão mais presentes:
49%, em 2012 63%, em 2016.
Uma pesquisa recente realizada pela Abrasce – Associação Brasileira de Shopping Centers – e divulgada em junho revela o perfil atualizado do frequentador de shoppings no Brasil. O levantamento teve o objetivo de conhecer as
63% dos frequentadores vão semanalmente
ao shopping e permanecem 76 minutos em média.
59% são mulheres com visitas de 80 min em média, contra 71 min gastos pelos homens.
características e os hábitos desse público e foi realizado nas cidades de Brasília, Belém, Salvador, Porto Alegre, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Ribeirão Preto e São Paulo. Entre as constatações, o estudo identificou uma maior presença de jovens
A principal
motivação para a
visita é fazer compras, para 45% dos entrevistados.
O consumidor gasta hoje
24% mais do que em 2012.
nos empreendimentos, comparada à pesquisa de 2012, e confirmou que os homens têm uma frequência de visita maior do que as mulheres aos estabelecimentos. Confira mais resultados ao lado:
homens visitam mais: em média 8x ao mês, contra 7 das mulheres.
A classe A é a que visita com maior frequência
9 dias/mês.
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Especial febravar
Febravar 2016 movimentou Porto Alegre Mais uma vez, a Feira e o Congresso Brasileiro do Varejo bateram recorde de pĂşblico, consolidando o evento na agenda nacional do varejo. Confira os principais momentos e alguns resultados obtidos pelos expositores e visitantes.
14 agosto 2016
conexĂŁo varejo
p
orto Alegre tornou-se a capital do varejo entre os dias 6 e 8 de julho por conta da 4ª edição da Febravar e do Congresso Brasileiro do Varejo. Mais de 6,2 mil pessoas passaram pelo Centro de Eventos do BarraShoppingSul e conferiram o que de melhor se reuniu de insumos, tecnologias, debates e novidades para fortalecer o comércio. Além dos 56 expositores, 47 palestrantes e painelistas falaram ao público, que foi composto inclusive por visitantes de outros estados e país, como um grupo de 14 chilenos, que visitaram no segundo dia de evento para fortalecer a aliança comercial entre Porto Alegre e a região de Coquimbo, localizada ao Norte de Santiago. A delegação era parte de uma corporação privada e visitou o evento pela expressividade e quantidade de empresários reunidos. Segundo José Mora, diretor do núcleo de exportação da corporação regional de Coquimbo, que liderou a comitiva, iniciativas como a Febravar são significativas para movimentar a economia. “Também participamos de rodadas de negócio para conhecer empresas e estabelecer parcerias estratégicas com a indústria e o comércio de Porto Alegre”, destacou. E os benefícios do encontro se estenderam pelos corredores do BarraShoppingSul, já que mais da metade dos lojistas
consultados em um levantamento realizado pelo Sindicato percebeu aumento na circulação de pessoas nas lojas e crescimento de 15% das vendas, em média, durante o evento. No encerramento, o presidente do Sindilojas Porto Alegre, Paulo Kruse, destacou que a união foi imprescindível para o sucesso da Feira e do Congresso. “As pessoas vieram para aprender e estão valorizando cada vez mais o que propomos. Além disso, multiplicamos conhecimento, inovação e tecnologia e fizemos a economia gaúcha girar”, concluiu. Já o presidente da Febravar, Ronaldo Sielichow, destacou que a Feira cumpriu o seu principal papel de trazer inovação e qualificação para o comércio. “Foram três dias intensos para o setor e saímos com a sensação de dever cumprido”, disse Ronaldo. conexão varejO agosto 2016
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Especial febravar
Temáticas para todas as necessidades Pela primeira vez, o Congresso Brasileiro do Varejo ocorreu simultaneamente em duas salas com uma programação praticamente contínua. Dentre as mais de 20 horas de programação ocorreram palestras e painéis pagos e gratuitos que abordaram assuntos como vitrinismo, visual merchandising, excelência no atendimento com o case da Disney, tendência de mercado, entre outros. Uma dessas palestras foi com Grasiela Tesser, diretora de marketing e comercial da NL Informática, que falou sobre criatividade para impactar o consumidor da geração Y. Segundo ela, essa geração será 75% da força de trabalho em 2025, por isso é tão importante entender como ela se comporta. Para esse consumidor, o foco está em ter controle sobre as suas escolhas – incluindo suas compras – e atuar com colaboração. “Isso muda a forma de comprar e vender, pois o consumidor busca cada vez mais informação e se relaciona com as marcas mesmo sem o aval delas, nas redes sociais, por exemplo”, destacou. Para clientes da geração Y, o que importa é a experiência na loja, pois conteúdo ele já tem antes mesmo de chegar. Confira outros assuntos que se destacaram e fique por dentro do que pautou o varejo nesta edição da Febravar:
Empresas que marcam O primeiro painel do Congresso Brasileiro do Varejo, ‘Marcas que contam histórias’, teve a participação de importantes empresas gaúchas e deu o tom do que seriam os próximos dias: com motivação, debate e ideias inspiradoras trazidas pelos representantes da Rabusch, Tumelero, Pompéia e Gang. Sob a mediação de Millena Machado, apresentadora do programa AutoEsporte, da Globo, os convidados contaram as trajetórias das empresas e debateram sobre a necessidade de proporcionar experiências aos clientes e manter o sentido de cada negócio sempre vivo. Para Carmen Ferrão, superintendente do Grupo Lins Ferrão, que detém as empresas Pompéia e a Gang, as marcas têm um importante papel, pois inspiram sonhos, deixam rastros e marcam as pessoas. A Pompéia, por exemplo, foi fundada em 1953 para o público masculino e hoje atua no comando da segunda geração, justificando diariamente o slogan ‘É fácil ser fashion’. “Temos que fazer valer o conceito da marca. No caso da Pompéia é fácil ser fashion porque há muitas lojas, inclusive em shopping, promove a moda e tem preço acessível”, destacou. Sérgio Bandeira, diretor de operações da Tumelero, mostrou o crescimento da empresa e a importância de se readequar para permanecer forte. O negócio, que chegou a ter 50 lojas, hoje mantém 29 pontos sob o modelo home center com um resultado melhor do que antes. “Tivemos que decidir que modelo seguiríamos, o que nos levou a fechar 21 lojas e remodelar as restantes. Hoje temos menos estabelecimentos, porém grandes e completos, que vendem mais e melhor”, comentou Sérgio. A Rabusch, representada pelo seu diretor-presidente, Alcides Debus, contou sua evolução e destacou a motivação no crescimento e nas remodelações da empresa, mas falou também do momento 16 agosto 2016
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“Atrair novos clientes custa sete vezes mais para as empresas do que manter os atuais.” Millena Machado, mediadora do painel ‘Marcas que contam histórias’
atual de vendas em baixa no varejo. “Acredito que a culpa dos maus resultados é do empresário, pois se ele não vende é porque deixou de inovar e entender o seu consumidor”, reforçou. Além de guiar a conversa, a mediadora Millena apresentou dados sobre experiência de compra, que é capaz de vincular o consumidor à marca, como o de que 86% dos clientes aceitam pagar mais por uma boa experiência, que atrair novos clientes custa sete vezes mais do que manter os atuais e que o varejo costuma perder 30% dos clientes ativos por ano.
Foco nas pessoas Outro nome de peso foi Marco Aurélio Raymundo, o Morongo, fundador da Mormaii, que conduziu a palestra ‘Empreendedorismo natural e gestão humanista’. O empresário, que também é médico, mesclou seus conhecimentos nas duas áreas para contar sua experiência de administração que prioriza as pessoas, já que elas são o alicerce de negócios bem-sucedidos. “Temos que aprender a trabalhar sob uma perspectiva diferente, pois o mundo está mudando e as pessoas estão compreendendo que tudo está interligado, inclusive a forma de trabalhar e consumir”, disse. “Estamos passando por um salto na consciência social e temos que estar preparados para isso, porque as companhias nada mais são do que pessoas. E quando todas estão no mesmo caminho têm uma força fantástica”, ressaltou. Para Morongo, a motivação é o que está por trás de qualquer iniciativa de sucesso, pois é isso o que eleva uma ação ao nível de superAÇÃO. “Quando se trabalha com motivação é mais fácil catalisar gente a sua volta e proporcionar boas experiências que as estimulam. É isso o que fazemos na Mormaii, onde as pessoas não vão por dinheiro, mas pela experiência de atuar em uma empresa com uma visão nada tradicional do trabalho”, explicou. Valorizar a individualidade também é essencial, segundo ele, pois é o que torna cada ser e negócio único. Por último, ele compartilhou a opinião de que essa crise veio para o bem: para limpar as bases, pois só assim a coisa melhora no futuro. “Se o mundo não mudar, nós acabamos como espécie, mas temos que nos adaptar a esse novo cenário, que pode até ser melhor, mas deve doer para ser estabelecido”, disse Morongo.
Debater para aproximar Estimular o debate também foi um dos objetivos do Congresso, por isso o painel ‘Shopping center: lugar de lojista, um novo modelo de parceria’ buscou contribuir com essa aproximação. Participaram Carlos Schmaedecke, proprietário da Confraria Masculina, Henry Chmelnitsky, presidente do Sindicato da Hospedagem e Alimentação de Porto Alegre e Região (SINDHA), Eduardo Oltramari, superintendente do Shopping TOTAL, e Cláudio Brueckheimer, gerente-geral do Boulevard Laçador e Boulevard Assis Brasil, sob mediação de Edson de Castro, presidente do Sindivarejista do Distrito Federal. A conversa girou em torno da dificuldade de diálogo entre as partes e da falta de entendimento de como funciona o varejo por parte dos investidores imobiliários, que desconsideram a crise e cobram como nos tempos prósperos do varejo. Do outro lado, os gestores destacaram que muitos dos custos que cresceram são de contas como a energia elétrica, que precisam ser repassados. Outro ponto da conversa foi a falta de transparência na cobrança de condomínio, já que os valores não costumam ser esclarecidos. Ao mesmo tempo, os gestores dos centros comerciais destacaram que a transparência tem que ser recíproca, porque muitas vezes os custos estão atrelados às vendas. Ao final, os painelistas destacaram que para chegar a um novo modelo de parceria os dois lados devem entender que a realidade mudou e a relação deve ser revista não só para o bem das lojas, mas também pela sobrevivência dos shoppings. Exercitar fórmulas mais equilibradas de contrato para essa negociação foi uma das sugestões.
“A motivação é o que está por trás de qualquer iniciativa de sucesso, pois é isso o que eleva uma ação ao nível de superAÇÃO.” Morongo, fundador da Mormaii
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Especial febravar O poder dos dados Muito além de uma evolução tecnológica, foi sobre uma nova mentalidade que tratou a palestra ‘Marketing Hacking: hackeando o marketing através da ciência’, do cientista de dados Ricardo Cappra. Ele falou para um auditório cheio sobre big data e transformação de dados não estruturados em informação tangível, que pode ser aplicada a todos os assuntos e tamanhos de negócio, trazendo benefícios para o comércio. “Dados são informações que as pessoas geram a todo o momento e eles confessam coisas”, explicou. No mundo conectado de hoje, os dados são likes, localização, sites acessados e até as escolhas não feitas. De acordo com Cappra, a geração de dados é exponencial e eles crescem em grande volume, variedade e velocidade, especialmente com a popularização da internet. “Observar os dados disponíveis na internet dá às pequenas o mesmo poder das grandes empresas, e através deles, estudos descobriram, por exemplo, que pessoas com relacionamento sério na rede têm menos interações sociais, ou seja, convivem menos com os amigos, mas são mais felizes de acordo com as emoções manifestadas”, contou o cientista. Segundo o palestrante, a sociedade está abrindo seus padrões de comportamento em nome de serviços melhores, por isso as marcas devem não olhar para si mesmas, mas mirar os hábitos do seu público e o que os impacta para trocar modelos intuitivos de gestão por sistemas analíticos, que levam a resultados mais precisos e certeiros.
Talk show com Boechat Com um auditório lotado, o diretor de jornalismo da Band-RS, Renato Martins, conduziu o Talk show com Ricardo Boechat, apresentador do Jornal da Band, na TV Band, da rádio BandNews FM, colunista da revista Isto É e reconhecido como o jornalista mais admirado do Brasil na pesquisa do portal Jornalista&Cia e Maxpress. Antes do encontro, Boechat conduziu e transmitiu ao vivo o seu programa matinal de rádio do estande da Band na Febravar para todo o Brasil. Já no Auditório Sicredi, o jornalista contou sua história profissional e falou sobre a situação econômica e política atuais, que ele atribui principalmente ao desvio moral da classe política e à estrutura brasileira, inchada e burocrática. “Apesar de tudo, acredito em um futuro melhor, pois temos um grande mercado consumidor, agronegócio forte, pirâmide etária favorável, não temos fundamentalismo, guerras nas fronteiras nem internas ou conflitos separatistas e lutamos constantemente para superar desvios morais, como o racismo, inclusive com leis”, destacou. “Muitos fatores são positivos, mas, ao mesmo tempo, contamos com uma classe dirigente terrível que instrumentalizou o Estado para ser um inimigo da sociedade, espoliador, corrupto, ineficiente. O grande desafio é superar esse Estado com seus privilégios”, observou Boechat, projetando que assim como essa crise política desgasta o País, colabora para gerar uma sociedade mais atenta, conectada e consciente.
18 agosto 2016
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“Aquele país que só discutia carnaval e futebol hoje não fala mais só nisso.” Ricardo Boechat sobre a consciência política da sociedade
Sucessão em pauta Um assunto relevante para as empresas foi tema do painel ‘Processo sucessório nas empresas: de pai para filho’, que teve Nelson Eggers, diretor-presidente da Fruki, Marcos Oderich, diretor comercial e presidente do Conselho da Conservas Oderich, Eduardo Kunst, presidente-executivo das Empresas Artecola, e o mediador Volnei Garcia, diretor da Cedem Consultoria, como participantes. Parte da terceira geração da família, Eduardo Kunst destacou a profissionalização no processo da Artecola. “Não temos um momento definido de passagem de bastão, pois isso ocorre ao longo do tempo, mas acreditamos que cada geração deve agregar algo de diferente na empresa”, contou Eduardo. Já Marcos contou a história dos 108 anos da Oderich, que iniciou como uma pequena refinaria de banha de porco e hoje é uma gigante do seu ramo. Após superar conflitos familiares, a companhia sistematizou o
processo sucessório e criou regras. “Sob o comando da quarta geração hoje, atuamos de forma mais clara, pois existem normas que todos sabem que têm que seguir. Também aprendemos a profissionalizar as pessoas de acordo com as suas competências, pois isso aumenta as chances de dar certo”, falou Marcos. E a história da Fruki mostrou que existe sucessão amigável quando o assunto é tratado no tempo certo e com franqueza. Há 92 anos, a empresa nasceu como uma pequena cervejaria, foi se consolidando e os membros da família foram chamados para trabalhar, como Nelson – que contou ter criado a fórmula do famoso guaraná da marca. Com o crescimento, a empresa apostou na inovação, importando máquinas, inserindo o primeiro computador na produção e criando a primeira estação de tratamento de efluentes do Estado. “Nos anos 80, começamos a pensar em sucessão quando assisti a um seminário e me vi viúvo com três filhos. Mandei os jovens para estudarem fora e eles seguiram suas carreiras em outras empresas. Em 2012, chamei uma das filhas, que estava há nove anos em outra companhia, e a Fruki deslanchou. Depois, chamei a outra e implementamos a governança corporativa”, detalhou Nelson. Hoje, a empresa possui quatro holdings, 21 herdeiros e acionistas e uma boa relação familiar atribuída ao modo de governança. Para finalizar, Nelson desconstruiu o dito popular de que ‘a primeira geração constrói, a segunda usufrui e a terceira destrói’ e a corrigiu dizendo que a geração que destrói uma empresa é a que não prepara seus sucessores.
“Não é a terceira geração que destrói as empresas, mas a que não prepara seus sucessores.”
O futuro do varejo Alberto Serrentino, sócio-fundador da consultoria Varese Retail e um dos maiores nomes em consultoria para o varejo do Brasil, falou para uma plateia lotada na palestra ‘O momento e o futuro do varejo: desafios e perspectivas’. Segundo ele, não se deve analisar o País olhando o momento atual, pois ele é péssimo e foi agravado porque sucedeu um ciclo virtuoso e atropelado por uma situação de instabilidade política. “A desaceleração na economia em 2015 foi natural depois do boom de 2013, mas mesmo assim ficaram coisas muito boas, como solidez, crescimento do mercado, abertura e transparência. Desde a última eleição, a situação se deteriorou por conta do embate, que não terminou, mas isso ninguém podia prever”, explicou. Apesar das quedas na economia, Serrentino destacou que há três meses a confiança do consumidor vem se recuperando a passos lentos sem piorar, o que é uma grande conquista porque mostra uma tendência de melhora. O consultor ainda ressaltou o legado positivo que deve ficar: ajuste no mercado imobiliário e de trabalho – que são os maiores gastos das empresas e estavam crescendo muito –, reajuste e solidez das companhias – que deverão manter a melhor produtividade quando a crise passar –, possível retomada da exportação e das indústrias nacionais e diminuição da concorrência internacional, já que as gigantes estrangeiras frearam a entrada no País. “Vivemos atualmente o ‘10 anos em 2’, pois estamos fazendo a lição de casa com mais rapidez, o que trará ganhos de produtividade e eficiência e quando as vendas voltarem a crescer os lucros devem disparar”, explicou, completando que, se transição a política se completar, 2017 já deve mostrar crescimento moderado.
Nelson Eggers, diretor-presidente da Fruki
Temas estratégicos para superar a crise, por Serrentino: • Redefina a relação com o produto: deixe de vender produtos, mas seja um consultor que entende e cria os desejos do consumidor. • Simplifique o ponto de venda: torne a loja intuitiva e simples, sem atrito para o cliente. Seja fácil, sinalize itens e áreas e faça o ambiente falar. O serviço é o que diferencia a loja física da virtual, invista nisso. • Ofereça experiência: torne a visita inesquecível por meio de experimentação. Estimule a permanência e trate seu produto com o valor que você quer que o cliente veja. • Integre físico e digital: as pessoas estão conectadas o dia inteiro e não veem canais, mas a marca. Pense com a cabeça do cliente e ofereça mobilidade para agregar ao serviço na loja.
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Novo jeito de liderar
O editor do site Falando de Varejo, Caio Camargo, foi o condutor da palestra ‘Mais que um chão de loja, um show de loja’, que abordou as mudanças do varejo nos últimos anos e o que ainda precisa mudar para surpreender o consumidor. Logo de cara, o palestrante instigou o público a ver com os olhos do consumidor para mostrar que detalhes fazem muita diferença na hora da compra e que hoje o papel das lojas não é mais o de intermediário entre o produto e o consumidor, mas de oferecer estilos de vida. Para Caio, o grande desafio atual é saber quem é o consumidor, pois ele adota muitos comportamentos em um único dia e chega à loja informado, sabendo o que quer e sem passar muitas informações. “A forma de reverter isso é parar com a passividade, com as lojas sendo ativas na ajuda ao cliente. Além disso, é preciso criar outra cultura de vendas, pois a cada cinco pessoas que entra na loja, só uma compra, refletindo a incapacidade do varejo em se comunicar, pois ninguém entra numa loja sem ao menos uma intenção de comprar”, ressaltou.
Essencial para o sucesso das empresas, a liderança foi o tema que guiou os painelistas João de Lima, sócio-diretor da Fractal Resultados, Zuleika Rheinheimer, consultora em Gestão de Pessoas, e Gabriel Drumond, sócio-fundador do Mercado Brasco, com a mediação da jornalista Suzana Naidich, do blog Mundo dos Negócios, do ClicRBS. No painel ‘Nova liderança para novos tempos’, Gabriel contou a história do Mercado Brasco, fundado há três anos, quando ele tinha 20 anos e estava na faculdade, e como o estabelecimento implementou uma gestão focada nas pessoas que atrai muitos currículos. “Não estava contente com as empresas que eu conhecia e quisemos fazer diferente. No começo, contratávamos muito rápido e criamos uma cultura que não era a que queríamos, por isso recomeçamos do zero. Dispensamos todos e passamos a contratar devagar, para ter certeza de que as pessoas estavam alinhadas com a cultura Brasco, e demitir rápido”, comentou Gabriel. Segundo Zuleika, essa velocidade é essencial para o negócio, pois uma pessoa desalinhada estraga rapidamente o ambiente. “Demitir às vezes é a única forma de resolver, mas desenvolver as pessoas que já estão lá é uma medida que deve ser testada antes, pois é mais barato e eficaz para integrar”, destacou. Para João, a equipe é resultado do líder e a sua função principal é gerar comprometimento. “Devemos repensar o contrato com as equipes, cuidando mais das pessoas com um investimento pensado. Não só oferecer benefícios, mas entender o que cada um quer”, explicou. Alternativas que não custam caro são cuidar da gestão da cultura, contratar gente com os mesmos valores e investir no clima não com pesquisas, mas na forma como se relaciona com o funcionário, administrando o que está por trás de cada comportamento. “O segredo para uma boa liderança é gerir as pessoas como indivíduos, dando autonomia, autoria dos resultados e protagonismo”, finalizou João.
“Pense nos locais em que você não voltaria mais e comece não fazendo igual na sua loja.”
“Entendemos a motivação do funcionário como nossa responsabilidade.”
Caio Camargo, editor do site Falando de Varejo
Gabriel Drumond, sócio-fundador do Mercado Brasco
Em busca do show de loja
20 agosto 2016
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Especial febravar Gigantes da moda O estilista Alexandre Herchcovitch esteve em Porto Alegre e participou de dois painéis debatendo moda com o público. O primeiro foi uma entrevista guiada pela mediadora Mariana Castro, professora da ESPM-Sul, na qual ele respondeu às perguntas do público e contou sobre o começo da carreira até a saída definitiva, neste ano, da direção criativa da marca que leva seu nome e o começo da parceria com a À La Garçonne. “Tanto na moda como no varejo é preciso ser expert em alguma coisa, pois é isso que diferencia uma marca da concorrência”, comentou. Sobre a relação de moda e sustentabilidade, o convidado destacou os impactos dessa cadeia produtiva, mas também citou que esse comportamento está mudando, com um número crescente de marcas buscando alternativas aos impactos ambientais que causam. Um dos exemplos trazidos foi a À La Garçonne, que utiliza materiais antigos não aproveitados para confeccionar seus produtos. Na segunda etapa do painel, juntaram-se ao estilista a jornalista Lilian Pacce, editora-chefe e apresentadora do programa GNT Fashion, e a mediadora Tatiane Alves, sócia-proprietária da consultoria Compassing. Juntos, eles comentaram sobre como novas marcas podem entrar no mercado por meio de parcerias e o trabalho duro para romper essa barreira inicial. “No começo é preciso fazer tudo sozinho, além de arriscar e ser do tamanho que pode ser”, comentou Alexandre. Lilian também destacou que manter a identidade em um negócio compartilhado não deve ser difícil para quem tem isso definido. “Essa nova geração tem outra cabeça e sabe se aproveitar desse mercado colaborativo. A força coletiva pode ser muito boa e uma maneira de viabilizar um novo negócio”, comentou. Por fim, Lilian destacou que a grande diferença do varejo
nacional e internacional é a preparação dos vendedores, que aqui atuam com muita falta de informação. “Lá fora até os assessores sabem explicar os detalhes e aqui vemos pessoas despreparadas para atender porque sequer conhecem os produtos, seu conceito, matéria-prima ou fabricação. Isso prejudica tanto a loja quanto a marca. O que falta no Brasil é entender que atendimento não é só oferecer água e café”, concluiu.
“Na moda e no varejo é preciso ser expert em alguma coisa, pois é isso que diferencia uma marca da concorrência.” Alexandre Herchcovitch, estilista
Vem aí a Febravar 2017! Gostou do que tratou a mais recente Febravar e Congresso Brasileiro do Varejo? Então veja as entrevistas com os palestantes no canal do Sindicato no YouTube, acompanhe as novidades e prepare-se para a 5ª edição do evento, que ocorre dias 12, 13 e 14 de julho de 2017, também no Centro de Eventos do BarraShoppingSul. youtube.com/user/sindilojaspoars febravar.com.br fb.com/FebravarOficial twitter.com/FebravarOficial
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22 agosto 2016
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Lançamento Febravar 2016 e entrega do Troféu Mercúrio No dia 4 de julho, o Sindilojas Porto Alegre realizou pela primeira vez uma festa para o lançamento da 4ª edição da Febravar – Feira Brasileira do Varejo – e entregou o Troféu Mercúrio, que reconhece as empresas e as personalidades que contribuíram e se destacaram no desenvolvimento do comércio da Capital. A festa ocorreu na Sogipa e na solenidade o presidente da Febravar, Ronaldo Sielichow, foi homenageado pelos serviços prestados durante o tempo que ocupou a presidência do Sindicato. Os reconhecidos com o Troféu Mercúrio foram: Destaque Imprensa: Felipe Vieira Destaque Imprensa (in memoriam): Maria Isabel Hammes Destaque lojista (pequenas e médias empresas): Luis Winge, da Floricultura Winge Destaque lojista (grandes empresas): Marivaldo Tumelero, da Loja Tumelero Destaque político: Vereador João Carlos Nedel Amigo do Varejo: Vitor Koch Personalidade do Varejo: Ronaldo Sielichow
Prefeito José Fortunati e demais autoridades do varejo prestigiaram o evento
Troféu Mercúrio reconheceu personalidades importantes para o desenvolvimento do comércio porto-alegrense
Evento contou com a presença de autoridades, empresários, lojistas, presidentes de entidades empresariais, formadores de opinião e imprensa
Paulo Kruse, presidente do Sindicato, entrega homenagem a Ronaldo Sielichow, presidente da Febravar, por conta dos grandes serviços prestados à Entidade e ao varejo
Jornalista Felipe Vieira, reconhecido como Destaque Imprensa, destacou a necessidade do apoio dos políticos para que o comércio recupere a sua força econômica
Cantora Ana Lonardi, que participou do The Voice Brasil, animou a festa de lançamento da Feira
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espaço sindilojas CAFÉ NA FEIRA
Café com Lojistas ocorre na Febravar e lança nova identidade visual
Palestra foi comandada por Caroline e Daniel
Pela segunda vez, o Congresso Brasileiro do Varejo teve na sua programação uma edição do Café com Lojistas. O evento ocorreu no dia 7 de julho, no Auditório 1, e teve como ministrantes Caroline Baron, consultora de Fashion Marketing e professora na ESPM-Sul, e Daniel Keller, analista de Consumo da Use Fashion, que comandaram a palestra ‘Inovação e lucratividade para 2017: aplicações para o RS’. Além disso, a ocasião marcou o lançamento da nova identidade visual do Café com Lojistas, que acontece desde 2012 e ganhou agora uma marca revitalizada. O novo logotipo nasceu da junção de elementos essenciais do evento: bate-papos relevantes e um ambiente descontraído, representados pelo balão de conversa e pela xícara de café, respectivamente. A criação conta com formas geométricas simples que tornam a marca moderna e de fácil compreensão.
É necessário inovar Na palestra, os ministrantes debateram que a inovação normalmente vem de fora por meio da observação do mercado que dá origem a novas ideias, mas deve ter como propósito gerar valor para o cliente. A observação, aliás, foi um ponto bastante destacado, já que muitas vezes é preciso sair da loja para vê-la de fora, com o olhar do cliente, mas olhando de dentro também é possível colecionar dados que ajudam a entender o público e direcionar as ofertas e a comunicação da loja para o perfil que visita o estabelecimento. Segundo Caroline Baron, as lojas precisam dar motivo para os clientes entrarem, comprarem e voltarem, e para isso, a consultora apresentou
Para guardar: • Em momentos de instabilidade econômica os clientes buscam segurança, investem menos em compra por impulso e querem produtos que realmente valham a pena. • É fundamental ter dados sobre os seus clientes, assim é possível direcionar a comunicação e fazer ofertas personalizadas. • Adote o sistema T, de “te vira”. Se não há verba para novos investimentos, aprenda a usar os recursos já disponíveis para resolver os problemas. • Aproveite a crise e saia na frente da concorrência. Se os outros não investem em algo, isso é uma chance de se diferenciar.
as principais tendências de mercado, como terapia empresarial, transparência, sustentabilidade, clareza na comunicação, criatividade, originalidade, fomento aos negócios locais e ultraconectividade, que podem ser aplicadas em negócios de todos os tipos e tamanhos. Para fechar, Daniel destacou que, além de investir no que é tendência, é essencial cuidar das demandas básicas, como treinamento, vitrine, atendimento e jamais economizar na equipe, pois ela é a ferramenta mais efetiva para o sucesso do lojista.
curso
Treinamento com foco nas vendas Começa no dia 1º de setembro e vai até 25 de outubro um dos cursos mais focados na venda realizado pelo Sindilojas Porto Alegre. O treinamento Venda-se será ministrado às terças e quintas-feiras pelo professor do Senac-RS, Giancarlo Giacomelli, das 19 às 22h, com uma carga total de 44 horas, no Centro de Capacitação do Sindicato (Rua dos Andradas, 1234, 9º andar, Centro Histórico). O curso busca aperfeiçoar e desenvolver competências para profissionais que desejam compreender os principais aspectos 24 agosto 2016
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da atividade por meio de práticas vivenciais enriquecidas pela experiência de cada participante. Alguns dos conteúdos abordados são processos comportamentais, comunicação, relacionamento, mercado, varejo e consumidor, processo de venda, argumentação, negociação e pós-vendas. Para associados ao Sindilojas Porto Alegre, o treinamento tem o custo de R$ 450, podendo ser parcelado em até seis vezes no boleto da associação. Para o público em geral o curso também está aberto, mas no valor de R$ 550 à vista. Inscreva-se!
CONVÊNIO
Parceria para fortalecer a cidade
Representantes do Sindicato e do Convention & Visitors Bureau formalizaram a parceria na Febravar Durante a realização da 4ª edição da Febravar, o Sindilojas Porto Alegre assinou um convênio com o Porto Alegre Convention & Visitors Bureau (POACVB), uma fundação privada sem fins lucrativos que tem o objetivo de captar eventos para Porto Alegre e Região Metropolitana. Com o convênio, o Sindicato se torna mantenedor e passa a contribuir com a estrutura necessária para ações que buscam desenvolver cultural e economicamente a Capital por meio de eventos que movimentam o turismo e o comércio. A parceria vem para coroar o momento atual de grande união de entidades no mesmo propósito de fazer com que o turismo de eventos seja uma plataforma de desenvolvimento da economia da Capital. O Convention é mantido por empresas impactadas pelo segmento
de turismo de negócios e eventos, como hotéis, agências de viagens e restaurantes, e busca constantemente parcerias que fortaleçam esse trabalho para que Porto Alegre torne-se um ambiente cada vez mais competitivo e concorra com sucesso com cidades como Gramado, Canela e outras capitais. Para Roberto Snel, presidente-executivo do POACVB, parcerias do tipo são muito importantes, pois soluções para o futuro só funcionam com ações estratégicas no presente. “O convênio entre o Sindilojas Porto Alegre e o POACVB comprova a exemplar ousadia em prol do desenvolvimento do turismo de eventos e traz reflexos na economia local, contribuindo diretamente em mais de 30 segmentos, dentre eles o varejo”, destaca.
missão
Lojistas vão em missão à Fenin-SP Organizados em uma missão empresarial realizada pelo Sindilojas Porto Alegre, 20 pessoas estiveram na Feira Nacional da Indústria Fashion – Fenin-SP – nos dias 27 e 28 de julho. O evento é o maior do setor de vestuário da América Latina e reúne as principais tendências do segmento e fornecedores de todo o País. Nos mais de 15 mil metros quadrados, os visitantes puderam fazer negócios, networking e assistir aos desfiles com as novidades da Primavera/Verão 2016/17. Para Rita Calvi, da Calvi Presentes, a experiência foi gratificante, pois estimulou a construção de novas perspectivas para o negócio. “Ações como as missões são de suma importância para estarmos prontos para surpreender nosso cliente tanto em produtos quanto em experiência. É bom sair da rotina para que possamos ver tudo o que se passa mundo afora”, comentou a lojista.
Além da Fenin, o grupo visitou a 48ª Francal, focada no setor calçadista, que ocorreu simultaneamente. Agende-se, pois a próxima missão já tem data marcada e inscrições abertas: será para o Minas Trend, de 4 a 6 de outubro. Mais informações pelo telefone (51) 3025.8300. conexão varejO agosto 2016
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Novo Centro Popular de Compras abre na Restinga Já está em funcionamento desde o dia 22 de junho o Centro Popular de Compras (CPC) da Restinga, localizado na esquina da Avenida Nilo Wulf com a Estrada João Antônio da Silveira. O espaço tem 750 m² e abriga 52 bancas para comerciantes que antes atuavam na rua. A construção aconteceu por conta de uma parceria público-privada entre a Prefeitura da Capital e a construtora Multiplan e será administrado pelos próprios comerciantes. Na cerimônia de inauguração, o prefeito José Fortunati entregou os Alvarás de Autorização aos comerciantes selecionados a ocupar o local por meio de um sorteio realizado em janeiro pela Secretaria Municipal de Produção, Indústria e Comércio (SMIC). A iniciativa é um exemplo de como a formalização contribui positivamente, tanto para os empresários como para a cidade, por conta da geração de emprego e renda.
CONFIRA A AGENDA PARA O MÊS DE agosto
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curso excelência no atendimento Turno: manhã
8 a 11
curso estratégia de marketing e posicionamento mercadológico Turno: noite
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dia dos pais
15 a 18
curso comunicação assertiva para profissionais de venda Turno: noite
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Café com Lojistas “gestão de Pessoas e Atendimento” Turno: manhã
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Curso liderança na prática Turno: manhã e tarde
Centro de Compras tem 750m² no Extremo Sul da Capital
café com lojistas
Viva Open Mall recebe edição especial do evento As equipes e os lojistas do shopping Viva Open Mall, inaugurado no primeiro semestre de 2015 na Avenida Nilo Peçanha, receberam uma edição especial do Café com Lojistas, no dia 17 de junho. O evento foi realizado pelo Sindilojas Porto Alegre em parceria com a administração do empreendimento e recebeu o palestrante Airton Dória, especialista
Patrícia Gregis e Tatiana Silva da Rosa, da Claro
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em administração e negócios, que falou sobre tendências de consumo, as mudanças do mercado e as oportunidades que podem ser criadas com a crise financeira. Segundo o palestrante, conhecer o cliente, customizar o atendimento e o produto, por exemplo, são pontos fundamentais para fidelizar o consumidor.
Patrícia Giordani e Viviane Belinzoni, da Little Dream Babies
dia a dia
Conforto e facilidade para a sua loja
P
ara atender o lojista, o Sindilojas Porto Alegre possui uma robusta estrutura física, que tanto abriga os colaboradores da Entidade como serve de espaço para eventos voltados à capacitação dos empresários e suas equipes. Dentro disso, o Sindicato conta com duas salas disponíveis para locação em dias úteis no Centro Histórico, com uma localização privilegiada: a Sala de Treinamento, para 40 pessoas, e o Auditório Henrique Gerchmann, com 86 lugares, que podem ser utilizados para reuniões, treinamentos, palestras ou outros eventos. As salas ficam no Centro de Capacitação do Sindicato, na Rua dos Andradas, 1234, 9º andar. Ambos os espaços têm uma infraestrutura fixa, como sonorização e climatização, disponível na locação e o aluguel é feito por meio de contrato com antecedência mínima de 48 horas do evento. Para empresas associadas à Entidade o valor é diferenciado e a cobrança ocorre junto com a mensalidade seguinte. Já para o público em geral, o pagamento é feito por boleto. Para Michelle Holstein, gerente da Centro Cópias Soluções Gráficas e Digitais, a solução é ótima para eventos nos quais é preciso tirar a equipe da loja para ter atenção focada no tema discutido. “Nós alugamos as salas para reuniões internas e treinamentos há vários anos, especialmente, pela qualidade do local, que é amplo
Auditório Henrique Gerchmann Custo: Empresas associadas: R$ 490,00 (turno) e R$ 760,00 (diária) Não associadas: R$ 760,00 (turno) e R$ 1.050,00 (diária) Recursos: • 2 TVs plasma 70 polegadas para projeção; • 5 microfones de mesa; • Microfone sem fio de mão, lapela headset; • Sistema de som com equalizador e alto-falantes no teto; • Ar-condicionado; • Tecnologia integrada de som, luz e imagem.
e confortável, mas também pela facilidade na transação e pelo atendimento dedicado”, comenta a profissional. Segundo ela, esse esforço da empresa ainda mostra dedicação com as pessoas, já que um investimento precisa ser feito. “Acredito que sair do ponto de venda abre os horizontes para coisas que às vezes não enxergamos no dia a dia, e o resultado é uma equipe motivada”, destaca Michelle. Para mais informações e para a locação de alguma sala, entre em contato pelo e-mail locacao@sindilojaspoa.com.br ou telefone (51) 3025.8300.
Sala de Treinamento Custo: Empresas associadas: R$ 140,00 (turno) e R$ 220,00 (diária) Não associadas: R$ 230,00 (turno) e R$ 340,00 (diária) Recursos: • 1 TV plasma 50 polegadas para projeção; • Sistema de som com equalizador e alto-falantes no teto; • Ar-condicionado; • Tecnologia integrada de som, luz e imagem; • Recepção.
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em foco
Varejo esportivo: conhecimento para um cliente informado A primeira matéria desta nova série trata do segmento esportivo, compartilhando dicas e as particularidades desse nicho para alavancar os negócios do tipo. Acompanhe as próximas edições e confira outros setores do varejo.
O
segmento de varejo esportivo é um dos que contêm os produtos com os maiores valores agregados. Somente 12 dos grandes players do mercado esportivo mundial, representados pela ÁPICE – Associação pela Indústria e Comércio Esportivo, faturaram mais de R$ 4 bilhões no Brasil em 2015, o que significa aproximadamente 32 milhões de pares de calçados e mais de 28 agosto 2016
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25 milhões de peças de vestuário esportivo vendidos. No setor calçadista nacional, 13,5% da produção corresponde ao segmento esportivo, assim como 12% do total de vestuário. Esses e outros dados do relatório Setor de Produtos Esportivos 2015, da ÁPICE, mostram que o varejo de esportes tem uma enorme importância para o setor, especialmente no momento atual, com as pessoas se preocupando cada vez mais com a saúde e o bem-estar.
Cliente em primeiro lugar Assim como nos outros setores do varejo, estar atento ao desejo dos consumidores é a melhor estratégia para vender, e deve ser esse o principal ponto a considerar na hora de comprar dos fornecedores. Mas, mais do que isso, servir de ponto de contato entre a indústria e o que os clientes querem é extremamente importante para que as coleções estejam alinhadas ao desejo do público. Na Fila, as compras nos primeiros seis meses após a inauguração foram basicamente por sugestão do fornecedor, mas quando essas escolhas passaram a ser pautadas pelas conversas em loja as vendas aumentaram cerca de 50%. Para Lucas, a loja e a fábrica têm que trabalhar juntas para conquistar a preferência dos compradores.
Combate à pirataria Informação como base Apesar de atrativo para os varejistas, o setor é desafiador porque se volta para um cliente diferenciado, que normalmente chega na loja mais bem informado do que os demais. “Esse consumidor costuma ser um praticante de esportes iniciante ou intermediário e chega sabendo o que quer”, descreve Cláudio Freitas, gerente da Paquetá Esportes do Shopping Iguatemi, que tem 11 anos de varejo, sendo seis deles na área esportiva. Na maioria das vezes esse público é atraído por alguma necessidade específica e quase sempre já pesquisou na internet ou em outros estabelecimentos antes de comprar, segundo o gerente. Por isso, o ponto forte para vender nesse segmento é estar informado, pois as novidades chegam às lojas com frequência e as tendências, que estimulam as vendas, também surgem rapidamente. Para superar esse desafio, uma solução é realizar reuniões constantes para falar dos novos produtos, além de estimular os colaboradores a seguirem as redes sociais de atletas e clubes que influenciam os clientes e participar de eventos esportivos locais, como ocorre na Paquetá Esportes. Em um setor que lida com as tecnologias contidas nos produtos, é essencial entender bem como elas funcionam e vender muito mais do que produtos, mas os seus benefícios.
Esse é outro desafio do segmento esportivo, pois devido ao alto valor agregado dos produtos, eles atraem a atenção dos falsificadores, que produzem cópias sem autorização e sem o controle de qualidade das marcas. Segundo dados da ÁPICE, estima-se que as perdas decorrentes do mercado ilegal para o País aproximem-se de R$ 500 milhões que viriam de impostos. E de acordo com um levantamento do Ibope, encomendado pela ÁPICE, 23% dos tênis esportivos comprados entre maio de 2014 e 2015 não eram originais, representando R$ 1,6 bilhão.
Rio2016 Um evento que deve incrementar as vendas no comércio esportivo são as Olimpíadas e Paralimpíadas, que ocorrem em agosto e setembro no Rio de Janeiro. Apesar de não acontecer em Porto Alegre, o torneio divulga diversas modalidades esportivas e estimula a prática. Segundo os gerentes da Paquetá Esportes e da Fila, o tema já está trazendo clientes às lojas, especialmente os estrangeiros. Aproveite a ocasião e oriente os seus colaboradores.
Experiência de compra Na Fila Store do BarraShoppingSul, a grande missão no atendimento é levar o cliente para o provador, pois é lá, segundo o gerente Lucas Pereira, que a venda se concretiza ou não. “Por termos produtos com qualidades que às vezes não são visíveis, o cliente tem que ser conduzido a experimentar, pois só assim ele consegue perceber as vantagens”, conta. O desafio, de acordo com ele, é dominar os benefícios e as vantagens dos itens, como a vida útil da peça, modo de usar e limpeza, por exemplo, dando uma atenção mais global. Mas quando o vendedor está preparado e o cliente experimenta, a chance dele comprar é alta: em maio, na Fila, 78% dos clientes que não experimentaram não levaram, enquanto 58% dos que provaram, compraram. conexão varejO agosto 2016
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opinião
Antônio Gomes diretor de Comunicação e Marketing do Sindilojas Porto Alegre
É necessário olhar para o lado
U
ma delegação do Sindilojas Porto Alegre esteve em Blumenau (SC), entre os dias 25 e 27 de maio, para o 32ª Congresso Nacional de Sindicatos Patronais do Comércio de Bens, Serviços e Turismo. Mas muito mais do que discutir temas importantes para o desenvolvimento do comércio, como gestão, ética e comunicação, foi o ambiente e o clima de otimismo o que chamou a atenção. Não por acaso, o estado catarinense foi o que teve o melhor desempenho no volume de vendas do comércio em maio em relação a abril segundo o IBGE, com crescimento de 2,5%. Oportunidades como o Congresso são excelentes para debater os assuntos que pautam o varejo, bem como para se aproximar de diferentes realidades e aprender com elas. O tema ética, discutido em um dos painéis, coube de forma precisa na conjuntura catarinense, pois lá tanto os governos municipal e estadual quanto os empresários atuam na mesma direção para conquistar bons resultados na economia. A consequência é uma legislação tributária mais justa, incentivos fiscais e capacitações que dão inveja quando comparados à realidade gaúcha. Enquanto no Estado vizinho vemos um custo razoável para existir, que permite a sobrevivência dos pequenos empresários, aqui parece que as leis foram feitas para desfavorecer esses empreendedores, que lutam diariamente para sobreviver. No Rio Grande do Sul, a dificuldade de conseguir um alvará, a alta carga tributária e uma legislação trabalhista nada ponderada, que mais parece um negócio do que justiça, dificultam a continuidade dos negócios porque há uma cultura de sempre levar vantagem impregnada em algumas pessoas, que movem ações contra seus empregadores quando são desligadas originando um alto custo aos empresários para provarem sua idoneidade. Por isso, e muitos outros motivos, é urgente promover uma cultura interna que conecte os colaboradores às empresas. Para superar as burocracias que travam a contribuição do nosso setor à recuperação da economia precisamos nos unir e aproveitar as iniciativas promovidas pelo Sindilojas Porto Alegre, que auxiliam tanto na capacitação da equipe quanto no fortalecimento do setor para cobrar medidas mais realistas e possíveis de serem cumpridas sem enfraquecer as empresas. Visite a Entidade e exerça papel ativo na mudança que queremos.
“A dificuldade de conseguir um alvará, a alta carga tributária e uma legislação trabalhista nada ponderada dificultam a continuidade dos negócios.”
30 agosto 2016
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