Conexão Varejo - Agosto/2012 by Sindilojas Porto Alegre

Revista do Sindicato dos Lojistas do Comércio de Porto Alegre/RS

Nº 50

agosto 2012

Polo Comercial Um relato do comércio da Avenida Sertório

Desenvolvimento Humano A relevância da valorização profissional

Especial

Entidade conquista Troféu Bronze

Sumário

05 06 08

Opinião

Conecs

Qualidade reconhecida.

Audiência Pública discute cartões de crédito.

Entrevista

Entidade

O palestrante nacional Dado Schneider garante que não existe mais fidelidade por parte do consumidor e fala sobre a atuação do gestor, entre outros assuntos.

Investir em mídia paga ou institucional pode significar aumento nas vendas.

Mercado

Especial

Desenvolvimento Humano

Senac-RS completa 66 anos oferecendo educação em todos os níveis.

Saiba qual a melhor forma de atender os cinco perfis de consumidores digitais existentes no mercado.

Responsabilidade socioambiental

Sindilojas conquista Troféu Bronze do PGQP.

Valorizar o profissional motiva-o a continuar na empresa.

Fotos: Divulgação

Cultura

Fórum de Sustentabilidade do Sistema Fecomércio-RS debateu ações de sustentabilidade no meio empresarial e práticas positivas de acordo com as obrigações da Lei de Responsabilidade Social.

Galeria Sindilojas Destaques da Entidade em imagens.

Artigo Locações comerciais: aspectos a considerar na renovação (2), por Pablo Berger. Após passar por reformas, Auditório Araújo Vianna deve voltar a receber público no final de setembro.

Sindinews Notícias e informações do setor varejista.

Finanças

Polo Comercial A Avenida Sertório tem vendas movimentadas.

Associadas Confraria da Casa e Redemac.

22 23 24 26

Milton Moraes

Opinião

Expediente

* por Ronaldo Sielichow

Sindicato dos Lojistas do Comércio de Porto Alegre/RS Rua dos Andradas, nº1.234. Edifício Santa Cruz, 22º andar – Centro Histórico Porto Alegre/RS Fone: (51) 3025.8300 Fax: (51) 3228.1123 www.sindilojaspoa.com.br

Qualidade reconhecida

Unidade Shopping Total Avenida Cristóvão Colombo, 545, loja 1122 Fone: (51) 3018.8122 Diretoria Sindilojas POA Presidente: Ronaldo Sielichow Vice-presidente: Paulo Kruse Vice-presidente Administrativo: Daniel Casais Vice-presidente Financeiro: Marco A. Belotto Pereira Vice-presidente de Relações de Trabalho: Sergio Axelrud Galbinski Vice-presidente Comercial: João Rodrigues Vice-presidente de Comunicação e Marketing: Paulo Penna Rey Vice-presidente de Relações Políticas e Institucionais: Arcione Piva Diretor Administrativo: Roni Zenevich Diretor Financeiro: Augusto Hecktheuer Diretor de Relações de Trabalho: Vladimir Machado Diretor Comercial: Tarcísio Pires Diretor de Comunicação e Marketing: Antonio Gomes Diretor de Relações Políticas e Institucionais: Antonio Sanzi Suplentes: Alécio Ughini, Eduardo Suslik Igor, Gustavo Orlandini Schifino, Irio Piva, José Galló, Manoel Motyl, Marivaldo Tumelero, Mauro Suslik Tornain, Moacir Sibemberg, Nádia Regina Almeida, Nelson Jawetz, Ricardo De Conto, Silvio Sibemberg e Vilson Noer Diretores Adjuntos: Eduardo Spunberg, Eduardo Lasevitch, José Rodrigues, Luiz Caldas Milano e Roberto Zimmer Conselho Fiscal: Lídio Ughini, Wilson Scortegagna e Alcides Debus Suplentes: Carlos Schmaedecke, Hermes Queiroz e Orisvaldino Magnus Scheffer Conexão Varejo Publicação do Sindicato dos Lojistas do Comércio de Porto Alegre (Sindilojas POA), produzida pela Uffizi Consultoria em Comunicação. As colaborações e sugestões de pauta para a publicação devem ser enviadas para revista@uffizi.com.br Atendimento ao leitor e Assessoria de Imprensa: Sindilojas Porto Alegre imprensa@sindilojaspoa.com.br Fone: (51) 3025-8323 Conselho Editorial – Sindilojas POA Presidente: Ronaldo Sielichow Vice-presidente de Comunicação e Marketing: Paulo Penna Rey Diretor de Comunicação e Marketing: Antonio Gomes Superintendente: Márcio Allegretti Gerente de Comunicação e Marketing: Karin Souza Assistente de Comunicação: Fernanda Assenato

Edições Anteriores Acesse o site do Sindilojas Porto Alegre e baixe a Conexão Varejo em formato PDF.

ais uma vez, o Sindilojas Porto Alegre foi reconhecido pela melhoria contínua de seu sistema de gestão: recebeu o Troféu Bronze no 17º Prêmio Qualidade RS. Conhecido como o Oscar da Qualidade, o prêmio promovido pelo Programa Gaúcho de Qualidade e Produtividade (PGQP) evidencia o comprometimento do Sindicato em atender cada vez melhor seus 2,6 mil associados e 18 mil empresas do comércio de Porto Alegre e Alvorada. O prêmio representa a evolução e a profissionalização da Entidade que aderiu ao PGQP em 2009 e, dois anos depois, obteve o primeiro reconhecimento: a Medalha Bronze na 16ª edição do Prêmio Qualidade RS. A construção da gestão profissional organizou o ambiente de trabalho e integrou nossos colaboradores e serviços cada vez mais qualificados para os lojistas associados. Recentemente, a gestão transparente com foco em resultados oportunizou ainda que o Sindicato vencesse o prêmio Lair Montenegro realizado durante o 28º Encontro Nacional dos Sindicatos Patronais do Comércio de Bens e Serviços e Turismo. Na oportunidade, a Entidade apresentou o case “Gestão da Contribuição Sindical Patronal”, que abordava a ampliação de suas receitas e o crescimento de 21,43% no número de empresas contribuintes nos últimos dois anos. Os reflexos do desenvolvimento de boas práticas também podem ser visualizados no número de associados, que chegou em 2011 a 2,6 mil. A expectativa é de que esse número continue crescendo. Estamos construindo um Sindicato mais forte e organizado. E quem ganha com isso é o lojista, pois sabe que pode contar com uma entidade representativa de verdade, que luta pelos direitos da classe e busca o crescimento constante. Boa leitura! *Presidente do Sindilojas Porto Alegre

Princípios organizacionais MISSÃO “Representar, defender e promover o desenvolvimento da classe lojista, com excelência

Uffizi Consultoria em Comunicação Diretor Executivo: Almir Freitas (MTb/RS 5.412) Editor: Almir Freitas Redatores: Gullherme Jaeger e Jaíne Martins Projeto Gráfico e Editoração: Carla Cadó Vielmo Dietrich Revisão: Luana Aquino Foto de capa: Tempo Real Foto Colaborador: Pablo Berger Fone: (51) 3330.6636 Comercialização: Sindilojas Porto Alegre Gerente Comercial: André Zurita Contato: comercial@sindilojaspoa.com.br ou pelo telefone: 3025-8300 Impressão: Pallotti Tiragem: 10 mil exemplares * Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores

em serviços, gerando benefícios e vantagens para categoria, associados e sociedade”.

VISÃO “Ser referência nacional em entidade patronal sendo decisivo no desenvolvimento do comércio varejista de Porto Alegre.”

VALORES Ética: Respeitar normas e diretrizes

como um time, somando competên-

da Entidade com honestidade e inte-

cias para alcançar os objetivos.

gridade.

Transparência na gestão: Dar

Comprometimento: Ter compro-

visibilidade aos processos, ações e re-

misso e responsabilidade com os ob-

sultados da Entidade.

demonstrando

Inovação: Buscar soluções criativas

iniciativa e proatividade junto aos as-

e ideias inovadoras frente aos desafios.

jetivos

Entidade

Foco no resultado: Ser eficaz na

Responsabilidade Socioambiental: Em suas ações, considerar a sus-

defesa de suas bandeiras.

tentabilidade em benefício da socieda-

Trabalho em equipe: Trabalhar

de e do meio ambiente.

sociados.

Entrevista - Dado Schneider

“As redes sociais são mais do que locais de venda” Graduado em Comunicação e pósgraduado em Marketing pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), mestre e doutor em Comunicação pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Dado Schneider tem 33 anos de experiência em empresas como Claro, DM9, RBS e MPM. Atuou durante 27 anos como professor da PUCRS, da Universidade Fernando Pessoa (Porto/Portugal) e da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM-Sul). Palestrante em diferentes eventos pelo Brasil, defende dois pontos polêmicos: trocou o uso do e-mail por redes sociais e garante que não existe mais fidelidade por parte do consumidor. Considera que o gestor deve compartilhar conhecimento e criar um ambiente que estimule a participação e a cogestão. Confira as suas opiniões sobre temas como redes sociais e qualidade do atendimento a seguir:

Foto: Divulgação Sindilojas Porto Alegre

Conexão Varejo – Como se social. Acredita que as redes sodeu a sua saída do mercado de ciais serão o principal local de propaganda para o de palestras? venda? Dado Schneider – Saí do ramo Dado Schneider – Desde 31 de de publicidade e propaganda em dezembro de 2011, não acesso 2000. Costumo mais meu e-mail. dizer que trabalhei As redes sociais em publicidade só são mais que “Não basta colocar um até o milênio paslocal de venjovem para operar as páginas um sado. Em 2001, da. São um novo fui integrante da da empresa. Quem tem poder espaço para se equipe da operadivertir, trabalhar, de decisão deve ter perfil dora Claro. Como socializar, insexecutivo de pessoal nas redes sociais truir, educar e coMarketing era so- para entender como a pessoa municar; mas a licitado para dar geração X ainda palestras e isso jurídica deve se comportar”. tem muita restrime dava pração; a Y compra off e online; e zer. Em 2005, para a Z, a rede social é o printornei-me consultor e, então, pascipal local de compra. A geração sei a disponibilizar mais tempo X é formada por pessoas que fopara palestras. Em 2008, parei ram cumpridores de regras, que de dar consultoria e, desde 2009, cresceram em regime fechado no faço apenas palestras. Brasil e têm o princípio da ordem. A geração Y veio depois da demoConexão Varejo – Você não cratização. É formada por pessoacessa mais e-mail, apenas rede

Conexão Varejo – As lojas físicas estão perdendo espaço no mercado para as lojas virtuais? Dado Schneider – A briga não é a loja física contra a virtual. A loja física estimula a visita à virtual e, esta, a visita à física. Os lojistas que entenderem isso estarão um passo à frente. Conexão Varejo – Qual a sua dica para um empresário que deseja começar a se comunicar com seus clientes nas redes sociais? Dado Schneider – Uma dica é que a cúpula das empresas deve participar das redes sociais como pessoa física. Não basta colocar um jovem para operar as páginas da empresa. Quem tem poder de decisão deve ter perfil pessoal nas redes sociais para entender como a pessoa jurídica deve se comportar. Se não fizer isso, não vai entender como funciona. Conexão Varejo – A mídia tradicional como jornal impresso e televisão ainda pauta a sociedade ou os empresários devem optar pelas redes sociais? Dado Schneider – Como há 50 anos se dizia que metade do que se coloca em propaganda é posto fora, mas que não se sabia qual metade, ainda acho que a mídia tradicional pauta a sociedade, tanto que os fatos veiculados na televisão são discutidos na rede social. As empresas, porém, também têm de atuar nas redes sociais. A quantidade varia de negócio para negócio, de marca para marca, etc. As empresas não podem adiar a entrada na mídia digital, tem de fazer o teste. Tem gente que já está lucrando muito.

Fotos: Divulgação Sindilojas Porto Alegre

as criadas por pais que disseram muito menos ‘não’. Tiveram uma educação mais liberal e possuem mais dificuldade em seguir regras. A geração Z é a ruptura de tudo o que se viu em termos de evolução. Está escrevendo as próprias regras.

Leonel Silva e Rosemeri Silveira, da loja Sul Center, com Dado Schneider no Café com Lojistas Conexão Varejo – Ainda é possível fidelizar o cliente? De que forma isso acontece? Dado Schneider – Não existe mais fidelidade. Os clientes ficam enquanto está bom e, ao mesmo tempo, são estimulados pelas outras empresas a experimentar. Fidelidade é pelo coração e não por vantagem ou desconto. Fidelidade passa por admiração, identificação e paixão. Eu não sou fiel a mais de cinco marcas e troco qualquer uma por outra mais vantajosa. Conexão Varejo – Como os lojistas podem atrair mais consumidores? Dado Schneider – Convivendo com eles ao máximo e entendendo por que e o que os motiva mais a comprar. Os melhores lojistas são os que se antecipam aos consumidores e sinalizam sobre o que deve ser comprado. Para isso, é preciso ter conhecimento de mercado, informação, ousadia e criatividade. Conexão Varejo – De que forma os lojistas podem motivar seus funcionários nesse cenário? Dado Schneider – Sendo exemplo de conduta, reconhecendo o trabalho benfeito, orientando, ensinando e educando. É preciso também dar espaço aos funcionários para perguntarem e para auxiliarem na gestão. E, por último, pagando bons salários, ou seja, acima do que é pago no mercado.

Conexão Varejo – A qualificação do gestor das empresas de varejo é eficiente? Dado Schneider – Há uma crise de capacitação. Algumas pessoas não vão a nada, não leem nada e querem que as coisas aconteçam por milagre. Outros vão, mas não repassam para os seus colaboradores. E há aqueles que se informam bastante e compartilham com os funcionários, criando um ambiente que estimula a participação e a cogestão. Conexão Varejo – Como você avalia o atendimento que é dado pelos funcionários nos pontos de venda? Dado Schneider – Digo que 90% é muito ruim. Esse dado não é pesquisa, é o que eu sinto todos os dias andando por lojas de rua e shopping centers. Os funcionários atendem mal, porque não têm postura, simpatia ou conhecimento. Isso é resultado da crise de capacitação.

Palestra Dado Schneider realizará palestra Master no mês de outubro, no Teatro do Bourbon Country, promovida pelo Sindilojas Porto Alegre. Os detalhes deste evento serão divulgados nos próximos meses.

Finanças

Comunicação é a chave para o sucesso Empresas do comércio investem na relação com o público para crescer

Foto: Reprodução

ara alguém cujo negócio depende da aceitação do público, o ato de se comunicar é indispensável. Tendo isso em mente, o comércio trabalha cada vez mais para melhorar o seu relacionamento com o cliente. Tudo é comunicação. Desde anúncios comerciais, publicação de notícias, ações de marketing, relacionamento com os funcionários até o atendimento ao cliente na loja. A preocupação em ganhar e manter a atenção do consumidor é constante. A comunicação corporativa, portanto, toma destaque. Carlos Henrique Carvalho, o presidente-executivo da Associação Brasileira das Agências de Comunicação (Abracom), destaca que investir nesse ramo específico é “investir em reputação e em relacionamento da empresa com seus públicos estratégicos” e, portanto, “é de grande impacto no desenvol-

vimento da estratégia de negócios de uma empresa e não tem foco apenas em vendas”. Por isso, entende que o retorno do investimento deve ser medido pelas ações que são realizadas e pelo nível de interação que a empresa consegue promover com seus públicos. Um exemplo disso é a promoção de ações de relacionamento da empresa com os internautas, através de redes sociais. “Nesse caso, a comunicação corporativa vai monitorar o modo com a marca é exposta na rede, abastecer os canais de relacionamento com conteúdo relevante e de interesse dos seguidores da empresa e o retorno poderá ser medido pelo número de adesões, pelos comentários positivos e pela capacidade que a comunicação terá em fornecer informações que aumentem a credibilidade da marca junto aos internautas”, explica.

De acordo com Carvalho, o trabalho de comunicação corporativa pode incidir em retorno de vendas, quando é integrado a ações promocionais e consegue utilizar os canais de relacionamento, tanto na imprensa, quanto na internet ou nos próprios pontos de venda para atrair consumidores. Ele observa, no entanto, que o foco de uma política de relacionamento de longo prazo deve ser o de manutenção da marca. “A comunicação corporativa deve trabalhar para que os públicos estratégicos falem bem dos produtos e serviços e sejam propagadores de mensagens positivas a respeito da empresa, relatando experiências positivas e mostrando satisfação com o nível de interação que tenham em relação à loja. Na maioria dessas ações, o retorno em vendas é apenas um dos itens a ser avaliado, porque é preciso medir, através de pesquisas ou de indicadores de satisfação, qual o impacto que o relacionamento direto com os diversos públicos está causando na imagem da empresa”, ressalta. Para o gerente administrativo de Vendas da Loja Purpurina, Luciano Petry, é importante que as empresas façam o que for possível para propagar seus nomes. Ele nomeia algumas iniciativas tomadas: “Já fizemos algumas chamadas em rádios, folders e outdoors.” Atualmente, um grande

ponto de atenção na Purpurina, uma loja de moda feminina, é a melhora no atendimento ao cliente. O conceito vigente é que cliente bem-recebido acaba por voltar. A comunicação com quem passa lá para comprar é crucial para o crescimento da clientela e, por consequência, do negócio em si: “Nosso foco é que todo o cliente que entre na loja fique satisfeito com o atendimento que recebeu”, garante o administrador. Para isso, o Facebook é a arma secreta.Petry destaca as redes sociais como os grandes aliados da Purpurina na construção da relação com seu consumidor: “Utilizamos muito o Facebook como forma de mostrar alguns modelos para clientes cadastrados e pessoas com interesse em conhecer os produtos da loja”, explica Petry. A principal vantagem, de acordo com o gerente, é a repercussão que conseguem com um método que é totalmente gratuito. As promoções de produtos expostos na loja sempre são divulgadas fazendo uso da rede social, além de chamadas para o cadastro na loja. Há uma grande quantidade de feedback positivo: “O retorno é bom e imediato tendo em vista que muitos clientes já têm cadastro conosco.” A comunicação interna empresarial também mudou muito. Não se resume mais a e-mails e comunicados oficiais. “Não vejo mais essa percepção e se ela existe é equivocada”, diz Carvalho. O presidente da entidade afirma que muitas empresas, atualmente, fazem grandes investimentos nesse sentido, e que a saúde do ambiente interno depende do melhor relacionamento com os funcionários. Para ele, uma boa política de comunicação interna deve pressupor estratégias de mão-dupla, que permitam ao gestor abrir canais de diálogos com os funcionários. No Brasil, esse setor ganha atenção especial. “As empresas

brasileiras estão cada vez mais conscientes do poder do relacionamento”, diz o presidente da Abracom. E, por conta dessa nova descoberta, a comunicação corporativa recebe investimentos cada vez maiores por parte dos empresários, já que é a área “centrada nas estratégias de relacionamento com públicos diversos e, por isso ganha mais importância e recebe mais investimentos”, ressalta. O que causou essa alteração de mentalidade foi outra percepção a respeito da necessidade de comunicação. Carvalho explica que “a grande mudança foi o despertar da consciência do empresário de que comunicação não é apenas publicidade”. As relações sociais, políticas e econômicas, e acima de tudo a complexidade de cada uma dessas tarefas,“exigem das empresas e governos o exercício do diálogo”. E o diálogo “é a

matéria-prima da comunicação corporativa.” Há de se cuidar, no entanto, para que as novas diretrizes não criem confusão na identidade organizacional. Um estudo feito pela PricewaterhouseCoopers (PwC) em 43 países aponta que o Brasil terá uma taxa de crescimento em 10,6% nos gastos com mídia e entretenimento. Esse número projeta para nosso país uma expansão nos investimentos em comunicação que irá superar Canadá e Itália. Nos próximos cinco anos, estima-se que o mercado de M&E brasileiro seja o sétimo maior do mundo. E não para por aí. A Copa do Mundo no Brasil contribuirá para um aumento de 19,8% nos gastos em publicidade na América Latina em 2014. As Olimpíadas no Rio em 2016, por sua vez, deverão representar um acréscimo de 15,8% no setor.

Mercado

Como você lida com os consumidores digitais? Saiba como interagir de forma personalizada com os diferentes perfis

ma pesquisa denominada Perfis Digigráficos, realizada pela agência DM9DDB, dividiu os consumidores digitais em cinco perfis: Imerso, Ferramentado, Fascinado, Emparelhado e Evoluído. O estudo considerou o modo como as pessoas se relacionam com a tecnologia. A classificação foi baseada em três questões: Quanto e como as pessoas utilizam os recursos e equipamentos de tecnologia em sua vida? Quais são as intenções que elas têm ao consumir os diversos produtos digitais? E, principalmente, quanto os recursos digitais servem para moldar sua própria identidade? Realizada com consumidores entre oito e 60 anos, a pesquisa detectou cinco perfis. Durante dois dias, cada uma das 20 pessoas foi acompanhada por antropólogos e

sociólogos. Para validar os perfis identificados, outras 50 pessoas responderam a um questionário. A segunda etapa do estudo, que consistirá em uma pesquisa quantitativa com milhares de pessoas de todo o Brasil a fim de confirmar e segmentar a pesquisa, será realizada no segundo semestre. Para Rodrigo Maroni, diretor de planejamento e estratégia digital da DM9DDB, “essa nova classificação dos consumidores permite aumentar a eficiência das ações digitais, pois orienta a gerar ideias mais relevantes para cada público”. Identificar, diferenciar e interagir de forma personalizada com cada um desses consumidores é o segredo, segundo Claudete Tavares, professora do curso de Marketing Digital da Escola Superior de Propaganda e Marke-

Foto: Divulgação

ting (ESPM-Sul) e presidente do Comitê Regional Sul do Interactive Advertising Bureau (IAB). A internet trouxe profundas mudanças para o comportamento de consumo: “o processo de decisão de compra ficou mais complexo, o consumidor está mais informado, dialoga com quem vende, com quem produz e com quem já comprou, e esse diálogo não está no controle das empresas”, destaca Claudete. Ela considera que os lojistas precisam conhecer e utilizar as potencialidades da internet, seja como ambiente de negócios, seja como canal de marketing, a fim de evitar a migração dos novos consumidores virtuais para empresas mais adeptas à tecnologia. Observa ainda ser fundamental que as empresas deem a devida atenção à cultura digital e andem no mesmo ritmo dos consumidores. “Ainda vejo empresas questionando se devem ou não vender pela internet, enquanto já deveriam ter decidido por utilizar todas as potencialidades do ambiente digital para qualquer um desses perfis. Como exemplo, vale refletir sobre a capacidade de o lojista atender ao perfil Evoluído que não distingue o ambiente físico do virtual. Nossas lojas estão preparadas para trocar produtos comprados na loja virtual em suas lojas físicas?”, questiona Claudete. Antônio Gomes, diretor de Comunicação e Marketing do Sindilojas e proprietário da rede de lojas Maria da Praia, conta que a rede possui loja on-line e está presente em todos os meios digitais a fim de conquistar clientes. “Os lojistas devem acompanhar a mudança do perfil do consumidor e as tendências das mídias para atender seus clientes e não perder espaço no mercado”, aconselha. Camile de Oliveira Rostro Gomes, gerente comercial e de marketing da rede, completa que a presença da Maria da Praia nos meios digitais promove a integração e a interação com

EMPARELHADO

EVOLUÍDO

Fotos: Reprodução DM9DDB

o público. “Os reflexos na venda, nesse caso, não ocorrem diretamente, mas sim através do reforço da marca”, afirma. Já a loja Koralle possui site e loja virtual, que está no ar desde 2009, e também está nas redes sociais Twitter e Facebook. Entre as ações realizadas está o envio semanal de uma newsletter para os mais de 25 mil e-mails cadastrados, com informações de promoções, lançamentos de produtos, notícias e cursos na área de artes. Nas redes sociais, a empresa trabalha muito mais conteúdo e informação do que divulgação de produtos ou promoções. “Acreditamos que usando as redes sociais dessa forma criamos maior vínculo e afinidade com nossos seguidores. Também promovemos sorteios e divulgamos ações promocionais conforme a data comemorativa”, afirma a analista de marketing Michele Monteiro. Ainda, a Koralle está investindo no patrocínio de links e em técnicas para melhorar o posicionamento do site nos resultados de buscas realizadas no Google, conhecidas como Search Engine Optimization (SEO). A iniciativa promove maior visibilidade ao site e atrai mais clientes em potencial.

Reúne as pessoas que enxergam a tecnologia como a grande companheira para fazer o dia a dia acontecer. Sem ela, a vida fica extremamente complicada. Para esse grupo, as máquinas são uma extensão do corpo, potencializando suas capacidades humanas. >> Como esse perfil se concentra na praticidade, os lojistas devem tentar facilitar sua vida. A loja virtual é o mínimo que esse consumidor espera da empresa com a qual deseja fazer negócio. Os lojistas devem oferecer uma boa experiência para esse usuário em todas as plataformas, além de valorizar sua experiência no ambiente digital. (Claudete Tavares) IMERSO

É composto por crianças e adolescentes que já nasceram adaptados e estão crescendo no mundo digital. O universo das máquinas e da tecnologia é seu habitat. Não conheceram o mundo pré-digital. >> É difícil captar a atenção desse perfil e os desafios para lidar com ele são inúmeros, a começar pelo desenvolvimento de seus vendedores, que precisam estar bem informados para responder aos anseios desse consumidor que já chega com todas as informações do produto que deseja. O verdadeiro impacto ainda está por vir, pois a maioria das pessoas que compõem esse perfil ainda não possui poder de compra. (Claudete Tavares) >> Esse perfil provocará mudanças brutais no comércio e na forma de as marcas se relacionarem com o consumidor. O Evoluído tem uma nova compreensão de tempo e espaço. É imediatista e está conectado. As marcas terão de interagir de forma humana e genuína para se conectar com eles, caso contrário, serão ignoradas. (Rodrigo Maroni) FASCINADO

FERRAMENTADO Consumidores que tiveram parte de sua identidade definida a partir da tecnologia. Com ela, conseguiram definir melhor seus interesses e estabelecer vínculos com o mundo. Suas personalidades e identidades foram definidas pela Era digital.

Consumidores que recorrem à tecnologia para agilizar tarefas, mas não a idolatram. A tecnologia os ajuda nas tarefas cotidianas, facilita suas vidas, mas não os torna dependentes e nem os define. >> Nesse caso, os lojistas devem utilizar ferramentas que ajudem esses clientes em todos os momentos de sua relação com a empresa. (Claudete Tavares)

>> Para se conectar com o perfil Imerso, é preciso saber conversar e dar valor para suas identidades virtuais, especialmente usando meios digitais, que é onde essas identidades ganham vida. (Rodrigo Maroni) >>Para se relacionar com esse consumidor, é preciso explorar as mídias sociais. O ambiente digital é seu principal habitat, pois é onde eles definem seus interesses e conseguem mostrar a forma como gostariam de ser vistos. (Claudete Tavares)

São as pessoas que querem parecer modernas e tecnológicas. Para elas, computadores, gadgets e hábitos da era digital são ícones da modernidade – e consumir essas novidades os ajuda a atestar que são antenados. >> Sem esse perfil o produto demoraria muito mais tempo para obter sucesso no mercado. Por isso, ao identificar esse consumidor, os lojistas devem valorizá-lo, municiando-o com informação antecipada nos meios digitais, por exemplo, ou realizar eventos de lançamento de produto. (Claudete Tavares)

Especial Foto:Tempo Real Foto

Sindilojas Porto Alegre conquista Troféu Bronze A entrega foi realizada durante o 13º Congresso Internacional da Gestão e marcou os 20 anos do PGQP

ais uma premiação que destaca o trabalho realizado pela gestão à frente do Sindilojas Porto Alegre. A conquista do Troféu Bronze no 17º Prêmio Qualidade RS é resultado da gestão profissional e o foco da qualidade em todas as ações planejadas da entidade. Desde 2009, o Sindicato participa do Programa Gaúcho da Qualidade e Produtividade (PGQP), sendo que o primeiro reconhecimento

veio em 2011, quando recebeu a Medalha de Bronze no 16º Prêmio Qualidade RS. Ronaldo Sielichow, presidente do Sindilojas Porto Alegre, considera que a adoção do Modelo de Excelência da Gestão (MEG) pelo Sindicato impactou na recepção de novos associados. “Chegamos ao número de 2,6 mil associados. Nossa meta é de atingir 3 mil em 2013”, destaca. Já a satisfação dos representados em

relação aos serviços prestados cresceu 8% na comparação com o ano de 2010, e 80% dos lojistas consultados em pesquisa de satisfação citaram o Sindilojas Porto Alegre como a entidade mais representativa do comércio. Para o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, (Fecomércio-RS), Zildo de Marchi, “a premiação pelo PGQP demonstra o comprometimento do Sindilojas Porto Alegre com o desenvolvimento constante da entidade e a sua preocupação em gerar resultados cada vez mais satisfatórios para os seus clientes, que são as empresas do varejo de Porto Alegre. Ficam evidentes os benefícios que os sistemas de gestão exercem para alavancar uma maturidade empresarial. Por isso, é importante destacar que a conquista do Sindicato sinaliza o

Foto:Tempo Real Foto

empenho pela excelência em gestão e processos.” O secretário Executivo do PGQP, Luiz Pierry, destaca que “o Sindilojas Porto Alegre mostra a cada dia, por intermédio de sua atuação junto à população e pelo trabalho desenvolvido por seus colaboradores, que está comprometido com a busca da excelência em gestão. O Troféu Bronze, conquistado na 17ª edição do Prêmio Qualidade RS, é um novo passo importante nesse caminho. O trabalho para o aperfeiçoamento da gestão deve ser permanente para que todas as etapas sejam concluídas com sucesso. Quero parabenizar a entidade pelo prêmio e torço para que no próximo ano mais uma conquista possa ser comemorada”. Sielichow lembra da criação de projetos de capacitação, o treinamento de colaboradores e as melhorias nos processos internos como ações que contribuíram para a conquista do Prêmio Qualidade RS deste ano. O Núcleo de Inteligência do Sindilojas (NIS), responsável por identificar oportunidades e analisar ações que serão implantadas, é um exemplo disso. “Todas as ideias de novos projetos são analisadas pelo NIS com foco na realidade do varejo e nas necessidades dos lojistas. Dessa forma, podemos implantar serviços úteis para os comerciantes”, explica. A atual gestão tem atentado, ainda, para a capacitação interna e de futuros profissionais. O programa de qualificação, desenvolvido em 2010, consolidou-se em 2011. No ano passado, foram promovidos 38 cursos gratuitos para os associados, nas áreas

Ricardo Menna Barreto Felizzola (Diretor-Presidente do Conselho Diretor da Qualidade RS), Ronaldo Sielichow e Jorge Gerdau Johannpeter (Presidente do Conselho Superior do Programa Gaúcho da Qualidade e Produtividade)

de vendas, vitrinismo, estoque, negociação e finanças. Também foram promovidos eventos como o Café com Lojistas, com seis edições que orientaram lojistas sobre temas de seus interesses, cinco programas de Imersão em Gerência de Loja, duas palestras Show de Vendas no Natal, além de palestras com os conferencistas Lair Ribeiro e Paulo Storani.

Geração Varejo Lançado em maio de 2011 com o objetivo de oferecer capacitação para quem quer trabalhar no comércio, o Geração Varejo oferece cursos gratuitos. O programa também funciona como porta de entrada para novos e primeiros empregos com o Mural de Vagas. É uma alternativa para lojistas que enfrentam o problema

de não encontrarem profissionais capacitados no mercado. Durante o primeiro ano, mais de 800 pessoas foram entrevistadas por psicólogos e mais de 400 candidatos realizaram processos seletivos.

Varejo na Escola Já o Varejo na Escola teve início em abril deste ano. Leva, aos estudantes do Ensino Médio de escolas públicas da Capital, qualificação e oportunidade de emprego por meio do programa Geração Varejo. O projeto oferece oficinas de oito horas, distribuídas entre teoria e prática. Na parte teórica, os alunos recebem noções básicas de economia, comércio e varejo, principais funções em uma loja e orientações sobre postura profissional. A primeira instituição de ensino visitada foi o Colégio Estadual Professor Elmano

Lauffer Leal, na Zona Norte de Porto Alegre, nos dias 26 e 27 de abril, beneficiando 78 alunos em duas turmas, divididas nos turnos da manhã e noite. “É nosso papel, como representante dos lojistas, pensarmos no futuro. Precisamos mostrar aos jovens que é possível crescer profissionalmente no varejo e damos a eles ferramentas para isso”, salienta o presidente Sielichow.

17º Prêmio Qualidade RS Na edição de 2012 do prêmio, foram 79 ganhadores, de pequeno, médio e grande porte, nas categorias Medalha de Bronze e Troféus Bronze, Prata, Ouro e Diamante. Além de premiar as campeãs na área da Gestão da Qualidade, o Programa Gaúcho da Qualidade e Produtividade (PGQP) realizou a

Histórico n O Prêmio Qualidade RS, criado em 1996 pelo PGQP, proporciona às vencedoras uma visibilidade nacional quanto a seu sistema de gestão alinhado aos princípios da qualidade e da competitividade, incentivo à força de trabalho e maior autoestima dos colaboradores, além do reconhecimento da comunidade e dos parceiros de mercado com informações sobre práticas bem-sucedidas, preconizadas nos conceitos internacionais do Modelo de Excelência da Gestão (MEG). Reconhecido como o Oscar da Qualidade, promove a avaliação da gestão das organizações em oito critérios: Liderança, Estratégias e Planos, Clientes, Sociedade, Informações e Conhecimento, Pessoas, Processos e Resultados. Em toda a história do Prêmio Qualidade RS (de 1996 a 2012), foram 2068 candidatas, totalizando 1270 reconhecimentos e 657 organizações diferentes premiadas. Ao todo, já foram treinados 6496 examinadores, dos quais 3433 atuaram nas visitas às candidatas.

segunda edição da iniciativa que estimula o desenvolvimento de processos inovadores na gestão. O PGQP também reconheceu as pessoas, em comemoração aos seus 20 anos, que contribuíram para essa trajetória. Foram

cerca de 50 homenagens durante a solenidade festiva para voluntários, gestores públicos, lideranças empresariais e empreendedores, entre outros, nas categorias Visionários, Missão Vitoriosa e Conhecimento.

Desenvolvimento Humano

A motivação por meio da valorização profissional

Foto: Divulgação

Visualização de um futuro na própria empresa é buscado pelos funcionários

uando um funcionário se sente desvalorizado, a tendência é que ele passe a procurar novos ares. A sensação de que há um futuro no ambiente que lhe emprega é fundamental para a melhora da expectativa a respeito do trabalho e, portanto, da produtividade do contratado. Retorno financeiro, benefícios, premiações e bônus. Todas essas iniciativas ajudam no processo de reconhecimento do profissional. É importante fazê-lo enxergar perspectivas de crescimento, e mostrar que ele é parte integrante da expansão dos negócios. Tudo isso, feito com responsabilidade. O professor da ESPM, Cláudio D’Ávila, afirma que a valorização do profissional deve ser feita apenas quando ele faz por merecer.

Ele classifica o reconhecimento como “vital”, e acrescenta que “uma pessoa que sente que seu trabalho não é apreciado, desmotiva-se e a qualidade da sua produção diminui.” O especialista em Marketing e Economia acredita, no entanto, que mais importante que a valorização profissional é a percepção de que há um plano de carreira. D’Ávila explica que “quando há uma proposta de envolvimento, de crescimento profissional, quando o funcionário enxerga o futuro naquela empresa, ele se motiva às vezes mais do que quando tem apenas um salário bom”. E exemplifica: “se uma pessoa entrar na empresa como office boy, mas notar que pode se tornar gerente, ela apostará nisso e se motivará. Se

enxergar uma estagnação na sua evolução profissional, talvez escolha não ficar”, ressalta. Para o franqueado das lojas Trópico dos shoppings Iguatemi e Bourbon Ipiranga, Luís Henrique da Silva, é necessário identificar o perfil do talento que trabalha com a empresa, para poder buscar a melhor forma de motivá-lo. “Deve-se acompanhar o desempenho do funcionário através das ferramentas utilizadas por ele, identificar suas necessidades e prêmios desejados e realizar premiação rápida de modo que o empregado perceba o benefício imediato”, aconselha. O empresário afirma que “muitos conseguem ser motivados com um ‘muito obrigado’, outros com ‘um tapinha nas costas’ e outros com prêmios.” Para contribuir nessa questão, utilizam de iniciativas como o prêmio em dinheiro por feedback positivo de clientes, metas superadas e número de itens vendidos, entre outros. Seus funcionários contam com plano de saúde, bonificação em dinheiro e desconto na compra de roupas. Ao valorizá-los, Silva retém os melhores talentos, identifica e seleciona os funcionários que aceitam desafios e estabelece uma relação mais próxima com seus empregados. Já a proprietária da GatolândiaCat Shop, Denise Terra, considera que a valorização profissional torna o ambiente de trabalho mais agradável, promove o diálogo e a sugestão de novas ideias. Para ela, flexibilidade no relacionamento é uma aposta a ser seguida. Isso abrange “condições facilitadas e de preço reduzido para a aquisição de produtos da loja, pagamento antecipado de salário e flexibilidade de horários quando possível.”

Cultura

Araújo Vianna reabre no final de setembro Foto: Lucas Cunha, Divulgação

Reforma no auditório foi realizada pela Secretaria Municipal de Cultura e pela Opus Promoções

Tradicional espaço cultural foi construído há 48 anos no Parque da Redenção

Auditório Araújo Vianna, situado no Parque Farroupilha, deverá ser devolvido à comunidade no final de setembro. A obra de cerca de R$ 15 milhões aumentou o número de lugares para 3.024, construiu novo palco com 270 metros quadrados e bar, novos camarins e reformou as demais dependências, além de reurbanizar o entorno do auditório. As melhorias também incluíram instalação de duas telas de LED de elevador e reforma nas instalações da Coordenação de Música, da Banda Municipal, do estúdio e da Sala Radamés Gnattali, que continuarão sob controle da Secretaria. A cobertura foi construída com material sintético (compostos de poliuretano) na cor branca na parte externa e madeira no lado interno, com tratamento acústico nas duas faces. “O Araújo Vianna poderá funcio-

nar com capacidade plena, uma acústica de qualidade, os bares foram ampliados e uma estética renovada e atualizada para sua nova funcionalidade”, destaca o coordenador do projeto de reforma do auditório pela Opus, Carlos Caramez. Iniciada em 2010, pelo arquiteto Moacyr Moojen Marques, a reforma é promovida pela Secretaria Municipal de Cultura (SMC) e pela Opus Promoções. A parceria público-privada dará direito à Secretaria para realizar eventos em 91 dias anuais e à Opus Promoções, em 274 dias, nos 10 primeiros anos após a reforma. A Secretaria pretende realizar no local eventos como o Festival de Inverno, o Porto Alegre Em Cena e o 24Horas de Cultura. Já a Opus promete preços populares aos espetáculos que realizar. “Não temos ainda uma definição formal, mas imaginamos uma programação

eclética, aberta a vários segmentos culturais e de apoio a nossa cultura local”, afirma Caramez.

História do auditório Em 1997, o Parque Farroupilha, juntamente com o Auditório Araújo Vianna, foi tombado como Patrimônio Histórico e Cultural do Município. O auditório está instalado há 48 anos no Parque, completados em 12 de março de 2012. Palco de espetáculos de João Gilberto, Caetano Veloso e tributo aos 90 anos de Luis Carlos Prestes, o auditório faz parte da história da Capital. Nos anos 80, teve suas atividades reduzidas, devido à escassez de recursos e à necessidade de reformas. Ficou desativado por 10 meses, de dezembro de 1985 a outubro de 1986. Em 1992, com a abertura da Sala Radamés Gnattali, a ocupação ocorreu de maneira mais efetiva. Em 1996, o Araújo Vianna foi reinaugurado com uma cobertura de lona tensionada. Porém, a lona perdeu sua validade em julho de 2002, após laudo técnico que alertava para o risco de a cobertura sofrer pressão da chuva e romper os cabos, que teriam um efeito de chicote sobre o público. No início de 2005, o auditório foi interditado pela Prefeitura. Em agosto de 2006, uma ação civil movida pelos moradores do bairro Bom Fim impediu a execução do projeto de recuperação do auditório. A ação obrigava a completa vedação acústica e implicava na instalação de climatização, elevando o custo da reforma. A Secretaria Municipal de Cultura, então, publicou um edital de licitação convidando empresas privadas a executarem a obra, oferecendo em troca a permissão de utilização de 75% das datas anuais do auditório por um período limite de 10 anos. A vencedora foi a Opus Promoções.

Fotos: Milton Moraes

Polo Comercial Lojistas apontam que o grande movimento da via traz benefícios para os negócios

A Avenida Sertório e seu grande tráfego comercial Uma das maiores avenidas de Porto Alegre tem vendas movimentadas

Avenida Sertório tem uma história de quase 150 anos. Em 1870, foi aprovada pela Câmara Municipal a abertura da rua e, em 1875, era registrada em ata a conclusão das obras. O alargamento foi decretado em 1944, mediante recuo progressivo das construções. Mas foi somente em 1958 que se tornou via de acesso à travessia do Guaíba, e passou a ser avenida. Sua origem, nas últimas décadas do século XIX, foi pela necessidade de uma rua que fizesse a comunicação entre o bairro Navegantes e a estrada para Gravataí. Desde então, expandiu-se e é uma das mais importantes vias da Capital e da própria Região Metropolitana. E essa situação beneficia os comerciantes

que decidem abrir negócio no local. Conforme o proprietário da Nobel CenterLar, Murilo Filippini, os comércios que mais prosperam em grandes avenidas como a Sertório são os de restaurantes e peças automotivas. Mas mesmo a sua livraria experimenta um aumento constante de fregueses: “Minha loja está localizada dentro do shopping Centerlar, e vejo que o movimento aumenta ao passar de cada dia”. A Nobel tem situação ainda mais privilegiada, pois o shopping está localizado na esquina de duas avenidas de grande circulação, a Sertório e a Assis Brasil. O empresário ressalta ainda que a acessibilidade peculiar

Livraria Nobel tem aumento constante de fregueses

de um shopping center contribui com suas vendas. “Como o acesso para os automóveis é fácil, as pessoas acabam gostando de frequentar o shopping”. Segundo Filippini, livros são vendidos mais por impulso, e é raro as pessoas saírem de casa para comprar algum exemplar. “Para a livraria o bom é ter grande fluxo de pessoas”, enfatiza. Mas não só de shoppings, lojas automotivas e restaurantes vive o comércio da região. O diretor comercial da Tapesul, Roni Zenevich, afirma que a decisão de abrir a loja na avenida há dois meses se deu com a intenção de manter a força do nome da rede na região. O dirigente destaca que “é uma das avenidas de grande circulação na cidade, com um grande fluxo de automóveis de toda a Região Metropolitana.” Sobre a diferença entre atrair clientes de um comércio de avenida para um em outras regiões, Zenevich destaca a necessidade de um estacionamento. “Hoje em dia, sem um local para estacionar os veículos dos clientes, não tem negócio, especialmente na nossa loja, pois trabalhamos com consumidores que possuem automóveis”, diz Zenevich. E acrescenta que “o fácil acesso a um estabelecimento permite uma melhor amostragem para atrair o cliente”. Por vezes a necessidade de comprar obriga os clientes a dar aquela paradinha no caminho. E é com isso que os lojistas da Sertório contam.

Tapesul está na região há dois meses

Conecs

Audiência Pública discute cartões de crédito

o dia 2 de julho, ocorreu na Câmara dos Deputados uma audiência pública que discutiu o mercado de cartões de crédito no Brasil. A audiência foi promovida pelas Comissões de Finanças e Tributação (CFT) e Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio (CDEIC). O resultado da audiência apontou o surgimento de um consenso sobre a necessidade de mais competitividade para o setor e sobre a inconveniência da proibição da diferenciação de preços para os consumidores. Participaram da audiência representantes das bandeiras e operadoras de cartões de crédito, representantes do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), Banco Central e Departamento de Defesa do Consumidor do Ministério da Justiça. Representando os lojistas, estava Roque Pellizzaro Jr., presidente da Confederação Nacional das CDL’s, também membro do Conselho Nacional das Entidades de Comércio em Shopping Centers (Conecs), além da participação de Cácito Esteves, advogado da Confederação Nacional do Comércio (CNC). Tanto Cácito Esteves, da CNC, quanto Roque Pellizzaro Jr., da CNDL, defenderam a necessidade de regulamentação do setor, compartilhamento de infraestruturas, proibição de exclusividade de bandeiras adquirentes e liberdade para fixação de preços diferenciados para venda em dinheiro em relação aos cartões. Quando se analisa o mercado dos cartões de crédito, se

Principais demandas n Regulamentação e fiscalização pelo Banco Central n Compartilhamento de infra-estruturas n Proibição de exclusividade de bandeiras adquirentes n Liberdade para fixação de preços diferenciados n Cobrança de taxa de serviço ao invés de tarifa (porcentagem) no caso das compras no débito

do. Ou seja, se o lojista vendeu um veículo ou uma refeição, o correto é que ele pague apenas uma taxa pela operação bancária realizada.

Necessidade de regular As falas tanto dos representantes do comércio quanto do governo apontaram para a necessidade de regulamentação do setor. O Conecs defende essa posição e está acompanhando os projetos relacionados no Congresso Nacional. A questão da diferenciação de preços é fundamental para os lojistas de shopping centers, que se veem obrigados a repassar os altos custos das transações em crédito para os consumidores.

Projeto aprovado

Foto: Divulgação

percebe-se que se trata de instituições financeiras, isso porque as operações são feitas por entidades financeiras e envolvem pagamento de juros, ou seja, precisam ser fiscalizadas como tal pelo Banco Central porque essas empresas intercedem em operações de obtenção de crédito.

Cartões de débito A CNDL está com uma campanha sobre a questão dos cartões de débito no Brasil. A ideia é sensibilizar as autoridades para a necessidade de se regulamentar o setor no sentido de se cobrar uma taxa pelas transações no débito, já que é apenas um serviço bancário que possui o mesmo custo, independentemente do valor transaciona-

No dia 3 de julho, a Comissão de Defesa do Consumidor aprovou o relatório do deputado César Halum (PSD/TO) ao Projeto 919/2011 do Deputado Reguffe (PDT/DF). O Projeto original obriga que se informe o valor total a ser pago pelos consumidores nas compras parceladas de produtos ou serviços, bem como nos empréstimos e financiamentos bancários. O problema surgiu quando o deputado José Carlos Araújo apresentou uma emenda proibindo a diferenciação de preços ao consumidor. O deputado César Halum acatou a emenda e o parecer foi aprovado pela Comissão em uma sessão esvaziada e sem nenhum debate sobre o tema. O Conecs se manifestou contrário à emenda, mas os deputados preferiram votar a matéria como estava. A matéria segue agora para a Comissão de Finanças e Tributação e o relatório poderá ser modificado. *Conteúdo produzido pela assessoria Parlamentar do CONECS, em Brasília.

Conheça nossos estudos e pesquisas. Acesse: www.conecs.org.br

Entidade

Senac-RS faz 66 anos Convênio entre o Sindicato e entidade do Sistema Fecomércio-RS prevê desconto para lojistas e funcionários Foto: Divulgação Senac-RS

Instituição já capacitou mais de 6 milhões de pessoas desde sua criação

Sistema Nacional de Aprendizagem Comercial do Rio Grande do Sul (Senac-RS), integrante da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Rio Grande do Sul (Fecomércio-RS), oferece educação em todos os níveis, desde aprendizagem, qualificação, aperfeiçoamento profissional, capacitação técnica, até graduação e pós-graduação. Os cursos estão divididos em áreas como beleza, comércio, design, educação, gastronomia, gestão, idiomas, informática, meio ambiente, moda, segurança, saúde, turismo e hotelaria, entre outras. Desde o início da atuação da entidade, já foram qualificadas mais de 6 milhões de pessoas para o mercado de trabalho. De acordo com o diretor regional do Senac-RS, José Paulo da Rosa, o índice de empregabilidade dos alunos que concluem os cursos chega a 80%. “Como o nosso foco é o

mundo do trabalho, a conquista de uma oportunidade no mercado pelos alunos é uma forma de reafirmar nossos esforços”, comenta. A instituição planeja ampliar a oferta de cursos EAD (ensino a distância) e desenvolver e qualificar mão de obra de diferentes regiões do Estado.“São mais de 60 pontos de atendimento que atendem 496 municípios, porém, temos regiões importantes que precisamos desenvolver através da qualificação profissional, uma delas é a Serra”, completa o diretor do Senac-RS. A instituição também se preocupa com sua atuação social. Um exemplo disso é o Programa Senac de Gratuidade (PSG), que oferece cursos sem custo para pessoas com mais de 16 anos, matriculadas ou egressas da educação básica, e cuja renda familiar per capita mensal não ultrapasse dois salários-mínimos federal. O objetivo da parceria firmada com

o Governo Federal é promover a inserção no mundo do trabalho pela educação profissional, por meio de cursos de qualificação, com carga horária entre 160 e 800 horas, além dos cursos integrantes do Programa Jovem Aprendiz. São mais de 40 cursos nas áreas de imagem pessoal, moda, gestão e negócios, informática, saúde, turismo e hospitalidade e infraestrutura. “O Programa Senac de Gratuidade é o mais importante e relevante projeto que a entidade oferece à população desde o início de sua atuação no Estado. Cumprimos nossa missão de formar 20 mil estudantes por ano. A satisfação dos alunos dos cursos gratuitos supera 92%”, destaca Rosa. O Senac-RS oferece educação, do Menor Aprendiz à Pós-Graduação, para o trabalho em atividades do comércio de bens, serviços e turismo.

Parceria Senac e Sindilojas Porto Alegre O Sindilojas vem obtendo, por meio da parceria com o Senac-RS, o desenvolvimento de cursos adequados às necessidades dos associados. Em 2011, foram capacitados mais de mil lojistas e funcionários com cursos gratuitos. Ainda, o convênio entre o Sindicato e o Senac-RS prevê um desconto de 20% nos cursos oferecidos na sede do Senac-RS, como os da área do varejo e informática.

Sistema Fecomércio-RS O Sistema Fecomércio-RS possui 112 sindicatos filiados e representa mais de 580 mil empresas, geradoras de aproximadamente 1,3 milhão de empregos formais. É composto por Fecomércio-RS, Senac-RS, Serviço Social do Comércio (Sesc/RS), Instituto Fecomércio-RS de Pesquisa (Ifep) e Centro do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do RS (CCERGS).

Fotos: João Alves, Divulgação

Zildo De Marchi, presidente do Sistema Fecomércio/RS, falou na abertura do Fórum

Responsabilidade Socioambiental

Sustentabilidade debatida em Fórum do Sistema Fecomércio-RS O evento reuniu 400 pessoas no Teatro do Sesc

2º Fórum de Sustentabilidade do Sistema da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Rio Grande do Sul (Fecomércio-RS / Sesc/Senac), realizado no final de junho, debateu ações de sustentabilidade no meio empresarial e práticas positivas de acordo com as obrigações da lei de responsabilidade social. Os assuntos tratados durante o evento foram Lideranças para a Sustentabilidade, Tributação Ambiental: Impostos Verdes,

Política Nacional de Resíduos Sólidos, Resultados da Rio+20 e Práticas Empresariais: Natura. Para a vice-presidente da Fecomércio, Maria Cecília Pozza, o Fórum conseguiu avançar no tema. “Não há mais retrocesso. As empresas deverão se adaptar e trabalhar com a sustentabilidade. Pequenas ações locais, quando somadas, tornam-se grandes. Se cada um fizer o tema de casa no seu negócio será muito mais fácil”, afirma. O vice-presidente comercial

do Sindilojas Porto Alegre e representante do Sindicato no Conselho de Sustentabilidade da Fecomércio, João Rodrigues, completa que “os lojistas e a sociedade em geral devem adotar práticas que preservem o meio ambiente, promovam a inclusão social e contribuam para a melhoria das condições de vida”. Ele cita exemplos como: a eliminação do uso de sacolas plásticas e substituição por material biodegradável; o descarte correto das lâmpadas fluorescentes, encaminhando-as para as lojas vendedoras ou firmas credenciadas; o descarte tecnológico – computadores, celulares, baterias em geral, televisores, telefones e outros –, nos postos do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) ou em entidades credenciadas para reciclagem; a entrega do óleo de fritura em um dos 138 postos de coleta espalhados pela Capital e a economia de água potável. Mais informações e a localização dos pontos de coleta podem ser obtidas no site do DMLU (http://www2.portoalegre. rs.gov.br/dmlu/default.php).

Juarez Freitas apresentou “Tributação Ambiental: Impostos Verdes”

O primeiro painel do Fórum, “Lideranças para a Sustentabilidade”, foi apresentado pelo consultor em projetos de responsabilidade social, empresarial e de sustentabilidade, Ricardo Voltolini. Ele escreveu o livro “Líderes Sustentáveis”, a partir de entrevistas realizadas com grandes lideranças que mantêm práticas sustentáveis em suas empresas, tais como Kees Kruythoff, presidente da Unilever, Franklin Feder, presidente da Alcoa América Latina, Luiz Ernesto Gemignani, ex-presidente da Promon, entre outros. Em sua apresentação, Voltolini definiu o perfil das empresas líderes em sustentabilidade como aquelas que contam com um dirigente apaixonado pelo tema, que enxerga oportunidades dentro da empresa, insere valores na estratégia do negócio e possui uma comunicação eficiente. A diferença para um líder convencional está na crença da sustentabilidade e nos valores estruturais do conceito, ética, transparência, diversidade, respeito ao outro e cuidado com o meio ambiente. No segundo painel, o professor de Direito da Universidade Federal

Sérgio Besserman Vianna palestrou sobre a Rio+20

do Rio Grande do Sul (UFRGS), Juarez Freitas, abordou as práticas ilegais que vão contra os conceitos de sustentabilidade ambiental e os projetos de governo ligados ao tema. Garantiu que o Estatuto da Cidade de Porto Alegre estabelece que os habitantes têm direito de viver em uma cidade sustentável, limpa, com ar puro e sem trânsito, mas que isso não acontece na prática. Para ele, isso só será possível quando os planos de governo mudarem suas diretrizes de liderança. Salientou que o início dessas práticas deve ser dado pelos governantes por meio de simples ações, como colocar empreendimentos novos e antigos, imediatamente, dentro da Política Nacional de Resíduos Sólidos, realocar as áreas de risco em “bairros sustentáveis”, que já venham prontos e dentro das práticas que protegem o meio ambiente, e converter a tributação paga pela população em projetos sustentáveis para a cidade. No terceiro painel, o economista Sérgio Besserman Vianna apresentou as discussões da Rio+20, que aconteceu de 13 a 22 de junho, no Rio de Janeiro. O evento buscou re-

novar o compromisso político com o desenvolvimento sustentável e definir sua agenda para as próximas décadas. Segundo Vianna, os principais problemas do meio ambiente apontados e discutidos durante o evento foram a crise de biodiversidade de espécies e as mudanças climáticas. A meta, afirmou, é de que em três anos os governos mundiais consigam colocar em prática as principais propostas discutidas, que são: gerar uma economia e implementar práticas de governo mais sustentáveis e, principalmente, desenvolver uma consciência na população. Para Maria Cecília, os lojistas podem contribuir para a sustentabilidade fazendo planejamento econômico e destinando corretamente os resíduos. Essa ação, também conhecida como logística reversa e citada na palestra de Zilda, está sendo discutida no Ministério do Meio Ambiente (MMA). Maria Cecília alerta que os lojistas deverão atentar para que a devolução seja realizada para empresas que possuam licença ambiental, a fim de que não sejam responsabilizados.

Galeria Sindilojas Reunião da Diretoria com ABRH, ADVB e Setcergs

Café com Lojistas

2 - Marilaine Lagemann e Claus Lagemann, da loja Mundo Marinho 1 - Paulo Kruse (vice-presidente do Sindilojas Porto Alegre), Orian Kubaski (vice-presidente da ADVB-RS), Ronaldo Sielichow, Helmuth Berndt (superintendente da ABRH-RS) e Alcides Brugnera (presidente do Sicredi União Metropolitana RS) 3 - José Carlos Silvano, presidente da SETCERGS (esquerda), Ronaldo Sielichow e Telmo Costa, presidente ADVB/RS

Visita de entidades do Paraná e Santa Catarina

Visita Agas 5 - Francisco Miguel Shimidt, Ronaldo Sielichow e Ademar Cappellari (vicepresidente da Agas) durante a visita de entrega do convite para a Expoagas 2012

Sindilojas Porto Alegre recebe Giane Guerra 7 - Paulo Penna Rey (vice-presidente de Comunicação e Marketing do Sindilojas Porto Alegre), Giane Guerra (jornalista da Rádio Gaúcha), e Ronaldo Sielichow

4 - Márcio Allegretti (esquerda), Carmem Roratto (coordenadora Unisicom do SICOM Chapecó), Eduardo Peroni (diretor Executivo do Sicom Chapecó), Ronaldo Sielichow, Eliane Bonato (coordenadora da Divisão Institucional e Administrativa do Sicom Chapecó), Cecília Miranda (Divisão de Planejamento da Fecomércio/SC) 6 - Juliano Guedes (coordenador da Qualidade Sindilojas Porto Alegre), Wilson Alves Pereira (gerente Financeiro do Sindicato do Comércio Varejista de Londrina), Ronaldo Sielichow, Roberto Martins (diretor Financeiro do Sindilojas Londrina), Márcio Allegretti (superintendência do Sindilojas Porto Alegre)

Artigo * por Pablo Berger

Locações comerciais: aspectos a considerar na renovação (2)

o último artigo referimos alguns pontos sobre os quais os lojistas devem prestar atenção no momento da renovação de contratos de locação comercial, especialmente acerca do prazo de renovação, utilização de ação renovatória de aluguel e a garantia de que, em caso de venda do imóvel local, o lojista terá o contrato cumprido pelo adquirente. Todas as questões acima descritas são importantes e fazem parte da negociação no momento da renovação. Entretanto, considerando o atual cenário econômico, com relações multiplicadas e complexas no dia a dia dos lojistas, as contratações têm ocorrido, com maior frequência, de maneira infor-

mal, passando a impressão de que a formalização de instrumentos tornou-se dispensável. Nesse cenário, nota-se que as renovações de contratos de locação têm sido realizadas mediante acordos verbais ou simples trocas de e-mails, sem a necessária formalização de instrumentos aditivos ou mesmo nova contratação. A ausência de instrumentos jurídicos no momento da renovação tem acarretado, cada vez mais, frustrações aos lojistas que, uma vez desatendidos os termos acordados de maneira informal, pretendiam com que os seus direitos pudessem ser reivindicados no que tange ao contrato de locação comercial perante o Poder Judiciário.

E tal frustração decorre do excesso de confiança e da informalidade no ato da renovação, sem que seja utilizada a instrumentalização jurídica correta com o intuito de que a relação locatícia se mantenha equilibrada e com os direitos e obrigações de ambos contratantes expostos de forma clara. Com efeito, em que pese sejam imprescindíveis cuidados acerca do prazo de locação, valor do locativo e suas correções e obrigações do locatário, somente estará garantido o lojista que instrumentalizar a renovação da maneira correta, qual seja, pela formalização de novo contrato ou através da assinatura de aditivo ao contrato existente. Por certo que o contrato de locação não necessita, obrigatoriamente, ser formal, como pressupõe a própria Lei de Locações. Entretanto, a própria legislação específica traz, em sua essência, a necessidade de contratações minimamente formais a fim de que determinados direitos sejam exercidos, tanto pelo locador quanto pelo locatário. A atividade empresária tem a sua continuidade vinculada, na maioria dos casos, à segurança das contratações e à certeza de que poderá se desenvolver no local locado. Assim, a renovação das locações é permeada de singularidades que devem ser levadas em conta no momento da renovação, além de análise pormenorizada no que se relaciona à posse do imóvel e seu histórico. A correta formalização dos instrumentos na renovação do contrato de locação comercial é ponto sobre o qual o lojista deve dedicar cuidado a fim de permitir, caso necessárias, medidas jurídicas com objetivo de reivindicar e fazer valer direitos decorrentes das obrigações assumidas. pablo@sbsp.com.br Advogado, sócio do escritório Souza, Berger, Simões e Plastina Advogados

Fotos: Divulgação Sindilojas Porto Alegre

Sindinews

Eduardo Tevah ministrou workshop

Workshop Imersão em Gerência de Loja

Alcides Brugnera (esquerda) e Paulo Kruse na assinatura do convênio

Sindilojas Porto Alegre firma convênio com o Sicredi O vice-presidente do Sindilojas Porto Alegre, Paulo Kruse, e o presidente do Sicredi União Metropolitana RS, Alcides Brugnera, assinaram, no dia 10 de julho, um convênio de cooperação financeira. O objetivo do acordo firmado é oferecer toda e qualquer operação de crédito do Sicredi para o associado ao Sindilojas Porto Alegre com benefícios mais atrativos em

relação ao mercado. Os lojistas interessados devem ser associados ao Sicredi para poder usar todos os produtos disponibilizados pela cooperativa. O convênio facilita, por exemplo, que o lojista obtenha linhas de crédito para aumentar o estoque ou para reparar o calçamento nas ruas onde seu comércio esteja localizado.

Projeto Brilha Porto Alegre é apresentado à entidades Da esquerda para a direita: Omar Ferri Jr. (SMIC), José de Jesus Santos (presidente SindPoa), Ronaldo Sielichow, José Fortunati (prefeito), Gustavo Schiffino (presidente da CDL Porto Alegre), Mauro Zacher (presidente da Câmara), Idenir Cecchim (vereador), Raul da Rocha (secretário do Turismo de POA) O projeto “Brilha Porto Alegre” foi apresentado às entidades do varejo e do turismo de Porto Alegre, durante café da manhã, realizado no dia 2 de julho. Promovido pelo Sindilojas Porto Alegre e pela Câmara de Dirigentes Lojistas da Capital, ele visa resgatar a

tradição e fortalecer o espírito do Natal, por meio de premiações às melhores decorações natalinas da Capital. “Estamos felizes com a adesão das instituições convidadas”, destaca Ronaldo Sielichow, presidente do Sindilojas Porto Alegre.

O empresário Eduardo Tevah apresentou boas práticas para os gerentes e ideias para motivar as equipes, no dia 24 de julho, no Centro de Capacitação do Sindilojas Porto Alegre, que capacita gerentes há dois anos. A 8ª edição do workshop Imersão em Gerência de Loja capacitou profissionais com foco na liderança e na gestão de equipes. Temas como mudanças no mercado, formas de aumentar a rentabilidade das empresas e de transformar compradores eventuais em clientes “fieis” também foram abordados pelo empresário.

Vale Mais deverá incrementar vendas em Porto Alegre A promoção Vale Mais, realizada pelo Sindilojas Porto Alegre há quatro anos durante o mês de setembro, já traz bons frutos para o comércio. Em 2011, mais de 2 mil lojas aderiram à promoção dando a possibilidade para seus clientes e vendedores de serem premiados no sorteio. Durante a Vale Mais 2011, o Sindilojas Porto Alegre identificou um aumento de 10% nas vendas. Neste ano, R$ 350 mil serão investidos no comércio por meio de vale-compras que os sorteados poderão trocar por produtos nas lojas participantes.

Equipe que promoveu a Campanha Vale Mais pelas ruas da Capital

No dia 18 de julho, os associados assistiram à palestra “Tirando o Mofo do Marketing”, com o professor e conferencista Dado Schneider, que apresentou um panorama do novo consumidor do século XXI e suas influências na forma de pensar o marketing dentro das empresas. Ele abordou o poder decisório de crianças e jovens nas compras dos pais e a grande quantidade de informação dos clientes.Afirmou que investir em treinamento da equipe e em sites que complemen-

Foto: Divulgação Sindilojas Porto Alegre

Café com Lojistas recebeu Dado Schneider

Novas Associadas Dado Schneider palestrou para grande público no Café com Lojistas tem a operação física da loja são bons caminhos para conquistar esse consumidor. Ainda salientou que é preciso estimular a equipe de vendas a estar tão informada quanto os clientes. “Além disso, contrate pessoas que sorriem! Um atendente educado e gentil sempre trará diferencial para o estabelecimento”, ressalta.

Dia dos Pais ganha destaque no varejo da Capital A expectativa dos lojistas da Capital para as vendas do Dia dos Pais se confirmou. De acordo com a CDL Porto Alegre e o Sindilojas da Capital, o comércio movimentou mais de R$ 53,8 milhões, um crescimento de 7,3% comparado com o ano anterior. “Os pais estão mais presentes na vida dos filhos e no convívio com a família, o que gera uma tendência de que esta data figure entre as três principais do varejo nos próximos anos, ficando atrás apenas do Natal e do Dia das Mães”, comenta Gustavo Schifino, presidente da CDL Porto Alegre. Hoje, o Dia dos Pais está em 5º lugar nas datas comemorativas, atrás dos Namorados e do Dia das Crianças. Conforme o presidente do Sindilojas Porto Alegre, Ronaldo Sielichow, os em-

presários já notam a ampliação das oportunidades de negócios na data. “A cada ano, os lojistas percebem que o volume de vendas para o Dia dos Pais cresce e, por isso, têm investido mais na data, fazendo promoções e montando vitrines temáticas”, observa. Outro ponto que as entidades destacam é a maior participação das mães na compra dos presentes, o que há cinco anos, era liderado pelos próprios pais. Hoje, 30% dos presentes são com recursos dos filhos, 30% dos pais e 40% das mães. Esse ano, o pico das vendas foi registrado no sábado, o que representou mais de 60% do faturamento. Roupas, calçados e eletrônicos figuraram entre os três principais presentes.

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n Cadesul Móveis para Escritório: Rua Vinte e Quatro de Outubro, 1350, Bairro Independência n Comercial Sul Têxteis: Avenida Cavalhada, 2642, Bairro Cavalhada n Coml de Rações Avelino: Estrada João Vedana, 364, Bairro Cavalhada n Convalue Telecomunição e Informática: Rua Andradas, 1001, 1103, Centro Histórico n Del Turista Brinquedos: Rua Santa Cecília, 1891, loja 08, Bairro Rio Branco n Infinity Moda Feminina: Rua Doutor Timóteo, 390, loja 104, Bairro Floresta n Kur Cosméticos e Bem-estar: Avenida João Wallig, 1800, quiosque q16, Bairro Passo da Areia n Le Postiche: Avenida Assis Brasil, 2611, loja 278/279, Bairro Passo da Areia n Lemhap Comércio e Representantes: Rua Senhor dos Passos, 247, Centro Histórico n Lojas do Aldo: Rua Vigário José Inácio, 267, loja térrea, Centro Histórico n Panghu Comércio: Avenida Wenceslau Escobar, 3207, Bairro Cristal n Raro Efeito: Avenida Assis Brasil, 2611, loja 357, Bairro Cristo Redentor n Toques e Cores: Rua Doutor Flores, 105, lojas 213 e 214, Centro Histórico n Via Uno: Avenida Túlio de Rose, 80, loja 137, Bairro Chácara das Pedras n Voltagem: Rua Presidente Juarez, 105, Bairro São Sebastião

Termômetro do Varejo Segundo o Termômetro do Varejo, índice de faturamento mensal divulgado pelo Sindilojas Porto Alegre, a venda de materiais de construção em Porto Alegre cresceu 5,8% em junho com relação ao mesmo período de 2011. O presidente do Sindilojas Porto Alegre, Ronaldo Sielichow lembra que ainda não foi liberada a linha de financiamento para materiais de construção, anunciada no início do ano. A previsão era que o crédito de até R$ 20 mil, com recursos do FGTS, ficasse disponível em fevereiro.

Associadas

Confraria da Casa: a atenção com o cliente é importante

á um ano e meio no mercado, a Confraria da Casa aposta na proximidade com seu consumidor como diferencial no ramo do design de residências. Quem garante é o proprietário Alan Schaiehauer, que descreve o processo de trabalhar nessa área como “prazeroso, pois cada projeto é um desafio diferente”. Schaiehauer destaca que, por se tratar de um mercado customizado, o preço às vezes fica em segundo plano, ainda que exista uma preocupação nesse sentido. “Mesmo assim, os

custos não atrapalham os negócios, já que o trabalho benfeito satisfaz o consumidor”, diz. Sócio do Sindilojas há um ano, o empresário afirma que seu mercado tem experimentado um crescimento com a aceleração na área da construção civil e, para acompanhar os avanços, são necessárias constantes atualizações e adaptações. Um dos pilares do sucesso da Confraria da Casa é a responsabilidade em sua operação. O proprietário destaca o mote que norteia as ações de sua empresa:

Redemac: mais de 10 anos de força no mercado estadual

ma das fortes redes originadas do projeto Redes de Cooperação da Secretaria do Desenvolvimento dos Assuntos Internacionais do Estado do Rio Grande do Sul (Sedai), a Redemac está presente de forma maciça no Estado. Com mais de 65 pontos de venda, é um dos maiores conglomerados do setor de materiais de construção de Porto Alegre. A rede está presente no mercado desde novembro de 2001, quando foi inaugurada. O diretor execu-

tivo do conglomerado, Marcelo Maya, destaca que a atuação é um grande desafio por conta da concorrência acirrada e a sazonalidade nas vendas de diferentes tipos de produtos. Por isso, a Redemac aposta na importação de produtos do setor. De acordo com Maya, os clientes estão cada vez mais bem-informados e exigentes. Para atender a maior demanda, diferencia-se oferecendo “atendimento personalizado, entrega rápida e

Foto: Milton Moraes

Aceleração dos negócios da construção civil beneficia a Confraria da Casa “Fazer o básico, benfeito”. “Cumprimento de prazos e preços razoáveis são estabelecidos com transparência. Além disso, a proximidade com o cliente e a beleza aliada à funcionalidade são as grandes causas do êxito”, diz. Schaiehauer acrescenta “É sempre uma realização muito grande quando o trabalho bem feito se reflete na recepção do cliente”. Para saber mais sobre a Confraria da Casa, acesse o site: www.confrariadacasa.com.br Foto: Divulgação

A loja se destaca pelo atendimento personalizado e entrega rápida programada, postos considerados fatores chaves do nosso sucesso nesse setor”, ressalta o diretor. A parceria com o Sindilojas Porto Alegre está em seu terceiro ano. Quem quiser saber mais sobre a Redemac pode acessar o site www.redemac.com.br.

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