Boletim Warm

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Sinttel-Rio

boletim

do

www.sinttelrio.org.br

DIA

23

MES

NOV

ANO

WARM BRASIL

2016

Fenattel

TRABALHADORES DENUNCIAM

BARBARIDADES Uma pesquisa da Unicamp aponta que sete em cada dez trabalhadores em teleatendimento têm doenças psíquicas. Este é um dado alarmante e que nos leva, primeiramente, à dúvida e depois a olhar a nossa volta e constatar quantos colegas já se afastaram dessa profissão por não aguentarem tanta pressão e exploração.

D

e acordo com denúncias feitas por trabalhadores da Warm Brasil ao Sindicato, a empresa estaria se aproveitando do fato de que não existe legislação para regulamentar a profissão dos trabalhadores de teleatendimento, e assim impor um regime de trabalho sem qualquer respeito pelas condições minimamente já estabelecidas na Convenção Coletiva de Trabalho ou no Anexo II da NR17. DUPLA-FUNÇÃO X DESVIO DE FUNÇÃO A empresa impõe alternância de funções entre operadores e BackOffices. Como se não bastasse isso, existe uma severa cobrança por resultados nas duas funções e aqueles que não cumprem as tarefas determinadas são severamente repreendidos com sanções e até mesmo suspensão. Acontece que não temos norma coletiva de trabalho que determine diferenças salariais entre essas funções,

por isso a empresa se acha no direito de impor essa dinâmica ao invés de aumentar seu quadro de funcionários. Economiza em planejamento e joga o peso do sobre-trabalho nas costas dos operadores. A empresa nega: "Sobre a empresa estar colocando os operadores em dupla função, esclarecemos que em momentos de ociosidade algumas pessoas fazem tratamento fora da linha de coisas que eles já fazem durante o atendimento. Não há alteração de função ou sobrecarga dos colaboradores." FOLGAS Outra reclamação é referente às folgas. Trabalhadores denunciam que a folga semanal não é respeitada e que, devido às campanhas por folgas, alguns passam até 13 dias sem ter descanso, no caso de novos contratados. BLACK FRIDAY Na semana do Black Friday a partir

do dia 25, trabalharemos obrigatoriamente todos os dias, inclusive no sábado e domingo compulsoriamente, sem ao menos receber 100%. Isso também acontece nas datas comerciais mais movimentadas. Eles não nos dão opção, é trabalhar ou demissão. A empresa nega: "Sobre situações onde pessoas não têm a folga respeitada, informamos que todos os nossos colaboradores que trabalham no atendimento possuem folga semanal e que respeitamos no mínimo um domingo de folga por mês." PAUSA PESSOAL A empresa está proibindo o uso da pausa na última hora de trabalho, não bastasse o critério subjetivo de cada gestor avaliar se o operador merece ou não tirar a pausa pessoal. A empresa jura que cumpre CONTINUA NO VERSO >>


estritamente o anexo II da NR17: "Sobre a questão de cobrança de pausas particulares, a empresa não tem a prática de coibir este direito dos trabalhadores. Porém, nos casos em que identificamos o mau uso da pausa (destinação diferente a que foi concebida) a empresa orienta para que não ocorra novamente e somente em caso de repetição do mau uso, aplica as sanções necessárias para coibir a prática." O que diz a norma: item 5.7. Com o fim de permitir a satisfação das necessidades fisiológicas, as empresas devem permitir que os operadores saiam de seus postos de trabalho a qualquer momento da jornada, sem repercussões sobre suas avaliações e remunerações.

PERSEGUIÇÃO E ASSÉDIO MORAL A conhecida escala pedagógica inexiste na Warm Brasil, os trabalhadores estão sujeitos a serem suspensos por dias sem ao menos ter uma advertência verbal ou escrita na sua ficha. Tudo corre ao bel-prazer da chefia, e alguns apontam que o interesse por trás dessa prática é forjar demissões por justa causa ou levar o trabalhador a pedir demissão e, assim, aumentar os lucros do patrão que vai economizar no pagamento de obrigações trabalhistas. A empresa nega:” Sobre perseguições com suspensões, a empresa segue rigorosos critérios para aplicações de sanções disciplinares e todas as suspensões

passam por avaliação da coordenação e da gerência. CONHEÇA SEUS DIREITOS E ORGANIZE-SE PARA DEFENDÊ-LOS! É indiscutível que excessos acontecem, mas jamais poderemos nos calar diante das injustiças que são cometidas no ambiente de trabalho ou qualquer outro lugar. Se as coisas apontadas nesta denúncia realmente acontecem na sua operação, faça contato com Rêneo, dirigente do Sinttel-Rio no telefone: 21-980691992 e email: reneo@sinttelrio.org.br. Assim, vamos passar a limpo essas questões e fazer valer os direitos dos trabalhadores.

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