Sinttel-Rio
boletim
do
www.sinttelrio.org.br
DIA
17
MES
OUT
ANO
WARM BRASIL
2018
Assembleia dia 18 das 9 às 17h na porta da empresa Chegamos ao fim do ano sem definição sobre o Acordo Coletivo 2018 e a empresa apresenta a proposta para o instrumento 2019. Na mesa de negociação realizada dia 02 de outubro, fomos informados que a empresa se recusa negociar qualquer item referente a 2018 e alega já ter pago tudo que devia. ITENS JÁ APLICADOS EM 2018: Operadores (BKO e Atendimento) =Salário mínimo pago desde janeiro; =PLR de R$155,00 pago em setembro de 2018; =Tíquete de R$7,17 para R$7,52 a partir de agosto de 2018. =Administrativos e apoio =Reajuste de 1,81% pago em agosto de 2018; =PLR de R$155,00 pago em setembro de 2018; =Tíquete de R$15,57 foi para R$15,88 a partir de agosto de 2018. PROPOSTA PARA 2019: Operadores (BKO e Atendimento) =Salário mínimo pago desde janeiro; =PLR de R$155,00 pago em julho de 2019; =Tíquete de R$7,52 para R$8,27, a partir de janeiro de 2018. =Administrativos e apoio =Reajuste de 3,64% a partir de julho de 2019 com pagamento do retroativo em julho de 2019; =PLR R$155,00 pago em julho de 2019; =Tíquete de R$15,88 foi para R$16,83 a partir de janeiro de 2018. OBS.: Os demais itens reivindicados pelos trabalhadores não foram acolhidos pela empresa. Eles se recusam a garantir o “de acordo” do funcionário para a troca de horário; as trocas de horário seguirão a legislação vigente; serão mantidos os dois turnos BKO-PF, e a empresa afirma que já foi solicitado a São Paulo a compra de
novas cadeiras. Contribuição assistencial: Na mesma assembleia os trabalhadores decidirão sobre o desconto de uma contribuição assistencial no valor de 3% do salário a ser parcelada em três vezes (1% em setembro, 1% em outubro e 1% em novembro). Como todos sabem, além de cortar direitos e conquistas dos trabalhadores, o governo golpista também atacou a organização sindical. Com a intenção clara de fragilizar a luta, acabou com a contribuição obrigatória de março. Isso foi um golpe de morte nos Sindicatos que ficaram sem recursos para manter a luta. Numa campanha salarial como esta o Sinttel-Rio gasta com combustível e ma-
terial impresso (boletins, jornais, banners etc). Tudo isso custa caro e o trabalhador consciente sabe que é responsabilidade de cada um, fortalecer o Sindicato e nossa organização. Será garantido o direito de oposição ao desconto. Pendências: A empresa, a partir da paralisação realizada dia 15 de setembro, impede o acesso da equipe do Sinttel-Rio a área interna da empresa, sequer para realizar a assembleia dos trabalhadores. Deixamos claro que trata-se de uma atitude antissindical, mas, ainda assim, daremos continuidade aos trabalhos inerentes ao processo negocial e realizaremos a assembleia na porta da empresa no dia 18 a partir das 9h da manhã até as 17h.
Vitoriosa luta em defesa da NR 17
No sábado 15 de setembro, cansados de tanta enrolação e da ausência de comunicação por parte da empresa, os trabalhadores decidiram fazer cumprir a NR 17 e se recusaram a trabalhar. Havia três dias que a empresa funcionava com fornecimento parcial de eletricidade, através de um gerador destinado apenas aos “equipamentos fundamentais”, esquecendo que sem a estufa, os micro-ondas e ar condicionado, não é possível trabalhar. A empresa se comprometeu a normalizar a situação na sexta, dia 14, mas não cumpriu, não restando outra alternativa aos trabalhadores a não ser mostrar sua disposição para defender seus direitos. Ao invés de reconhecer prontamente
seu erro, a empresa chegou a chamar a polícia. Não adiantou. A turma estava decidida a defender seus direitos. Após uma conturbada negociação, cheio de disse-que-disse e acusações contra o sindicato e a liberdade de organização dos trabalhadores, encerramos a paralisação com a garantia de que nenhuma punição seria aplicada e com a reposição apenas do período após a normalização do ar-condicionado (11:20) sem prejuízo do Abs. Vencemos. Fica a experiência para os tempos sombrios que se aproximam com a aplicação cada vez mais intensa dos princípios da reforma trabalhista e de um IM-possível futuro governo contrário a todo e qualquer ativismo no Brasil.