Sinttel-Rio
boletim
do
www.sinttelrio.org.br
DIA
12
MES
JAN
ANO
ESPECIAL Fenattel
2016
Precarização na terceirização da Claro TV O SinttelRio pôde constatar práticas irregulares que estão precarizando o trabalho de prestadores de serviços de instalação da TV Claro, internet banda larga e demais serviços. É degradante o modo como age uma das maiores empresas de telefonia do Brasil, a CLARO S/A, - detentora da Claro, Embratel e NET , que têm por trás o Grupo América Movil.
A
empresa não se preocupa de forma alguma com os seus prestadores de serviços, já que não fiscaliza os contratos de prestação de serviços e age com total desrespeito com o direito de quem leva no corpo a camisa com a marca CLARO S/A. O Sinttel Rio pôde verificar a mais absoluta precarização e detectou irregularidades em quatro empresas nessa prestação de serviços: Ética, Exata, Pontual e Total, com cerca de 60 ténicos/ instaladores, além dos trabalhadores administrativos, no galpão que fica na rua Barão de Melgaço, 646 em Cordovil. Os técnicos instaladores, sejam da TV Claro ou banda larga, não recebem piso salarial , existe apenas um piso fictício de R$ 861,20, que consta no contracheque e na CTPS, porém, não é aplicado, ou seja, eles recebem apenas pela produção, conforme serviços abaixo: -Instalação: R$ 35,00 -Visita técnica: R$ 15,00 -Instalação qualquer ponto extra: R$ 15,00 -Entrega de controle: 5,00 Estes trabalhadores recebem apenas em cima dessa produção, o que é um absurdo, pois se não trabalharem por motivo de
doença, ou mesmo se forem fazer algum serviço de instalação e reparo e não tiver ninguém no endereço, não recebem nada. Além disso, estes trabalhadores não possuem nenhum benefício. -Não recebem Vale Transporte -Não recebem Vale Refeição -Não tem plano de saúde -Não recebem hora extra -Não tem seguro de vida -Não tem PPR/PLR As empresas Ética Rio Comércio de Antenas Eletrônicas e Instalações; Total Comércio de Antenas Eletrônicas e Instalações; Pontual Telecomunicações e Serviços e Exata Telecom Comércio e Serviços e a CLARO S/A ignoram totalmente que esses trabalhadores têm direitos, têm uma Convenção Coletiva de Trabalho, cuja data base de 1º de julho garante parâmetros mínimos, como: -Piso mínimo: R$ 957,56 -Vale Refeição: R$15,30 -Auxílio Creche para mulheres com filhos até 06 anos de R$ 170,03 -Assistência Médica -Seguro de Vida Além disso, a cláusula de carro
agregado da Convenção garante o valor de R$ R$ 815,06, para carro leve agregado com até 36 meses de fabricação nas cores branca ou prata. Nestas empresas, os trabalhadores acabam pagando para trabalhar, pois se as empresas fornecerem o carro, eles pagam R$ 600,00 reais por mês mais o combustível, ou seja, pagam para usar o carro da própria empresa para a qual trabalham e, se o empregado utilizar o veículo próprio, também não recebe nenhum centavo pela agregação do veículo e também paga o combustível. Descaso, desrespeito, descumprimento de Convenção Coletiva de Trabalho, precarização, exploração, enfim ,cara de pau da CLARO que NÃO fiscaliza esses contratos de terceirização. O Sinttel Rio já está notificando todas as empresas e a tomadora de serviços CLARO, responsável subsidiária, para que respondam pelo desrespeito aos direitos destes trabalhadores, e tomará todas as medidas jurídicas cabíveis para garantir o seu cumprimento na Justiça do Trabalho. Os trabalhadores que tiverem reclamações e denúncias relacionadas a outras questões, como desvio de função e assédio moral podem procurar o Sinttel e o departamento jurídico, de segunda a sexta, de 9h às 18h.
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