Transporte do Rio é o segundo pior do país SOCORRO ANDRADE
Ação contra a Telos Cinquenta participantes da Telos já subscreveram ações individuais para tentar anular a aplicação de reajuste negativo, em 2010, nos benefícios dos aposentados que utilizam o IGP-DI como indicador. Segundo decisão do Conselho Deliberativo da Telos, fundo de pensão dos empregados da Embratel, os benefícios de seus planos previdenciários vigentes em dezembro de 2009 foram reajustados em 01/12/2011 pelo IGP-DI acumulado de dez/2009 a nov/2011, incluindo o IGP-DI negativo referente ao período dez/2009-nov/2010 (-1,755 %). Com isso, houve redução na renda mensal vitalícia de seus aposentados e pensionistas, em frontal violação ao Inciso IV, do Art. 194, da Constituição Federal de 1988. Os representantes dos empregados são minoria no Conselho e foram voto vencido nesta questão. A entrada de ações individuais foi decidida em reunião realizada em março, na sede da Asastel (Associação dos Assistidos da Telos/Embratel). As ações estão sendo orientadas pelo Departamento Jurídico do Sinttel-Rio, que promoveu plantão específico para tal. Os prejudicados que pretendem entrar com ação devem procurar o Departamento Jurídico. O horário de atendimento é de segunda a sexta-feira, de 9 às 18h, na sede do Sinttel (Rua Morais e Silva, 94 – Maracanã, Bloco C, 1º andar).
Convenção dos prestadores de serviço O Sindicato realiza na segundafeira, dia 7, a segunda reunião com o Sinstal, o sindicato patronal que reúne as empresas prestadoras de serviço em redes de telecomunicações. Como atualmente existem duas convenções – uma em maio e outra em setembro - o Sinttel quer unificar a data base em abril ou maio. A unificação não é difícil porque é pequena a diferença entre os valores dos benefícios e, inclusive, do percentual de reajuste salarial das duas convenções. Confira: Reajuste salarial – 6,30% na Convenção de maio; e 7,39% na Convenção de setembro Piso salarial – R$ 685,00 para os trabalhadores com data base em maio; e R$ 732,00 para os trabalhadores com data base em setembro Tíquete refeição – R$ 10,15 (jornada de 40 e 44h) na convenção de maio; e R$ 11,00 na convenção de setembro Cesta básica – R$ 45,10 na convenção de maio com participação de 20% dos trabalhadores
Dados do Censo Demográfico 2010, divulgado na sexta-feira, 27, pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mostram que os trabalhadores do estado do Rio, principalmente da região metropolitana, são os brasileiros que levam mais tempo para ir de casa ao trabalho e vice-versa. Esse calvário diário tem sido uma das bandeiras dos movimentos sociais e, ontem, 1º de Maio, foi lembrado num ato público na Quinta da Boa Vista pelo Fórum de Mobilidade Social. Esta foi a primeira vez que o IBGE incluiu o dado neste tipo de trabalho. O Censo constatou que as três piores cidades brasileiras em relação ao tempo que a população demora para ir e vir são nesta ordem: São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador. No Rio, 1,2 milhão de cariocas (o que representa 23,1% do total de trabalhadores que trabalhavam fora de casa) gasta mais de uma hora no deslocamento; o número da população que demora entre uma e duas horas para se deslocar é de 21,34% e acima de duas horas, mais de 4%. 1 HORA DE VIAGEM
Segundo a presidenta do IBGE, Wasmália Bivar, a concentração de pessoas que vive na região metropolitana do Rio é a maior do país. - É preciso considerar a elevada concentração da população do estado do Rio de Janeiro na região metropolitana, representa 75% da população do Estado. Este é o maior percentual de concentração da
região metropolitana de todo o país e, portanto, tem um impacto direto nesse resultado. O censo mostra ainda que, no país, 32,2 milhões de pessoas (52,2% do total de trabalhadores que trabalhavam fora de casa em 2010) levavam de seis a 30 minutos para chegar ao trabalho, e 7 milhões (11,4%) demoravam mais de uma hora. Segundo dados do censo, no Brasil, do total de 86 milhões de pessoas de dez anos ou mais de idade ocupadas em 2010, 87,1% trabalhavam no próprio município de residência, sendo que 20 milhões (26,6%) trabalhavam em casa, e 55 milhões, fora. Já os que exerciam alguma função no mercado de trabalho em outra cidade atingiram 11,8% da população
ocupada (10,1 milhões). O tempo gasto diariamente pelos trabalhadores no percurso casa-trabalho-casa, além de afetar de forma considerável a qualidade de vida (desde o simples cansaço e estresse até a maior probabilidade de acidentes graves durante esse percurso), acarreta prejuízos financeiros significativos aos trabalhadores e ao país, se considerada a riqueza que deixa de ser criada e/ou apropriada nesse mesmo tempo. PERDA DE R$ 93 BI
Levando-se em conta apenas as horas gastas no deslocamento casa- trabalho, o rendimento médio auferido por hora trabalhada e a massa de horas não trabalhadas por causa do tempo perdido no trânsito, há no país uma “perda” potencial de
recursos de quase R$ 93 bilhões ao ano para os trabalhadores (em valores de março de 2004). Em outras palavras, se o tempo em circulação fosse trabalhado e/ ou remunerado, os trabalhadores teriam a soma de sua renda aumentada entre um sexto e um quinto. No conjunto das regiões metropolitanas, essa “perda” é da ordem de R$ 55 bilhões em um ano (também em valores de março de 2004). São Paulo e Rio de Janeiro (que concentram a maior parte dos trabalhadores metropolitanos e, paralelamente, impõem o maior tempo de deslocamento entre a casa e o trabalho aos mesmos) respondem por quase 70% desses R$ 55 bilhões. No caso do Rio, os quase R$ 13 bilhões equivalem a nada menos que 26,8%.
Oi terceiriza, mas anuncia contratações No dia 19, a direção da Oi se reuniu com dirigentes do Sinttel e da Federação, em São Paulo, para anunciar a terceirização da área administrativo-financeira da empresa, ou melhor, o que resta dela como mão de obra própria. Três dias depois, em 22/04, a empresa publicou anúncio de página inteira no jornal O Globo convocando gente para trabalhar lá. O Sindicato quer saber: afinal, a Oi vai terceirizar ou ampliar o seu quadro funcional? Nós defendemos a segunda opção e vamos exigir explicações da empresa. Se vai ampliar o quadro funcional por que terceirizar trabalhadores cuja capacidade e produtividade a empresa já conhece? O anúncio, além de ressaltar as “maravilhas” e o crescimento da Oi (veja reprodução), afirma que a empresa já fez cerca de três mil contratações, mais de 1.500 só no início deste ano, e a intenção é aumentar o quadro funcional em 15% até o final do ano. Destaca também que há vagas em diversas áreas estratégicas como Engenharia, TI, Operações de Rede, Comercial, Finanças e outras. Se a Oi está contratando, não há porque terceirizar. E é contra isso que o Sindicato está lutando.
REPRODUÇÃO
Assembleia dia 3 elege delegados ao Cecut O Sindicato convoca todos os trabalhadores para assembleia que realizará dia 3, a partir das 18h, na sua sede (Rua Morais e Silva, 94 - Maracanã) para eleger os delegados da entidade ao 14º Congresso Estadual da CUT Rio (14º CECUT), que ocorrerá de 31 de maio a 3 de junho. O SinttelRio pode eleger até 40 delegados. Participe!