Hoje, 4, é Dia do Operador Saiba mais sobre os seus direitos no local de trabalho
Democratizar a Anatel
Agência prorroga até setembro a consulta pública sobre novo regimento interno e diz que entre as suas metas está a de expandir o diálogo com os usuários de Telecom. Ainda que tardia, a consulta é uma resposta ao já estabelecido cenário da convergência tecnológica. As melhorias sugeridas para o novo regimento interno proposto pelo órgão foram apresentadas por Marcelo Bechara, conselheiro da Anatel, na reunião do Conselho Consultivo realizada dia 29/06, em Brasília. Bechara apresentou nova premissa para a alteração da estrutura organizacional da Anatel - a divisão das competências da Agência seria feita por processos e não mais por serviços (telefonia fixa, móvel, banda larga, TV por assinatura). Atualmente, há um desperdício de tempo fazendo com exista na Agência um acúmulo de cerca de 24 mil processos em análise. Entre os principais temas colocados pela Anatel na Consulta Pública estão itens como o zelo pela transparência das ações do órgão, com sorteios públicos e adequação à Lei de Acesso à Informação (12.527/2011), e celeridade nas deliberações. O Instituto Telecom, um dos representantes da sociedade civil no Conselho Consultivo, defende que a Anatel faça uma profunda análise das informações oriundas das operadoras e, para tal, é preciso que a criação da Superintendência de Gestão da Informação seja prioritária. O Instituto voltou a cobrar o funcionamento efetivo das CBCs (Comissões Brasileiras de Comunicações), que têm como objetivo influenciar na formulação das políticas e propostas brasileiras com foco no cenário internacional das telecomunicações. O Instituto Telecom também reivindicou que sejam promovidas mais audiências públicas para debater o tema com a sociedade.
camila palmares
Empregados num setor que se inclui entre os que mais crescem no país, os teleatendentes/operadores de telemarketing têm algumas conquistas a comemorar, mas ainda enfrentam muitos problemas com empresas, dentre elas a recusa de cumprir tudo o que estabelece o Anexo II da NR-17.
E
m março deste ano, o documento completou cinco anos e continua a ter muitos de seus itens descumpridos. O Anexo II foi criado para normatizar as relações de trabalho nos call centers, que até 2007 eram uma espécie de terra sem lei. Para garantir que os avanços trazidos pelo Anexo II não se percam, é importante que os novos teleatendentes saibam exatamente quais são os seus direitos. Confira o que determina os principais itens do Anexo II: Mobiliário - as empresas tiveram cinco anos para se adaptar às novas regras. O mobiliário deve permitir ao operador mudar de postura sempre que sentir necessidade, ter ajustes de fácil acionamento e espaços que proporcionem conforto. O monitor e o teclado devem estar apoiados em superfícies com regulagem independente, as bancadas devem ter pontas arredondadas, apoio para os pés, os assentos devem ter pés com rodízios que impeçam deslocamentos involuntários, braços e encostos ajustáveis. Equipamentos - microfones e head sets devem ser individuais, permitir alternância entre o uso das orelhas ao longo da jornada e substituídos sempre que apresentarem defeito. Ambiente de trabalho – devem ter isolamento acústico do ruído
externo, os níveis de ruído não podem ultrapassar os 65 decibéis, a temperatura deve ficar entre 20 e 23 graus. Organização do trabalho - deve ser feita de forma a não haver atividades aos domingos e feriados; as escalas de fim de semana devem ser comunicadas com antecedência; o contingente de operadores deve ser suficiente para garantir que todos possam usufruir das duas pausas de 10 minutos e dos intervalos entre uma jornada e outra; as pausas devem ocorrer após os 60 primeiros e antes dos 60 últimos minutos da jornada diária; os trabalhadores devem ter acesso a seus registros de pausas; é proibida a utilização de métodos que
causem assédio moral como exigência de uso de acessórios e estimulo abusivo à competição; mecanismos de monitoramento de produtividade, como mensagens nos monitores, sinais luminosos ou sonoros, não podem ser utilizados para aceleração do trabalho; o trabalhador pode ir ao banheiro a
hora que quiser. Se a empresa na qual você trabalha estiver descumprindo qualquer um desses itens, denuncie. Ligue para a Central de Atendimento do Sinttel-Rio, telefone 2204.9300. Faça valer no seu direito! Transforme todos os dias no Dia do Operador.
Um jantar para dois Para comemorar o Dia do Operador, o Sinttel-Rio, em parceria com o Restaurante Apolônio, sorteia um jantar completo. O sorteado e um acompanhante terão direito a entrada, prato principal, bebida e sobremesa. Para participar da promoção basta seguir o perfil do Sinttel-Rio no Twitter (@SinttelRio) e retuitar a seguinte frase: "4 de julho é dia do Operador de Telemarketing e o @SinttelRio presenteia você!"
Vidax regulariza salários e greve é suspensa Campanha de
Diante da disposição dos trabalhadores, que em assembleia na semana passada aprovaram a deflagração de uma greve a partir das 6 horas de segunda-feira, dia 2, a Vidax recuou e atendeu às cobranças encaminhadas pelo Sinttel-Rio. Há seis meses os trabalhadores da Vidax vêm sofrendo com os constantes atrasos no pagamento dos salários. Até sexta-feira passada, dia 29 de junho, uma parcela dos operadores não havia recebido os salários de maio e outra não tinha recebido nem os salários de abril. O VR e o VT, que desde o início de junho passaram a ser pagos semanal mente, não haviam sido depositados. E quem saiu de férias a partir de fevereiro, não recebeu o 1/3 garantido por lei. Amina Bawa
Com tantas irregularidades, os trabalhadores decidiram cruzar os braços. Não era a primeira vez. Em abril, eles já tinham decidido iniciar uma greve. Mas a empresa se apavorou e concordou em assinar um Termo com o Sinttel-Rio se comprometendo a resolver a situação. A greve foi suspensa, a Vidax regularizou parte dos problemas e só. Até a semana passada, a empresa ainda não havia enviado a listagem dos trabalhadores demitidos ou que pediram demissão e não receberam as verbas rescisórias. E também “se esqueceu” de enviar o cronograma de pagamento. Foi a gota d´água na insatisfação crescente dos trabalhadores. Avisada da greve, mais uma vez a Vidax correu para resolver as pendências. No domingo, dia 1º/07, em reunião realizada na sede da empresa, na Gamboa, o presidente Marcelo Martins apresentou aos diretores do Sinttel-Rio e à Comissão de Empregados os comprovantes do pagamento dos salários, férias, Vale
Transporte e Vale Refeição que estavam atrasados. Ainda na reunião, o presidente da Vidax firmou compromisso de implantar um novo plano de saúde, no caso o Plano Assim, até o dia 5/7, quinta-feira. Marcelo Martins também entregou a listagem com o nome de todos os empregados que foram demitidos ou que pediram demissão desde janeiro/2012, e o cronograma para pagamento das verbas rescisórias dos mesmos. A empresa se comprometeu ainda a reunir-se semanalmente no período de um mês, com os dirigentes do Sinttel-Rio e a Comissão de Empregados. De posse do documento e dos comprovantes mostrando a quitação de salários, férias, VR e VT, os dirigentes do Sinttel-Rio e os membros da comissão decidiram suspender a greve marcada para começar dia 2. Mas decidiram, também, manter o estado de greve caso a Vidax não cumpra todos os compromissos constantes da Carta Compromisso.
saúde auditiva
Em parceria com o Centro de Estudos em Saúde do Trabalhador, da Fiocruz, o Sinttel-Rio iniciou no dia 1º de julho a Campanha de Preservação da Saúde Auditiva dos Operadores e Telefonistas. Durante todo o mês de julho o Sindicato encaminhará operadores e telefonistas às instituições parceiras para a realização de exames audiométricos. Os interessados devem ligar para o Departamento de Saúde do Sindicato, telefone 2204 9326, para obter todas as informações e agendar os exames. A diretora de Saúde do Sinttel, Edna Maria do Sacramento, ressalta que a campanha visa prevenir problemas e esclarecer sobre os riscos a que esses profissionais estão expostos. "O longo tempo de exposição pode acarretar lesões e sequelas silenciosas, só percebidas pelo trabalhador quando na evidência de perda social ou demissão", observa Edna. Ela acrescenta que, na maioria das vezes, o trabalhador só toma coragem para cobrar os seus direitos ao perder o emprego.