Rede faz assembleia dia 6 Às 17h, em Hanibal Porto - Irajá 25 anos da greve da Vicom Era o dia 22 de outubro de 1987. Numa reação inesperada pelo governo Sarney e pelo ministro das Comunicações, Antonio Carlos Magalhães, os trabalhadores da Embratel paralisaram a empresa, ocuparam a Presidente Vargas e promoveram um dos mais importantes protestos contra a quebra do monopólio estatal das telecomunicações. Embora a Embratel fosse a estatal responsável pelo serviço de transmissão de dados via satélite, o ministro Antonio Carlos Magalhães, conhecido como Toninho Malvadeza, havia autorizado a assinatura de um contrato ilegal entre a empresa e um consórcio formado pela Globo, o Bradesco e a Victori Comunicações (Vicom), para explorar o serviço. Quando tomaram conhecimento do contrato, os trabalhadores iniciaram uma série de manifestações em todo o país que culminou com a greve no Rio, nos dias 22 e 23 de outubro. Foi uma luta de Davi contra Golias. Antonio Carlos Magalhães era o homem de confiança de Roberto Marinho e estava no Ministério justamente para fazer valer os interesses dos grupos de comunicação. Mas, naquele outubro de 1987 os trabalhadores mostraram sua força e o poderoso Toninho Malvadeza teve que recuar. O contrato foi sustado e, mais tarde, anulado.
Na quinta rodada de negociações, finalmente as empresas prestadores de serviços de telecom apresentaram uma proposta para avaliação dos trabalhadores em assembleia. Na reunião, ocorrida dia 25, após mais de três horas de discussão chegou-se a proposta abaixo: Piso de OSC Em 1º de set/12 – R$ 780,00 Em 1º de Jan/13 – R$ 840,00 Piso Geral Em 1º de set/12 – R$ 775,00 Em 1º de jan/13 – R$ 835,00 Piso para Cabista Em 1º de set/12 – R$ 900,00 Piso para Consultor Em 1º set/12 R$ 1.100,00 Piso Para Técnico Em 1º set/12 – R$ 1.100,00 Em 1º jan/13 R$ 1.357,00 Reajuste para os salários acima dos pisos – 5,5% (INPC do período foi de 5,39%) Vale Refeição – será de R$ 11,50 a partir de 1º de Nov/12 e de R$ 12,00 a partir de jan/13 Carro agregado – manutenção da tabela de aluguel de carro agregado. As empresas Serede e Telemont se comprometeram também a: 1) buscar financiamento de carros a baixo custo para os seus empregados 2) apresentar em 90 dias propostas
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para melhorias do Plano de Saúde 3) Também dentro de 90 dias apresentar ao Sindicato proposta de programa de remuneração variável Os pisos alcançados representam, no caso do piso geral e de OSC, 14% de reajuste, bem acima da inflação medida pelo INPC que foi de 5,39%. Ou seja, obteve-se assim um ganho real de 8,5% para a maioria dos trabalhadores da rede do Rio de Janeiro.
No entanto, ficaram questões pendentes que o Sindicato ainda busca soluções junto às empresas. É importante que os trabalhadores acompanhem os informes da campanha salarial da Rede aqui no Jornal do Sinttel e no Portal www.sinttelrio.org.br. Nos atos que estão sendo realizados pela direção do Sindicato nos locais de trabalho também são repassadas informações atualizadas.
Trabalhador morre eletrocutado Terceirizado da Golden, Neimar da Silva Ferreira, 44 anos, prestava serviço para a Oi quando se tornou mais uma vítima fatal do descaso das empresas. Atingido por uma descarga elétrica quando trabalhava num poste na Rua Carolina Machado, em Madureira, no dia 29, Neimar morreu eletrocutado. Dois outros trabalhadores que estavam com ele, também ficaram feridos. Apesar da gravidade do caso, até hoje nem a Oi nem a Golden deram qualquer informação sobre o que de fato ocorreu. Tudo o que se sabe foi divulgado pelos
jornais. Por isso, o Departamento de Saúde do Sinttel-Rio já encaminhou ofício para o Nusat/Cerest (Centro de Referência do Trabalhador), denunciando o fato e solicitando uma rigorosa apuração das condições de trabalho dos contratados pelas empresas terceirizadas para prestar serviço na Rede da Oi. A diretora de Saúde do Sindicato, Edna Maria do Sacramento, lembrou que há uma série de irregularidades na rede aérea, inclusive o desrespeito às regras de espaçamento necessário entre os cabos de energia elétrica e os cabos de telefonia.
O Sinttel-Rio ressalta que desde o dia 27 de setembro está em vigor a Norma Regulamentadora (NR) 35 do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), que estabelece medidas de prevenção de acidentes e de proteção a pessoas que trabalham em locais com altura superior a 2 metros onde há risco de queda. Pela norma, toda empresa com trabalhadores nessa situação, caso do pessoal da Rede Externa, deve elaborar planos de análise e gestão para organização e adoção de técnicas que evitem acidentes em altura ou minimizem as consequências.