CAMPANHA SALARIAL DAS OPERADORAS
Oi: negociação não dá em nada SOCORRO ANDRADE
GVT altera sua proposta Depois da rejeição
da Comissão Nacional de Negociação, que formalizou sua resposta no dia 22, a GVT encaminhou carta à Fenattel apresentando algumas mudanças. No documento, a empresa afirma que essa é a sua proposta definitiva. As mudanças mais significativas são: os técnicos ADSL passam a receber a cesta básica mensal, no valor de R$ 250,00 aumenta para 35% o percentual do abono salarial, sendo o valor mínimo de R$ 220,00 limitado ao teto de R$ 800,00 com pagamento na folha de dezembro.
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A PROPOSTA MODIFICADA
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Data base - mantém em setembro Salários – reajuste em janeiro de 2013 sobre os salários vigentes em dezembro/ 2012 Percentual de reajuste – 6%, sendo o INPC acumulado de set/2011 a ago/2012 mais 0,61% de ganho real Piso salarial – R$ 676,00 a partir de janeiro de 2013 Auxílio creche – estende para filhos até sete anos de idade Cesta básica – R$ 250,00 mensais, estendida aos técnicos ADSL a partir de janeiro de 2013 Benefícios – passam a ser reajustados no mês da data base (setembro) Abono salarial – 35% PPR – Negociação começa em janeiro de 2013.
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A cara de pau da empresa é revoltante. Com a alegação de que o “orçamento ainda não está definido” os representantes da Oi foram para a reunião do dia 23/11 com uma proposta tão rebaixada, que a Comissão Nacional de Negociação nem tentou outra alternativa. Manteve a contraproposta que já havia sido apresentada e vai continuar lutando por ela. O que quer a Oi? Reajustar os salários em 5,9%, em janeiro de 2013 e apenas para quem ganha até R$ 6.000. Quer passar o tíquete para R$ 23,32 e reduzir as faixas de desconto atuais em 1%. A creche passaria a R$ 340 e o auxíliomedicamento a R$ 965. Além disso, quer antecipar a miséria de meio-salário do Placar. Só. Realmente, não dá pra engolir.
com o esforço de seus empregados para fazer a empresa voltar a crescer. Se na negociação coletiva a Oi chega com uma proposta rebaixada, os trabalhadores não podem aceitar tamanho desrespeito. Com o “não” da Comissão, ficou agendada uma nova reunião para amanhã, dia 29, aqui no Rio. NOSSA PROPOSTA
SEM CHANCE...
Os números propostos pela Oi não condizem com o bom momento da empresa, nem
Queremos reajuste salarial para todos em novembro. Tíquete de R$ 25 sem desconto.
Creche de R$ 400. Medicamentos em R$ 1.100. Auxílio para crianças especiais de R$ 1.000. Pagamento de tíquete nas horas-extras. Retorno das diárias. Um talão extra de tíquetes. Adiantamentos de um salário como antecipação do Placar e mais meio-salário do 13º do próximo ano. Aumento para R$ 1 por Km nos casos dos empregados que usem veículos próprios para executar suas funções e manutenção dos demais pontos do atual Acordo. Esta é a proposta da Comissão. Resta saber se a Oi quer o entendimento ou o confronto.
Embratel: 40 dias depois... CAMILA PALMARES
Foi esse o tempo que a
empresa levou para realizar a segunda reunião de negociação que, finalmente, vai acontecer amanhã, dia 29. Não é a primeira vez que a Embratel utiliza a tática de empurrar a negociação para perto das festas de fim de ano com o objetivo de fazer a categoria aceitar qualquer proposta “melhorada”. Só que a proposta apresentada na primeira, e até agora única reunião de negociação, é tão ruim que essa tática corre o risco de dar errado. A Embratel propôs reajustar salários e benefícios apenas pelo INPC acumulado em 12 meses, que já está definido em 5,99%. O reajuste salarial ainda seria limitado aos salários até R$ 6.000,00. Quem ganha acima deste valor teria um aumento fixo de R$
333,60 (estimado). Ou seja: uma proposta muito longe da principal reivindicação dos trabalhadores, que é o ganho real. Há anos que o salário não sai do lugar, já que o reajuste simplesmente re-
põe as perdas inflacionárias do período. Por isso, o Sindicato espera que na reunião de amanhã a Embratel chegue com uma proposta que realmente atenda às reivindicações da categoria.
Reunião com a Claro Mais de um mês depois da última reunião e de muita pressão e cobrança da Fenattel, finalmente a Claro volta a sentar à mesa de negociação amanhã, dia 29. Na reunião realizada dias 17 e 18 de outubro, a empresa ofereceu apenas o INPC, proposta que foi rejeitada pela comissão. Com a rejeição, a Claro pediu uma semana para avaliar a contraproposta da Comissão e sumiu. Na reunião de amanhã, Fenattel e Sindicato cobram com prioridade a mudança da data base para 1º de setembro e aumento real dos salários e benefícios.