Telefônica
Trabalhadores debatem acordo global com a empresa
EMBRATEL
Dia 7 assembleia com engenheiros A Embratel não respeita o piso salarial dos engenheiros que é de nove salários mínimos para jornada de 8h conforme determina a Lei 4.950-A/66. Para discutir e definir as medidas a serem adotadas sobre a essa questão o Sinttel-Rio e o Sindicato dos Engenheiros (Senge-RJ) convocam todos os profissionais interessados no assunto para participarem da assembleia, anteriormente marcada para o dia 2 de maio e transferida para o dia 7 em virtude do feriado de 1º de maio. O horário e local ficam mantidos, será às 18h, (Rua dos Andradas, 96/15º andar) em cima do antigo Bob’s, entrada próxima à esquina da Rua dos Andradas com a Marechal Floriano. Essa questão foi levantada pelo Sinttel durante as negociações para fechamento do Acordo Coletivo, mas a empresa se negou a cumprir a lei e pagar o piso sob a alegação de que se apóia em parecer de sua área jurídica. Agora precisamos decidir o que fazer. Por isso nessa assembleia esperamos contar com a presença de todos os interessados.
Negociação do Acordo Global da Telefônica reuniu sindicatos do mundo todo, além do vice-presidente da telefonica, Oscar Maraver, nesta última segunda-feira, dia 29/04. O encontro foi organizado pela UNI icts Global Union - uma organização internacional de trabalhadores que atua em diversos setores, entre eles, o de informação, comunicação, indústria de serviços e tecnologia representa cerca de 330 sindicatos e mais de três milhões de trabalhadores em todo o mundo. O evento que teve nesta edição de 2013 como anfitriões a Fenattel e o Sinttel -Rio, aconteceu pela primeira vez em 2000 e foi uma conquista extremamente importante para os trabalhadores de telecomunicações. No ano passado, por conta da crise europeia, o encontro foi cancelado pela empresa espanhola.A empresa chegou a sofrer processos trabalhistas ao redor do mundo entre eles, um em Barcelona, cuja demissão sem justa causa de Marcos Andres Armenteros trazia na carta de demissão a justificativa de “você não é rentável”. Quando na verdade o trabalhador integrava uma lista candidata à direção do sindicato. Terceirização
Indagado pelo Sinttel-Rio sobre o intenso processo de terceirização ocasionado pela empresa, o executivo da Telefónica, Maraver, disse o tradicional discurso
OI PPR/12
capitalista: “estamos conscientes de que a maior preocupação dos sindicatos é a terceirização. O mais recorrente. Mas não é uma prática limitada à Telefónica. Na maioria dos países, somos a empresa incubente. E tivemos que terceirizar para reduzir os custos e flexibilizar para seguirmos competitivaos e não perdermos mercado frente aos nossos concorrentes”. Diante deste cenário, os sindicatos apresentaram oficialmente uma proposta para ser debatida com a empresa cujas principais revivindicações são: melhoria das condições de trabalho e necessidade de garantia de todos os direitos dos terceirizados, questão mais importante por unanimidade entre os sindicatos. Além disso, cobram liberdade de associação e direito de
representação e negociação coletiva; jornadas, salários mínimos e benefícios tão favoráveis quanto os pisos nacionais e acordos dos respectivos setores; melhoria das condições do ambiente de trabalho, capacitação do trabalhador, estabilidade empregatícia e respeito ao meio ambiente. Para o diretor do Sinttel-Rio,Luis Antônio Souza da Silva, os acordos coletivos em escala mundial são cada vez mais imprescindíveis, especialmente, num mundo de economia globalizada e ainda por cima em crise. “Eles se tornaram um instrumento nas negociações locais para desobstrui-las. Nos dias de hoje é preciso exigir que uma empresa que tem um negócio mundial tenha uma ação sindical global”, defendeu o sindicalista.
Assembleia sexta-feira, dia 3
Às 8h, nos prédios da Praia de Botafogo, Arcos e Polidoro e às 13h, na Av. Pres. Vargas, Leblon e Ipanema A empresa disse que o placar já anunciado de 3,6 salários havia sido zerado devido ao não atingimento das metas e outros problemas. Portanto, não há nada a ser pago a título de PPR. Pelo contrário, os trabalhadores devem devolver o valor de um salário adiantado pela empresa quando da data base a título de antecipação da PPR/12.
O clima ficou tenso. As negociações não avançaram porque a empresa insistia no absurdo da proposta de placar zero. Para tentar sair do impasse, já à noite, ela propôs o pagamento de um abono de dois salários. Deste valor será descontado o que foi adiantado. Assim fechou-se a questão. A comissão formada pelos
representantes do Sinttel-Rio, Sintetel-SP, Sinttel-PE, Sinttel-MT, Sinttel-AC e Sinttel-SC decidiram levar a proposta para apreciação da categoria em assembleias que serão realizadas em todo o país até o dia 3.
.
A PROPOSTA
Pagamento de dois salários (abril/13) a título de abono, de uma
única vez, para todos os empregados, exceto aqueles em contrato de experiência, afastados por mais de um ano e desligados. Descontar placar 2012 adiantado. Compensar o IR já descontado. Havendo acordo, o abono será pago de 3 a 5 dias corridos após a assinatura.
. ..