ABONO OI
Aprovado por uma diferença mínima
SEREDE
Sinttel defende direitos na migração dos trabalhadores A Serede está migrando cerca de 300 trabalhadores do CO - Centro de Operação do setor de teste, apoio a campo e Anatel do edifício da rua Hannibal Porto para a empresa BT Call Center (BTCC). Em reunião com o gerente de administração de pessoas, o Sinttel-Rio cobrou que se mantivessem todos os direitos, salários e benefícios da Serede. A Serede anunciou que irá manter os valores pagos atualmente ( salário de R$835,00, vale alimentação de R$9,50 e demais benefícios). Com relação ao Plano de Saúde, a empresa disse que abriu uma licitação para avaliar qual a melhor proposta de plano ofertada. O Sinttel-Rio deixou claro e acordado com a Serede que esses trabalhadores deverão continuar exercendo a mesma função atual atendendo apenas os técnicos e trabalhadores da Serede (OSC, colunistas e técnicos). Não podendo exercer outras atividades de diferentes naturezas como as de call center, ramo principal de atuação da BTCC. A previsão é de que a BTCC assuma a partir do dia 19/05. O diretor sindical Amilton Barros afirmou que o Sindicato está preparando um Termo de Compromisso de Migração que garanta tranquilidade e nenhum transtorno para o trabalhador. NOKIA
A empresa ficou de confirmar uma próxima reunião para segunda, dia 13/05, com o objetivo de debater a migração dos trabalhadores da Nokia que vão migrar também para esta empresa BTCC.
PPR REDE EXTERNA
Em todas as reuniões para negociação, o Sindicato tem cobrado intensamente a negociação da PPR às empresas prestadoras de serviços da rede externa para as operadoras. Mas até agora não houve nenhuma resposta concreta.No próximo dia 15/05, as empresas TELEMONT e Serede se comprometeram a debater e a fazer uma proposta de PPR. Vamos ver.
CAMILA PALMARES
O clima entre os trabalhadores da Oi em todos os prédios onde o Sindicato realizou assembleia dia 3, era de total revolta, indignação e insatisfação com a empresa. Para a maioria, a empresa não está nem aí para os empregados. Para o Sindicato os trabalhadores estão cobertos de razão. A Oi não valoriza os empregados. O Sindicato vem denunciando isso desde a privatização. O resultado dessa insatisfação se refletiu na votação da proposta da empresa de dar um abono de 1,4 salários, aprovada por uma diferença de apenas 76 votos (820 a favor e 744 contra). O sentimento predominante na categoria era para rejeitar a proposta e isso se refletiu em quase todos os prédios como é possível conferir no quadro abaixo. Apenas nos prédios da Av. Presidente Vargas, no Leblon e Polidoro, a proposta da Oi foi aprovada por maioria, nos demais, foi amplamente rejeitada. Para o Sindicato e conforme pudemos apurar no contato com os trabalhadores, a rejeição ao abono é também a rejeição a falta de uma política empresarial séria de valorização do trabalhador. "Não temos nenhum estímulo, não há meritocracia, plano de cargos, nada", lamentou um trabalhador da Praia de Botafogo e acrescentou "só há cortes”. DIVIDENDOS
Se não houve lucro, por que a empresa distribuiu dividendos aos acionistas? Essa era a pergunta dos trabalhadores em todos os locais de trabalho. E esta também foi a pergunta dos dirigentes do Sinttel-Rio e da comissão na negociação com a empresa. Ela não respondeu e insistiu no mesmo blá blá blá de que houve queda nos lucros. O receio dos trabalhadores é que isso vire uma prática, pois
essa não é a primeira vez que a Oi surrupia a PPR. FALSA EXPECTATIVA
Esse ano a Oi criou uma falsa expectativa na categoria quanto ao placar 2012. Até outubro ela divulgou o placar que passou de 3,5 salários. Depois deixou de divulgá-lo. Os trabalhadores cobravam informação, o Sindicato e a federação cobravam negociações e a Oi se fingia de surda sem dar qualquer explicação. Chegou ao cúmulo de tirar a intranet do ar. Claro que o intuito da empresa era empurrar goela abaixo da categoria a sua proposta de PPR zero. Sim, porque a proposta da empresa foi zero. O abono só foi aventado depois de horas de negociação e de muita insistência da comissão sindical.
NÃO HÁ TROCA DE PPR POR ABONO
O Sindicato esclarece que o termo assinado pela comissão de negociação dos trabalhadores da Oi se refere claramente a liberalidade do pagamento do abono aos seus empregados. Portanto, não há para o Sindicato troca da PPR por abono conforme manifestaram alguns companheiros. Nossa luta continua. O Sindicato
voltará aos locais de trabalho realizando atos e manifestações com os trabalhadores e cobrando da Oi a PPR/12. Além disso, através do departamento jurídico, levantará subsídios para viabilizar ação trabalhista. FIM DO GATILHO
Já conquistamos uma primeira vitória: não haverá "gatilho" na próxima medição de PPR. Após o placar zerado, a exigência de atingimento de meta financeira se revelou uma arapuca para os trabalhadores.
O QUE DIZ O JURÍDICO
De acordo com o jurídico do Sinttel os resultados econômicos supostamente não atingidos precisam ser conhecidos. Por isso o Sinttel-Rio, assim como a Fenattel,
notificará a Oi a apresentar os dados apurados pela empresa. Além disso, assessores do sindicato e da federação irão levantar os dados econômicos da Oi por meio de pesquisas junto ao Dieese, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), entre outros. Se forem identificadas divergências de informação por parte da empresa, o Sinttel buscará o reconhecimento do direito dos trabalhadores judicialmente. VOCÊ PODE AJUDAR
Os trabalhadores que por ventura tenham acesso a periódicos e/ou publicações com os dados econômicos da Oi relativos ao ano de 2012 podem enviá-los ao endereço eletrônico juridico@sinttelrio.org. br inserindo no campo assunto, a informação "Placar Oi”.
PRÉDIOS
SIM
NÃO
Praia de Botafogo Gal. Polidoro Arcos Pres. Vargas Leblon Ipanema Total
10 74 22 159 507 48 820
144 26 189 106 72 207 744
Multi-Skill é multiexploração! Para atender sua meta de altos lucros para os acionistas, a Contax - maior empresa de call center do país, procura extrair cada vez mais o suor e sangue dos trabalhadores, sob a justificativa de “aumento da produtividade” exigida por sua principal contratante: a OI. Após anunciar um lucro líquido de R$ 44,5 milhões em 2012, superior em 113% a 2011. Os patrões querem agora consolidar sua estratégia de atendimento “Multi-Skill” (em português, multi-habilidade). Resumindo, trata-se de obrigar os tele-operadores a atender e vender diversos produtos simultaneamente
e, ainda por cima, fazer atendimento do transbordo de seguimentos atendidos por outras equipes. Isso acontece para corrigir os erros de mau dimensionamento da operação. Ou seja, a empresa não contrata o número suficiente de trabalhadores e os submete a um ritmo depreciativo de trabalho. Para se ter uma ideia, a empresa não só impôs a estes trabalhadores o treinamento da ferramenta SGL (Oi-fixo) usada simultaneamente ao STV (Velox). Como determinou que estes ficassem de sobreaviso para efetuar mais esta operação, em caso de transbordo, sob risco de serem punidos, caso se negassem a acumular as funções. Possivelmente, essa é mais uma tentativa de burlar os indicadores da Anatel.
Isto fere o item 5.14 do anexo II da NR17 que diz: “Com a finalidade de reduzir o estresse dos operadores, devem ser minimizados os conflitos e ambiguidades de papéis nas tarefas a executar, estabelecendo-se claramente as diretrizes quanto a ordens e instruções de diversos níveis hierárquicos, autonomia para resolução de problemas, autorização para transferência de chamadas e consultas necessárias a colegas e supervisores.” O Sinttel-Rio e diversas organizações sindicais internacionais têm denominado os call-centers de “sweatshops of the electronic age”, expressão que pode ser livremente traduzida como “senzalas da era eletrônica”. O pequeno intervalo entre as cha-
madas é reconhecidamente um ponto estratégico tanto para a empresa, quanto pela Anatel. A primeira por conta da produtividade e a segunda pela redução do tempo de espera por parte dos clientes. Com o multi-skill, os operadores ficam ocupados durante toda a jornada, sem nenhuma disponibilidade de tempo entre as chamadas. “O Sinttel-Rio está apurando as denúncias e embora a empresa se aproveite da falta de regulamentação do setor para essas manobras, lutaremos contra sua aplicação em todas as esferas! Jurídica, legislativa e principalmente na porta das empresas promovendo atos públicos e chamando a categoria a se mobilizar”, afirmou, Rêneo Augusto, dirigente sindical do Sinttel-Rio.