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Começa campanha das operadoras CAMILA PALMARES

Queremos reajuste igual para todos, ganho real de fato e PPR verdadeira, compatível com os lucros das empresas. Mobilize-se e se sindicalize!

Todo apoio às manifestações O país foi sacudido nos últimos 7 dias por manifestações populares que tiveram como mote a redução das passagens de transportes públicos (trens, ônibus e metrôs). A violência, o abuso de autoridade e a truculência policial contra os manifestantes foi o estopim para que o protesto que já era forte ganhasse a adesão de todos os segmentos da sociedade, inclusive de brasileiros que vivem no exterior. O ponto alto das manifestações ocorreu dia 17, quando o povo comovido pelo grito dos jovens ocupou as ruas de 11 capitais do país para engrossar o protesto e pedir a redução dos preços das tarifas, a melhoria dos serviços e o fim a repressão policial aos protestos pacíficos. O ponto alto dessa manifestação foi no Rio de Janeiro onde os manifestantes inundaram a Av. Rio Branco desde a Candelária até a Cinelândia como uma onda humana formada por 100 mil pessoas. A cena nos remeteu a Passeata dos Cem Mil, quando jovens enfrentavam os canhões da ditadura para defender a liberdade de expressão e manifestação. O fim da passeata de 68 foi trágico e triste, terminou com o assassinato do estudante Edson Luís. Mas na passeata de segunda-feira foi só o marco e um novo começo na nossa democracia que prescinde de manifestações e de vozes dissonantes. Liberdade de expressão e de pensamento são as únicas palavras de ordem possíveis. Acostumados aos protestos, somos absolutamente favoráveis às manifestações como forma de reivindicação. Por isso, condenamos toda e qualquer forma de repressão a estes movimentos, especialmente o uso de violência e brutalidade que testemunhamos nestes dias no Rio de Janeiro e em São Paulo. O governador e o prefeito do Rio, ao invés de mandarem reprimir os manifestantes deveriam ouvir e refletir sobre o que estamos cobrando. O sentimento que moveu todas essas pessoas país a fora são os mesmos: o alto custo de vida, representado pelo recente aumento das passagens; a falta de serviços públicos básicos como saúde, educação, segurança e transportes. Até agora não houve qualquer resposta à população. Um novo ato está marcado para amanhã, (20). Paes e Cabral vão continuar se omitindo? A presidente Dilma já divulgou nota apoiando as manifestações, mas é preciso mais que apoio. O Movimento Passe Livre já ultrapassou as fronteira. É inaceitável o que se paga por um bilhete de metrô, barca ou ônibus no Rio, ainda mais considerando a precariedade dos serviços. A DIRETORIA

O Sinttel-Rio dá a largada para uma das maiores campanhas salariais do ano, a negociação nacional dos acordos coletivos dos trabalhadores das operadoras de telefonia fixa e móvel Oi, Embratel, Claro, Vivo, Tim, Intelig, GVT, Algar e Nextel. Essa campanha envolve quase 100 mil trabalhadores em todo país e mais de 20 mil no Rio e Janeiro. O primeiro passo é a distribuição de uma pesquisa aos trabalhadores de todas essas operadoras para que estes apontem os principais itens a constarem na Pauta de Reivindicações a ser encaminhada às empresas. Os trabalhadores podem responder a pesquisa impressa distribuída nos locais de trabalho e entregá-la aos diretores de base, ou irem direto ao portal do Sindicato (www.sinttelrio.org.com) e responder a pesquisa on line. O Sindicato e a Federação cobram a antecipação imediata da data da Oi, Claro, Embratel, Tim e Intelig para 1º de setembro junto a Vivo, Algar, GVT e Nextel que já têm data base nesta data. As negociações serão nacionais e

coordenadas pela federação, visto que todas as empresas têm atuação em todo o território nacional. Serão formadas comissões nacionais por empresa com representantes sindicais de todos os estados e regiões envolvidas. LUCROS X GANHO REAL

De acordo com a diretora e negociação coletiva do Sinttel, Virgínia Berriel, uma das grandes bandeiras da campanha é o ganho real. “Não estamos falando dessa ninharia que temos recebido até agora, queremos um percentual compatível com os lucros

das empresas”, observou. Todas as empresas tiveram vultosos lucros, mas na mesa de negociação o discurso é um só: choradeira e prejuízos. Vamos cobrar um ganho real de fato e uma PPR verdadeira com base nos seus lucros. Empresas como a Oi, por exemplo, que nas negociações só fala de prejuízos e que sequer paga a PPR para os empregados, chegou a ter seus lucros de 2012 revistos pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Ao invés de 837 milhões anunciados, a Oi faturou a bagatela de 1,7 milhões.

Fusão entre Claro e Embratel preocupa Infelizmente, na semana passada a Embratel e a Claro aceleraram o processo de integração entre as empresas em direção a uma futura fusão, ou unificação das empresas. Se até então haviam sido unificadas atividades nas áreas de finanças, jurídico ou contratações, a junção agora já está chegando ao núcleo de negócio das empresas, como engenharia e operações. Desde a última sexta feira, a área de engenharia da Embratel passou a ser subordinada à Diretoria Executiva de Engenharia da Claro. Por outro lado, a operação da Claro passou a se reportar à Diretoria Executiva

Vivo paga em julho antecipação da PPR Conforme negociado no Acordo em vigor, a Vivo pagará aos seus empregados em julho um salário nominal a título de antecipação da PPR 2013. Terão direito todos os trabalhadores com contrato ativo na empresa até o dia 30 desse mês. Deixam de receber essa antecipação os afastados por auxílio doença. Já com relação à segunda parcela, ou seja, o restante da PPR 13, será paga até 30 de março de 2014. Os valores a serem distribuídos variam de acordo com o alcance de metas estabelecidas pela Vivo. Quem ficar abaixo da meta mínima não receberá nada, quem atingir a meta mínima receberá 1, 76 salários e quem conseguir a máxima ganhará 2,75 salários. O target será 2,2 salários.

de Operações da Embratel. As duas áreas, antes unificadas na Embratel, se separaram. A empresa não divulgou ainda nenhuma informação mais detalhada sobre como se dará este processo de integração daqui para a frente. Não se falou também em impactos sobre pessoal e os gerentes alegam que não há definições. O Sinttel já expressou anteriormente às empresas sua posição de que este processo de fusão não pode resultar em resultados negativos para os empregados da Claro e da Embratel. Seja em relação ao nível de emprego, ou de benefícios, só

para citar alguns itens. Fica mais uma vez o alerta. Vamos acompanhar de perto este processo para que os direitos e interesses dos trabalhadores sejam respeitados. É em momentos como esses que um dos maiores desafios do Sinttel-Rio para a resistência e articulação sobre possíveis demissões é o baixo índice de sindicalização dos trabalhadores da Claro e da Embratel. O Sindicato está preocupado com essas fusões que historicamente sempre geram perdas. Por isso é extremamente importante que os trabalhadores mantenham-se informados e participativos.

Sindicato cobra migração integral da Nokia (MPI)/OI Desde o início do processo de migração dos trabalhadores da Nokia (Manutenção de Planta Interna) para a Oi, o Sinttel-Rio tem sido procurado por muitos trabalhadores da Nokia que até hoje não foram admitidos pela Oi, embora tenha prometido a efetivação da grande maioria destes funcionários. O Sindicato tem cobrado incessantemente esclarecimentos da empresa acerca desta situação e encaminhou uma correspondência oficial para a mesma que segue ignorando nossos questionamentos. O máximo que a Oi fez foi entrar em contato com o Sinttel-Rio e alegar que algumas funções existentes na Nokia

não puderam ser aproveitadas pela empresa, pois já estavam preenchidas pelos funcionários mais antigos. O Sindicato vai continuar cobrando uma resposta da Oi, assim como uma listagem com os nomes de todos estes trabalhadores e um quadro com os cargos ocupados e vagos da empresa. Abono Oi/ Accenture

Depois de tantas idas e vindas, finalmente o Sinttel-Rio conseguiu que a direção da Oi entendesse que os companheiros que trabalharam na Oi e foram para a Accenture tinham direito a receber os seus abonos. Vitória para o trabalhador. O sindicato divulgará mais informações em breve.

AMERICA MOVIL

O grupo mexicano America Movil, do bilionário Carlos Slim, dono da Embratel e da Claro teve um lucro líquido de U$ 2,5 bilhões. Mas na hora das negociações de reajuste de salários e PPR é só miséria. O Sindicato e a federação vão lutar para conquistar as principais reivindicações, garantir melhores salários e benefícios, ganho real e PPR verdadeira, mas é preciso que os trabalhadores se engajem na luta e se mantenham desde já mobilizados e sindicalizados.

REDE

PPR: Serede/ Telemont cancela reunião mais uma vez Lamentalvelmente, a empresa Serede/Telemont cancelou pela terceira vez consecutiva a reunião para discutir a PPR de 2012 e a nova proposta para acordo da PPR de 2013 marcada para hoje. Os trabalhadores já estão cansados de enrolação. A cara de pau da empresa é tanta que ela não só desmarca em cima da hora os encontros agendados com o Sindicato, como ainda por cima adia o próximo para daqui a duas semanas. Desta vez a data agendada ficou somente para o dia 02/07. Chega de enrolação! O diretor Marcelo Lopes convoca todos os trabalhadores para a mobilização. "A Serede/ Telemont já deixou claro que não tem a menor consideração pelos seus trabalhadores. O Sindicato estará em todos os locais de trabalho da empresa para fazer atos, mobilização e paralisações setoriais até que ela apresente a proposta devida e volte a tratar o seu trabalhador com o respeito que ele merece", afirmou o sindicalista. Para mais informações é só contatar Lopes através do telefone: 2204-9300

Procisa PPR/2012

Empresa que presta serviços para a Embratel, a Procisa, desrespeita sumariamente os seus trabalhadores e se nega a negociar a PPR/ 2012.Finalmente, depois que o Sindicato fez uma paralisação na porta da empresa, ela fez uma proposta de PPR no valor de R$300 (proporcional ao tempo de trabalho no ano de 2012). Isso foi rejeitado em assembleia pelos trabalhadores e o Sindicato. A Procisa fez uma nova proposta de apenas R$350 que novamente foi rejeitada. Diante disso, o Sinttel-Rio, fez uma contraproposta de no mínimo R$680,00. Até agora estamos aguardando a resposta da empresa que não se manifesta desde semana passada. Convocamos a todos para se prepararem para a paralisação, caso a empresa continue se fazendo de morta.


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