Jornal do Sinttel-Rio nº 1370

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Dilma: reforma política será decidida pelo povo

Oi Porto Alegre: sem abono e sem PPR

No Rio Grande do Sul, por exemplo, o impasse que ainda gira em torno do recebimento do abono foi objeto de uma mediação realizada no TRT local, onde Ministério Público propôs a aceitação do abono mediante a possibilidade de compensação do valor pago a título de abono caso a PLR 2012 seja reconhecida judicialmente. A proposta, aceita pelo Sindicato Laboral do Rio Grande do Sul, foi rejeitada pela Oi e por isso, naquele estado, até o momento, os trabalhadores não receberam nem PLR nem abono! Voltamos a ressaltar para esclarecimento aos trabalhadores que no Rio de Janeiro, o abono aprovado em assembleia, foi concedido por liberalidade da empresa estando, portanto, totalmente desvinculado da PLR/2012, o que significa dizer que, reconhecido o direito ao recebimento da PLR 2012, a Oi não poderá compensar os valores pagos sob este título.

FOTO JOÃO AUGUSTO CANANÉA DA SILVA

Ao todo foram mais de 1,2 milhão de pessoas reunidas nas manifestações populares. Protestos estes que, infelizmente, foram violentamente reprimidos pela Polícia Militar. Mas, ainda assim deixaram claro os desejos e anseios que ganharam força e voz nos milhares de jovens que tomaram o país para reivindicar itens básicos como melhoria dos transportes e serviços públicos, saúde, educação, economia e fim da corrupção. Dilma deu resposta a todos eles. Tudo começou como um protesto contra o aumento de R$0,20 da passagem que quando teve sua pauta conquistada mostrou para a nova geração que a vontade do povo e a união são a força motriz de qualquer mudança. Realidade bastante conhecida pela própria Dilma Roussef, em sua luta contra a ditadura. E pelo nosso Sindicato, acostumado aos embates do mundo do trabalho em prol da justiça e igualdade social. Na última segunda-feira, a presidenta mostrou que ouviu a voz das ruas e está do lado do povo. Depois de uma reunião com 27 governadores e 26 prefeitos das principais capitais do país, em Brasília. No encontro foram aprovados 5 pactos nacionais e um plebiscito popular para realizar aquilo que até hoje nenhum governante teve coragem de bancar: a reforma política do Brasil. Confira os 5 pactos nacionais: 1. Responsabilidade fiscal e controle da inflação

2. Reforma política - aprofundar a participação popular por meio de um debate sobre a convocação de um plebiscito. De acordo com a presidente, o processo constituinte seria específico para estabelecer regras da reforma política. Esta pode produzir mudanças na forma de escolha de governantes e parlamentares, financiamento de campanhas eleitorais, coligações entre partidos, propaganda na TV e no rádio e outros pontos 3. Saúde - melhorar os serviços públicos de saúde, acelerando os investimentos já contratados por governadores e prefeitos em hospitais, unidades de pronto-atendimento e unidades básicas de saúde. A contratação de médicos estrangeiros para municípios e regiões do interior onde há carência de profissionais 4. Educação - Dilma pediu que o Congresso Nacional aprovasse sua proposta de que 100% dos royalties do petróleo e 50% dos recursos do pré-sal sejam investidos na educação

5. Transportes - Dilma prometeu “salto de qualidade” e destacou a desoneração fiscal do setor promovida pelo governo federal, que permitiu a redução das tarifas de ônibus em 7.23% e a de metrô e dos trens em 13,25%. Consideramos estes pactos uma primeira vitória. Mas, lembramos que uma nação verdadeiramente democrática só é possível com a aprovação de um Marco Regulatório para as Comunicações que garanta a liberdade de expressão e o combate aos monopólios midiáticos entre outros. A mídia, como de costume, está claramente se aproveitando da pulverização dos discursos dos manifestantes para se apropriar do movimento e incutir valores ultradireitistas. Este é um momento decisivo para o país. Se antes o futebol foi utilizado pelos militares como mecanismo de alienação, agora - o povo com o apoio da nossa presidenta - faz da Copa, a verdadeira mudança da nossa nação. A Diretoria

Um ataque ao Sindicato O Coordenador Geral do Sinttel-RJ sofreu nesta última sexta-feira, dia 21/06, um ataque calunioso, através de email criminoso e, evidentemente, de uma pessoa má intencionada. Trata-se claramente de uma tentativa de desmoralizar o nosso Sindicato que tem uma história pública e inatacável de luta e de campanhas vitoriosas por melhores salários e condições de vida para os trabalhadores, bem como participação ativa e efetiva em todas as lutas por mais democracia em nosso país. Um sindicato que lutou incansável nas ruas - até o último momento - contra a privatização do sistema Telebrás. Um sindicato que

realiza suas assembleias em todos os locais de trabalho e em diversos horários, a fim de garantir transparência e ampla participação dos trabalhadores. A quem interessa destruir este sindicato? Quem está por trás dessa tentativa? Ainda não sabemos, mas é certo que mobilizaremos todos os esforços para identificar e buscar reparação dos danos e a condenação criminal de cada um dos envolvidos. Até o momento, a única posição formal da Oi é que o email corporativo do até então diretor financeiro, suposto remetente da falaciosa mensagem, foi invadido por um hacker. De acordo com a empresa, o caso já foi direcionado à autoridade policial

competente. Nós também o faremos. O Departamento Jurídico do Sinttel-RJ encaminhou documento formal à Oi exigindo direito de resposta, por meio da veiculação, via intranet, de comunicado dirigido aos trabalhadores e, ainda, requerendo posição formal acerca dos procedimentos legais tomados pela empresa. Este sindicato continuará lutando pelo pagamento da PLR 2012 na Oi e, desta luta não se afastará um único milímetro, inclusive, com ações trabalhistas na Justiça. Vale lembrar que as assembleias para tratar deste assunto aconteceram na maioria dos estados onde a Oi atua sendo que todos aceitaram o abono. Onde não foi feita

assembleia, os trabalhadores, através de abaixo-assinado exigem-na para aprovar o abono. Será que todos estão comprados? No Rio de Janeiro, por exemplo, o abono, aprovado em assembleia foi concedido por liberalidade empresarial estando, portanto, totalmente desvinculado da PLR 2012, o que significa dizer que, reconhecido o direito ao recebimento da PLR 2012, a Oi não poderá compensar os valores pagos sob este título. Companheiros, nenhum criminoso com intenções golpistas vai conseguir afastar este sindicato da sua trajetória de luta em defesa do interesse de sua categoria. Juntos vamos defender nosso sindicato.


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