Oi anuncia fim de compensação. Sinttel não aceita
Contax demite e se nega a falar com o Sindicato A propósito da sua reestruturação, a Contax vem há meses fazendo corte sistemático de pessoal. Até hoje já foram demitidos mais de 1.700 trabalhadores, entre esses, gerentes, coordenadores e apoio. Para o Sindicato, a reestruturação tem sido sinônimo de demissão e prejuízo para o trabalho. Sob o argumento da reestruturação, a empresa também vem transferindo produtos da Oi para a BT Call Center e vai transferir a folha de pagamento da empresa para São Paulo. Preocupado com a situação dos trabalhadores, (únicas vítimas dessas famigeradas reestruturações), o Sindicato tem cobrado insistentemente o diálogo com a Contax. Fez isso, inclusive, oficialmente através de carta, onde cobrava reunião em caráter de urgência. Mas a Contax fingiu-se de morta e sequer respondeu, ou chamou os dirigentes do Sinttel para o diálogo. Essa postura antisindical da empresa é inaceitável e não será tolerada pelo Sinttel. Um flagrante desrespeito aos trabalhadores já que muitos deles são pais e mães de famílias que cumprem suas obrigações, têm compromissos e contas a pagar e temem pelos seus empregos. Todos estão trabalhando hoje sob a mais absurda tensão, insegurança e instabilidade emocional. Para o Sinttel-Rio é inadmissível que uma empresa do porte da Contax, conhecida pelos elevados lucros e resultados alcançados nos últimos 13 anos, promova tão drástica reestruturação, com severo corte de pessoal e sem ouvir ou informar ao Sindicato. Por isso exigimos a abertura imediata de diálogo com a empresa e o fim do desrespeito para que a categoria seja tranquilizada e possa trabalhar em paz. DATA BASE 1º DE JANEIRO
O Sindicato adverte que não vai admitir ouvir da empresa a mesma choradeira de sempre na hora das negociações salariais com vistas à data base da categoria que é 1º de janeiro. A palavra de ordem do Sindicato é uma só: convocar toda categoria a se mobilizar e se unir na luta pela conquista de melhores salários, benefícios e respeito ao Anexo II da NR 17. Vamos seguir o exemplo dos bancários, só assim, com garra e muita luta podemos avançar e conquistar além de um piso nacional, uma PPR de pelo menos de um salário com base no piso regional do estado.
SOCORRO ANDRADE
Em comunicado aos trabalhadores no dia 17, a gerência de gestão da Oi anunciou o fim do calendário de compensação dos dias ponte (dias imprensados entre os feriados) e foi mais longe ao avisar que as 16 horas não trabalhadas em virtude do feriado de Natal e Ano novo, respectivamente, os dias 24 e 31 de dezembro de 2013, serão debitadas do banco de horas. O Sindicato reagiu de imediato e lembrou a Oi que o regime escravo acabou. Para justificar sua determinação absurda de cobrar ainda mais sacrifício dos trabalhadores a Oi alega que "o momento requer foco, disciplina e determinação para consolidarmos o nosso modelo de operação e garantir um crescimento sustentável e rentável no futuro”. Consolidar o quê? Para o Sindicato essa determinação da empresa é inaceitável. Em carta ao presidente da Oi, Zeinal Bava, a direção do Sinttel-Rio exige a suspensão imediata de tal medida de forma que os trabalhadores que já contavam com essas compensações possam dispor delas como planejaram junto aos seus familiares. Na mesma carta, o Sindicato cobra reunião em caráter de urgência com o presidente da Oi para discutir todas
essas questões e outras de interesse da categoria. O Sindicato lembra que os trabalhadores da Oi em todo o país estão cansados de cumprir a sua parte, realizando suas tarefas, garantindo o aumento dos lucros, crescimento e rentabilidade, mas na hora de discutir a contrapartida a empresa nunca corresponde. Desde a privatização das telecomunicações os trabalhadores da Oi só perdem. De cara tiveram seus benefícios reduzidos e os salários achatados. Desde então, os salários são reajustados no máximo pelo INPC.
FUSÕES COM BT E PT
O pano de fundo de tudo isso são as mudanças societárias na Oi. Mudanças nas quais os trabalhadores, ou o Sindicato não foram consultados, ou chamados a opinar quando na época da fusão com a Brasil Telecom a empresa demitiu em massa, deixando milhares de trabalhadores e suas famílias a ver navios. Agora se junta a Portugal Telecom e o que vemos é o mesmo filme se repetir, demissões, arrocho, sacrifício para os empregados e para os clientes da Oi que engrossam as listas de reclamações
CAMPANHA DAS OPERADORAS
GVT: quanto mais ela cresce, menos paga Apesar de todo o célebre desempenho financeiro alcançado pela empresa nos últimos 13 anos com um aumento na sua receita líquida (RL) de 28.2% que lhe rendeu R$ 4,3 bilhões só em 2012. Mais uma vez, já no final das negociações, a GVT tentou se esquivar de suas obrigações e cancelou a reunião com a Comissão Nacional de Negociação da Fenattel e enviou um email qualquer para um dos sindicatos com uma proposta final que sequer foi oficializada pela empresa. Além de tentar fazer intriga entre os trabalhadores e seus respectivos sindicatos para esvaziar as mobilizações. Na sua "proposta", a GVT ofereceu 1% de aumento real, mas se negou a finalizar a negociação e fazer a correção dos benefícios e cláusulas sociais. São diversos os estados e localidades que a empresa segue pagando menos do que deveria e até mesmo do que pagam outras prestadoras concorrentes. Práticas ilegais são utilizadas diariamente pela empresa como a quarteirização de sua classe trabalhadora através de gatos e intermediadores de mão de obra dos serviços de instalação. Além de impôr obstáculos à livre sindicalização e participação nos sindicatos.
PENDÊNCIAS
Não adianta correr! A negociação começa e termina em mesa. As pendências e dividas sociais da empresa têm que ser tratadas com transparência junto aos trabalhadores. Esta é a lista das pendências com seus empregados: a) Definição em mesa do percentual de aumento real b) Pisos salariais de operadoras não podem ser menos que os das terceirizadas. c) Regras claras do PIV d) Não aceitamos proporcionalidade salarial e) Queremos reajuste nos valores de aluguel dos veículos f) Vale refeição por 90 dias para quem estiver de licença médica g) Vale refeição para os acidentados pelo tempo que durar o afastamento e não só por um ano h) Reajuste do VA/VR acima do reajuste salarial, por conta da sua defasagem. 24/10 É DIA DE MOBILIZAÇÃO NACIONAL!
A Fenattel, o Sinttel-Rio e demais sindicatos convocam todos para o dia nacional de luta e mobilização nessa
nos Procons de todo país contra a empresa. A direção do Sinttel ressalta que os trabalhadores não podem continuar pagando pelos sucessivos erros gerenciais e administrativos da empresa e o ônus de todas essas fusões, reorganizações societárias, etc. Fusões que tem por fim justamente concentrar lucros e reduzir postos de trabalho e explorar a mão de obra. Diante de tudo isso, o Sindicato exige mais uma vez uma reunião em caráter de urgência com o Sr. Zeinal Bava para discutir todas estas emergências.
Nota de falecimento
próxima quinta, dia 24/10.Vamos fazer a primeira paralisação neste dia e se preciso for faremos mais até que a empresa cumpra a sua obrigação e pare de fugir da mesa de negociação. EMBRATEL
Depois de desmarcar em cima da hora a já para lá de atrasada reunião de negociação do Acordo Coletivo 2013/14 agendada para o último dia 10, a Embratel agendou a negociação para o dia 29 desse mês. A expectativa é grande, diante da lista de dívidas e isatisfação acumulada pelos trabalhadores nos últimos anos. Queremos ganho real nos salários e benefícios e ajuda médica decente! NEXTEL
A mobilização para a próxima reunião dia 29/10, em São Paulo continua. CLARO
A empresa se reúne esta semana nos dias 22 e 23/10 com a Comissão Nacional de Negociação formada pela Fenattel, Sinttel-Rio e demais sindicatos para discutir o Acordo Coletivo 2013/2015.
Faleceu no último dia 20, o companheiro de luta, José Peixoto de Araújo, conhecido como Peixoto, da Embratel de Guaratiba. O sepultamento acontece hoje, 23/10, às 10h, no cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap. É com pesar que o Sinttel-Rio se solidariza com a família, amigos e colegas por esta grande perda.