Jornal do Sinttel-Rio nº 1389

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CAMPANHA DAS OPERADORAS

Claro adia negociação para os dias 12 e 13

GVT

Trabalhadores param e cobram o fim dos abusos Negociação para o Acordo será dia 8 em Curitiba Os trabalhadores da GVT que fazem instalação e reparo de linha e aparelhos, banda larga e TV no Rio de Janeiro decidiram paralisar suas atividades na última quinta-feira (31) pela amanhã. O objetivo foi cobrar da empresa o fim dos abusos e das inúmeras irregularidades que estão sendo praticadas por ela. O estopim para essa revolta foi o não pagamento pela GVT do Programa de Remuneração Variável (PIV), a adoção de mudanças nos critérios de concessão do benefício, sem qualquer consulta aos trabalhadores, ou ao Sindicato e o não pagamento de diárias de viagens, o que, aliás, vem se repetindo. Além de todas essas questões os trabalhadores também reclamam de faltas básicas como: O piso salarial que é pago pela GVT está abaixo do piso da Convenção Coletiva, que congrega a grande maioria destes profissionais Hora extra - o trabalhador já em hora extra é enviado para a casa do cliente e se não consegue fazer o trabalho, por algum motivo como, por exemplo, ausência do cliente, não recebe a hora extra. Plano inteligente de assistência médica - vem sendo cobrado em duplicidade do empregado e a GVT não toma providência para resolver o problema e devolver o que já foi cobrado a mais Combustível - É pago só para o trabalhador cobrir a rota, mas ele é obrigado pela empresa a fazer trabalho fora da mesma e quando isso acontece tem que pagar o combustível com dinheiro do próprio bolso. Absurdo Diárias de viagens - o trabalhador viaja e tem despesas, mas as diárias só são pagas 60 dias, ou mais depois da viagem Atestado médico - a GVT está indo de encontro ao que determina a ética médica, exigindo o CID da doença nos atestados. Isso é ilegal. Na sexta, dia 1, o gerente regional da GVT, Airton Rosa em reunião com a diretoria do Sinttel-Rio se comprometeu em apurar todos os problemas relatados e checar o motivo da falta de pagamento do PIV. O executivo também garantiu que não haverá corte de horas, punição, ou retaliação por conta da paralisação relâmpago.

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CAMILA PALMARES

Depois de ter apresentado na última rodada de negociação, uma proposta medíocre de pagar apenas o INPC (5,69%) para os salários até R$ 7 mil, a empresa resolveu adiar a negociação marcada para ontem e hoje, dias 5 e 6, para os dias 12 e 13, em São Paulo. A expectativa da categoria é por uma proposta com avanços reais como, por exemplo: Pagamento de ganho real de 5% sobre os salários já reajustados; Reajuste pelo INPC para todos os trabalhadores, independente de faixa salarial e mudança da data base para 1º de setembro; Fim do banco de horas; Fim da discriminação hoje existente entre os trabalhadores de diferentes estados; Benefícios iguais para todos os estados, tais como VR, auxílio estacionamento e auxílio educação; A última proposta da empresa rejeitada pela Comissão Nacional de Negociação foi recebida pelos trabalhadores em todo o país com revolta e indignação. Para a categoria, a Claro, uma das mais sólidas empresas do setor no mercado, está se lixando para

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os que de fato botam a mão na massa e fazem o bolo crescer. No Rio de Janeiro, o Sindicato realizou ato em frente aos dois prédios da empresa, em Botafogo e não faltou reclamação por parte dos presentes. Os trabalhadores cobravam, por exemplo,

Vivo retoma negociação amanhã, dia 7 A Vivo retoma a negociação com vista ao reajuste salarial e benefícios dos trabalhadores amanhã, dia 7, em São Paulo. Esse processo foi interrompido para discutir mais uma reestruturação e um Programa de Demissão Voluntária (PDV). Na ocasião, o Sinttel-Rio, a Fenattel e demais sindicatos protestaram contra as demissões e repudiaram a atitude da empresa de fazer isso justamente no meio de uma campanha salarial. Para os Sindicatos, o propósito da empresa é claro: criar um clima de tensão

e medo na categoria para tentar empurrar a sua proposta goela abaixo dos trabalhadores. Não vamos aceitar isso. De volta à mesa de negociação com a Vivo, a Comissão Nacional vai cobrar avanços na proposta inicial. Queremos reajuste pelo INPC (6,07%), mais ganho real de no mínimo 2%. Além disso, a comissão vai exigir da empresa os números reais do PDV e quantos trabalhadores perderam o emprego em mais um processo cruel de reestruturação na empresa.

um vale refeição igual ao pago em São Paulo. Hoje os trabalhadores de São Paulo recebem VR de R$ 24,00, enquanto os do Rio recebem o mesmo valor de R$ 22,00. Para o Sindicato, não há como fechar um acordo que garanta ganho real sem

pôr fim às discriminações hoje existentes. Outro ponto importante é a mudança da data base para 1º de setembro. Se a empresa persistir na choradeira, os Sindicatos vão convocar a categoria para a luta. Chega de receber apenas a reposição da inflação! Queremos ganho real!

OI e Nextel voltam a negociar dia 12 A Oi e a Nextel tiveram suas primeiras rodadas de negociações dia 31. Na Oi, a primeira reunião foi apenas para definir o calendário de negociações e a próxima reunião foi agendada para o dia 12. O clima na categoria é de expectativa. É hora da Oi virar o disco, parar de chorar misérias, de exigir sacrifícios e valorizar seus empregados. O Sinttel-Rio vai mobilizar os trabalhadores para cobrar reajuste de salários para todos, independente de faixa, melhoria e ampliação de benefícios, ganho real e mudança da data base para setembro. Essa é a campanha do ganho real. Chega de achatamento salarial! Os trabalhadores não suportam mais continuar dando seu suor e sangue vendo

a Oi crescer, investir em fusões com Brasil Telecom e Portugal Telecom, se tornar um conglomerado e na hora de discutir salário, valorização da mão de obra vir com o pires na mão exigindo mais sacrifício. NEXTEL - Na primeira rodada de negociação dia 31, a Nextel foi curta e grossa e ofereceu como reajuste, salários e benefícios, apenas o INPC e nada mais. Para PPR propôs a distribuição de valores entre 20% e 40% do salário. A proposta foi rejeitada. A empresa volta a negociar dia 12, em São Paulo. A comissão exige que a empresa faça uma proposta melhor com avanços e que possa ser levada à apreciação da categoria.

Embratel não marca nova data para negociação A Embratel bem que tentou jogar água fria nos seus trabalhadores na última reunião sobre o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT 2013) realizada no dia 29/10, no Rio de Janeiro, com a Comissão Nacional de Negociação (formada pela Fenattel, Sinttel-Rio e demais sindicatos). Depois de fazer questão de anunciar o bom momento de evolução financeira vivido durante este ano, ela teve a coragem de apresentar uma proposta muito aquém do reivindicado pela Comissão na Pauta de Reivindicações de 2013. A proposta da empresa se limitou à aplicação do INPC do período (inflação estimada em 5,5%) limitada ao salário de R$ 7.000,00. Acima deste teto, seria mantido o valor de R$ 385,00 e aplicação do mesmo índice para os demais benefí-

cios. Dentro do cálculo proposto, o VR passaria para R$ 21,10. O mesmo tipo de manobra que a Claro tentou dar no trabalhador e que também foi rejeitada duas vezes respectivas pela Comissão. A empresa não só começou a negociação atrasada, como ainda por cima sequer se posicionou em relação à data base. O trabalhador já conhece a conversa fiada e a astúcia da empresa. O que ela quer é o mesmo de sempre: adiar a decisão sobre o Acordo para o final do ano e pressionar a categoria a aceitar o que for de seu interesse. A Comissão rejeitou a proposta, apresentou novamente a Pauta de Reivindicações aprovada pelos trabalhadores e exigiu que uma nova reunião fosse agendada. Mas, até agora a empresa não marcou a data.

PARTICIPE DOS ATOS - O Sinttel -Rio estará na porta da empresa dando informes e tirando dúvidas dos traba-

lhadores sobre o Acordo/ 2013 amanhã, dia 7, às 12h, na sede (Av. Pres. Vargas, 1012) e às 13h, em Mackenzie/Camerino.

Embratel vai bem demais, obrigado... As receitas totais do grupo somaram 194,2 bilhões de pesos mexicanos, ou US$ 14,9 bilhões. A região da América do Sul foi a que teve o melhor desempenho nas receitas da empresa nos últimos seis trimestres, com um aumento de 8,9%. A Receita da América Móvil (controladora da Embratel e Claro) no terceiro trimestre 2013 foi de R$ 8,4 bilhões, um aumento de 10,3% em relação à receita do mesmo período de 2012. *Lucro acumulado pelo Grupo Embrapar em 2013: R$ 500 milhões. *Receita líquida: 5,4 bi no terceiro trimestre. (Já são R$ 15,6 bilhões de acumulados em 2013. Um crescimento de 13,3% em relação ao mesmo período do ano passado). (FONTE: Portal Teletime News)


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