Jornal do Sinttel-Rio nº 1.397

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ATO REPUDIA DEMISSÃO DE SINDICALISTA

GVT quer impor sua proposta de acordo Inconformada com a rejeição à sua proposta de acordo coletivo pela ampla maioria dos trababalhadores em quase todos os estados, a GVT vem tentando impor sua posição na marra. A federação e os Sindicato, por sua vez, insistem na retomada do diálogo. A negociação foi a prpopsta de acordo foi submetida à categoria nacionalmente, em assembleia por estados. Se a maioria tivesse aprovado o acordo, a federação não teria outra saída senão aceitá-lo, mesmo considerando-o ruim. Mas não foi o que aconteceu. A esmagadora maioria dos dos trabalhadores rejeitou a proposta, mas a GVT, em vez de respeitá-lo, prefeiu impor a sua vontade na marra. Para isso, quer obrigar os Sindicatos, onde as assembleias aceitaram a proposta, a cumprirem o acordo. Já nos estados em que a mesma foi rejeitada, a empresa vem fazendo reataliações de todo tipo. No Rio, por exemplo, onde o acordo também foi rejeitado maciçamente, a GVT está aumentando a jornada de trabalho de 40 para 44 horas. Um absurdo contra o qual o Sindicato já está tomando as medidas legais. Em vez de querer impor sua propsta, a GVT devia chamar a Comissão Nacional de Negociação e a Fenattel para o entendimento e reabrir as discussões. Não há outro jeito. IMPASSE NA ALGAR

A Algar Telecom também não fechou a sua propsta de acordo 2013/14. Em mais uma reunião no dia 10, nada ficou definido e uma nova reunião ficou de ser agenda até o final da semana.

socorro andrade

Os dirigentes do Sinttel-Rio estarão nesta quarta-feira, dia 14, a partir das 12h, em frente ao prédio sede da Embratel, Av. Presidente Vargas, 1.012, para repudiar a atitude antisindical da empresa que demitiu no dia 10, o companheiro Carlos Augusto Machado, poucos meses depois de ele perder a imunidade sindical. A atitude da Embratel é covarde e fere a liberdade de organização e de autonomia sindical. Ato contará com a presença de parlamentares, dirigentes da CUT e demais entidades sindicais do Estado. A demissão de um combativo líder sindical é também um atentado ao Sinttel-Rio e uma tentativa de calar os trabalhadores hoje insatisfeitos com o arrocho salarial, a redução sistemática de benefícios e vantagens, além da pressão no ambiente de trabalho. Fatos denunciados diverssas vezes por Carlos Augusto. O motivo alegado para demissão foi uma suposta “reestruturação” em curso na empresa que se prepara para a fusão com a Claro, do mesmo grupo econômico da Embratel (América Móvil - mexicano). Mas curiosamente a tal “reestruturação” atingiu apenas Carlos Augusto, profissional com quase 40 anos de serviços prestados à empresa e uma história profissional íntegra. A demissão não ocorreu por acaso, deu-se logo após ele ter participado ativamente da última campanha salarial da categoria em dez/2013, posicionando-se contra a proposta da empresa, e de ter contestado na Telos, no início desse mês, o fechamento do plano de previdência privada existente desde 1998 e a criação de um novo plano, com perdas de vários benefícios para os empregados. Não temos dúvida de que estes foram os reais motivos da demissão. É evidente que se trata de uma retaliação à sua postura sindical e em defesa da

categoria. A demissão de um ex-dirigente do Sinttel, combativo militante dentro da empresa é também uma tentativa clara da empresa de silenciar os trabalhadores e impedir a organização sindical. Isso nós não vamos tolerar. É inaceitável que num país governado há anos por um presidente vindo do movimento sindical e por uma presidente que participou da luta contra a ditadura, empresas desrespeitem, persigam e demitam dirigentes e ativistas sindicais de forma tão arbitrária. Ao agir dessa forma a Embratel desrespeita o direito constitucional de liberdade de expressão e manifestação dos trabalhadores e o direito de liberdade de organização e autonomia sindical. Para não permitir que isso se repita e cobrando a anulação da demis-

são de Carlos Augusto o Sindicato vai denunciar esse arbítrio a todos os fóruns trabalhadores do Brasil e do mundo tais como CUT, OIT, Ministério Público do Trabalho, Ministério do Trabalho e ao próprio governo federal. Mesmo sem estabilidade sindical, Carlos Augusto não se omitiu de participar da campanha salarial e de contestar, na Telos, as mudanças que significavam redução de benefícios para os trabalhadores. A Embratel não engoliu isso e, deixando evidente que a realidade dentro da empresa é muito diferente do discurso de “valorização dos empregados” que propagandeia, demitiu o companheiro. A punição a Carlos Augusto, com a pena máxima, tem por objetivo intimidar e tentar imobilizar os demais empregados.

Quem é Carlos Augusto Engenheiro formado pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e ingressou na Embratel em março de 1975. Foi dirigente do Sinttel-Rio (Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações do RJ) nos período de 1990/1992 e 2002/2012, Presidente da Associação dos Empregados da EMBRATEL (AEBT-RJ) entre 1996/2002 e membro da Comissão Nacional de Negociação dos Empregados da Embratel entre 1996 e 2012. Também é representante eleito pelos empregados da Embratel na Telos, fundo de pensão da empresa, desde 2001 até hoje, seja como efetivo ou suplente no Conselho Deliberativo.


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