Jornal do Sinttel-Rio nº 1.398

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EMBRATEL

Em ato, trabalhadores repudiam demissão Assembléia da GVT, nesta quinta, dia 23 Niterói, Caxias e Gamboa, às 8h. Botafogo, às 13h Após muita insistência , os sindicatos e a Federação conseguiram que a GVT retomasse as negociações referente ao Acordo Coletivo de Trabalho 2013/2014. A Fenattel achou por bem que os sindicatos realizem novas assembleias, uma vez que houve alteração na proposta referente ao reajuste nos contratos de locação de veículos dos empregados, item considerado de grande importância pelos sindicatos da base. A empresa assumiu o compromisso de reunir-se com a Federação em fevereiro ou março deste ano para tratar das demais pendências (banco de horas/piso), que levaram a proposta a ser rejeitada nacionalmente . A partir de março, a empresa se reunirá com uma comissão, trimestralmente, para tratar de alterações no sistema de PPR (PAD/PIV) e outros itens relatados em todas as negociações. Veja a proposta: Data Base: Manutenção da data base em Setembro Salários: Reajuste salarial de 7,07%, sendo o INPC acumulado de set a agosto de 2013, mais ganho real de 1%. Excluem-se do reajuste salarial os empregados ocupantes de cargos denominados Presidência, vice-presidência e diretoria. Benefícios: O mês de reajuste é setembro de 2013. O aumento abrangerá os seguintes benefícios : Vale refeição, vale alimentação, cesta básica, auxílio creche, auxílio excepcional e auxílio condutor. Locação de veículos : Aumento de 5%, retroativo à data base. Vale refeição: Manutenção por no máximo 12 meses em caso de afastamento por acidente de trabalho. Deficientes físicos: Abono de faltas decorrente da comprovada manutenção de aparelhos relacionados à sua deficiência, inclusive no tocante a problemas de locomoção relacionados a veículos próprios e de transportes públicos. Garantia de emprego e/ou salário: Para o colaborador que estiver comprovadamente a 12 meses de sua aposentadoria, desde que requerido pelo mesmo. Todos os itens econômicos serão pagos em uma parcela, retroativa à datas base.

Algar avança A Algar Telecom avançou na sua proposta e está oferecendo um reajuste de 6,5% para os salários até R$ 2.000,00 e de 6% para os salários acima de R$ 2.000,01. A comissão nacional de negociações quer mais. Cobra 6,5% para todos os salários indistintamente.

SOCORRO ANDRADE

Em um ato no último dia 15, em frente ao prédio sede da Embratel (Av. Pres. Vargas, 1012), novos e antigos companheiros de trabalho, dirigentes do Sinttel, exdirigentes da Associação dos Empregados da Embratel (AEBT), familiares, militantes e dirigentes de partidos de esquerda ocuparam a porta do prédio para repudiar a demissão de Carlos Augusto Machado e cobrar da Embratel sua anulação, com o retorno imediato do companheiro aos quadros da empresa. Munidos de bandeiras de partidos, os manifestantes gritavam palavras de ordem contra a demissão e a ação arbitrária da Embratel ao demitir um empregado com quase 40 anos de casa e com uma folha de serviços prestados impecável, sob o pálido argumento de que a demissão é fruto da reestruturação. Balela! Essa desculpa não cola. A demissão de Carlos Augusto ocorre justamente após ele perder a imunidade sindical. Em coro os manifestantes pediam o cancelamento. Todos estiveram no ato não apenas para protestar e cobrar a reintegração de Carlos Augusto, mas, principalmente, para se solidarizar com um grande companheiro de luta, que mesmo sem imunidade continuava sua militância sindical dentro da Embratel e em defesa dos trabalhadores. Aliás, foi o que todos os dirigentes do Sinttel e demais presentes fizeram questão de ressaltar.

Carlos Augusto discursa durante protesto na porta da Embratel BITTAR E GILBERTO COBRAM REVOGAÇÃO

Os deputados Jorge Bittar, federal, e Gilberto Palmares, estadual, ambos do PT, e ex-empregados da Embratel, que não puderam ir ao ato por estarem em outros compromissos fora do estado no dia 15, foram categóricos em exigir a revogação de sua demissão. Veja o que eles disseram: “Conheço o companheiro Carlos Augusto há mais de trinta anos. Sempre esteve na luta ao lado dos trabalhadores e, em particular, dos funcionários da Embratel. A sua demissão afronta a liberdade sindical, elemento fundamental da democracia. Carlos Augusto

foi dirigente do Sinttel até 2012. Tem participado ativamente das campanhas salariais, e é o representante eleito pelos empregados, portanto legítimo, no Conselho Deliberativo da Telos. Estou ao seu lado, Carlos Augusto, e do Sinttel-Rio na luta pelo cancelamento da demissão. A Embratel deve rever esta decisão. Jorge Bittar – deputado federal PT-RJ "Já há muito tempo venho denunciado medidas da Telos que prejudicam os trabalhadores. Uma delas foi ter chegado ao cúmulo de, em 2010, dar “reajuste” negativo aos aposentados que tem correção pelo IGP-DI. Carlos Augusto é um

dos companheiros que tem estado nesta e em outras também, como representante eleito pelos empregados no Conselho Deliberativo da Telos. Agora, assistimos um absurdo maior. Exatamente quando a Telos, sem debate democrático, impõe um novo plano, a Embratel demite de forma autoritária e injusta nosso representante eleito. Não podemos aceitar essa arbitrariedade. Representante eleito não pode ser demitido no curso de seu mandato. É necessário que todos se unam na luta pela readmissão do companheiro Carlos Augusto." Gilberto Palmares, deputado estadual –PT-RJ

CONTAX

Acordo é aprovado por uma diferença de 46 votos Atento: sem Na assembleia realizada 15, no horário das 10h às 16h, os trabalhadores da Contax se dividiram entre os que rejeitavam e os que aprovavam a proposta para o acordo coletivo 2014. Uma diferença de apenas 46 votos separou os que aceitaram a proposta dos que a rejeitaram. A exemplo de outros anos, a votação ocorreu através do voto secreto. Dos 3.556 trabalhadores que votaram, 1.752 foram contra a aceitação, 1.798 votaram pela aprovação e seis votaram nulos ou brancos. Veja no Box abaixo os principais itens da proposta aprovada. Principais itens da proposta aprovada

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Piso salarial - R$ 724,00 Reajuste - 5,56% para os demais salários Vale alimentação e vale refeição - R$ 5,80 em janeiro, passando a R$ 6,00 em abril, para os que trabalham 180 horas. Já os que têm jornada de 200 horas a 220 horas, o reajuste será pelo INPC (5,56%) Auxílio creche - o benefício também será reajustado pelo INPC e beneficiará os filhos com até 48 meses, antes era até 44 meses. PR - será paga dez dias após a assinatura do acordo. Quem tiver até duas faltas injustificadas continuará a receber o benefício os critérios para a receber a PR estão no nosso Portal www. sinttelrio.org.br.

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Paralisação do Site Mauá

O clima de revolta na empresa é tamanho que no último dia 14 os trabalhadores do Site Mauá, no Centro, decidiram cruzar os braços. Eles cobravam o acordo (a data base da categoria é 1º de janeiro e até então a empresa não tinha feito nenhuma proposta) e o pagamento do variável, ou seja, a comissão que cada um recebe por bater as metas fixadas, que não era paga há três meses. A adesão foi total, especialmente dos trabalhadores do produto Caixa, os mais prejudicados. A diretoria do Sinttel-Rio apoiou o movimento, cobrou negociação imediatamente e no mesmo dia se reuniu com os representantes do setor de Recursos Humanos e com a coordenação

do produto Caixa. Os trabalhadores também participaram da reunião com a empresa. O Sindicato exigiu a solução dos problemas reclamados e o pagamento do variável. A empresa ficou de dar uma resposta ontem, dia 21, mas até o fechamento desta edição nada foi apresentado. O Sindicato adverte que se nada for resolvido voltará ao site Mauá para discutir com os trabalhadores os desdobramentos da luta. Estiveram com a categoria na paralisação e na negociação com o RH os diretores do Sinttel, Carlos Amaral, Ricardo Pereira, Alan Dias e Rêneo Augusto. Para mais informações sobre o desdobramento da negociação entre em contato com qualquer um deles pelo telefone 2204 9300.

solução vamos paralisar Em mais uma reunião com a empresa, dia 16, para cobrar melhorias básicas de infraestrutura no site da Barra e Campo Grande, o Sindicato foi taxativo: disse que não acredita mais na solução desses problemas, afinal, desde dezembro, a cada reunião a empresa diz que vai resolver e nada fez até o momento. Diante disso a qualquer denúncia vai convocar a categoria para paralisação. Essa reunião contou com a participação de uma comissão de trabalhadoras que fizeram outras reclamações relativas ao produto TIM, tais como: só alguns têm permissão para troca de folga outros não, Tempo Médio de Atendimento (TMA) e falta de campanhas motivacionais. A essas questões a empresa ficou de responder. De acordo com Ricardo Pereira, os problemas de infraestrutura, os quais já denunciamos diversas vezes, ao invés de melhorar só piora, especialmente depois da saída da Hermes. O pessoal da limpeza foi reduzido de quatro para dois, que não dá para limpar todos os ambientes. Além disso, continua a falta de água, a precária limpeza de banheiros, etc.


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