Caravana pela democratização da comunicação já!
"Olho por olho e o mundo acabará cego"
O linchamento de um menor infrator que supostamente tentou assaltar uma senhora e foi capturado por um grupo de jovens do Flamengo, Zona Sul do Rio ganhou o debate nas redes sociais e em todos os espaços públicos da cidade onde a violência era o tema da conversa. Segundo o menor, ele teria sido vítima de um grupo de jovens do bairro de classe média alta que se intitulam “justiceiros de moto”. O que mais nos choca nessa discussão é o fato de que boa parte da população considera essa atitude justa e natural. O senso comum, o instinto leva as pessoas a confundirem justiça com vingança e ódio. Mas, uma coisa não tem nada a ver com a outra. O mais lamentável é que esse sentimento é ainda mais instigado e insuflado na população, justamente por aqueles que têm a obrigação moral e ética de fazer a sociedade refletir sobre esse tipo de ação e repudiá-la: a "justiça" da mídia. Os jovens integrantes desse grupo "os justiceiros", não apenas assumiram a violência contra o menor infrator, como ganharam os noticiários dando entrevistas protegidos pelo anonimato e justificando suas ações. Eles alegam que agem em defesa da população que está hoje à mercê da insegurança. Os milicianos que agem nas comunidades também começaram assim, "protegendo" a população que depois virou refém de seus "defensores". Ao dar voz a esses jovens a mídia justifica e reforça o estado de barbárie e instiga a população a mais violência. Linchamento como o ocorrido no Flamengo vem acontecendo em várias outras regiões do Rio e em outros estados. A medida que atacam impunemente os infratores, esses mesmos “justiceiros” podem agredir qualquer cidadão desde que o considerem "errado" de acordo com sua moral. É com base nesses mesmos valores que os grupos neonazistas violentam e matam cruelmente homossexuais e mendigos pelas ruas do país e do mundo. Ao nos manifestar contra a barbárie não estamos de forma alguma defendendo a impunidade, mas convidando a sociedade a reflexão sobre a paz. Todos nós desejamos a paz, vamos chegar a ela pela violência? Ao tentar fazer justiça com as próprias mãos, no mínimo, vamos nos igualar ao criminoso e encharcaremos as nossas mãos de sangue. Um dos maiores pacifistas do mundo moderno, o indiano Mahatma Gandhi, nos adverte sobre o risco do julgamento sumário. Segundo ele, “olho por olho, o mundo acabará cego". É isso que queremos? Se combatermos a violência com a violência estamos fadados ao extermínio. DIRETORIA
Na última plenária nacional da campanha “Para Expressar a Liberdade” realizada no dia 07/02, a decisão das 27 organizações participantes foi de que a hora é de intensa mobilização da sociedade para apoiar o Projeto de Lei de Iniciativa Popular das Comunicações (Plip). O projeto que defende a democratização dos meios de comunicação é urgente e surge num momento crítico da mídia nacional com suas coberturas extremamente tendenciosas diante das manifestações populares que ganharam o país. O Plip precisa de 1 milhão e 300 mil assinaturas para ir ao Congresso Nacional. Vamos assinar. O principal desafio é definir qual será a estratégia para divulgar e coletar ao Plip, lançado no dia 22/08, do ano passado, pelos movimentos sociais, parlamentares e entidades de diversos setores, na Câmara dos Deputados. Para se ter ideia a lei que regulamenta as comunicações no país ainda é a mesma de 1962. O que os movimentos sociais defendem é a regulamentação dos artigos sobre a liberdade de expressão presentes na Constituição de 1988 e que até hoje não foram regulamentados. Só assim, ou através de uma nova legislação para o setor é que será possível impedir, por exemplo, o histórico e atual monopólio das comunicações com a concentração da maior parte dos veículos da mídia
Mobilização a favor do Plip. Participe!
nas mãos de poucas famílias, ou de políticos donos de emissoras de rádio e TV. Os discursos veiculados pela grande mídia a respeito das manifestações populares, ou o comentário preconceituoso de Rachel Sheherazade sobre o caso do jovem infrator, amarrado nu a um poste, no Rio de Janeiro são exemplos da manipulação tendenciosa da grande mídia e o seu desrespeito aos direitos humanos que incitam a violência. A necessidade do fortalecimento das instituições repressivas suscitada agora pela mídia, diante de manifestações contra o aumento da passagem, nos remete ao discurso da direita que defendia a intervenção militar e a força policial para conter as manifestações populares
que tomavam o país nos anos 60 e que resultaram em 21 anos de ditadura militar. Para alcançar o número mínimo de assinaturas necessárias para ir ao Congresso Nacional, entre fevereiro e abril, as entidades que integram a campanha decidiram promover caravanas da democratização da comunicação e cursos de formação por todo o país. O compromisso principal tirado em plenária é de promover ações de coleta de assinaturas ao longo de 2014 e discutir a necessidade da campanha caminhar ao lado de outras agendas comuns, como o Plebiscito pela Constituinte da Reforma Política. Para mais informações acesse o site:www.paraexpressaraliberdade.com.org.
EMBRATEL
Reorganização interna é historinha pra boi dormir Infelizmente, após a última reunião ocorrida no dia 30/01 entre o Sinttel-Rio e a Embratel para conversar sobre a reconsideração da demissão indevida do sindicalista Carlos Augusto Machado, ficou claro que a empresa se aproveitou da perda da imunidade sindical do companheiro, no ano passado, para minar a representação e força política sindical na estrutura interna da empresa. Em comunicado enviado pela diretoria de RH da empresa à diretoria do Sindicato, no último dia 7, mais uma vez a desculpa dada pela empresa foi de que: “A demissão do ex-funcionário ocorreu tão somente em função de reorganização interna da Diretoria Executiva de Engenharia que envolveu, inclusive, outros funcionários da área". Uma justificativa que está longe de ser verdadeira.
GVT: acordo assinado
O Sinttel tinha um prazo até o dia 13 para assinar e encaminhar à GVT o acordo coletivo aprovado pelos trabalhadores em assembleia, este seria o prazo limite para a empresa garantir no pagamento de fevereiro os retroativos relativos ao salário, tíquete-refeição, aluguel de carro e cesta de benefícios. O Sinttel-Rio assinou o acordo e encaminhou à empresa no dia 6, portanto, ela não terá desculpa para não efetuar os retroativos no final do mês. ALGAR FINGE-SE DE MORTA – A empresa fez uma proposta de acordo que previa reajuste pelo INPC apenas para os trabalhadores com salários até R$ 2 mil. O Sindicato cobrou a extensão do pagamento do INPC para todos os salários e a empresa nunca mais deu o ar da graça. Os trabalhadores não podem ficar esperando eternamente, pois têm famílias para sustentar.
É claro que a empresa está passando por uma reorganização interna decorrente da fusão com a Claro. Mas, não é mera coincidência que até agora essa "reestruturação" tenha atingido seletivamente Carlos Augusto, profissional com quase 40 anos de empresa e que foi um de seus principais líderes sindicais durante todos esses anos. A demissão de Carlos Augusto foi uma clara punição à sua militância combativa e aconteceu, justamente, logo após ele ter participado intensamente da última campanha salarial da categoria em dez/2013 e ter contestado a Telos pelo fechamento do plano de previdência privada ativo desde 1998 em prol da criação de um novo plano que acarretará severas perdas de benefícios para o trabalhador.
ATO DE REPÚDIO - Na quinta-feira passada, 06/02, o Sinttel-Rio fez um grande ato de repúdio contra a demissão de Carlos Augusto pedindo a revogação dessa injustiça. O ato foi apoiado por diversos companheiros de trabalho e de luta sindical.Não há dúvidas que a demissão desse grande companheiro de luta é um atentado político para calar os trabalhadores e impedir a organização sindical de defender os direitos e qualidade de vida do trabalhador. O Sindicato não vai aceitar essa “historinha pra boi dormir” contada pela empresa. Vamos utilizar todos os meios necessários para combater essa injustiça. Vivemos num país democrático e não aceitaremos nenhuma reestruturação que seja sinônimo de punição para o trabalhador sindicalista que luta por seus direitos.
Assembleia nas prestadoras de serviços de Telecom O Sindicato continuará essa semana percorrendo os locais de trabalhado para realizar assembleia nas prestadoras de serviços de telecomunicações com data base em 1º de abril. A campanha envolve mais de 6 mil trabalhadores somente no Rio de Janeiro. Confira o calendário das assembleias e participe levando sugestões para a Pauta de Reivindicações. Locais e horários das assembleias: Dia 11, terça-feira, 10h: Between do Brasil Dia 12, quarta-feira, 14h: BTCC; Dia 14, sexta-feira, 10h: Flowers Dia 17, segunda-feira, 9h30, Italtel e às 13h: Logictel Dia 19, quarta-feira, 8h: Icatel (Niterói) Dia 20, quinta-feira, 10h: EmpreZa
INFORME JURÍDICO
Divergência nos pagamentos do acordo do primeiro lote Cerca de 80 participantes que aderiram ao acordo, receberam o valor do acordo a menor do previsto. A notícia chegou ao sindicato já nas primeiras horas do dia 5, data prevista para pagamento do segundo grupo do primeiro lote de convocados. O Departamento Jurídico comunicou o fato ao Luis Antonio, Coordenador Geral, que imediatamente contatou a Fundação Atlântico sobre a necessidade de complementar os valores observando, lógico, e de acordo com o que determina o acordo, a atualização dos valores. Até o momento, a Fundação Atlântico informou apenas que estão apurando o ocorrido para, após, posicionar o sindicato sobre o procedimento que irão adotar. É muito importante que os participantes que tenham recebido valor inferior ao ajustado entrem em contato com o SINTTEL-RJ para que, assim, possamos ultimar as providências junto a Fundação Atlântico ou, se for o caso, perante a Justiça. Mais notícias sobre este assunto serão veiculadas no decorrer desta semana no portal do sindicato - www. sinttelrio.org.br ou através de nosso teleatendimento 2204 9300.
Assembleia da Asastel dia 18 A Associação dos Assistidos da Telos (Asastel) convoca todos os participantes para a assembleia, dia 18, às 10h, na sede da entidade (Av. Presidente Vargas, 290). O objetivo é discutir e decidir
sobre a possibilidade de entrar com ação contra a Telos pela aplicação de reajuste negativo aos benefícios dos aposentados em 2009/2010. A correção do benefício é feita anualmente pelo IGP- DI.
As informações sobre a assembleia da Asastel foram repassadas à imprensa pelo deputado estadual Gilberto Palmares, ex-empregado da Embratel e militante de primeira hora quando o as-
sunto são as lutas em favor dos trabalhadores ativos, ou aposentados da empresa. Para ele“esse reajuste negativo foi um absurdo, uma indecência". Ele chama a categoria para participar da assembleia.