Jornal do Sinttel-Rio nº 1.409

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8ª Marcha da Classe Trabalhadora reúne 40 mil REPRODUÇÃO

A 8ª Marcha da Classe Trabalhadora realizada dia 9 de abril na Praça da Sé, marco zero da capital paulista, reuniu mais de 40 mil trabalhadores. Eles mostraram ao governo e ao patronato que estão dispostos a lutar pelo atendimento da Pauta de Reivindicações Unificada.

Placar/2014: Oi propôs volta de gatilho Na primeira reunião para tratar do Placar 2014 a Oi anunciou o retorno do famigerado "gatilho" que não agrada aos trabalhadores, muito menos aos Sindicatos. Mesmo estando incluídos, os cinco indicadores com o peso de 20% cada um, para que obtenhamos um desempenho melhor devemos atingir 60% em cada meta, o que é um absurdo. A comissão de Negociação repudiou de imediato a retomada do velho sistema por parte da empresa e deixou claro que não aceitará esse método e exigirá da Oi uma proposta que seja compatível com o esforço, o empenho e comprometimento de todos os trabalhadores para que a empresa tenha sempre os melhores resultados. O Sinttel-Rio, em particular, espera que na próxima rodada de negociação pré-agendada para maio, a empresa venha com uma proposta aceitável e não insista em ressuscitar antigos modelos que já foram rejeitados pelos trabalhadores e suas entidades. SAÍDOS: PAGAMENTO DO PLACAR 2013

Oi pagará aos saídos no dia 28/04 via depósito em conta. Quem já encerrou a conta deve entrar em contato com o setor de recursos Humanos para informar.

PL 2673: parecer pode ser votado hoje Está prevista para hoje, dia 16, na Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio (CDEIC) a votação do parecer do relator Afonso Florence (PT BA) sobre o 2673/2007, de autoria do deputado Jorge Bittar (PT-RJ). O projeto regulamenta a profissão de teleoperador. Já existe um voto contrário à sua aprovação, do deputado Guilherme Campos (PSD-SP). A orientação da Fenattel é que todos os trabalhadores do setor em São Paulo mandem e-mail para esse deputado (dep.guilhermecampos@camara.leg. br) cobrando seu voto a favor do parecer. Os trabalhadores do Rio devem fazer o mesmo. O parecer do deputado Florence é favorável ao PL 2673, mas é preciso garantir a sua aprovação.

Para as Centrais Sindicais a marcha foi uma demonstração da força e mobilização do movimento sindical organizado. Caravanas de trabalhadores de todos os ramos de atividade seguiram de todo país para São Paulo. Do Rio de Janeiro foram oito ônibus só da CUT, com trabalhadores de várias regiões do estado e de várias categorias, inclusive, de telecomunicações. Da pauta unificada constam 11 itens de interesse da classe trabalhadora e de toda sociedade brasileira. Confira abaixo: Fim do fator previdenciário Negociação no setor público Reforma agrária e agrícola Fim dos Leilões de Petróleo Combate à demissão motivada Valorização das aposentadorias Igualdade de Oportunidades para homens e mulheres Transporte Público de Qualidade Não ao PL 4330 da terceirização 10% do orçamento da União para a saúde Continuidade da valorização do salário mínimo Correção da tabela do IR Redução da jornada Depois da marcha, as centrais solicitaram imediatamente uma audiência com a presidenta Dilma Rousseff para entregar a "Agenda da Classe Trabalhadora para um Projeto Nacional de Desenvolvimento com Soberania, Democracia e Valorização do Trabalho", construída em 2010, durante ato unificado das centrais

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40 mil trabalhadores se reuniram na Praça da Sé (SP) exigindo audiência com Dilma

no estádio do Pacaembu. O documento também será apresentado aos presidentes do Senado, da Câmara dos Deputados e do Tribunal Superior do Trabalho (TST). O presidente da CUT, Vagner Freitas, em seu discurso na Sé foi enfático ao dizer "quem deseja o voto dos trabalhadores, precisa defendê-los". Ele ressaltou que apesar de não ter caráter partidário, a manifestação cobrou daqueles que disputarão as eleições deste ano comprometimento com a agenda sindical. Outra observação de Vagner foi quanto a elevação dos juros. NÃO AOS JUROS ALTOS - “Aumentar a taxa Selic para controlar a inflação é coisa do passado. Essa política já foi derrotada nas urnas. É preciso entender que não há desenvolvimento sem o atendimento da pauta dos trabalhadores e desenvolvimento não significa apresentar

números de superávit, mas melhorar a qualidade de vida do povo” disse. MULHERES NA LUTA - A Praça da Sé foi tomada por milhares de trabalhadores, a maioria deles, vestidos com coletes e bonés vermelhos. Em um de seus discursos a secretária de Comunicação da CUT, Rosane Bertotti destacou entre os eixos da marcha a igualdade de oportunidades e salários entre homens e mulheres e também a democratização dos meios de comunicação e defendeu "Estamos juntos aqui também para combater a criminalização dos movimentos sociais na velha mídia e cobrar uma reforma para garantir o direito de liberdade de expressão a todos." A secretária de Mulheres da CUT, Rosane Silva destacou que a luta pela democratização inclui também a ampliação da participação das mulheres na construção

Atento mente e usa o nome do Sindicato No dia 7 de abril, a Atento reuniu os operadores do site Madureira e informou que a partir daquela data a escala de trabalho seria de 7X1, ou seja, sete dias trabalhados por uma folga. A empresa não parou por aí, disse que a mudança era fruto de um acordo feito com o Sindicato. A Atento mentiu descaradamente ao atribuir a mudança da jornada ao Sindicato. Só podemos supor que fez isso para jogar os

trabalhadores contra a única entidade a agir em defesa da categoria contra os seus abusos constantes. Diante do anúncio na mudança da escala, os trabalhadores com razão congestionaram a central telefônica do Sinttel com reclamações. Ciente da situação, o diretor Ricardo Pereira entrou imediatamente em contato com a empresa e exigiu explicações e a suspensão imediata da escala de 7X1 e volta da escala de 6X1.

A empresa não teve outra saída, senão dá a mão à palmatória. O Sindicato alerta os trabalhadores para não acreditar na empresa, especialmente em situações como esta onde a intenção é clara. É importante que a categoria, como aconteceu no dia 7, entre imediatamente em contato com o Sindicato para denunciar e tirar dúvidas. Através dos emails: ricardopereira@sinttelrio.org.br, alandias@sinttelrio.org.br e cesarfernandes@sinttelrio.org.br. CAMILA PALMARES

Os diretores Carlos Amaral e Ricardo Pereira dão informes na porta da empresa

das manifestações. “Nós, mulheres, ainda vivemos uma condição de discriminação e opressão no mundo do trabalho” disse ao acrescentar que a presença significativa de mulheres em todo o processo de construção dessa manifestação é fundamental para mostrarmos à sociedade brasileira que estamos nos espaços públicos, nas centrais sindicais e lutamos para romper com essa realidade de discriminação. TERCEIRIZAÇÃO - As lideranças da CUT destacaram que mesmo num ano de eleições e Copa do Mundo, a classe trabalhadora se manterá mobilizada para que nenhuma proposta dos empresários que amplie a terceirização passe por debaixo do pano. A principal preocupação das centrais é com o Projeto de Lei 4330, que amplia a terceirização a todas as atividades, inclusive no setor público e precariza as relações trabalhistas.

Operadores de rádio chamada (GMDSS)

Sinttel-Rio dá início às negociações com as empresas Os diretores do Sinttel -Rio, Virgínia Berriel, Beth Alves e Valdo Leite fizeram uma reunião nesta última terça-feira, dia 15, em Macaé, com as empresas operadoras de rádio chamada GMDSS (Marenostrum, ETC, Telnav, Galaxia Marítima entre outras) para apresentar e discutir a Pauta de Reivindicações aprovada pelos trabalhadores no dia 20/03 em uma histórica reunião da categoria com o Sindicato, o Sinttel-NNF e o Sindipetro. Uma nova negociação foi agendada para o dia 28/04, às 14h, na sede do nosso Sindicato (Rua Morais e Silva, 94, Maracanã). Para a ocasião, o Sinttel-Rio irá eleger uma comissão de trabalhadores para participar junto com os diretores sindicais e os representantes das empresas no Rio. Na reunião de ontem, o Sinttel-Rio exigiu piso salarial compatível com o

mercado e que a íntegra da pauta fosse atendida. Ao todo são cerca de mil trabalhadores que estão defasados há pelo menos dez anos num processo avançado de precarização do trabalho. Infelizmente estiveram presentes apenas duas empresas na reunião: um representante de Recursos Humanos da Marenostrum e um diretor da ETC, responsáveis por pelo menos por 200 trabalhadores desta categoria. Os representantes das empresas chegaram a alegar que com o atual contrato não possuem saldo para aplicar os reajustes exigidos. Diante desta alegação, o Sindicato deu carta branca para eles mostrarem a Pauta de Reivindicações dos trabalhadores para a Petrobras e pressionar a mesma para repactuar e melhorar o contrato com o objetivo de atender os direitos dos trabalhadores. Este é só o começo. Vamos à luta!


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