Jornal do Sinttel-Rio nº 1.423

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Anatel aprova fusão da Claro com Net e Embratel SOCORRO ANDRADE

É preciso garantir os direitos dos trabalhadores, adverte o Sindicato

DATA BASE 1ª DE AGOSTO

Nova reunião dia 13

Em duas rodadas de negociações, as empresas e o sindicato patronal tiveram a cara de pau de fazer uma proposta inaceitável, rejeitada de imediato pela Comissão de Negociação do Sinttel, e depois de não fazer proposta nenhuma a pretexto de aguardar a divulgação do INPC. A data base dos trabalhadores é 1º de agosto e o clima da categoria é de revolta e indignação. Diante disso, o Sindicato está realizando atos nos locais de trabalho e mobilizando para pressionar as empresas a pararem com o blá blá blá e na reunião do 13/08, apresentarem uma proposta decente e digna de ser submetida à apreciação da categoria, caso contrário o bicho vai pegar. Entre as empresas envolvidas nessa negociação estão a Telmont e Serede, que sozinhas contam com cerca de 15 mil empregados no Rio de Janeiro, além de Procisa, Nesic, entre outas. Até o dia 05, o Sindicato já havia feito atos na Serede em Campo Grande, Santa Cruz, Jacarepaguá e Enegenho de Dentro; na Telemont em Alcânctara, Cascadura, Maracanã, na Telemont e Serede de Mesquita e na Procisa, Engenho Novo. A mobilização vai continuar. As nossas reivindicações são: . Reajuste Salarial de 100% do INPC mais 10% a título de ganho real para todos, Piso Mínimo: R$ 1.200,00 Ligador/Examinador - R$1.300,00 Operador Serviço a Cliente (OSC)/ Instalador (DTH/Outros) - R$ 1.300,00 Consultor Técnico - R$ 1.400,00 Cabista independente de sua classificação - R$ 1.500,00 Técnico - R$ 1.800,00 Técnico em Transmissão de dados - R$ 2.200,00 Vale Refeição – de R$ 20,00, inclusive no período de férias, licença maternidade e acidente de trabalho

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Embora todos os fatos comprovassem a fusão, a Claro e a Embratel insistiam em se fazerem de desentendidas e evitaram a discussão com o Sindicato sobre a questão. Agora não há mais como negar. A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) autorizou dia 31/07, a fusão das empresas Claro, Net e Embratel, que passarão a ser uma empresa só. As companhias já fazem parte do grupo mexicano Telmex/America Móvil. Aliás, está fazendo 10 anos que a Embratel foi adquirida pelo grupo ao preço de U$ 400 milhões. Só no último trimestre deste ano o faturamento da Embratel foi de U$ 2,6 bilhões de acordo com o portal Tele-Síntese. O Sindicato não pode impedir a fusão, mas, desde já, adverte as empresas de que não aceitará demissões, reduções de postos e trabalho, nem corte de benefícios ou a redução dos valores atualmente praticados. Já tivemos um exemplo do que pode acontecer, com as mudanças que a empresa quis fazer na Telos no início do ano, e que certamente voltarão a ser colocadas. Até hoje fusões e reestruturações são sinônimo de cortes de pessoal e de

benefícios. Isso nós não vamos admitir. O Sindicato está tentando contato com o setor de Recursos Humanos da EMBRATEL, Claro, Net e do Grupo para discutir o processo de fusão e a garantia dos direitos dos empregados. Alertamos os trabalhadores a ficarem atentos e mobilizados para que possamos defender os interesses da categoria. O Jornal e o Portal do Sinttel estarão acompanhando de perto esta questão para informar e mobilizar os trabalhadores.

ABERTURA DE CAPITAL

De acordo com decisão do conselho da Anatel, há uma condição para que a operação seja cumprida pelo grupo, a abertura de capital da Claro. Isso significa que a empresa deverá negociar ações em bolsa, o que não é feito atualmente. Segundo o conselheiro relator do caso na Anatel, Igor Villas Boas, isto permitirá maior transparência e facilidade de acesso às contas da empresa.

Sinttel abre os portões à Solidariedade Na sexta-feira dia 8, das 10 às 20 horas, o Sinttel-Rio abre seus portões para a Feira da Solidariedade, é um evento promovido pela entidade e que tem caráter absolutamente solidário.

As instituições beneficentes participantes são reconhecidamente sérias e desempenham um papel essencial na vida de seus assistidos. Devido à Copa do Mundo, a feira que acontece em julho, foi transferida para agosto, mas continua com a temática de Festa Junina. O mais importante desse evento é que, além de diversão certa, tudo que você gastar será revertido integralmente para as 21 instituições participantes. Entre as instituições participantes destacamos: Incavoluntário, do Instituto Nacional do Câncer; Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD); Fundação Laço Rosa,

também ligada ao Inca; Sape (Sociedade dos Amigos da Pediatria do Hospital Gaffrée e Guinle); Creche Chapeuzinho Marrom, dos frades Capuchinhos - Paróquia de São Sebastião; Associação Solidários Amigos de Betânia - ASAB, entidade que ajuda na reabilitação de dependentes de álcool e outras drogas, Grupo de Educadores Populares (GREEP), Movimento Cristo Vive e Reina (Moncrive), Instituto Trabalho e Cidadania (ITC), Igreja Batista, Solidariedade França-Brasil (SFB). A feira será aberta com um ato ecumênico, às 10h, e apresentação da cantora Rosalie Amorim. Em seguida, às 12h, haverá a apresentação do Trio Rapacuia, com o seu imperdível forró Pé de Serra para quem quiser arrastar os pés pelo salão. Haverá comidas típicas como canjica, caldos, bolos, cocadas, milho, maçã do amor, docinhos, empadas, pães de queijo, churrasco, salgadinhos etc. Haverá também barracas de bolsas, roupas e acessórios, artesanato, livros, brincadeiras e muito mais.

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PROGRAMAÇÃO

Ato Ecumênico com a cantora Rosalie Amorim - 10h Atração Musical Trio Rapacuia - 11h40 Atração Musical Coral Associação Solidários Amigos de Betânia - 13h20 Esquete “A menina que fugiu do mar” Grupo de Teatro Entrou por uma Porta - 15h Esquete “Los Guapos” Grupo de Teatro Os Confrades - 15h20 Esquete “A história de Genésio e Rosa” Grupo de Teatro Entrou por uma Porta - 15h40 Show Palhaço Xulipa - 16h30 .Atração Musical Wagner José e seu Bando - 17h Grupo de Dança Arte é o melhor remédio - 18h30


Grandes nomes da Street Art no Rio DIVULGAÇÃO

Com curadoria de Leonor Viegas (Portugal), a exposição “Street Art - Um panorama urbano” reúne artistas mais atuais no cenário internacional. Com entrada franca, a exposição apresenta muitos trabalhos inéditos, que foram concebidos especialmente para a mostra, como dos artistas ±MaisMenos±, dos representantes brasileiros Nunca e Herbert Baglione, das duplas StenLex e HowNosm, dos franceses Jef Aerosol e Rero e dos italianos Pixel Pancho. A ideia é que esses artistas reflitam o olhar deles para o Brasil Depois de visitar a exposição Au - de là du Street Art (Street art - Além da Rua), realizada em 2012, no Musèe de La Poste, na França, o produtor do projeto, Luiz Prado, ficou impressionado com a reunião de grandes nomes da Street art numa mostra coletiva. Ele convidou Leonor para fazer a curadoria do projeto, cuja ideia é apresentar uma diversidade de artistas, técnicas e estilos - estêncil, pôster, colagem, instalações, vídeo-artes, entre outras. O principal destaque da exposição é o inglês Banksy, o nome mais conceituado da Street Art atualmente, com a obra inédita “Everyday a Fresh Load of Compromise”, de 2006. Trata-se de uma peça única, cedida por um colecionador especialmente para a exposição. Além dela, mais um trabalho do artista estará na exposição. Os artistas Jef Aerosol,

±MaisMenos±, Rero e Herbert Baglione participam de intervenções externas, deixando seus trabalhos registrados em alguns muros no Centro e suas marcas na cidade. O artista português Alexandre Farto, conhecido como Vhils, que participa da exposição já tem uma história com o Rio. Recentemente, ele fez um trabalho em comunidades da cidade, nas favelas do Morro da Providência e comunidade dos Tabajaras, registrando os rostos dos moradores que tinham sido despejados das suas casas por conta de interesses imobiliários. “Street Art - Um panorama urbano” pretende apresentar ao público uma visão mais ampla da arte de rua, transpondo para uma galeria a arte desenvolvida tradicionalmente no espaço público. Para conferir a exposição, os trabalhos estarão

expostos na galeria 4 da Caixa Cultural (Endereço Avenida Almirante Barroso, 25 – Centro), com entrada franca para visitação de terça a domingo das 10h às 21h, até o dia 12 de outubro. DIV ULGAÇÃ

Samba Futebol Clube reestreia na Tiradentes Após uma temporada de sucesso, o musical “Samba Futebol Clube” estreia uma nova temporada, no tradicional teatro Carlos Gomes, na Praça Tiradentes, até o dia 24 de agosto. Para o desenvolvimento do espetáculo, assinado por Gustavo Gasparani, foram feitas pesquisas para produzir uma obra com uma identidade realmente brasileira. O espetáculo aborda duas paixões nacionais – samba e futebol -, interpretadas por oito atores, ao som de clássicos da MPB, gritos de torcidas organizadas e citações de textos relacionados ao tema. “Samba Futebol Clube” concorre ao prêmio Shell de teatro nas categorias de melhor Direção (Gustavo Gasparani, figurino (Marcelo Olinto), Iluminação (Paulo Cesar Medeiros), Música (Nando Duarte) e Inovação (elenco de “Samba Futebol Clube). A peça também foi indicada ao prêmio Cesgranrio, nas categorias de melhor espetáculo, melhor direção, me-

REPRODUÇÃO

Exposição gratuita traz nomes como Banksy, HowNosm, Jef Aerosol e Pancho à Caixa Cultural

DIVULGAÇÃO

lhor coreografia e direção de movimento pelo trabalho de Renato Vieira, além de menções honrosas pela pesquisa musical

de Alfredo Del’Penho e João Pimentel. O espetáculo acontece de quinta a domingo, às 19h30, com preços a R$30,00.

O

Carlos Lamarca

Nascido no Rio, em 1937, Carlos Lamarca foi um capitão do Exército Brasileiro, que desertou em 1969 para tornar-se um dos comandantes da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), organização da guerrilha armada de extrema-esquerda que combatia a ditadura militar brasileira, instalada no país em 1964. Quando fugiu do 4º Regimento de Infantaria de Quitaúna, em São Paulo, numa Kombi, levou 63 fuzis FAL, três metralhadoras leves e alguma munição, bem menos que o pretendido. Lamarca deixava as Forças Armadas e entrava na clandestinidade, na qual viveria até sua morte. Quando deixou Quitaúna, Lamarca separou-se da mulher e dos filhos, enviados para Cuba na véspera da sua deserção. Na luta armada, viveu com a psicóloga e também militante Iara Iavelberg. Foi condenado pelo regime militar como traidor e desertor e considerado seu principal inimigo. Caçado pelas forças de segurança por todo o país, ele comandou diversos assaltos a bancos, montou um foco guerrilheiro na região do Vale do Ribeira, sul do estado de São Paulo com mais 16 militantes, a fim de realizar um treinamento em guerrilha e liderou o grupo que sequestrou o embaixador suíço Giovanni Bucher no Rio de Janeiro, em 1970, em troca da libertação de 70 presos políticos. Elevado à condição de ícone revolucionário do socialismo e da esquerda brasileira, Lamarca ficou dois anos e oito meses na clandestinidade. Em 1971, saiu da VPR e passou a fazer parte do Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR-8). Em junho do mesmo ano, foi para o sertão da Bahia, no município de Brotas de Macaúbas, com a missão de estabelecer uma base do MR-8 no interior. Com a prisão em Salvador, de um militante que conhecia seu paradeiro e a localização de um aparelho onde se encontrava Iara (ela suicidou-se com um tiro de revólver), os órgãos de segurança iniciaram o cerco à região. Depois de um tiroteio entre a polícia e os irmãos de José Campos Barreto, o Zequinha, que acompanhava Lamarca, os dois iniciaram uma fuga pela caatinga, percorrendo cerca de 300 quilômetros, em 20 dias. Em 17 de setembro de 1971, Lamarca e Zequinha descansavam à sombra de uma árvore quando foram mortos por homens do Exército. Trinta e seis anos após sua morte, a Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, sob supervisão do Ministro da Justiça Tarso Genro, dedicou sua sessão inaugural a promovê-lo a coronel do Exército e a reconhecer a condição de perseguidos políticos de sua viúva e filhos. A Maria Pavan Lamarca foi concedida pensão equivalente ao soldo de um general. A comissão autorizou ainda o pagamento de R$ 300 mil em indenização para Maria e para os dois filhos de Lamarca como compensação financeira pelo tempo que passaram no exílio em Cuba, de 1969 a 1979.


Vivo é condenada por enganar clientes Operadoras derrubam direito de usuários

A Vivo terá que pagar uma indenização por danos morais no valor de R$ 50 mil a uma funcionária que era alvo de chacota e xingamentos dos colegas de trabalho por se recusar a mentir para clientes, afirmando que o sistema estava fora do ar para venda de planos pré-pagos. A prática da empresa tinha por fim privilegiar a comercialização de pacotes pós-pagos. A decisão foi tomada pela 3ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (RS). A funcionária adquiriu transtornos psíquicos devido ao assédio moral que sofria no trabalho. Além da indenização de R$ 50 mil, ela receberá salários correspondentes aos 12 meses de garantia de emprego a que teria direito em virtude de doença ocupacional. Ela foi despedida um dia depois de voltar de uma licença médica. CLIENTE CONFIRMA

O depoimento de um cliente relatando o que aconteceu na loja da Vivo, em um shopping de Porto Alegre, ajudou a funcionária. Ele contou que, por dois dias seguidos, tentou comprar um celular e, quando manifestava o desejo de habilitar um plano pré-pago, o atendente dizia que o sistema estava fora do ar. Ao presenciar a negativa dos colegas, a funcionária resolveu atendê-lo e realizou a venda normalmente. Depois dessa situação, os

colegas e o próprio supervisor da loja passaram a hostilizar a trabalhadora, ainda na presença do cliente. Um colega de trabalho confirmou os fatos e lembrou que a empregada precisou sair mais cedo por ter se sentido mal com a situação. Ele também confirmou a prática de dar menos atenção a clientes que queiram habilitar planos pré-pagos, porque a venda desse tipo de serviço não aumenta a remuneração dos vendedores e não seria estimulada pela operadora. A Telefônica Vivo informa que cumpre a legislação em vigor e que irá interpor Recurso de Revista ao Tribunal Superior do Trabalho, visando a modificação de tal decisão. PRÁTICA SE REPETE NA AMPLA

A Atento, filha predileta da Vivo,

Cursos técnicos com desconto para o Sinttel O Sinttel está revendo os convênios para buscar ainda mais melhorias para os sindicalizados. Com isso, renovou convênios com duas instituições de educação e obteve mais benefícios. Na Escola Técnica Electra, o Sinttel conseguiu desconto de 30% para os Cursos Técnicos, além de obter dois preços diferenciados e material didático sem custos. Os preços variam de acordo com a Unidade que o aluno se matricular e cursar. Entre os cursos técnicos oferecidos, pode-se destacar: Eletrotécnica, Eletrônica, Telecomunicações, Mecatrônica, entre outros. O desconto só será concedido para os pagamentos realizados até a data de vencimento, que para os beneficiários do Sinttel, será no dia 5. - Unidades: Alcântara (3712 0016), São Gonçalo (3715 7684), Nova Iguaçu (2667 4495) e Santa Cruz (2416 0528) --> 13 mensalidades de R$279,43 - Unidades: Centro (2518 3344), Maracanã (2158 1899), Madureira (3833 7180), e Campo Grande (2413 1274) --> 13 mensalidades de R$301,60 Na Academia do Concurso, preparatório para diversos concursos, o desconto é de 20% para o Sinttel, nas Unidades Centro, Niterói e Alcântara. Informações na Central de Atendimento: 2108-0300.

repete a mesma prática em outras empresas. O fato foi denunciado pelos teleatendentes da Atento que prestam serviços na Ampla, companhia de energia elétrica de Niterói e estado do Rio. A empresa manda os empregados mentirem para os clientes de outras regiões do país, quando estes perguntam de onde eles estão falando. O call center da Ampla/Atento no Rio atende os clientes do Ceará, e quando estes perguntam de onde eles estão falando, são obrigados a dizer que “estão falando de Fortaleza”. Acontece que os clientes da região percebem que eles não conhecem determinados endereços e, principalmente o vocabulário regional. A Atento e a Ampla fazem isso por economia. O Sinttel já denunciou o abuso e agora volta a advertir para não correr o risco de ir parar na justiça.

Oi invade privacidade de clientes e é multada em R$ 3,5 milhões A Oi foi multada em R$3,5 milhões por violação ao direito à privacidade e intimidade e publicidade enganosa, infrações cometidas pelo Velox. É a primeira vez que o Ministério da Justiça condena uma operadora de telefonia devido à invasão de privacidade. Segundo Ministério da Justiça, o serviço de banda larga monitorava navegação de usuários e vendia perfil a anunciantes. Recentemente aprovado, o Marco Civil da Internet garante privacidade aos internautas brasileiros. Desde 2010, o Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC), órgão da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon/ MJ), iniciou investigações, a partir de informações de que a parceria da Oi com a empresa britânica Phorm, consistia no desenvolvimento do software “Navegador”, que mapeava o tráfego de dados do consumidor na internet, a fim de compor seu perfil de navegação. Segundo o DPDC, os perfis eram comercializados com anunciantes, agências de publici-

dade e portais da web, para ofertar publicidade e conteúdo personalizado a esses consumidores. Em nota, a empresa afirma que não pratica essa parceria, e que “desde março de 2013 foram encerradas todas as iniciativas operacionais desta ferramenta junto à Oi, que teve seu uso restrito a um grupo de clientes convidados para testar o produto”. Segundo a empresa, a Phorm encerrou suas atividades no Brasil, conforme publicado em seu relatório anual de 2013. Segundo o diretor do DPDC, Amaury Oliva, o serviço era oferecido ao consumidor como uma possibilidade de melhorar a sua navegação, não deixava claro que ele seria monitorada e seu perfil vendido. “Isso fere o princípio da boa-fé, da transparência, o dever da informação. A empresa dizia que informações sensíveis não eram catalogadas, mas quem garante?”, questinou. Oliva ainda informa que a multa não foi maior porque o serviço já foi suspenso pela Oi.

De onde nada se espera, não sai nada mesmo. Mais uma vez as operadoras (Algar Telecom, Claro, Embratel, GVT, Net, Nextel, Sky, TIM Celular, Oi Móvel e Vivo) vão contra o interesse público e dos cidadãos brasileiros. Reunidas sob a capa da autodenominada Associação Brasileira das Prestadoras de Serviços de Telecomunicações Competitivas - Telcomp, conseguiram uma liminar suspendendo o Regulamento Geral de Direitos de Serviços de Telecomunicações (RGC), aprovado recentemente pela Resolução nº 632, da Anatel. A afronta ao direito do consumidor chega ao ponto de a Telcomp, a título de “esclarecimentos”, divulgar uma nota na qual afirma que “em paralelo a esta medida judicial, as prestadoras continuam a trabalhar com todo empenho e celeridade, para o cumprimento das novas exigências e cooperando com a Anatel na definição de parâmetros técnicos e outros requisitos, para possibilitar o atendimento, senão da totalidade, da grande maioria das novas exigências do RGC”. O fato é que a liminar simplesmente desobriga as empresas associadas à Telcomp de cumprirem várias regras constantes do Regulamento. Entre outros pontos, de realizarem o retorno imediato para consumidores cujas ligações efetuadas aos call centers tenham sofrido interrupção; e de estender para os clientes antigos os mesmos benefícios ofertados a novos clientes. Essas medidas foram amplamente discutidas com todas as empresas de telecomunicações. A aplicação das regras não ocorreu de um dia para outro. As operadoras tiveram 120 dias para se adaptar. Mas, não satisfeita, a Telcomp quer mais que a suspensão das regras. Ela quer anular todos os artigos com os quais discorda. A Anatel, por sua vez, além de ter emitido uma nota esclarecendo a situação defenderá, por meio da Advocacia-Geral da União, a legalidade do RGC. As operadoras estão muito acostumadas a desrespeitar as regras definidas pela Anatel. Descumprem as metas previstas no Plano Geral de Metas para a Universalização do STFC (PGMU), os indicadores de qualidade. Ignoram a proibição de venda casada ou a imposição de condicionamentos à contratação, cobrança indevida e não ressarcimento. E quando são multadas, simplesmente não pagam as multas. No final de 2013, segundo o relatório anual da Anatel , havia cerca de R$ 2 bilhões de multas aplicadas e apenas R$ 90 milhões arrecadados. O Instituto Telecom se une a todas as entidades que cobram a imediata aplicação do Regulamento Geral de Direitos de Serviços de Telecomunicações. As operadoras de telecomunicações dão mais uma prova de que não estão preparadas para o diálogo. Deixam os telefones públicos sem manutenção, não disponibilizam o Aice, entregam uma banda larga de péssima qualidade, mantem preços e tarifas abusivos, sonegam informações. Não é a toa que só há dois quesitos nos quais são campeões: no número de reclamações dos usuários e na cara de pau Leia mais em www.institutotelecom.com.br


Atento: trabalhadores em ócio forçado CAMILA PALMARES

Cerca de 35 trabalhadores da Atento estão sofrendo assédio moral por serem forçados a ficar ociosos no local de trabalho. O diretor do Sinttel, Ricardo Pereira, visitou os prédios da empresa na Penha e em Madureira e verificou a situação de pressão pela qual os empregados estão passando. O ócio forçado é uma modalidade de assédio moral, prática muitas vezes usada pelas empresas para constranger e pressionar os trabalhadores a pedirem demissão e, assim, deixarem de receber os encargos sociais. Estes casos são objeto de condenação pela justiça que costuma interpretar como abuso do direito do empregador e caracteriza como situação humilhante e constrangedora no ambiente de trabalho. A Atento é reincidente na prática de ócio forçado, com antecedentes de assédio moral registrados pelo Sinttel, que por meio do seu Departamento Jurídico obteve vitórias na justiça, com a condenação da empresa a pagar indenização por danos morais.

PAD/PIV

No caso do banco de horas, o Sindicato indica a todos os trabalhadores que a empresa dispensou no meio da jornada e descontou as horas não trabalhadas do bando de horas positivo do empregado, a entrarem em contato com o Sinttel

para que as horas sejam devolvidas. Esse abuso atingiu principalmente o pessoal do produto Itaú. Para esclarecimento de dúvidas, envie um email para: ricardopereira@sinttelrio.org.br, cesarfernandes@ sinttelrio.org.br e alandias@sinttel.org.br.

Contax começa a negociar dia 6 PPR/2014

Está marcada para amanhã, dia 7, na sede do Sinttel, reunião com representantes de relações sindicais e trabalhistas da Atento, para discutir diversas pendências, como auxílio-creche, PIS e banco de horas, entre outros. A Caixa Econômica não repassou para a empresa o pagamento do PIS e os trabalhadores ainda não receberam o benefício.

Numa reunião, marcada para o dia 6, em São Paulo, com a Comissão Nacional de Teleatendimento, a Contax começa a discutir a PPR/2014, bem como outras questões, como por exemplo, o caso do vale transporte que no Rio a empresa ao recarregar, resolveu só repor a diferença do que foi gasto pelo empregado. Para o Sindicato, isso é um absurdo, pois a lei prevê o desconto do vale em caso de falta. Se o empregado estiver sendo beneficiado por uma carona, por exemplo, é algo temporário e não justifica o corte. Representarão o Sinttel nessa reunião Ricardo Pereira, que é da Comissão Nacional, e Carlos Amaral.

REDE

Assembleia aprova proposta para CCT 2014/15 . dos reajustes de salários e benefícios em folha suplementar, as demais deverão efetuar esses reajustes retroativos a 1º de abril na próxima folha de pagamento. As empresas que já praticam salários e benefícios superiores que os da convenção devem procurar a direção do sindicato para criarem ou renovarem o termo aditivo à CCT, mantendo o que já é praticado. Conheça a proposta aprovada: piso salarial: reajuste de 6% a partir de abril de 2014, passando para R$ 1.000,00 a partir de janeiro de 2015; reajuste dos demais salários em 6%

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EDIÇÃO Socorro Andrade Reg. 460 DRT/PB socorroandradde@gmail.com REDAÇÃO Socorro Andrade e Simone Kabarite Reg. 0035866/RJ

ILUSTRAÇÃO Alexandre Bersot www.alexandrebersot.com.br DIAGRAMAÇÃO L&B Comunicação Ltda IMPRESSÃO CIRCULAÇÃO Semanal TIRAGEM 12 mil exemplares

Rua Morais e Silva, 94 - Maracanã - RJ - CEP 20271-030 - Tel.: 2204-9300 E-mail Geral sinttelrio@sinttelrio.org.br - Portal http://www.sinttelrio.org.br E-mail Jurídico juridico@sinttelrio.org.br - E-mail Imprensa imprensa@sinttelrio.org.br

bersot

humor DIRETOR DE IMPRENSA Marcello Miranda marcello13@uol.com.br

GVT: negociações começam com choradeira Em reunião realizada dia 30 com a Comissão Nacional, a GVT afirmou que haverá dificuldade na negociação em relação ao reajuste salarial. A Comissão reiterou a necessidade de repor a inflação e mais ganho real, ou seja, reajuste salarial de 100% do INPC mais 5% de aumento real. Uma nova reunião já está marcada para o dia 19 de agosto. Os representantes do Sinttel também apontaram vários problemas que têm ocorrido nos estados, referentes ao dia a dia dos trabalhadores, como combustível, locação de veículos, periculosidade, vale combustível nas férias, entre outros.

REUNIÃO DIA 7, NO SINTTEL

Em assembleia realizada nos diversos locais de trabalho a categoria apreciou e aprovou por maioria de votos a proposta final negociada pelo Sinttel com as empresas prestadoras de serviços de telecomunicações para renovação da Convenção Coletiva de Trabalho 2014/15 (CCT), com vigência retroativa a 1ª de abril, data base da categoria. Essa negociação envolve mais de 20 mil trabalhadores em todo estado nas empresas BTCC, Huawei, Flowers, Icatel, Logictel, EmpreZa, Bluphone, Italtel,Trimphone, entre outras. Algumas empresas já fizeram o pagamento

CAMPANHA SALARIAL

a partir de 1º de abril; vale refeição: reajuste de 7,14%, representando o valor face de R$ 15,00 a partir de abril de 2014; para as empresas que praticam valor superior o reajuste será de 6% a partir de abril de 2014, assegurando o valor mínimo de R$ 15,00; auxilio creche: reajuste de 6% para crianças de ate 12 meses de idade, mediante apresentação de comprovante de pagamento a creche regular; demais cláusulas econômicas reajuste de 6% a partir de abril de 2014; manutenção das demais clausulas da CCT atual.

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Na ocasião, também foram iniciadas as discussões sobre o PAD/PIV 2013, sendo reivindicadas pela Comissão as seguintes situações: . Mudança nos targets, com diminuição das faixas entre eles; . Apresentação do resultado do PAD 2013 e do primeiro trimestre de 2014, ambos por indicadores e áreas . Discutir e avaliar a situação dos pesos hoje no acordo: de 75% PAD e 25% PIV. EDITAL DE CONVOCAÇÃO ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA DOS TRABALHADORES DA CONNECT FIBER ENGENHARIA EM TELECOMUNICAÇÕES LTDA, DIA 11/08/2014

O SINTTEL-RIO - SINDICATO DOS TRABALHADORES EM EMPRESAS DE TELECOMUNICAÇÕES, TRANSMISSÃO DE DADOS E CORREIO ELETRÔNICO, TELEFONIA MÓVEL CELULAR, SERVIÇOS TRONCALIZADOS DE COMUNICAÇÃO, RADIOCHAMADA, TELEMARKETING, PROJETO, CONSTRUÇÃO, INSTALAÇÃO E OPERAÇÃO DE EQUIPAMENTOS E MEIOS FÍSICOS DE TRANSMISSÃO DE SINAL, SIMILARES E OPERADORES DE MESAS TELEFÔNICAS NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – convoca na forma de seu Estatuto, os trabalhadores da Connect Fiber, para comparecerem à Assembleia Geral Extraordinária que será realizada no dia 11 de agosto de 2014, às 9h em primeira convocação, e às 9h30, em segunda e última convocação, na Rua Padre Telêmaco, 33, Cascadura – Rio de Janeiro/RJ, para deliberarem sobre a seguinte pauta: a) Aprovação, com modificação ou não, da Pauta de Reivindicação previamente elaborada pela diretoria do Sinttel-RJ, para a negociação do Acordo Coletivo de Trabalho 2014/2015; b) Outorga de poderes à diretoria do Sinttel-RJ para negociar e celebrar o Acordo Coletivo de Trabalho 2014/2015; c) Autorizar a direção do Sinttel-RJ, em caso de impasse com a empresa, instaurar dissídio coletivo, decretar greve total ou parcial da categoria e/ou tomar quaisquer outras medidas cabíveis nesta situação; d) Transformar a Assembleia Geral Extraordinária em Assembleia Permanente; e) Discutir e decidir sobre a contribuição assistencial prevista no inciso IV do art. 8º da CF e alínea “e“ do art. 513 da CLT. Rio de Janeiro, 06 de agosto de 2014 Luis Antônio Souza da Silva Coordenador Geral – Sinttel-Rio

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