Jornal do Sinttel-Rio nº 1.425

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REDE/ DATABASE 1º DE AGOSTO

Nova rodada de negociação marcada para o dia 22 de agosto Empresas insistem em dar apenas R$ 0,50 de vale refeição e jogar parte do reajuste para abril/2015

"A mídia é neutra"

Esta afirmação é autoproclamada pelos veículos de comunicação. Porém, os dados do Manchetômetro, estudo realizado pelo Laboratório de Estudos de Mídia e Esfera Pública (LEMEP), sediado no Instituto de Estudos Sociais e Políticos (IESP) da UERJ, comprovam que a cobertura dos meios de comunicação é tendenciosa. Nos jornais analisados, Dilma foi tratada em 210 textos de capa. Do total, 15 são favoráveis e 195 desfavoráveis. Em outras palavras: 93% de abordagens negativas. Não é teoria conspiratória. Quem disse que os "meios de comunicação estão fazendo de fato a posição oposicionista deste País, já que a oposição está profundamente fragilizada", foi a Associação Nacional de Jornais, por meio de sua presidenta, uma das principais executivas do Grupo Folha. Enunciada em 2010, a frase nunca foi tão verdadeira quanto de 2012 para cá. O pior é que a influência dessas empresas ultrapassa o noticiário. Elas contratam as pesquisas eleitorais que desejam e as divulgam quando e como querem. Não nos esqueçamos que as Organizações Globo cresceram e se fortaleceram graças a seu apoio à ditadura militar. O grupo, o mais importante de comunicação do país, também foi contra o Movimento das Diretas Já, inventou um candidato como o Caçador de Marajás, apoiou a privatização/desnacionalização de setores estratégicos como o das telecomunicações, foi contra a nova Lei da TV paga, ataca a Petrobrás, alardeou que a Copa do Mundo seria um fracasso. Tudo sob a capa da "neutralidade". A grande mídia não pode ter posição? Pode. O que não pode é se fingir de neutra. O que não pode é fazer dessa suposta neutralidade peça de marketing, propaganda enganosa. Deve, sim, deixar claro de que lado está. Em todos os países chamados desenvolvidos os grandes veículos de mídia são transparentes em sua posição. O Manchetômetro é um website de acompanhamento diário da cobertura das eleições 2014 na grande mídia, especificamente nos jornais Folha de S. Paulo, O Globo e Estado de S. Paulo, e no Jornal Nacional, da TV Globo. O Manchetômetro não tem qualquer filiação partidária ou com grupo econômico.

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Fonte: Carta Capital

Em mais uma rodada de negociação, realizada dia 13 de agosto, para reajuste de salários dos trabalhadores das empresas prestadoras de serviços em telecomunicações (Telemont, Serede, Procisa, Nesic, Maganha entre outras), o sindicato patronal Sinstal e as empresas não convenceram a direção do Sindicato nem a comissão de negociação. A próxima reunião com o Sindicato está marcada para o dia 22 de agosto, quando a expectativa é que as empresas façam uma proposta capaz de ser avaliada pela categoria. Caso contrário, a pressão vai aumentar. Esta foi a quarta rodada de negociação sem avanços, onde as empresas não apresentam uma proposta , que pelo menos reajuste o INPC. Na ocasião, eles reapresentaram a última proposta com algumas modificações, de imediato rejeitada pelo Sindicato, que reafirmou a pauta de reivindicações, entregue desde maio para as empresas e o sindicato patronal. Não é possível considerar míseros R$0,50 de vale refeição como algo aceitável! Além disso, as empresas e o sindicato patronal querem jogar parte do reajuste salarial para abril do ano que vem. Os trabalhadores esperam o ano inteiro pelo ganho real, uma luta permanente do Sindicato, e as empresas apresentam uma proposta vergonhosa dessa. Em função disso, a indignação entre os trabalhadores aumenta a cada dia que as empresas não avançam na negociação e ignoram a pauta de reivindicações. Essa campanha envolve cerca de 30 mil trabalhadores, 20 mil destes na Telemont e na Serede. Confira a proposta apresentada pelas empresas:

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Piso salarial em 1º de agosto R$ 937,00 em 1º de abril/2015 passaria para R$ 951,00; Piso de osc e ligador em 1º de agosto R$ 942,00 em 1º de abril/2015 R$ 956,00; Piso do cabista 1º de agosto R$ 1.010,00 Em 1º de abril R$ 1035,00; Piso do consultor técnico em 1º de agosto R$ 1.194,00 Em 1º de abril R$ 1.210,00; Piso de técnico R$ 1.500,00 Em 1º/agosto/14 em 1º/abril/15 R$ 1.521,00; Vale refeição R$ 14,00 a partir de 01/08/14;

SEREDE - ATUALIZAÇÃO DE DADOS

A Serede está solicitando aos seus trabalhadores a atualização de dados pessoais e profissionais. Alguns supervisores, porém, ao encaminharem os envelopes afirmaram que o procedimento seria usado para migração. O Sindicato entrou em contato com a empresa, que desmentiu e afirmou que o processo é apenas para a atualização dos dados dos trabalhadores. A Serede ficou de enviar SMS esclarecendo a situação aos seus empregados.

CAMPANHA DAS PRESTADORAS DE TV POR ASSINATURA DATABASE 1º DE JULHO

EMBRATEL

Assembleias dia 21 para aprovação da Pauta Nova rodada de negociação dia 22 . . O Sinttel realiza, no dia 21 de agosto, assembleias com trabalhadores da Embratel para aprovação da Pauta de Reivindicações. A primeira está marcada para às 12 horas, no prédio da Presidente Vargas, e a outra, para às 13h, no prédio da Alexandre Mackenzie com Senador Pompeu. Por conta da fusão da Claro/ Embratel/Net, o Sindicato vai cobrar negociação para unificar os Acordos Coletivos de Trabalho das empresas. Este ano serão negociadas apenas cláusulas econômicas. Confira alguns pontos da Pauta de Reivindicações unificada: Reajuste salarial - reposição de 100% do INPC nos últimos 12 meses, mais 5% de aumento real; Piso salarial - no valor de R$1.600,00, a partir de 1º de setembro; Vale alimentação - Valor mensal de R$380,00 Vale refeição - de R$33,00, inclusive no período de férias, licença

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maternidade e acidente de trabalho. Auxílio creche/babá/pré escola de R$600,00 para filhos de até 7 anos; Auxílio excepcional - 100% do piso da categoria para os trabalhadores que tenham filhos portadores de necessidades especiais Auxílio medicamento - R$440,00 para empregado e seus dependentes, mediante comprovação.

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ELEVADORES PARADOS

Desde o dia 12 de agosto, à noite, os elevadores do prédio da Embratel da Alexandre Mackenzie estão desligados, em função de uma inundação ocorrida no 12° andar. O Sinttel esteve no local no dia 14, quando a empresa formalizou o compromisso de não descontar os dias, no caso de alguma impossibilidade do trabalhador em comparecer. Caso sejam descontados, os empregados devem denunciar ao Sindicato. A empresa deu o prazo até hoje para os elevadores voltarem a funcionar.

Claro obriga trabalho aos domingos Trabalhadores do grupo RCV e cobrança da Claro continuam reclamando por terem que trabalhar aos domingos. Essa situação já aconteceu anteriormente e somente após a intervenção do Sindicato a empresa se comprometeu a pagar o adicional de 100%, até então a empresa compensava com folga durante a semana. O Sinttel entrou em contato com o RH, em São Paulo, que afirmou que eles estão cobrando sim a presença dos empregados nessa escala de revezamento. E ainda, neste primeiro mês, se algum empregado não puder ir,

deverá comunicar ao gestor para que seja feita uma troca, porém, por se tratar de uma escala de revezamento é obrigatório a presença do escalado. Como estamos em campanha salarial, e o Sinttel já tem reunião agendada com a empresa, para negociação das cláusulas econômicas do Acordo Coletivo de Trabalho, vamos discutir essa imposição da Claro na mesa de negociação. As reuniões estão agendadas para os dias 10 e 11 de setembro, em São Paulo, com a Comissão de Negociação Nacional da Fenattel.

REUNIÃO HOJE DISCUTIRÁ PROCESSO DE FUSÃO

A Comissão Nacional de Negociação da Embratel também estará se reunindo hoje, dia 20, com o RH da empresa para discutir o processo de fusão das empresas Claro/Embratel/NET e suas consequências para os empregados, além de outros itens referentes ao acompanhamento do Acordo Coletivo de Trabalho 2013/2015. A Comissão vai cobrar da empresa que os empregos e benefícios dos trabalhadores sejam garantidos e que não haja nenhum retrocesso em relação ao que já está sendo praticado hoje. Após a aprovação da fusão pela Anatel, a Embratel já tomou uma medida que prejudica os trabalhadores ao reduzir a contribuição para a Telos, fundo de pensão do Grupo Embrapar, para todos que ingressarem na fundação a partir de 1° de novembro. A empresa também mudou para pior a data de pagamento do auxílio refeição/alimentação.

Após inúmeras rodadas de negociação com o sindicato patronal (Sinstal) e as empresas de tv por assinatura LGM/MDU, Líder Telecom, Petromare, RW Connect, JM3 Telecom, G Telecom, Infraeng, entre outras, na última, realizada dia 12 de agosto, mais uma vez as empresas se recusam a reajustar os salários e benefícios de seus empregados, em uma demonstração de total desrespeito As empresas apresentaram uma das piores proposta para reajuste: 3,5%, retroativo a 01/julho/2014 e 2,56% em 01/06/2015, sobre salários e benefícios. Uma nova rodada de negociação foi marcada para o dia 22 de agosto, na sede do sindicato, para que as empresas apresentem uma nova proposta. O sindicato informou as empresas que irá realizar assembleia dos trabalhadores no próximo dia 25 de agosto, para que deliberem sobre a proposta. Caso seja rejeitada, será defendida a deflagração da greve para o próximo dia 29.

Operadores de Rádio GMDSS: mobilização continua Trabalhadores das empresas Marenostrum, ETC, dentre outras terceirizadas que prestam serviços de rádio chamada GMDSS à Petrobras, decidiram, em assembléia realizada no dia 18 de agosto, manter a mobilização, uma vez que rejeitaram a proposta apresentada pelas empresas e o Sindicato Patronal e não houve nenhuma contraproposta, ou seja, as empresas se calaram. Desta forma, os trabalhadores vão manter o estado de greve, um alerta

para as empresas avançarem na negociação. Os empregados estão fazendo mobilizações junto aos companheiros embarcados e desembarcados, enquanto o Sindicato cobra uma nova proposta das empresas. Estes trabalhadores têm data-base em junho, e o Sinttel vem negociando desde fevereiro, quando apresentou uma Pauta de Reivindicações. Entre elas, está a exigência de atualização do Piso de Operadores de rádio chamada GMDSS, hoje vigente em

Convenção do Sinttel-RJ no valor de R$ 2.184,45 e o piso praticado pelas duas principais empresas que prestam serviços é de R$ 1.500,00. O Sindicato e os trabalhadores querem, no mínimo, o cumprimento desse piso, além de condições dignas de trabalho. Caso não seja apresentada uma nova proposta digna de apreciação, o Sindicato convocará uma nova assembleia para definir a paralisação, quando os trabalhadores ficarão de braços cruzados.


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