CLARO/RCV
Trabalhadores ameaçam cruzar os braços Em um ato, ontem, dia 2, em frente ao prédio da Claro (Rua Mena Barreto, 42, Botafogo) os trabalhadores do RCV (setor de atendimento de back office para clientes empresariais da loja, revendedor credenciado etc), desceram em massa e decidiram dar um prazo de 48 horas, até as 18h de amanhã, dia 4, para a empresa rever a decisão absurda de reduzir o número de seus vales refeição de 26 para 22, um corte de R$ 88,00, no valor total do benefício. Se a Claro não ceder, na sextafeira, dia 5, o pessoal vai trabalhar de preto e cruzar os braços no período da manhã.
1 milhão de pessoas sem energia elétrica
...antes eram mais de 16 milhões
Foi o que noticiou a mídia brasileira em grandes manchetes ao longo do ano, catando alguma região remota onde a comunidade não tivesse ainda sido beneficiada pelo Programa "Luz para Todos" do governo federal O que a mídia não divulgou e que é fato e interessa a toda sociedade é que 16 milhões de brasileiros saíram da mais absoluta escuridão e passaram hoje desfrutam dos benefícios da luz elétrica O programa “Luz para Todos” do Governo Federal beneficiou até fevereiro deste ano mais de 15 milhões de pessoas em todo país 3 milhões, 117 mil e 368 famílias ou domicílios rurais saíram da escuridão e passaram a desfrutar dos benefícios da energia elétrica e do conforto que ela proporciona. Benefícios até então privilégio dos cidadãos das grandes cidades, tais como, uso de eletrodomésticos (geladeiras, ferro de passar, liquidificador, aparelhos de TV e etc) O programa beneficia hoje 3 milhões de pessoas na Região Norte do país, 7,5 milhões no Nordeste, 2,5 milhões no Sudeste, 1 milhão de pessoas no Centro Oeste e 1 milhão de pessoas no Sul No Nordeste, a Bahia lidera o ranking de atendimento, tendo 2 milhões 571 mil 440 pessoas beneficiadas. O Pará vem em segundo com 1,6 milhão de pessoas, seguido de Minas Gerais, 1,59 milhão e Maranhão 1,58 milhão O programa “Luz para Todos” foi lançado pelo governo em 2003 e tinha como desafio acabar com a exclusão elétrica no país. A meta era dar acesso a energia elétrica gratuitamente a mais de 10 milhões de pessoas na zona rural, mas essa meta foi ultrapassada em 2011 Quem viaja pelo interior do Brasil já pode observar os benefícios do programa nas populações beneficiadas tanto na qualidade de vida das pessoas quanto no implemento à economia doméstica (costura, artesanato, na produção de alimentos para venda, etc) e formal Essas notícias, que de fato tem mudado a vida de milhões de brasileiros a mídia não divulga.
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O setor conta com cerca de 250 trabalhadores. O clima de indignação é generalizado, e não é pra menos. Há mais de dois anos, a Claro resolveu mudar a jornada desses empregados. Eles faziam 36 horas de segunda a sábado, e a empresa resolveu passá-los para uma jornada de 7h12 de segunda a sexta-feira, diluindo na semana as seis horas do sábado e continuou pagando os mesmos 26 vales-refeição, nem tinha porque mudar já que os trabalhadores mantiveram a mesma jornada. Na sexta-feira, passada, dia 29, mais de dois anos depois dessa mudança, esses empregados são surpreendidos por um desconto a menor, no valor de R$ 88,00, em seus vales refeição. A revolta foi geral. Eles ligaram para o Sindicato que imediatamente cobrou explicações da Claro. Inicialmente, a empresa alegou
Sexta, dia 5, trabalhadores vão trabalhar de preto
que poderia ter sido erro de sistema. Depois a empresa confirmou o desconto, alegando que vinha pagando errado. Convenhamos! É muita cara de pau. “O trabalhador não pode ser penalizado por um suposto erro da empresa, um erro cometido há mais de dois anos”, disse a diretora do Sinttel, Virginia Berriel ao responder para a Claro que isso é inaceitável e mesquinho, pois os trabalhadores já contam com esses valores, que isso é habitual e, portanto, um direito adquirido. “Para o Sindicato esse erro não existe e se a empresa insistir nisso, vamos lutar e vamos à justiça na defesa do direito dos trabalhadores”, disse. Virginia também salientou que a Claro age dessa maneira justo no momento em que inventou uma escala de revezamento e está cobrando de todo o pessoal
trabalho aos sábados e domingos. É demais! É curioso que esse corte ocorra agora quando se iniciam as negociações salariais da data base, cujas reuniões já estão agendadas para os dias 10 e 11, em São Paulo. "Não tenho dúvida de que essa retaliação é mais uma forma de pressionar o trabalhador, o que, aliás, está sendo feito pelos coordenadores dentro do setor”, ressaltou Virginia ao afirmar que nem a Fenattel e muito menos o Sinttel-Rio vão aceitar esse corte do benefício. Na prática, com essa medida arbitrária, a Claro está tirando a comida da boca do seu trabalhador, pois a maioria usa esse benefício para comprar alimentos. "Os trabalhadores não cansavam de dizer que não estão pedindo favor, mas exigindo o que têm direito. "
REDE/DATA BASE 1º AGOSTO
Negociação avança, "só que não!" Na 6ª rodada de negociação, que aconteceu no dia 1º de setembro, na sede do Sindicato, as empresas prestadoras de serviços em telecomunicações (Telemont, Serede, Procisa, Nesic, Maganha, entre outras) apresentaram uma proposta, que não chega nem ao piso regional de R$ 1.000,89 como menor salário, tampouco chega ao INPC do período, que foi de 6,16%. Confira a proposta apresentada: Piso salarial R$ 946,00 em 1º de agosto e R$ 965,50 em 1o de março de 2015; Piso do OSC e ligador: R$ 951,00 em 1° de agosto e R$ 970,75 em 1o de março de 2015; Piso para cabista: R$1.030,00 em 1° de agosto e R$1.050,60 e em 1° de março de 2015; Piso para consultor técnico: R$1.205,00 em 1° de agosto e R$1.229,20 em 1° de março de 2015 Piso para técnico: R$1.514,3 em 1° de agosto e R$1.544,38 em 1° de março de 2015; Vale refeição R$14,10 em 1° de agosto; Demais cláusulas da CCT reajuste de 3% em 1° de agosto e 2% em 1° de março de 2015; Manutenção das demais cláusulas da CCT vigente;
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O Sindicato rejeitou esta proposta e fez uma contraproposta de quinze itens considerados importantes para os trabalhadores. Foi marcada uma nova reunião de negociação para o dia 16 de setembro, e o Sindicato deixou claro para o Sinstal (sindicato patronal) e para as empresas que eles deverão apresentar uma posição sobre esses 15 itens de reivindicação, porque a pressão vai aumentar! O Sindicato vai realizar assembleias com os trabalhadores, que estão extremamente insatisfeitos com esse impasse, para deliberar sobre a posição das empresas. Caso não haja, definitivamente, avanços, o Sindicato vai defender o indicativo de greve. O tamanho da nossa vitoria será o tamanho da nossa mobilização! Os 15 itens da contraproposta do Sindicato são: Piso geral de R$ 1.100,00; Garantia de cronograma para a promoção dos OSC/ASS/Aux. Téc. ADSL para consultor técnico; Vale refeição: R$ 18,00; PPR: discutir teto, sem indicadores, critérios básicos de absenteísmo e proporcionalidade na CCT vigente; Plano de saúde: com teto máximo de
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desconto que não ultrapasse 30% do salário; Carro agregado: reajuste na tabela de 100% INPC+10%, aluguel nas férias, seguro e pagamento de 50% do IPVA, Remuneração variável/produtividade: garantia de discutir com o sindicato os critérios de pagamento; Jornada de trabalho: tirar da CCT ou especificar os dias de trabalho da jornada espanhola na CCT, descanso semanal remunerado, hora extra, distribuição da jornada dentro da semana; Cabista/técnicos ((ADSL, TELECOM, FTTH, etc) reajuste com ganho real, ou plano de cargos e salários para essas funções e outras; Não quarteirização: nada de quarteirização de fato na rede; Auxilio creche: R$ 200,00; Mudança da data base para 1º/ maio/2015; Garantia de reajuste salarial para os gerentes ou que as empresas apresentem plano de reajuste para essa função; Garantia de multa no valor de R$ 50,00 em caso de descumprimento da CCT; Manutenção de todas as cláusulas financeiras devidamente corrigidas por 100% do INPC do período.
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CAMPANHA DAS OPERADORAS
Começa mal negociação com a Vivo e a TIM A pretexto de unificar as cláusulas em nível nacional, a Vivo/Telefônica apresentou, em reunião nos dias 27 e 28, uma proposta vergonhosa para o acordo coletivo deste ano, que foi rejeitada de imediato pela Fenattel e pela comissão de negociação. Além de apresentar um índice de reajuste de salário inferior ao INPC, de propor o corte de conquistas históricas da categoria, ainda teve a cara de pau de oferecer reajuste zero para o vale refeição (VR). A Vivo também quer mexer no plano de saúde. A comissão e a Fenattel reagiram e exigem reajuste de 100% do INPC mais ganho real e igual para todos os trabalhadores independente da faixa salarial. Não vamos aceitar corte ou redução de benefícios e
conquistas da categoria. Uma nova reunião ficou agendada para os dias 9 e 10 deste mês.
TIM volta a negociar dia 12
As negociações na TIM tiveram inicio no dia 25 de agosto, e a exemplo do que acontece todos os anos, a empresa enrolou e não apresentou nenhuma proposta de reajuste. Mesmo com a insistência da comissão sindical pela apresentação de um índice de reajuste, a empresa não cedeu, alegou estar em fase de análise da nossa Pauta de Reivindicações. O Sinttel-Rio reiterou à empresa que não abre mão de reajuste pelo INPC cheio mais ganho real para todos os trabalhadores. A próxima reunião foi
agendada para o dia 12.
Claro negocia dias 10 e 11
As negociações com a Claro já estão agendadas para os dias 10 e 11 de setembro, em São Paulo. Esperamos que ela não venha com o mesmo blá blá blá da Vivo e da TIM.
GVT negociação dia 15
Depois da última reunião, realizada dia 26 de agosto, sem avanços em relação ao Acordo Coletivo 2014/2015, uma nova rodada de negociações está marcada para o dia 15 de setembro, quando o Sindicato irá cobrar da empresa uma proposta digna de ser avaliada pelos trabalhadores.
TV POR ASSINATURA /CABO
Trabalhadores decidem sobre proposta das empresas
Durante esta semana, o Sindicato está realizando assembleias nos locais de trabalho para levar à apreciação dos trabalhadores a proposta apresentada pelo sindicato patronal e as empresas de tv por assinatura/cabo (LGM/ MDU, Líder Telecom, Petromare, RW Connect, JM3 Telecom, G Telecom, Infraeng, ServLog, entre outras), na reunião dia 1° de setembro, no Sinttel. Até ontem, dia 2, apenas os trabalhadores da LGM e da Líder Telecom haviam aprovado a proposta de acordo e a G Telecom reprovou. As assembleias continuarão acontecendo até o dia 5, quando serão computados os votos dos trabalhadores de todas as empresas para, então, saber se a proposta será aprovada ou rejeitada. LÍDER EXIGE REUNIÃO
- no caso da Líder, a aprovação da proposta foi condicionada à realização de uma reunião com a empresa, dia 12, na sede do Sinttel, para discutir as inúmeras irregularidades, tais como: atrasos constantes no pagamento dos benéficos, como vale refeição e vale transporte; plano de saúde suspenso; descontos indevidos de avarias de carro; desvio de função; empregados com férias vencidas, entre outras. Foi formada uma comissão de trabalhadores para a reunião dia 12, e o Sindicato exigirá a participação do presidente da Lider e seu diretor de RH. A Lider presta serviços para Embratel, NET e Vivo.