Jornal do Sinttel-Rio nº 1.428

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DATA BASE 1° DE AGOSTO

CHEGA DE “FAZ DE CONTA”!

Socorro Andrade

Se a negociação não avançar, os trabalhadores da Rede podem decidir por paralisação na assembleia dia 17!

Ato dia 15, no Rio, em defesa do pré-sal Reunidos na sede da Federação Única dos Petroleiros (FUP) na última sexta-feira, dia 5, os petroleiros junto com as centrais sindicais, movimentos sociais e estudantis, definiram a realização de um grande ato em defesa do pré-sal, da Petrobrás e do Brasil. O Ato será dia 15, a partir das às 10h, na Cinelândia, Centro do Rio de Janeiro, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Além da FUP e da CUT, estão na organização do ato entidades, como CTB, UGT, MAB, MST, UNE, UBES, UEE, FETEERJ, UEE MPA E CNM, FAMERJ, FAFERJ, entre outros movimentos sociais. O objetivo do ato é alertar a sociedade para os riscos que sofre o projeto de desenvolvimento em curso no país, em função dos ataques contra o pré-sal e a Petrobrás. MEIO MILHÃO DE BARRIS

Em apenas oito anos, o pré-sal já produz mais de meio milhão de barris de petróleo por dia, gerando uma riqueza que será aplicada na educação e na saúde pública. Nos próximos 35 anos, isso significará R$ 1,3 trilhão em royalties que se destinarão à saúde e à educação dos brasileiros. Isso equivale a mais de dez vezes o atual orçamento do governo federal para essas áreas. “Tudo isso só está sendo possível em função dos investimentos e da competência da Petrobrás. Nos últimos 12 anos, os governos Lula e Dilma fortaleceram a estatal para que ela cumprisse o seu papel de empresa pública, gerando empregos e renda para milhares de brasileiros”, ressalta o Coordenador Geral da FUP, José Maria Rangel. Só os investimentos da Petrobrás representam 13% do PIB do país. Mas nem sempre foi assim. Em 2000, a participação da indústria de petróleo no PIB era de apenas 3%. Por isso, as centrais sindicais e os movimentos sociais estão nas ruas, defendendo o pré-sal, a Petrobrás e o Brasil da ameaça de retrocesso. “Não permitiremos que este setor tão estratégico para o país caia novamente nas mãos dos que defendem a privatização do estado.” diz Rangel.

O clima é de indignação. Se as empresas insistirem nessa negociação de “faz conta”, sem uma proposta de avanços efetivos no que se refere à melhoria dos salários e benefícios, os trabalhadores vão reagir à altura e podem decidir, na assembleia já agendada para o dia 17, pela paralisação no dia 18. O DIA ‘D’ DA REDE - O dia 16/09 será o dia “D” dos trabalhadores da Rede. Está marcada para este dia a 7ª rodada de negociações, e se as empresas insistirem no mesmo blá, blá, blá e na mesma choradeira não tem como conter a insatisfação dos trabalhadores. E não é pra menos, na última rodada de negociações, as empresas insistiram em dar aumento abaixo do piso regional e ofereceram apenas R$ 0,60 de reajuste por dia no vale refeição. É brincadeira! Essa campanha envolve cerca de 30 mil trabalhadores no Rio de janeiro de empresas como Telemont, Serede, Procisa, Nesic, entre outras. A negociação é com as empresas, o Sinstal (Sindicato Patronal) e o Sinttel. A contraproposta

Rede parou por sete dias na campanha salarial de 2010

do Sinttel às empresas é uma Pauta de 15 itens. Confira a Pauta na íntegra no Portal e abaixo alguns itens: • Piso geral R$ 1.100,00 / Vale refeição - R$ 18,00/ Auxílio creche - R$ 200,00 •Cronograma para a promoção dos OSC/Ass.Téc. ADSL para Cons. Técnico; • PPR/2014/15 - discutir teto, sem indicadores, critérios básicos de absenteísmo e proporcionalidade na CCT • Plano de Saúde - com um teto máximo de desconto que não ultrapasse 30% do salário do trabalhador;

• Carro Agregado - reajuste da tabela em 100% INPC +10%, aluguel nas férias, seguro e pagamento de 50% do IPVA; • Cabistas/Técnicos (ADSL, Telecom, FTTH, etc) reajuste com ganho real, Oi Plano de Cargos e Salários (PCS) para essas e outras funções • Mudança da data base para 1º de maio/15; • Reajuste para os gerentes - ou plano de reajuste para esses trabalhadores; • Multa no valor de R$ 50,00 em caso de descumprimento de CCT

CAMPANHA DAS OPERADORAS

Claro começa a negociar hoje, dia 10 - A 1º rodada

de negociação com a Claro acontece hoje e amanhã, dias 10 e 11, em São Paulo. Além de buscar uma proposta de acordo à luz da nossa Pauta de Reivindicações, que tem entre seus principais itens a reposição total das perdas salariais com reajuste pelo INPC integral para todos os trabalhadores, mais um percentual a título de ganho real, a representante do Sinttel-Rio, na Comissão Nacional de Negociações, Virgínia Berriel vai cobrar da empresa a solução de inúmeros problemas e pendências, a começar pela redução do vale refeição dos trabalhadores do RCV, de 26 para 22, uma perda de R$88,00.

BT Telecom nova negociação dia 23 - Teve sua

primeira rodada de negociação dia 9, em São Paulo, mas até o fechamento dessa edição a empresa se limitava a analisar e discutir a nossa Pauta sem apresentar nenhuma proposta de reajuste. Uma nora reunião já estava pré-agendada para o dia 23, novamente em São Paulo.

Vivo negocia dias 24 e 25 - A última rodada de negociação, dias 27 e 28 de agosto, com a Vivo foi um horror.

A empresa que está prestes a desembolsar a bagatela de € 7,45 bi com a compra da GVT, veio com a velha choradeira de sempre, propôs corte e redução de benefícios, reajuste salarial abaixo da inflação e escalonado por faixa de rendimento. A proposta indecente da Vivo foi rejeitada pela Comissão que exige reajuste pelo INPC integral para todos, mais ganho real, e espera uma proposta no mínimo nestes termos no dia 24, em São Paulo.

TIM negocia dia 12-

Negociações na TIM tiveram início no dia 25 de agosto, a empresa enrolou, enrolou e não fez nenhuma proposta de reajuste salarial e de benefícios. A reunião na sexta, dia 12, será aqui, no Rio, e a expectativa do Sindicato é de que a empresa faça uma proposta concreta de reajuste.

GVT negociação dia 15 -

Além da expectativa acerca da negociação salarial, os trabalhadores da GVT vivem o dilema da compra da empresa pela Vivo/Telefónica, em vias de se concretizar. O temor na categoria é a possibilidade de terceirização geral.


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