REDE - DATA BASE 1º AGOSTO
Assembleia hoje, às 18h, no Sindicato Numa rodada de negociação exaustiva e desgastante, que teve início às 16h e se estendeu até às 20h30 de ontem, depois de muitas discussões e embates dos dirigentes do Sinttel e da comissão de negociações, formada por vários dirigentes sindicais de base e trabalhadores, e as empresas e o Sindicato patronal (Sinstal) chegaram a uma proposta, que eles fizeram questão de frisar que se trata da proposta final. A última.
"Banco Central independente é o melhor para o país” O discurso da mídia é claramente a favor da independência do Banco Central (BC) e contra a posição que defende sim, a autonomia do mesmo com a regulação do estado. Desta vez, deixaremos a contestação ao discurso midiático para dois dos maiores e mais respeitados economistas do mundo atual, os americanos Joseph Stiglitz e Paul Krugman. Vejamos, então, o que eles dizem a respeito do assunto: Para ambos um Banco Central independente, que atue sem o controle dos governos eleitos pelo povo e à mercê do interesse dos bancos e do sistema financeiro, é uma grave ameaça. Americanos, Stiglitz e Krugman viveram a crise financeira de 2008 que resultou na maior crise econômica mundial da atualidade. Eles atribuem isso a excessiva liberdade dada aos mercados financeiros. Na ânsia de acumular dinheiro sem freios, a economia dos EUA foi à bancarrota no fim da década passada e arrastou todo o mundo. Antes da crise, as instituições financeiras e reguladoras americanas eram apontadas como modelos a imitar. Para Stiglitz a crise mostrou que o desejo de independência do BC é, na pior das hipóteses, questionável. E enfatiza “na crise, os países com os BC’s menos independentes, como a China, a Índia e o Brasil, se saíram muito melhor que os demais." Paul Krugman também teme dar poderes excessivos aos órgãos reguladores da economia. Ele é talvez o economista mais influente do mundo atual. Em 2000, já alertou que "estamos vivendo a era do banqueiro central, uma era em que os governantes eleitos em todo o mundo têm sido persuadidos a deixar a política econômica nas mãos de tecnocratas não eleitos." Krugman também criticou os economistas que defendem um mercado totalmente livre, ou seja, BC’s independentes, sem qualquer regulação. Diz ele "é preciso muita ginástica intelectual para defender que o livre mercado estabiliza a si mesmo.” Ao contrário do que defende a nossa velha mídia, os dois economistas prêmios Nobel na área Joseph Stiglitz (2001) e Paul Krugman (2008), defendem a autonomia do BC com regulação dos governos democráticos e eleitos pelo povo.
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Diante do adiantado da hora em que terminou as negociações, estamos publicando nesta edição os principais itens dessa proposta final para conhecimento de todos os trabalhadores. O Sindicato convoca toda categoria para a assembleia, que acontecerá hoje, dia 17, a partir das 18h, no auditório da entidade (Rua Morais e Silva, 94). Só na assembleia os trabalhadores
conhecerão a íntegra da proposta e poderão avaliar e decidir com o seu voto se a aprovam ou rejeitam. É importante que todos participem, venham de carro, de ônibus, de trem, metrô ou de qualquer outro jeito, mas estejam presentes. Conheça os principais itens da proposta: . Piso geral - R$ 975,00 e m 1º de agost o e R $ 1.000,00 em 1º de jan/2015
. Piso salarial para OSC’s e Ligadores - R$ 980,00 em 1º de agosto e R$ 1.005,00 em 1º de jan/2015 . Piso Salarial para Cabista - R$ 1060,00 a partir de 1º de agosto . Data base - foi antecipada para 1º de junho de 2015 . Vale refeição - R$ 14,00 a partir de 1º de outubro e R$ 14,50 a partir de 1º de jan/15 . Carro agregado - R$ 840,00 a partir de 1º de outubro, con-
CAMPANHA DAS OPERADORAS
GVT ao invés de avançar, recua Em reunião realizada na última segunda-feira, dia 15, em Curitiba (PR), a empresa teve a cara de pau de oferecer um reajuste menor que o proposto na reunião anterior, que já havia sido recusado pela Comissão. A empresa chegou ao absurdo de oferecer reajuste pelo INPC, mais 0,25% para as funções de Aux e Irla. Além disso, em relação ao PAD, em total desrespeito ao trabalhador, a GVT ofereceu apenas 0.35% no target de 2015 (este ano foi 0,25%). Atualmente, o piso para as funções de Aux de LA, Irla, Rep. de LA e técnico de ADSL é o menor praticado na categoria, inclusive pelas terceirizadas. A GVT ainda propõe reajuste de benefícios como: tíquete, cesta básica, auxílio-creche e excepcional e locação de veículos, menor do que a inflação. A comissão indignada recusou a proposta e apresentou uma contraproposta que prevê reajuste de salário pelo o INPC integral mais 3% de ganho real, estendido para todos os benefícios, além do fim do banco de horas. O Sindicato vem recebendo denúncias de que os trabalhadores estão folgando apenas duas vezes por mês, e que recebem as escalas de final de semana às
vésperas do mesmo. O Sindicato é contra o banco de horas, a empresa, por sua vez, admite acabar para alguns segmentos e mantê-lo para outros. A GVT tem sido a operadora mais rentável do mercado de telecomunicações brasileiro nos últimos anos, e mesmo assim, insiste em ignorar a luta dos trabalhadores por seus direitos. Uma nova rodada de negociação com a empresa está marcada para o dia 7 de outubro. BT Telecom – Na primeira rodada de negociação dia 9, a empresa se limitou a analisar e discutir a nossa Pauta sem apresentar nenhuma proposta de reajuste. Uma nova reunião está agendada para o dia 23, em São Paulo. A data base é
1º de setembro. Vivo negocia dias 24 e 25 Na última rodada de negociação, a empresa, que está prestes a desembolsar a bagatela de € 7,45 bi com a compra da GVT, veio com a velha choradeira e chegou a propor corte e redução de benefícios, reajuste salarial abaixo da inflação e escalonado por faixa de rendimento. Esperamos que dia 24 ela venha com uma proposta melhor. A data base da Vivo é 1º setembro. TIM negocia dia 12 – Na segunda rodada de negociações realizada dia 12, aqui no Rio, a TIM se limitou a discutir possíveis avanços no que se refere às cláusulas sociais. Já no que se refere às econômicas, nada ficou definido.
OI: assembleia dia 18 discute Pauta
Os trabalhadores da Oi, empresa que só no Rio de Janeiro tem mais de 5 mil empregados, discutirão e definirão amanhã, dia 18, em assembleia, a Pauta de Reivindicações da campanha salarial deste ano. A data base da categoria é 1º de novembro. A assembleia de pauta é o pontapé inicial na campanha salarial. É fundamental a participação dos trabalhadores na assembleia, vá e leve suas propostas. Para assegurar a participação de todos, serão realizadas assembleias dia 18, às 12h, simultaneamente, nos seguintes locais: Lavradio, Centro, Praia de Botafogo e Polidoro e às 18h do mesmo dia na sede do Sindicato (Rua Moraes e Silva, 94).
forme tabela de agregação, e 5% de reajuste nas demais faixas . Reajuste de 6%, a partir de 1º de agosto para as demais faixas salariais . PPR/2014 - compromisso de negociar em até 60 dias, após a assinatura da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) . Cronograma para treinamento do OSC e do Ass. Técnico para a função de Consultor técnico
TELEATENDIMENTO
Contax pode ser vendida a grupo americano De acordo com a Revista Exame, a Contax, a maior empresa de teleatendimento (call center) do país, está à procura de um comprador. Os principais acionistas da companhia, os grupos Jereissati e Andrade Gutierrez (Oi) e as gestoras Credit Suisse Hedging-Griffo e Skopos, estão estruturando um plano para vender suas participações em conjunto. Bancos de investimento, como o JP Morgan e o BTG Pactual, foram procurados recentemente para preparar a operação. Calcula-se que o interessado deverá desembolsar cerca de R$ 3 bilhões para fechar o negócio. Uma das candidatas mais prováveis na compra da Contax é a gigante americana de call centers e tecnologia Convergys, que ainda não tem uma participação relevante no país e foi procurada nos últimos meses para avaliar o negócio. Outra empresa interessada na aquisição da Contax de acordo com as especulações do mercado é a francesa Teleperformance que já atua no segmento no mercado brasileiro.
A Contax tem mais de 100 mil empregados no Brasil, Colômbia e Peru. O Brasil concentra o maior contingente, cerca de 80 mil trabalhadores, destes 12 mil no Rio de Janeiro. No ano passado, a empresa faturou 3,6 bilhões de reais e lucrou 102 milhões de reais. EMPREGOS E SALÁRIOS
Para o diretor administrativo do Sinttel-Rio, Carlos Amaral, empregado da Contax, as especulações do mercado não interessam ao Sindicato, o que interessa a entidade é que essa venda não resulte em mais demissões, redução de postos de trabalho, corte de benefícios e mais prejuízos para os trabalhadores. Segundo ele, só com a suposta preparação para venda, a Contax promoveu ao longo dos últimos dois anos uma das maiores reengenharias de pessoal, demitiu milhares de trabalhadores em todo o Brasil, especialmente no Rio de Janeiro, onde o seu efetivo foi reduzido em 4 mil empregados, caiu de 16 mil para 12 mil.