Jornal do Sinttel-Rio nº 1.430

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CAMPANHA DAS OPERADORAS

Claro diz não ter proposta. Nova negociação dia 08/10

“Bolsa-família é bolsa-esmola e alimenta o assistencialismo.”

Esta afirmação é reproduzida pela mídia, a fim de encobrir os vários avanços sociais de extrema relevância, alcançados com a implementação do Programa. Segundo o relatório global da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), divulgado dia 16 de setembro, o Brasil saiu do Mapa Mundial da Fome. Segundo os dados analisados, entre 2002 e 2013, caiu em 82% a população de brasileiros em situação de subalimentação. Além disso, a publicação britânica The Economist elogia o Programa e o jornal francês Le Monde publicou: “O programa Bolsa Família amplia, sobretudo, o acesso à educação, a qual representa a melhor arma, no Brasil ou em qualquer lugar do mundo, contra a pobreza.” Na educação, recente pesquisa do IBGE revelou que a taxa de analfabetismo caiu absurdamente. Em 2013, o analfabetismo se restringia a 8,5% da população composta por pessoas com 15 ou mais anos de idade. Essa é a menor taxa de analfabetismo registrada na história do país! Em 2013, a taxa de escolarização atingiu 98,4% dos adolescentes entre 15 e 17 anos e chegou a 81,4% entre crianças de 4 a 5 anos. A perspectiva é que até 2016, segundo Ministério da Educação, a escolarização de crianças nesta faixa etária será universalizada e todos terão acesso à educação.

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Na primeira rodada de negociação, ocorrida dias 10 e 11, em São Paulo, a Claro disse que não tinha nenhuma proposta. A empresa seguiu o script, a exemplo das outras operadoras com data-base em setembro e outubro, que nas primeiras negociações se limitaram a encenar, falar de tudo, menos do que realmente interessa aos trabalhadores e aos Sindicatos: reajuste de salários, ganho real, benefícios etc. A comissão nacional de negociação, formada por representantes de sindicatos do Rio de Janeiro e de várias regiões do país, apresentou aos representantes da Claro vários problemas e pendências prejudiciais à categoria, tais como: . O desconto do vale alimentação do pessoal do RCV . . A imposição de uma escala de revezamento que nunca existiu. . Atendimento precário do Plano de Saúde da Unimed. . Fim do banco de horas.

. Antecipação da data-base de 1º de outubro para 1º de setembro. A empresa ficou de avaliar todas as reclamações. No primeiro dia de reunião, a Claro fez um panorama sobre o atingimento de metas da PPR/2014 e concluiu que os resultados são ruins, mas admitiu a mudança desse quadro para melhor, nesse segundo semestre do no. FUSÃO

A comissão exigiu da Claro a convocação de uma reunião com os gerentes das três empresas que estão em processo de fusão - Embratel-NET-Claro - para discutir a situação dos trabalhadores, que desde o início do ano vivem dias de incerteza. Segundo denúncias ao Sinttel -Rio, há trabalhadores executando três funções dentro da Embratel e sem saber como vai ficar a sua situação. Os representantes da Claro garantiram que não haverá demissões e ficaram de dar uma resposta sobre todas as cobranças da comissão na próxima reunião, já marcada para os dias 8 e 9 de outubro, ocasião em que esperamos muito mais que isso. Queremos uma resposta à Pauta de Reivindicações.

OI APROVA PAUTA

Os trabalhadores aprovaram a minuta da Pauta de Reivindicações do Sindicato e incluíram as suas propostas específicas. Agora são todos mobilizados para exigir reajuste pelo INPC integral, mais ganho real e o atendimento de nossas principais reivindicações. AGENDA DE NEGOCIAÇÕES

BT Telecom – teve uma nova rodada de negociação dia 23, em São Paulo, mas até o fechamento dessa edição não tínhamos informações sobre o que ficou definido. Na primeira, a BT não fez nenhuma proposta. A sua data base é 1º de setembro. Vivo – nas duas últimas rodadas de negociação não fez nenhuma proposta aceitável, chegou ao cúmulo de propor o corte e a redução de benefícios. Volta a negociar dias 24 e 25, em São Paulo. A data base da Vivo é 1º setembro. GVT – Essa ao invés de avançar nas negociações decidiu recuar e teve sua proposta rejeitada pela comissão. Uma nova reunião está marcada para o dia 07/10. A sua data base é 1º de setembro.

Operadores de GMDSS param dia 30 O dia 30 será um dia de luta e paralisação dos operadores de rádio GMDSS, embarcados ou não nas diversas plataformas da Bacia de Campos. Em assembleia realizada dia 18, na sede do Sindipetro, os Operadores decidiram, por unanimidade, parar dia 30 e exigir o piso salarial de R$ 2.148,45. Na assembleia compareceram diversos trabalhadores desembarcados e mais 60 empregados embarcados mandaram uma lista de presença concordando com as deliberações da assembleia. Os trabalhadores lutam por: Piso de R$ 2.184,45; PPR/PLR; pela jornada de trabalho 14 x 21, a mesma exercida pelos trabalhadores da Petrobras e algumas terceirizadas. Tais reivindicações foram entregues as empresas Marenostrum, ETC, Galaxia Marítima, esta aliás, tem operadores de rádio, porém, desvia a função dos mesmos registrando-os como tradutores. Além de trabalhadores destas empresas, compareceram também à assembleia trabalhadores da TP Telemática, que ficam em solo, na Plataforma P-60, sendo que estes já têm o Piso salarial superior ao reivindicado de R$ 2.483,00, bem como trabalhadores da empresa Sealion do Brasil, também com

piso maior do que o praticado pelas duas maiores empresas prestadoras do serviço. O Piso de R$ 2.184,45 está vigente em uma de nossas Convenções Coletivas de Trabalho, desde maio/2014, porém, a Petrobras e suas prestadoras vêm ignorando o mesmo. A Petrobras, inclusive, recebeu uma notificação do SINTTEL-Rio informando sobre este piso, e até a presente data não se manifestou, já que as empresas prestadoras apresentaram como proposta para reajuste de salários e benefícios apenas 5% na data-base 1º de junho.

No dia 30, os trabalhadores desembarcados vão se mobilizar na porta do prédio da Petrobras, em Macaé. Será mantido o atendimento prioritário, com 30% do pessoal embarcado cumprindo demandas de embarcações com: rancho, água e óleo, aeronave PDAD, atendimento ao alarme e simulado e emergência declarada, além de voos que sejam prioritários. Compareceram à assembleia que decidiu pelo dia de luta, além dos dirigentes do Sinttel-Rio, Virgínia Berriel e Beth Alves, dirigentes do Sinttel-NNF e do Sindipetro.


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