CAMPANHA DE TELEATENDIMENTO
Sinttel-Rio cobra a reabertura das negociações
Embratel negligencia Cipa O Sindicato foi informado que a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa), prédio da Rua Camerino, está vencida há três meses e a empresa não está nem aí para convocar eleições dos novos representantes. Quem procurou o setor de Engenharia de Segurança da Embratel para cobrar a abertura de inscrições foi informado que a empresa está esperando a fusão com a Claro e a Net para formar uma Cipa centralizada. Isso é um absurdo. A fusão Claro-Embratel-Net já é uma realidade e mesmo durante todo o processo nenhuma das três empresas parou quaisquer de suas atividades, não deixaram de vender seus produtos, por exemplo, para esperar o fim da fusão. Claro que não. Mas quando se trata de viabilizar algo que protege o trabalhador, prevendo, inclusive, estabilidade provisória de dois anos, o negócio é diferente, tem que esperar o fim do processo de fusão. O Sindicato vai procurar o setor de Recursos Humanos da Embratel ainda esta semana para exigir a convocação de eleições imediatas da Cipa Camerino, bem como de outras unidades nas mesmas condições.
FOTOS CAMILA PALMARES
Numa comunicação oficial (ver facsimile) enviada ontem, dia 06, às empresas de teleatendimento e o sindicato patronal (Sinterj), a diretoria do Sinttel-Rio exige a imediata reabertura de negociações salariais para pôr fim ao impasse que culminou com a greve de 24 horas, deflagrada no dia 17 de dezembro último. Se isso não ocorrer vamos preparar a greve geral por tempo indeterminado.
A
pós a primeira greve geral dos trabalhadores em teleatendimento, em 17/12/2014, que foi um sucesso e que contou com a adesão maciça da categoria, as empresas, ao invés de recuarem da posição intransigente e reabrirem as negociações, preferiram partir para o terrorismo barato e para retaliação, ameaçando com o corte do dia parado, do descanso semanal remunerado (DSR) e o não pagamento da variável. Ao fazerem isso, as empresa querem, por um lado, intimidar os trabalhadores e assim deter a mobilização crescente da categoria, e por outro, minar a confiança dos trabalhadores nas suas lideranças sindicais e no próprio Sindicato. Nessa investida mesquinha, as empresas assumem uma postura claramente anti-sindical e mentem para a categoria ao afirmarem que a greve foi ilegal. E ainda que houve acordo com o Sinttel-Rio autorizando o desconto, uma mentira deslavada. O Sindicato jamais assinaria um acordo em prejuízo para os trabalhadores. A GREVE FOI LEGAL
O Sindicato mais uma vez alerta os trabalhadores
Contax Mauá
a não confiarem em conversa de patrão, especialmente, quando estes acusam e caluniam o Sindicato. A greve de 24 horas, realizada em 17 de dezembro, foi absolutamente legal. O Sindicato seguiu todos os trâmites jurídicos previstos, tais como: realização de assembleias, onde a categoria rejeitou amplamente a proposta vergonhosa das empresas, publicação de editais de convocação da assembleia e de greve em jornais de grande circulação, etc. Ilegal sim é a atitude das empresas, que numa clara retaliação aos grevistas demitiram algumas lideranças e ameaçam com o corte do dia parado, desconto do DSR e o não pagamento da remuneração variável. Isso é ilegal e abusivo e não será tolerado pelo Sinttel-Rio. Atento Madureira
O fim de todo e qualquer tipo de retaliação aos grevistas será o pré-requisito na retomada das negociações salariais com as empresas. A proposta patronal de pagar apenas o salário mínimo e reajustar em R$0,50 o tíquete foi rejeitada, a negociação volta à estaca zero. O Sindicato mantém a nossa Pauta (ver abaixo) e espera bom senso das empresas para negociar com base nisso e pôr fim ao impasse que não interessa aos trabalhadores. Lembramos que a data base da categoria é 1º de janeiro e que o setor conta no Rio de Janeiro com cerca de 60 mil trabalhadores, a maior parte deles concentrados nas duas gigantes do setor: a Contax e a Atento.
Sinttel tem hoje, dia 7, audiência com o vice-prefeito O Sinttel-Rio terá hoje, dia 7, às 15h, audiência como o vice-prefeito da cidade do Rio de Janeiro, Adilson Pires. Na ocasião os dirigentes da entidade vão cobrar o pagamento do piso regional aos teleatendentes que prestam serviços em órgãos municipais. A audiência, intermediada pelo exdeputado Gilberto Palmares, será na prefeitura. Quando candidato, o prefeito Eduardo Paes, em visita ao Sindicato garantiu que se eleito pagaria o piso regional dos teletendentes do município, mas a até agora não cumpriu com o prometido. Na audiência vamos lembrar a promessa e cobrar seja efetivada.
GVT muda jornada Trabalhadores da GVT denunciaram que, durante o período de festas de final do ano, foram abordados pelos supervisores dos cargos de reparador e instalador para efetuarem mudanças nos horários de trabalho. A empresa mantém a carga horária de 40 horas semanais, porém ao invés das mesmas serem distribuídas em 8 horas diárias, de segunda à sexta, a empresa quer oferecer duas horas de almoço por dia, obrigando os trabalhadores a cumprirem a jornada aos sábados. Com isso, as horas extras que deveriam ser pagas pelo trabalho aos sábados seriam abolidas e os trabalhadores perderiam o direito ao complemento. Esta prática ocorreu em Mato Grosso, Bahia e Rio de Janeiro, onde os trabalhadores vêm sendo pressionados a assinar o documento que formaliza as mudanças. O Sinttel repudia qualquer decisão unilateral e sem negociação com a categoria com relação a mudança de jornada em prejuízo dos trabalhadores. O Sindicato vai cobrar do setor de Recursos Humanos da GVT explicações sobre esta arbitrariedade e alerta aos trabalhadores para não assinarem nenhum documento antes de qualquer negociação.
NÃO ADMITIMOS RETALIAÇÃO
Contax Mackenzie
A nossa pauta
... ... . Fac-símile da carta enviada às empresas
Piso de R$ 1.099,00 VR de R$ 11,00 para jorna da de 180 horas e de R$ 22 ,00 para as demais jornada Redução das jornadas de s trabalho de 220 para 200 horas semanais Redução dos descontos Fim das metas abusivas Fim da exigência de entre ga Cumprimento da pausa de de atestado médico em 72 horas 10 minutos de descanso a cada 50 trabalhados