Jornal do Sinttel-Rio nº 1.446

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CAMPANHA DE TELEATENDIMENTO

Contax volta a negociar dia 16 TV PAGA

Embratel, Claro e Net têm 53,01% do mercado O Brasil fechou novembro de 2014 com 19,81 milhões de acessos de TV paga. No mês, de cada cem domicílios, 30,20 possuíam o serviço, segundo o indicador “Densidade dos Serviços de TV por Assinatura”, que é a relação percentual entre o número de assinaturas e o número de domicílios estimado a partir dos dados publicados pelo IBGE, em sua Síntese de Indicadores Sociais. Estes dados foram divulgados pela Anatel, nesta segundafeira, 12/01. O serviço DTH segue na liderança com 12 milhões 276 mil 113 acessos ativos, ou 61,96% de market share. O serviço de cabo chegou a 7 milhões 430 mil 480 de acesso, ou 37,51%. O acesso por meio de fibra segue crescendo de forma muito lenta e, em novembro, o país contabilizava 89.663 acessos ativos, ou 0,45%. Na disputa pelo ranking nacional, em novembro, o grupo mexicano Telmex, dono da Embratel, Claro e NET, atualmente em processo de fusão, aumenta sua presença no país e chega a 10 milhões 501 mil 486 de acessos ativos, ou seja, detém 53,01% do mercado. A Sky, comprada pela AT&T, fica na segunda posição com 5 milhões 643 mil 299 de acessos ativos, ou seja, 28,48% do mercado. A Oi aparece na terceira posição com 1 milhão 204 mil 860 de acessos ativos, mas bem atrás no market share, com 6,08% do mercado. VIVO NA LANTERNA

A GVT, comprada pela Telefônica, aparece na quarta posição com 870 mil e 908 de assinantes. A Telefônica registrou 759 mil 992 assinantes, é a última no ranking. Somadas as duas operadoras (a fusão ainda das operações ainda não aconteceu) somam 1 milhão 630 mil 900 acessos ativos e ultrapassariam a Oi. Mas a Telefônica também ficaria bem distante da Sky, que está na segunda posição e mais ainda do Grupo Telmex. (fonte Convergência Digital

CAMILA PALMARES

Diante da pressão do Sindicato, as empresas confirmaram que voltarão à mesa de negociação com o Sinttel-Rio. Ao longo da semana passada a direção do Sindicato esteve nos locais de trabalho e a disposição dos trabalhadores é de ir à greve geral por tempo indeterminado caso as empresas insistam em manter o impasse. Fruto da combatividade da categoria e da ação do Sinttel-Rio, as empresas voltarão à mesa de negociação. A reunião com a Contax será na sexta, dia 16, e as demais empresas, junto com o sindicato patronal, até o fechamento desta edição ainda não tinham marcado uma data. É importante que os trabalhadores tenham consciência que essa retomada das negociações não aconteceu por boa vontade das empresas, mas sim, devido à pressão feita pelo Sindicato e à mobilização da categoria. Ao tentar impor sua vontade pela intimidação com ameaças de demissões, corte dos dias parados, desconto do descanso semanal remunerado e não pagamento da remuneração variável, as empresas deram um tiro no próprio pé. Essa retaliação acirrou o clima de indignação na categoria. O clima de revolta nos locais de trabalho agora é ainda maior. Sem a garantia de que os dias parados não serão descontados, abono do dia 17/12, dia da greve, fim da retaliação e a apresentação de uma

Paralisação na Atento Madureira durante a campanha

proposta à luz da nossa pauta (ver box), os trabalhadores voltarão à greve e, desta vez, mais ampla e por tempo indeterminado. Ao invés de partir para a intimidação, uma prática absolutamente anti-sindical e de maus patrões, as empresas deveriam ter negociado, cedido e atendido as principais reivindicações do setor. É isso que estamos exigindo que façam desde sempre. Se assim tivessem agido teriam evitado o acirramento do conflito. O impasse nas negociações é imposto pelas empresas, as mesmas que, de acordo com fiscalização do

Ministério do Trabalho e Emprego, são comprovadamente as piores no que diz respeito a pagamento de salários, garantias sociais e respeito às leis trabalhistas (veja matéria no verso). O trabalhador que tiver alguma dúvida sobre a campanha, que queira esclarecer alguma informação deve entrar em contato com o Sinttel-Rio (2204-9300) e falar com Ricardo Pereira, Reneo Augusto, Carlos Amaral, Alan Dias ou César Fernandes. Não busque informação com o patrão ele não é confiável, é contra o seu interesse.

NOSSA PAUTA

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Piso de R$ 1.099,00 VR de R$ 11,00 para jornada de 180 horas e de R$ 22,00 para as demais jornadas Redução das jornadas de trabalho de 220 para 200 horas semanais Redução dos descontos Fim das metas abusivas Fim da exigência de entrega de atestado médico em 72 horas Cumprimento da pausa de 10 minutos de descanso a cada 50 trabalhados

Sinttel aguarda audiência com o prefeito Numa audiência dia 7, com o vice-prefeito da cidade do Rio de Janeiro, Adilson Pires, a diretoria do Sinttel-Rio cobrou o pagamento do piso regional aos teleatendentes que prestam serviços em órgãos municipais, conforme promessa feita pelo então prefeito Eduardo Paes, quando em visita ao Sindicato durante a campanha eleitoral. Adilson ouviu os dirigentes do Sindicato e se comprometeu a marcar uma audiência entre a diretoria e o prefeito para discussão e encaminhamento da questão. Até ontem, dia 13, a audiência com o prefeito não havia sido marcada. Estamos aguardando.

Centrais sindicais vão às ruas para garantir direitos Dia Nacional de Luta em Defesa dos Empregos e dos Direitos está marcada para o dia 28 de janeiro em todo o Brasil. A CUT e as demais centrais sindicais se reuniram ontem, dia 13 de janeiro, na sede da central, para discutir estratégias de luta e mobilização da classe trabalhadora diante dos anúncios feitos pelo governo. Na ocasião, as centrais sindicais anunciaram que farão duas grandes mobilizações unificadas em defesa dos empregos, direitos e pela revogação das Medidas Provisórias 664 e 665 anunciadas pelo governo no final do ano passado, que tornarão mais rigoroso o acesso da população a uma série de benefícios previdenciários, entre eles o seguro-desemprego, o abono salarial, a

pensão por morte e o auxílio-doença. A primeira manifestação, institulada Dia Nacional de Luta em Defesa dos Empregos e dos Direitos, está marcada para o dia 28 de janeiro , em todo o país, com assembleias e paralisações. Nas próximas edições do jornal, serão divulgadas informações atualizadas sobre o local e o horário da manifestação no Rio. A Marcha da Classe Trabalhadora ocorrerá no dia 26 de fevereiro, em São Paulo. A presidenta em exercício da CUT, Carmen Foro, destacou que a Central avalia as medidas do governo como ataques aos direitos trabalhistas e apontou a necessi-

dade de dar uma resposta nas ruas a essas ações. “O governo tende a fazer o ajuste na economia à custa dos trabalhadores e não vamos permitir nenhum direito a menos, como disse a presidenta Dilma no discurso de posse. Queremos que esse discurso agora se viabilize", alertou. Na última eleição, os trabalhadores cobraram um canal de interlocução permanente para que não sofressem com os ajustes na economia. Para Carmen, o governo errou ao apenas comunicar os trabalhadores sobre as decisões, sem chamá-los para conversar. Uma reunião com os ministros da Secretaria-Geral da Presidência da República, Miguel Rosseto, e do Trabalho, Manoel Dias, está marcada para o dia 19 de janeiro, segunda-feira, com a expectativa que

seja retomado o diálogo e a construção de uma mesa permanente de negociação. "O compromisso construído com a presidenta é que em todo o processo, sobre qualquer tema que tratasse da pauta dos trabalhadores, primeiro haveria um diálogo conosco", afirmou. Segundo ela, o objetivo do diálogo com o governo é impedir a generalização de um cenário de demissões por todo o país como resultado de um ajuste fiscal com base no corte de gastos sociais e do crédito à indústria. Já foram registradas demissões em diversas categorias em todo o país, como de 800 metalúrgicos do ABC paulista, que se encontram em greve e receberam o apoio da CUT. Carmen ressaltou ainda que as medidas anunciadas prejudicam especialmente os trabalhadores mais pobres. "A

realidade brasileira de alta rotatividade não é desejo dos trabalhadores, que são demitidos e ainda punidos. E isso atinge principalmente o setor que mais precisa, o de mão de obra pouco especializada e mais jovem". Esta afirmação é comprovada por um estudo do Dieese, segundo o qual praticamente metade (46%) dos trabalhadores são demitidos antes de completarem seis meses de trabalho. Carmen afirmou,também, que as centrais voltarão a exigir do governo a aplicação de mecanismos legais para que as empresas beneficiadas por incentivos do governo assumam contrapartidas sociais e o compromisso de não demitir e garantir empregos. "Não dá para quem recebe dinheiro público responder com demissões", pontuou.


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