DEMOCRACIA SIM. RETROCESSO NÃO! O povo brasileiro assistiu neste final de semana (sexta e domingo) a grandes manifestações, onde milhares de pessoas foram às ruas protestar contra várias questões. Os protestos, ao contrário dos ocorridos em junho de 2013, deixaram claro que existe uma luta de classes na nossa sociedade. Alertamos que a democracia pressupõe a livre manifestação, mas alguns setores aliados à mídia se aproveitam do momento para defender o retrocesso e o golpe.
F REDE
Negociação salarial tem início dia 20
Após os trabalhadores aprovarem a pauta de reivindicações, o Sinttel realiza a primeira rodada de negociações nesta sexta, dia 20, na sua sede, para a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho. A data base é 1° de abril e envolve mais de 40 mil trabalhadores de todo o estado. A campanha unificada inclui as empresas Huawei, BTCC, Logictel, Empreza, Itautel, entre outras, e agora também as empresas com data base em 1° de junho, como Telemont, Serede, Procisa etc. Entre os principais itens da pauta estão: Piso mínimo de R$1200,00 Vale refeição - R$20,00 por dia Ca r ro ag rega do – R$1100,00 Unificação das datas bases de julho e junho para 1º de abril; Pagamento de 30% de periculosidade para trabalhadores com motocicletas PPR2015 A pauta está disponível no portal do Sinttel www.sinttelrio.org.br Junto com essa negociação será debatido o pagamento do PPR 2014 das empresas Telemont e Serede, além dos compromissos que ficaram pendentes por estas empresas. O Sindicato está visitando os locais de trabalho para conversar e mobilizar os trabalhadores da categoria para esta grande campanha. Acompanhe no portal o dia a dia da campanha. Atos, reuniões de mobilização e negociação são tratados diariamente no portal, que você pode acessar a qualquer momento, inclusive, do seu smartphone.
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oram às ruas na sexta-feira, 13, os que querem a permanência de um governo democrático, que permite e respeita a livre manifestação, os que querem o fortalecimento da Petrobrás, ícone da soberania nacional, que exigem, sim, que o governo retire da pauta o corte de direitos trabalhistas e a manutenção no combate à corrupção. Já o protesto do domingo, dia 15, contou, praticamente, com segmentos da classe média colonialista e do empresariado, que não se conformam com a derrota nas urnas. De acordo com pesquisa do Datafolha, 82% dos que ocuparam a Av. Paulista, no domingo, votaram em Aécio Neves. Esses setores contam como o apoio e a aliança da mídia, maior partido de oposição ao governo (Partido da Imprensa Golpista – PIG) e que teve papel fundamental no incentivo e na convocação dos que querem “sangrar” o governo, como brada o senador Aloysio Nunes, vice na chapa de Aécio. Bem como os que defendem o golpe e a deposição da presidente Dilma, eleita legitimamente pelo voto de 54 milhões de brasileiros. Em ambas as manifestações havia, sim, muitas pessoas insatisfeitas com o governo, especialmente contra as Medidas Provisórias (MPs) 664 e 665, que retiram direitos sociais e trabalhistas, a inflação, em defesa da Petrobras e contra a corrupção. Isso é legítimo e deve ser uma prática, faz parte do exercício democrático. MÍDIA GOLPISTA
O que não é legítimo é transformar um protesto democrático em palanque para candidatos já derrotados pelo povo. É fazer o que a mídia brasileira tem feito: subir no palanque, assumir a defesa da oposição, usando e abusando da manipulação dos fatos para desinformar e confundir a população.
FOTOS SOCORRO ANDRADE
A mídia brasileira só faz isso porque, ao contrário do que acontece na maioria dos países democráticos do mundo, não tem qualquer controle por parte do estado ou da sociedade. Os donos dos grandes conglomerados de comunicação no Brasil, especialmente, a família Marinho, cresceram durante a ditadura, bajulando os militares. A mesma mídia que hoje aposta no impeachement da presidente e no golpe de direita apoiou o golpe militar e durante anos o tratou como "revolução de 64", uma total inversão de valores, pois os verdadeiros revolucionários eram assassinados e torturados nos porões da ditadura. De acordo com o relatório final da Comissão da Verdade, foram 434 mortes ou desaparecimentos forçados durante a ditadura militar no Brasil. A mídia que hoje classifica de "manifestantes pacíficos" os participantes do protesto da Av. Paulista criminalizou os protestos de junho de 2013, taxando
os manifestantes de "vândalos", "arruaceiros" e contra os quais, ao invés de tirar selfies, a policia jogava bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha. O COMBATE À CORRUPÇÃO
Todos nós, cidadãos que pagamos nossos impostos, somos contra a corrupção e, ao contrário do que tenta fazer crer a mídia golpista, nunca no Brasil se combateu tanta a corrupção como agora. Quando se viu na história desse país empresários presos por corrupção? Nunca. Há quatro meses estão presos executivos e empresários das maiores empreiteiras deste país, tais como: Camargo Correa, Odebrecht, Mendes Junior, Queiroz Galvão, OAS, Engevix, UTC, Galvão Engenharia e Iesa, todos envolvidos no esquema de propina na Petrobrás. Os empreiteiros são considerados os donos do Brasil, e conforme depoimento do delator Pedro Barusco, nunca foi preciso negociar valores, eles, os empreiteiros, é que faziam as propostas. A Policia Federal nunca trabalhou tanto. Os culpados estão indo para a cadeia. Isso é mérito deste governo. Mas a mídia manipula. Em seus noticiários enfatiza o escândalo, vinculando-os apenas ao PT, omitindo que
esse esquema funcionou nos governos tucanos de FHC e até antes e nunca foram investigados ou denunciados por cumplicidade da própria mídia com esses governos. "Nunca se roubou tanto nesse país", esta frase está na boca do povo. Uma mentira inventada pela mídia. A corrupção é uma chaga em qualquer sociedade, mas infelizmente existe não só no Brasil, mas em outros países. Ao constatar essa triste realidade, não estamos contra o combate à mesma, pelo contrário. Queremos que o combate à corrupção seja estendido a todos os setores, que chegue aos sonegadores, aos que mandam ilegalmente dinheiro para contas no exterior e em paraísos fiscais, a quem suborna etc. Queremos, por exemplo, a punição da Globo, que tem uma dívida de mais de R$ 1 bilhão de sonegação fiscal. Por fim, destacamos que é importante que a presidente Dilma, democrata que é, seja sensível aos protestos e coloque na ordem do dia, não apenas a revogação das MPs, que retira direitos, mas que inicie já a discussão e votação da regulação da mídia, o plebiscito da reforma política e outras pautas que fortalecem a democracia e ampliam ainda mais a inclusão social. A DIRETORIA