DEMISSÕES
Corte atinge mais de 3 mil trabalhadores só esse ano CAMPANHA REDE
Negociação dia 10, no Sindicato
O Sindicato e a categoria esperam que no dia 10 as empresas saiam do bla, blá, blá e comecem de fato a apresentar propostas concretas às nossas reivindicações. Enquanto isso, prosseguem os atos nos locais de trabalho no Rio, Grande Rio, Baixada e no interior, discutindo a pauta, tirando dúvidas da categoria e, principalmente, mobilizando os trabalhadores para lutar pelo atendimento de nossas reivindicações. Veja a nossa pauta no Portal do Sindicato (www.sinttelrio.org.br). Essa campanha mobiliza mais de 40 mil trabalhadores em todo o estado em empresas como Itautel, Huawei, BTCC, Logictel e Empreza, além da Telemont e Serede, as duas maiores do setor. O objetivo do Sindicato é unificar a data base de todos os trabalhadores de prestadoras de serviços de telecomunicações em 1º de abril, para, assim, fortalecer a luta e ter uma Convenção Coletiva de Trabalho única para o setor de forma que em qualquer empresa o trabalhador tenha os mesmos salários e benefícios. Participe dos atos nos locais de trabalho e acompanhe os informes da campanha no portal do Sindicato e no Jornal do Sinttel.
Ações de 2009 serão destruídas
Os associados do Sinttel-Rio assistidos pelo Departamento Jurídico da entidade, com ações finalizadas no ano de 2009, terão prazo de 30 dias a partir de 1º abril de 2015, para retirar os documentos relativos aos autos em que figuraram como parte. Findo este prazo, os documentos serão incinerados.
SOCORRO ANDRADE
As fusões, incorporações e a reestruturação por que passam as operadoras de telecomunicações resultaram na demissão de mais de 3.070 trabalhadores, só este ano, na Oi, Vivo e Nextel.
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epois da fusão desastrosa com a Portugal Telecom e de sucessivos erros de gestão que culminaram com a troca de cinco presidentes em seis anos, a Oi anunciou este mês o corte de mais de 6% do seu quadro de pessoal, estimado em 18 mil empregados em todo país. Isso significa que 1.071, número que somado as 500 demissões feitas em novembro do ano passado, eleva o corte para 1.771 empregados em todo país, em menos de seis meses. Com esse corte a Oi quer reduzir em 20% as despesas com pessoal. Após comprar a GVT do grupo francês Vivendi, pela bagatela de € 7 milhões, a Vivo demitiu este ano mil trabalhadores. Mas a especulação é de que a empresa faça um corte ainda maior na GVT. A Claro se fundiu com a Embratel e NET e, embora jure que não vai fazer cortes, teme-se que isso aconteça. Na Nextel, o motivo do corte de mil trabalhadores responde pelo nome de reestruturação. Oriunda da antiga Telerj, comprada a preço de banana em fim de feira no leilão da privatização das telecomunicações, em julho de 1998, sem que os acionistas tivessem que desembolsar um centavo, pois o negócio foi feito via recursos do BNDES, a Oi é um caso a parte. DÍVIDA CAI R$ 20 BI
A empresa passou por várias crises e ficou endividada especialmente depois da mal sucedida operação com a Portugal Telecom. Mas, de acordo com seu próprio relatório anual de 2014, essa crise é coisa do passado, senão, vejamos: a empresa possui 21,7 % de toda a receita bruta do setor, 36, 5% dos telefones fixos, 18,1% dos celulares, 27,3% do mercado de banda larga e 6,7% do de TV por assinatura. CAMILA PALMARES
Em menos de seis meses, Oi demite 1.171 trabalhadores
São cerca de 75 milhões de clientes. Apesar desses números expressivos, a empresa preferiu começar o seu “plano desafiador” com corte de 1071 empregados em todo Brasil, quase a metade destes (500) na sua sede, no Rio, de Janeiro. De acordo com o mesmo relatório, no quarto trimestre de 2014, a Oi se vangloria de ter registrado "um aumento consistente em praticamente todos os aspectos do negócio". A receita líquida teria aumentado 5,1%, em comparação com o terceiro trimestre. O segmento de celulares teve a receita oriunda dos clientes aumentada em cerca de 10%. A receita líquida do segmento residencial cresceu 0,9%. O segmento corporativo/ PMEs, idem. E mais, a TV paga da Oi registrou um crescimento de 23% nas adições brutas em relação ao 3° trimestre de 2014. De acordo com a Anatel, a Oi foi líder de mercado em adições líquidas em todos
os três meses do 4° trimestre de 2014. A Oi TV registrou 215 mil adições líquidas, enquanto o mercado de DTH registrou 134 desconexões líquidas no trimestre, portanto, a participação da Oi no mercado de DTH fechou o ano em 10,5% (+3,0 % em relação ao final de 2013). A penetração da Oi TV atingiu 11,4% das residências com produtos Oi no 4° trimestre de 2014. TRABALHADOR PAGA O PATO
Diante de tudo isso a empresa não tem como justificar o corte de 6% nos postos de trabalho, então se utiliza dos velhos artifícios e artimanhas do mercado, esconde os números positivos de seu relatório 2014 e só fala do prejuízo. Mas a realidade é bem outra. A dívida atual é estimada em R$ 30 bilhões e foi reduzido em mais de R$ 20 bilhões de setembro de 2014 pra cá. Na época o seu endividamento chegou R$ 51 bilhões.
Para a diretoria do Sinttel Rio, a Fenattel e demais sindicatos do país, os trabalhadores não podem e não vão pagar essa conta, "Já dissemos e vamos repetir: não vamos aceitar que o ônus dos sucessivos erros de gestão da Oi recaia sobre os trabalhadores, que ao longo desses anos todos deram o suor e o sangue pela empresa" disse Luís Antônio Sousa, coordenador geral do Sinttel-Rio. Ele acrescentou “não podemos admitir que sejam sempre os trabalhadores, que fizeram sua parte, deram o melhor deles, perderam vantagens, tiveram salários achatados, benefícios arrochados, ficaram sem plano de carreira a pagarem essa conta e sejam responsabilizados por sucessivos erros dos ex-presidentes e gestores que deixaram seus cargos levando polpudas e milionárias indenizações contribuindo ainda mais para o endividamento da empresa.
Ato na Dasa: Sindicato cobra reunião O Sinttel-Rio realizou, no último dia 2, um ato na porta da Dasa Diagnósticos da América S.A, para informar e mobilizar os trabalhadores sobre as ações e cobranças do Sindicato junto à empresa. A Dasa presta serviços de teleatendimento no agendamento de exames e informações para os laboratórios Bronstein, Lâmina, Med Imagem, Sérgio Franco, CDPI, dentre outros, e emprega, atualmente, mais de 300 trabalhadores. Estes operadores de teleatendimento deveriam ser representados pelo Sinttel-Rio, porém estão, indevidamente, no Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Rio. Atualmente, a empresa pratica o pagamento de R$ 765,00 pelo salário base, inferior ao salário mínimo nacional e do piso da categoria, fixado em R$788.00. Mesmo após os trabalhadores terem feito diversas reclamações a seus gestores, eles ignoram e alegam que o valor reivindicado é referente à jornada de 44 horas,
sendo que a destes trabalhadores é de 36 horas. O Sindicato quer que a empresa pratique o piso previsto na Convenção Coletiva de Trabalho da categoria. Vale destacar que estes trabalhadores tem data-base em 1° de janeiro, unificada nacionalmente, ou seja, deveriam ser regidos e representados pela norma coletiva do Sinttel-RJ, aliás, uma Convenção específica que garante direitos para todos os operadores, sejam eles da Contax, Atento, Tivit, Warm Brasil, Master Brasil, Internáutica, Capital Consulting, Universo Três, e também os trabalhadores da Dasa. Desde o ano passado, o Sindicato vem recebendo diversas denúncias e reclamações dos trabalhadores da Dasa. A diretoria de Negociação Coletiva ligou diversas vezes para o RH da Dasa, localizado em São Paulo, além de mandar email e pedir o agendamento de uma reunião, e NADA foi feito. A empresa não só age com desrespeito com os seus emprega-
dos, como também, com total descaso com o Sinttel-Rio, que, efetivamente, é o Sindicato que por direito representa todos os operadores de teleatendimento, categoria diferenciada, que possui uma legislação própria, informação que, provavelmente, a empresa também ignora. Desta forma, o Sinttel notificou a empresa para o agendamento de uma reunião, para o cumprimento imediato da Convenção Coletiva de Trabalho e também cobrará melhores condições de trabalho. Segundo os operadores, as condições são precárias: banheiros entupidos, sem porta, carpete sem limpeza adequada, entre outros problemas. Caso a Dasa insista em ignorar as cobranças, o Sinttel entrará com uma ação de cumprimento da CCT. É importante que todos os trabalhadores se mantenham mobilizados e se filiem ao Sinttel, porque unidos há mais força para lutar por melhores salários, benefícios e condições de trabalho para todos.
Centrais sindicais contra o PL da terceirização As reações à possível aprovação do PL 4330, de autoria do exdeputado Sandro Mabel, que foi levado, ontem, dia 7 de abril, à votação na Câmara, tendo à frente o deputado Eduardo Cunha, mobilizaram milhares de trabalhadores em atos em todo o Brasil, organizados por várias entidades, como CUT, UNE (União Nacional dos Estudantes) e MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra). O PL regulamenta a terceirização em todos os setores e é uma grande ameaça aos direitos trabalhistas já conquistados no Brasil. Até o fechamento desta edição, a votação ainda não havia terminado, amanhã, as informações atualizadas estarão disponíveis no portal do Sinttel.
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m Brasília, onde o ato foi intensificado, em função da proximidade com os parlamentares e o local da votação, manifestantes e policiais militares entraram em confronto em frente ao Congresso Nacional. A PM usou bombas de efeito moral para dispersar os manifestantes. Em resposta, os manifestantes jogaram objetos, como bandeiras, garrafas d’água, cones e pedaços de madeira nos policiais, que recuaram. Manifestantes ficaram feridos durante o ato e foram atendidos pelo serviço médico da Câmara. A CUT colocou trabalhadores em todos os aeroportos para receber os parlamentares e pedir o apoio contra o projeto e intensificou as ações nas redes sociais. "O futuro do Brasil está em risco. A subcontratação liberada mata, adoece. De cada cinco trabalhadores que morrem no trabalho, quatro são terceirizados. De cada 10 trabalhadores que sofrem acidente de trabalho, oito são subcontratados. É uma máquina de moer gente", afirma Graça Costa, dirigente da CUT Nacional. O PL 4330 é um duro golpe contra os trabalhadores, em particular aos empregados em empresas de telecomunicações, uma vez que legaliza a terceirização em todos os setores e atividades-fim, incluindo teleatendi-
Departamento de aposentados é reativado
A partir de agora, os companheiros (as) aposentados(as) podem contar com o departamento de aposentados, que foi reativado recentemente. O objetivo é que o mesmo seja um espaço para o aposentado interagir, participar e sugerir atividades para o setor. Para responder pelas atividades do departamento e receber os aposentados, estão à frente Eugenia e Regina, às segundas, terças e quintas-feiras, no horário de 12h às 16h, ou pelo telefone: 22049300 R. 201. Participem!
Campeonato de futebol
Começa o aquecimento para o novo campeonato de futebol do Sinttel-Rio. Para participar, os interessados devem ser sindicalizados. Na próxima edição do jornal, divulgaremos as informações para inscrição e o cronograma previsto para o início dos jogos. O último campeonato foi muito disputado e contou com a participação de 42 times. Informações, dúvidas e sugestões devem ser encaminhadas por email para: ricardopereira@ sinttelrio.org.br
mento e rede. Atualmente, a legislação permite somente a terceirização de funções relacionadas à atividade-meio das empresas. Além disso, o PL permite a quarteirização (Artigo 1, parágrafo 1), que regulamenta subcontratações de empresas por empresas terceirizadoras de mão de obra. Com a liberação irrestrita da subcontratação é fácil prever a precarização das condições de trabalho. Para o deputado Vicentinho ( PT-SP), o PL "rasga a CLT (Consolidação da Legislação Trabalhista)" e tem como objetivo aumentar a exploração da mão de obra, os lucros dos patrões e reduzir custos, em detrimento da qualidade de vida e de trabalho. Vicentinho é o autor do PL 1621/2007, um contraponto ao PL 4330, que propõe a regulamentação da terceirização, desde que haja igualdade de direitos entre terceirizados e efetivos (saúde, ambiente de trabalho, plano de saúde, tíquete-refeição etc) e proíbe a terceirização na atividade-fim. O PL 4330 visa o lucro puro e simples do empresariado e quer ampliar ainda mais o número de subempregados. Para a Federação Brasileira de Telecomunicações - Febratel -, entidade empresarial, “além de estimular o setor de serviço, possibilitando sua diversificação, o projeto de lei se preocupa com a defesa dos
CUT-SP faz protesto contra a aprovação
direitos trabalhistas dos funcionários das empresas contratadas.” Isso não é verdade, a realidade apresenta uma face cruel para os trabalhadores, vítimas de inúmeros prejuízos sociais e financeiros. A proposta é um retrocesso trabalhista e está diretamente associada ao trabalho escravo. Recentemente, flagrantes de trabalho escravo surgiram por problemas em fornecedores ou terceirizados, como Zara, Le Lis Blanc, MRV, entre tantos outros. Em números, estima-se que, atualmente, há cerca de 12 milhões de pessoas em regime de trabalho terceirizado, no Brasil. Com a aprovação do projeto, esse número subiria para 33 milhões e , consequentemente, em demissões em massa de empregados regularmente contratados para substituí-los por trabalhadores terceirizados, com salários mais baixos. TERCEIRIZADO GANHA MENOS
OPERADORES GMDSS
SATÉLITE
O Sinttel apresentou a pauta de reivindicações dos trabalhadores da categoria para o Sinder (Sindicato Nacional das Empresas de Radiocomunicações), em reunião dia 6, segundafeira, na sede do Sindicato. O Sinder se apresentou formalmente para o Sinttel como representante legal das empresas que prestam serviços de rádio GMDSS,
Em assembleia realizada dia 31, na sede do Sindicato, o Sinttel-Rio apresentou a pauta de reivindicações para o sindicato patronal, o Sindisat - Sindicato Nacional das Empresas de Telecomunicações por Satélite, e para todas as empresas da categoria. A campanha envolve um grande número de trabalhadores distribuídos em diversas empresas telecomunicações por satélites, entre elas: Eutelsant do Brasil, Telesat Brasil, Telespazio Brasil, Tesacom do
Nova reunião dia 29 como ETC, Marenostrum, TP Telematica; Galaxia Maritima, entre outras. A categoria abrange cerca de 500 trabalhadores entre embarcados e desembarcados, cuja data base é 1° de maio. Uma nova reunião ficou marcada para o dia 29 de abril, às 10 horas, na sede no Sinttel, quando o Sinder apresentará proposta, após consultar as empresas.
Inscrições para representantes sindicais De hoje, dia 8, até o dia 10, estão abertas as inscrições para representantes sindicais das empresas Atento e Contax. Os empregados interessados devem ter no mínimo um ano de empresa e seis meses de sindicalizados. Na Atento, os trabalhadores de todos os prédios poderão se inscrever na sala de lanches, no horário de 10h às 17h, onde estarão os representantes do Sindicato. Já na Contax, a inscrição pode ser feita presencialmente ou pelo telefone: 2204 9300. Para as inscrições presenciais, no mesmo horário, os representantes do Sinttel estarão nos prédios nas seguintes datas: Dia 8 - Niterói e Mauá Dia 9 - Rio Comprido e Mackenzie Dia 10 - Engenho de Dentro
EDIÇÃO Socorro Andrade Reg. 460 DRT/PB - socorroandradde@gmail.com REDAÇÃO Socorro Andrade e Simone Kabarite - Reg. 0035866/RJ ILUSTRAÇÃO Alexandre Bersot http://www.behance.net/alexandrebersot
DIAGRAMAÇÃO L&B Comunicação Ltda IMPRESSÃO Gráfica do SINTTEL-Rio: Jorge Motta Reg. 17.924 DRT /RJ (prod. gráfica) Valdir Tedesco (impressor) CIRCULAÇÃO Semanal TIRAGEM 12 mil exemplares
Rua Morais e Silva, 94 - Maracanã - RJ - CEP 20271-030 - Tel.: 2204-9300 E-mail Geral sinttelrio@sinttelrio.org.br - Site http://www.sinttelrio.org.br E-mail Jurídico juridico@sinttelrio.org.br - E-mail Imprensa imprensa@sinttelrio.org.br
bersot
humor DIRETOR DE IMPRENSA Marcello Miranda marcello13@uol.com.br
De acordo com um estudo do Depar-
tamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) em parceria com a Central Única dos Trabalhadores, em média um trabalhador terceirizado trabalha três horas a mais por semana e ganha 27% menos que um empregado direto. Também recebem menos proteção social e são as maiores vítimas de acidentes e mortes no local de trabalho. Não é à toa que é rejeitado pela maioria dos ministros do Tribunal Superior do Trabalho, como o presidente, ministro Barros Levenhagen, pela Associação Nacional dos Magistrados do Trabalho, pelo Ministério Público do Trabalho, por advogados trabalhistas e pelas centrais sindicais. O TST regula o tema, por meio da chamada Súmula 331, que proíbe a contratação de trabalhadores por meio de empresas terceirizadas, exceto os trabalhadores temporários , e só legaliza a prática quando se refere à atividade-meio da empresa, e não à atividade-fim.
Sindicato apresenta pauta Brasil, Gilat do Brasil, Globosat do Brasil, Hispamar Satelites, Viedeocom Brasil e Intelsat Brasil. O Sinttel já solicitou uma nova reunião para o dia 13 de abril, segunda-feira, e as empresas e o sindicato ficaram de confirmar até quinta, dia 9. Isto porque, os dirigentes do Sinttel querem fechar a Convenção na data base da categoria - 1° de maio -, ao contrário dos anos anteriores, quando o acordo foi protelado pelas empresas.
Petromare quer parcelar benefícios Após várias cobranças do Sindicato, a empresa se reuniu dia 1° de abril com diretores do Sinttel para responder pelas irregularidades denunciadas pelos empregados. No dia seguinte, a Petromare se reuniu com cerca de 60 trabalhadores. Segundo a empresa, em função da reestruturação financeira pela qual vem passando, só poderá efetuar o pagamento, com o parcelamento do vale refeição e vale transporte durante os meses de abril e maio. O Sinttel
e os trabalhadores esperam que a situação seja normalizada o mais breve possível. O Sindicato continua cobrando providências em relação às outras pendências, como atrasos nos prazos dos processos homologatórios e o pagamento das verbas rescisórias devidas. Para informações, denúncias e reclamações, entrem em contato com o diretor do Sindicato, Valdo Leite (valdoleite@sinttelrio. com.br).
“Plano desafiador” da Oi No final de janeiro deste ano, em reunião com o ministro Ricardo Berzoini, o presidente da Oi, Bayard Gontijo - o quinto, nos últimos seis anos - afirmou que a empresa havia elaborado um “plano desafiador” para 2015 e entre abril e maio anunciaria os próximos investimentos. Abril chegou e o país conheceu o "plano desafiador" da concessionária - 1071 demissões de uma tacada só. Desde a privatização do setor, em 1998, duas palavras repetem-se à exaustão quando se fala em telecomunicações - consolidação e demissões. A Oi tem sido campeã nesse último item. Demitiu três mil trabalhadores logo após a privatização. Dez anos, depois, quando assumiu o controle da Brasil Telecom demitiu novamente. E repetiu a dose em 2010, quando estabeleceu a sua frustrada parceria com a Portugal Telecom. E não se trata de uma empresa qualquer. A Oi possui 21,7 % de toda a receita bruta do setor, 36, 5% dos telefones fixos, 18,1% dos celulares, 27,3% do mercado de banda larga e 6,7% do de TV por assinatura. São cerca de 75 milhões de clientes. Apesar desses números expressivos, a empresa preferiu começar o seu “plano desafiador” demitindo 1071 funcionários em todo Brasil, a metade deles no Rio de Janeiro. No relatório do quarto trimestre de 2014, a Oi se vangloria de ter registrado "um aumento consistente em praticamente todos os aspectos do negócio". A receita líquida teria aumentando 5,1% em comparação com o terceiro trimestre. O segmento de celulares teve a receita oriunda dos clientes aumentada em cerca de 10%. A receita líquida do segmento residencial cresceu 0,9%. O segmento corporativo/PMEs, idem. Sobram perguntas: que plano desafiador é este que, apesar dos resultados positivos, a empresa demite trabalhadores? Como ficam os que permanecem na empresa? Quando será o próximo corte? Como a empresa continuará a melhorar a qualidade dos serviços, demitindo pessoal? O fato é que, não apenas a Oi, mas nenhuma das operadoras pensa na questão social ou na qualidade dos serviços. Apenas na melhor forma de garantir dividendos para seus acionistas. As demissões não podem ser uma preocupação apenas dos trabalhadores e seus sindicatos. Devem ser uma preocupação de toda a sociedade e do governo federal. Qualidade e universalização dos serviços não combinam com demissões em massa como tem sido praxe na Oi e nas demais operadoras. Leia mais em www.institutotelecom.com.br
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