1 DE MAIO O
Ato em defesa dos trabalhadores CAMPANHA DA REDE
Nova rodada de negociação hoje Acontece hoje, dia 29, na sede do Sindicato, a quarta rodada de negociação para renovação da Convenção Coletiva de Trabalho 2015/2016. A campanha “É pra já!” para reajuste de salários e benefícios engloba mais de 30 mil trabalhadores das empresas: EmpreZa, BTCC, Huawei, Logictel,Telemont, Serede, Procisa, Tel, entre outras, com datas base em 1° de abril e 1° de junho. A última rodada foi realizada no dia 10, quando o sindicato patronal e as empresas apresentaram uma proposta indecorosa: 3% de reajuste para salários e benefícios e volta do banco de horas. Hoje, o Sindicato espera uma proposta digna, que atenda às reivindicações da categoria. Entre os itens da Pauta, estão: piso geral de R$1200,00, vale refeição de R$20,00 por dia, plano de saúde unificado, de qualidade e com baixo custo e INPC integral mais ganho real.
A CUT e outras centrais, além de várias entidades dos movimentos sociais, como MST e UNE, convocam todos os trabalhadores para a grande manifestação do Dia do Trabalhador, em 1º de maio, sexta-feira, a partir das 15h, na Lapa. O ato é em defesa dos direitos da classe trabalhadora, da democracia, pela punição dos corruptos, pela manutenção dos empregos e da Petrobras, grande patrimônio do povo brasileiro, e, principalmente, contra o PL 4330, recém-aprovado na Câmara dos Deputados, que extingue direitos históricos de todos os trabalhadores.
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provado na Câmara, agora o PL passará a tramitar no Senado, cuja bancada patronal também é significativa. O Projeto permite a terceirização sem limites, em todas as funções de qualquer empresa e setor, e retira os direitos e conquistas dos trabalhadores (ver mais sobre o PL na página 4). Em função disso, a pressão popular contra a aprovação do PL 4330 deve aumentar! Ao ocupar as ruas, a população devolve ao 1° de maio o sentido de luta da classe trabalhadora, data que mobiliza milhões de cidadãos em todo o mundo. A mobilização permanente também é contra as Medida Provisórias nº 664 e 665, que mudam as regras para a concessão do auxílio-doença e pensão por morte e dificultam o acesso ao segurodesemprego e ao abono salarial. Outra bandeira defendida no dia 1° de maio será a reforma política, que prevê o fim do financiamento empresarial de campanhas eleitorais, uma forma de combater a corrupção e defender os interesses do
Protestos marcaram a primeira votação na Câmara
povo brasileiro, e não do empresariado. O ato também volta a defender a Petrobras e o pré-sal, patrimônios do povo brasileiro, alvo dos ataques da imprensa
ABONO TELEMONT E SEREDE SAÍDOS
Para os saídos da Telemont e Serede receberem o pagamento do abono no dia 30 de maio, devem comparecer até o dia 10 ao RH das empresas para atualização dos dados pessoais. No caso da Telemont, os trabalhadores devem procurar o RH das respectivas regiões, se não, ficarão sem receber. Caso os trabalhadores tenham dúvidas, devem entrar em contato com os diretores: Amilton (amiltonbarros@sinttelrio.org.br) e Valdo (valdoleite@ sinttelrio.org.br).
Vagner Freitas, presidente da CUT, em destaque
e de parte do segmento empresarial , que têm o objetivo de enfraquecê-la e, assim, privatizá-la. Com isso, os recursos do présal, que deveriam ser destinados à saúde e educação, iriam para iniciativa privada, que visa apenas o lucro particular. A luta de 1° de maio é, sobretudo, contra a grande manipulação da mídia em torno de todas estas pautas. Ao encobrir os enormes prejuízos que podem ser causados aos trabalhadores com a aprovação do PL 4330; ao desenvolver campanha de desvalorização da Petrobras, visando incentivar a sua privatização, e omitir a importância da Reforma Política para combater a corrupção em todos os setores do país, a mídia conservadora, mais uma vez, distorce a verdade e limita o acesso da população a informações que podem mudar para pior as relações trabalhistas atuais e o futuro de várias gerações de trabalhadores brasileiros.
FUTEBOL
TELECOMUNICAÇÕES
Livro revela drama do trabalho precário no mundo empresa que trata seus trabalhadores como peças disponíveis e dispensáveis de uma grande engrenagem a serviço do lucro. Exaustos de um trabalho desgastante, degradante e instável, muitos já perderam o controle sobre a própria vida e vivem uma existência onde nada mais faz sentido; assim, o suicídio torna-se uma libertação das humilhações e submissão cotidianas. A médica, então, resolve intervir naquela difícil realidade para denunciar à sociedade as formas de opressão vivenciadas na empresa. A realidade francesa é diferente daquela vivida pelos trabalhadores brasileiros, no entanto, as estratégias empresariais estão globalizadas, o que permite comparar a nossa realidade com a francesa e europeia de modo geral.
“Penso: no mundo do trabalho atual, quem pode diferenciar os mortos voluntários dos que foram levados ao matadouro?”
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ocê percebe impactos do que vive no trabalho na sua vida cotidiana? Há sentido no trabalho que você realiza? O seu trabalho é fonte de realização pessoal? Ou seria apenas o espaço em que você se sente obrigado a estar para sua sobrevivência? Você já se fez essas perguntas? Essas e outras questões sobre o trabalho na contemporaneidade estão presentes no romance policial “No Limite”, de Marin Ledun, editora Tordesilhas. O cenário é uma empresa de telecomunicações recém-privatizada, que passa por uma brutal reestruturação na forma como o trabalho é organizado. Qualquer semelhança com as operadoras de telecomunicações brasileiras não é mera coincidência. Em entrevista, concedida a Folha de São Paulo, em fevereiro de 2014, Ledun afirma que os casos de mal estar e mesmo de suicídios no trabalho são fenômenos recentes e têm origem nas transformações no mundo do trabalho que precarizaram as relações de trabalho, contribuindo sobremaneira para o esgarçamento de projetos coletivos e a organização
LEMOS E RECOMENDAMOS
dos trabalhadores. A redução do quadro de funcionários, o incentivo à competição entre eles, a culpa que é assumida pelas vítimas desse processo - os trabalhadores geram sofrimento, ansiedade e estimulam as atitudes individualistas e o sentimento de não-pertencimento, a ausência
de identidade entre os iguais. CALL CENTER
A trama se desenrola em torno da médica do trabalho Carole Matthieu e seus pacientes, trabalhadores do call center. Tanto Carole, quanto seus pacientes, são pessoas no limite do mal-estar proporcionado pela lógica da
O romance, além de discutir os atuais conflitos do mundo do trabalho, aborda a situação específica de trabalhadores de telecomunicações, por isso é importante a leitura e a reflexão coletiva da realidade do trabalho deste setor hoje no Brasil. A leitura é instigante e, à medida que avançamos, vamos enxergando um pouco da própria realidade nesse livro. Vale a pena ler. Nas livrarias o preço está a partir de R$ 40,00, em sites de vendas, como americanas.com, a partir de R$ 28,00.
Passaporte garante entrada gratuita em museus Socorro Andrade
A partir de agora, os cariocas poderão ter acesso gratuito a 43 museus da cidade, com o Passaporte dos Museus Cariocas. Criado pelo Instituto Brasileiro de Museus – IBRAM -, a Prefeitura do Rio, por meio do Comitê Rio 450 anos, o projeto integra um conjunto de atividades comemorativas a esta data, que acontece até o dia 1º de março de 2016. O passaporte dá passe livre ao público nos museus participantes, em determinados dias da semana, ou a obtenção de descontos nos ingressos. Para obtê-lo, é preciso retirá-lo gratuitamente em um dos pontos de distribuição. São eles: Museu da República (Rua do Catete, 153 - Catete), Museu Nacional de Belas Artes (Av. Rio Branco, 199 - Centro), Museu de Arte do Rio (Praça Mauá, 5 - Centro), Centro Cultural Banco do Brasil (Rua Primeiro de Março, 66 - Centro) e Museu Aeroespacial (Av. Marechal Fontenelle, 2000 - Sulacap). O Passaporte lista quais mu-
seus da cidade dão gratuidade em cada dia da semana. Para ter acesso gratuito, basta apresentar o passaporte na bilheteria, que registrará a entrada com um carimbo. No Rio, já existem museus e centros culturais que não cobram entrada, como o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), Casa França Brasil, entre outros, que também constam da lista. Segundo a assessoria do Comitê 450 anos, o objetivo é incentivar a visitação dos espaços culturais, independente se já contam com a entrada gratuita. Alguns deles planejam uma programação
Centro Cultural da Justiça, na Cinelândia
especial para o período. Além destes, alguns museus oferecem gratuidade em dias específicos da semana e com o passaporte podem ser visitados também em outros dias. Desta forma, para melhor aproveitar o passaporte, o ideal é verificar os dias de visitação em que os espaços culturais são pagos e
optar pela ida nestes dias com a apresentação do mesmo, que dá acesso gratuito. Confira a lista dos museus e centro culturais participantes do projeto e respectivos dias da semana com entrada gratuita usando o Passaporte, no site: (www.rio450anos.com. br/wp-content/uploads/2015/04/ pdfsitepassaporte.pdf) .
Inscrições abertas a partir de hoje, dia 29
Começam hoje as inscrições pra o 7º Campeonato do Futebol Society do Sinttel-Rio. O requisito para participar é que o trabalhador de qualquer empresa do setor de telecomunicações (rede, call center e satélite) seja sindicalizado. A inscrição, a exemplo dos outros anos, deve ser feita pelo capitão do time via e-mail para Ricardo Pereira ou Alan Dias, respectivamente: ricardopereira@sinttelrio.org.br e alandias@sinttelrio.org.br. No e-mail, deve constar no assunto “inscrição para campeonato de futebol” e no campo da mensagem o nome do capitão, empresa onde trabalha, contatos, nome do time e a relação dos jogadores (no máximo 15 e no mínimo 10 por equipe), com nome completo de cada um. O campeonato de futebol do Sinttel mobiliza mais de 200 trabalhadores só na formação dos times e mais de 500 trabalhadores e familiares durante os jogos, que acontecem sempre aos sábados, tornando-se uma opção de lazer para toda a categoria, especialmente os amantes do futebol.
Mutirão Hemorio dia 1o de maio
Na próxima sexta, dia 1° de maio, de 7h às 18h, acontecerá o Mutirão no Hemorio para cadastramento de doadores voluntários de medula óssea. O mutirão faz parte da campanha coletiva e colaborativa “#cadastremaisum” pela vida de todos os pacientes que precisam do transplante de medula óssea. O cadastro é rápido e simples, basta levar documento original com foto, preencher um formulário com seus dados pessoais e fazer a coleta de amostra de 5ml de sangue. Vamos participar e ajudar a salvar vidas. O Hemorio fica na Rua Frei Caneca, 8, Centro, tels: 2505 0750 e 2505 6750. Para saber como funciona o cadastro e o transplante, acesse esta página do Hemorio para maiores informações: http://hemorio. rj.gov.br/medulaossea/.
BB: sai CTIS entram AC Service e BC Service Apesar de aprovado na Câmara, o PL 4330, que escancara a terceirização em todos os setores da atividade econômica, ainda tem um longo caminho a percorrer até virar lei. Mesmo assim, a terceirização avança no Banco do Brasil, uma instituição pública que deveria dar o exemplo. Então, se esse famigerado projeto virar lei, o brasileiro pode dar adeus ao sonho de ser funcionário do BB, via concurso público. O Sindicato foi procurado pela CTIS, que atualmente presta serviço de teleatendimento à BB Tecnologia (Cobra), para informar que encerrará suas atividades no BB no dia 28 de maio e pedir para o Sindicato flexibilizar o aviso prévio dos trabalhadores. O Sinttel foi incisivo, afirmou que não aceita qualquer flexibilização de direitos trabalhistas. E esclarece para a categoria que o aviso prévio pode ser trabalhado ou indenizado. O Sindicato advertiu a empresa para pagar todas as verbas rescisórias dos trabalhadores (saldo de salários, 13º proporcional, férias, 1/3 de férias, e liberar o FGTS), uma vez que o fim do contrato não dependeu da vontade dos trabalhadores. Assim sendo, a empresa deverá demiti-los e pagar as verbas rescisórias, inclusive, a multa de 40% sobre o FGTS. AC E BC SERVICE
O Sinttel foi procurado também pelos
As redes da liberdade e a liberdade na rede
Assembleia na CTIS em abril de 2013
representantes das duas empresas que ganharam a licitação e que vão substituir a CTIS no teleatendimento do BB Tecnologia: a AC Service e a BC Service. Ambas queriam negociar os parâmetros da Convenção/Acordo Coletivo de Trabalho, data-base em 1º de maio, e asseguraram que nenhum direito será suprimido e ainda irão manter e incluir outros benefícios. Em breve, o Sindicato se reunirá com as duas empresas, que estão assumindo o
“Amanhecer Contra a Redução da maioridade penal” Na madrugada do dia 28 para hoje, dia 29, aconteceu a primeira ação de um movimento nacional de ocupação de praças, contra a redução da maioridade penal. A campanha “Amanhecer Contra a Redução da maioridade penal” envolve mais de 70 cidades em 23 estados do país, que produziram materiais informativos, com o objetivo de aumentar o diálogo com a população sobre por que a redução não é a solução dos problemas de violência no país. A mobilização nacional conseguiu inscrever mais de 300 praças em todo o Brasil para participarem da Campanha, que visa debater a PEC 171, que está para ser votada a toque de caixa na Câmara dos Deputados e tem o objetivo de reduzir a maioridade penal de 18 para 16 anos no Brasil. Nenhum país que reduziu a
maioridade penal reduziu a violência. No Brasil, os adolescentes são responsáveis por menos de 1% dos crimes contra a vida. No entanto, a juventude é vítima em 36% dos casos de homicídios, em sua grande maioria de negros e pobres. O investimento em políticas para a juventude, em educação, garantia de direitos como lazer, cultura, saúde, direito à cidade são medidas socioeducativas, que trazem resultados concretos e respeitam a dignidade dos jovens. Para hoje, a Campanha incentiva os interessados em participar a postarem nas redes sociais um vídeo curto dizendo por que são contra a redução da maioridade penal, com a hashtag: #ReduçãoNãoÉSolução. Para acompanhar as ações da Campanha no facebook, basta acessar: https://www.facebook. com/events/477669805722755/.
Exame gratuito na Atento Amanhã, dia 30, a Cipa da Atento Madureira promove uma atividade em benefícios dos trabalhadores, levará um médico oftalmologista para realizar exames de vista gratuitos, de 9h às 18h. Além disso, no mesmo dia,
a ótica Styllus Optical oferecerá desconto de 60% na compra de óculos aos trabalhadores diagnosticados com alguma dificuldade. Os dirigentes do Sinttel, representantes da Atento, estarão presentes no local.
contrato no BB, para negociar Convenção/ Acordo Coletivo dos trabalhadores. Desde já, o Sinttel espera que as duas empresas cumpram com o prometido, pois a prática de abusos das empresas que antecederam a CTIS não pode voltar a se repetir. Orientamos os trabalhadores que continuem filiados ao Sinttel e mantenham o Sindicato informado sobre quaisquer abusos ou descumprimento do que for acordado.
Operador de GMDSS: negociação salarial começa hoje
Acontece hoje, dia 29, a partir das 10h, na sede do Sinttel-Rio, a primeira rodada de negociações salariais dos operadores de GMDSS, embarcados nas plataformas de petróleo da bacia de Campos. A negociação será entre o Sinttel, o Sindicato Nacional das Empresas de Rádio Comunicação (Sinder), as empresas do setor (Marenostrum, ETC, TP Telemática, Sealion do Brasil, Galáxia Marítima, entre outras) e a comissão dos empregados. Os representantes das empresas foram convocados pelo Sinttel via ofício e e-mail. A negociação com o Sinder ocorreu a partir de uma solicitação da própria entidade que, enquanto instância patronal do setor, solicitou ao Sinttel-Rio assumir a negociação. O primeiro contato com o Sinder foi apenas entre a sua assessoria jurídica e a do Sinttel, ocasião em que encaminhamos a Pauta de Reivindicações aprovada pelos trabalhadores e também enviada às empresas. A negociação de fato começa hoje, dia 29.
Reunião de representantes sindicais
Aconteceu no último sábado, dia 25, a 1º reunião com os candidatos a representantes sindicais de call center (Atento e Contax). A segundo reunião já está marcada para ao dia 16 de maio. Os diretores que coordenam essa ação alertam os trabalhadores inscritos para que estes não deixem de participar.
No, 1º de Maio, Dia do Trabalhador, nesta sexta-feira, além das lutas importantes contra o PL das terceirizações e por menores jornadas de trabalho e melhores salários, os trabalhadores em particular e a sociedade de modo geral, têm que refletir sobre o novo momento da era da informação. A bola da vez é a Internet. Muitos acreditam que a grande rede terá impactos surpreendentes sobre as relações de trabalho, em favor dos trabalhadores. Será? Se olharmos apenas pelo lado de cada corporação, é evidente que os trabalhadores com suas lutas obtiveram conquistas pontuais contra os detentores do capital. O que isso, no entanto, significou em relação ao controle da informação e das redes pelas quais as informações trafegam? No livro Impérios da Comunicação, o americano Tim Wu tenta demonstrar que várias inovações na história, como o telefone, o rádio, a TV e o cinema nasceram livres das amarras do mercado. “Cada qual era um convite ao uso irrestrito e à realização de experiências inovadoras, até que a tendência de concentração do mercado predominasse.” A internet, que nasceu livre, está sofrendo modificações promovidas por empresas que, cada vez mais, monopolizam setores importantes, como a da busca de dados. O Google, por exemplo, está sempre aperfeiçoando seu mecanismo de pesquisa, numa disputa por um espaço dominado por empresas americanas. Pouquíssimas empresas, hoje, são capazes de desafiar o poder dos EUA na internet. Neste momento, no Brasil, há uma grande batalha no que diz respeito à regulamentação do marco civil da internet. O grande capital se movimenta para garantir, mais uma vez, o controle sobre as redes de comunicação, de maneira a impedir que a sociedade avance no caminho da liberdade de expressão e que os maiores ganhos sejam assegurados aos trabalhadores. Por isso, esse Dia do Trabalhador deve ser, também, o da luta para que a chave geral da rede de comunicações não fique exclusivamente nas mãos do mercado ou dos provedores de conteúdo e/ou busca. Como nos vários exemplos históricos nos quais a tecnologia prometia uma nova sociedade, mais culta e mais igualitária, não podemos deixar esse processo nas mãos daqueles que apenas pensam em enriquecer controlando estas redes. O Estado é um elemento fundamental a ser pressionado para que a maioria da sociedade, ou seja, os trabalhadores, sejam os mais beneficiados. Leia mais em www.institutotelecom.com.br
Terceirização: 9 razões para você se preocupar com a nova lei Procuradores do trabalho, auditores-fiscais e juízes trabalhistas afirmam que o PL 4330 da Terceirização é nocivo aos trabalhadores e à sociedade. Eles apontam nove razões que explicam por que devemos nos preocupar e lutar com todas as formas para impedir que esse projeto vire lei. Pra começar, o número de trabalhadores terceirizados vai aumentar. Veja a seguir as nove razões:
No setor de telecomunicações os acidentes de trabalho com morte atingem mais terceirizados
1. Salários e benefícios devem ser cortados - O salário de trabalhadores terceirizados é 24% menor do que o dos empregados formais, segundo o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). No setor de telecomunicações, embora não seja permitida, a terceirização já chegou à atividade fim, se o PL virar lei, será ampliada a todas as atividades, e isso significa, além de outras coisas, salários mais baixos e corte de benefícios. 2. Número de empregos pode cair - Terceirizados trabalham, em média, 3 horas a mais por semana do que contratados diretamente. Com mais gente fazendo jornadas maiores, cairá o número de vagas em todos os setores. Se o processo fosse inverso e os terceirizados passassem a trabalhar o mesmo número de horas que os contratados, seriam criadas 882.959 novas vagas, segundo o Dieese. 3. Risco de acidente vai aumentar - Os terceirizados são os empregados que mais sofrem acidentes. Na Petrobras, mais de 80% dos mortos em serviço entre 1995 e 2013 eram subcontratados. Isso porque, a segurança é prejudicada porque companhias de menor porte não têm as mesmas condições tecnológicas e econômicas. Além disso, elas recebem menos cobrança para manter um padrão equivalente ao seu porte. O mesmo ocorre no setor de telecomunicações onde a maioria das mortes por acidente de trabalho vitima trabalhadores terceirizados. 4. Preconceito no trabalho pode crescer - A maior ocorrência de denúncias de
discriminação está em setores onde há mais terceirizados, como os de limpeza e vigilância, segundo relatório da CUT. Com refeitórios, vestiários e uniformes que os diferenciam, incentiva-se a percepção discriminatória de que são trabalhadores de “segunda classe”. 5. Negociação com patrão ficará mais difícil - Terceirizados que trabalham em um mesmo local têm patrões diferentes e são representados por sindicatos de setores distintos. Essa divisão afeta a capacidade deles pressionarem por benefícios. Isolados, terão mais dificuldades de negociar de forma conjunta ou de fazer ações, como greves. 6. Casos de trabalho escravo podem se multiplicar - A mão de obra terceirizada é usada para tentar fugir das responsabilidades trabalhistas. Entre 2010 e 2014, cerca de 90% dos trabalhadores resgatados nos dez maiores flagrantes de trabalho escravo contemporâneo eram terceirizados, conforme dados do Ministério do Trabalho e Emprego. Casos como esses já acontecem em setores como mineração, confecções e manutenção elétrica. 7. Maus patrões sairão impunes - Com a nova lei, ficará mais difícil responsabilizar patrões que desrespeitam os direitos trabalhistas porque a relação entre a empresa principal e o funcionário terceirizado fica mais distante e difícil de ser comprovada. Em dezembro do último ano, o Tribunal Superior do Trabalho tinha 15.082 processos sobre terceirização na fila para serem julgados e a perspectiva dos juízes é que esse número aumente. Isso porque, é mais difícil
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bersot
humor
provar a responsabilidade dos empregadores sobre lesões a terceirizados. 8. Haverá mais facilidades para a corrupção - Casos de corrupção como o do bicheiro Carlos Cachoeira e do exgovernador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, envolviam a terceirização de serviços públicos. Em diversos casos menores, contratos fraudulentos de terceirização também foram usados para desviar dinheiro do Estado. Para o procurador do trabalho, Rafael Gomes, a nova lei libera a corrupção nas terceirizações do setor público. A saúde e a educação pública perdem dinheiro com isso. 9. Estado terá menos arrecadação e mais gasto - Empresas menores pagam menos impostos. Como o trabalho terceirizado transfere funcionários para empresas menores, isso diminuiria a arrecadação do Estado. Ao mesmo tempo, a ampliação da terceirização deve provocar uma sobrecarga adicional ao SUS (Sistema Único de Saúde) e ao INSS. Segundo juízes do TST, isso acontece porque os trabalhadores terceirizados são vítimas de acidentes de trabalho e doenças ocupacionais com maior frequência, o que gera gastos ao setor público. O Sindicato aponta uma 10ª razão, o fim da diferenciação entre atividade fim e atividade meio, o que permitirá que todos os setores de uma empresa sejam terceirizados ou quarteirizados. O que faltamente ocorrerá, já que com terceirizados as empresas só têm a ganhar, ao contrário de nós, trabalhadores, que só temos a perder.
Serede: inscrições para Cipa vão até o dia 7 Os trabalhadores interessados em participar da Comissão Interna de Acidente de Trabalho (Cipa) da Serede terão até o dia 7 de maio para se inscrever. A inscrição não pode ser feita por telefone, pois o candidato deve assinar a ficha. Confira os locais de inscrição: trabalhadores de Vila Isabel e Maracanã devem se inscrever na Rua Teodoro da Silva, 701; os de Campo Grande, Limoeiro e Bangu, na Rua Cajaíba, 245; os de Colégio, Mendes, Volta Redonda, Petrópolis, Teresópolis, Nova Friburgo, Nova Iguaçu, Bento Ribeiro, Duque de Caxias e Ramos,se inscreverão na Rua Ana Câmara, 02; os de Campos, Cabo Frio, Alcântara, Niterói, Macaé, se inscreverão na Rua 5 de julho, 237; os de Santa Cruz e Angra dos Reis, se inscreverão na Rua Álvaro Alberto, 315; os de Guerenguê, na Estrada do Guerenguê, 711; Praia, na Av. Princesa Isabel, 320; e São Conrado, Estrada da Gávea, 589. O Sindicato orienta os trabalhadores a participarem da Cipa e, se eleitos, buscarem o Sindicato para uma ação integrada, visando à melhoria da segurança, de condições de trabalho e a organização no local de trabalho. Os membros da Cipa têm estabilidade de dois anos, durante o mandato e um ano após deixar o cargo.
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