Jornal do Sinttel-Rio nº 1472

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A casa caiu! E agora, Cunha? Novas denúncias e pressão da população pressionam presidente da Câmara

A CUT fará ato contra aumento da Selic

A CUT confirmou, para dia 28, próxima terça-feira, a realização de um ato nacional em frente à sede do Ministério da Fazenda, em Brasília, para protestar contra os rumos da economia no Brasil. A data do ato não foi definida por acaso, este é o dia que o Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne para definir e divulgar a taxa Selic/taxa de juros, constantemente elevada, motivo de preocupação para a sociedade e de críticas por parte da CUT e sindicatos filiados. Abaixo os juros! Para o secretário geral da CUT, Sérgio Nobre, a entidade não pode abrir mão de fazer críticas à economia e as medidas adotadas que significam perda para a classe trabalhadora. Há muito tempo a CUT cobra a participação dos trabalhadores no Copom, que é constituído por um grupo de burocratas. AGENDA DE LUTA

Além da manifestação na frente da sede do Ministério da Fazenda, no dia 28, a CUT integrará a Marcha das Margaridas, prevista para ocorrer em Brasília, entre os dias 11 e 12 de agosto. Desde 2003, primeiro ano da manifestação, mais de 140 mil mulheres já ocuparam Brasília para cobrar políticas públicas voltadas a um modelo de desenvolvimento centrado na vida, no respeito à diversidade e contra a violência sexista. Neste ano, as delegações chegarão ao estádio Mané Garrincha a partir de 11 de agosto e a abertura oficial do encontro está para prevista para às 18 horas do mesmo dia. Na manhã seguinte, a Marcha deixa o estádio e segue para o Congresso Nacional.

pós denúncias do ex-consultor Júlio Camargo - um dos delatores do esquema de corrupção que atuava na Petrobras – de que foi pressionado a pagar US$ 10 milhões em propinas para um contrato, sendo que US$ 5 milhões somente para Cunha, o presidente da Câmara entra em um processo de desmoralização na Casa. No último dia 17, durante o seu pronunciamento em rede nacional, movimentos sociais e entidades progressistas realizaram ato na Cinelândia, um grande “barulhaço” em resposta às ações autoritárias e golpistas de Cunha à frente da Câmara. Cunha negou veemente as acusações, seus advogados solicitaram que o STF determinasse a anulação de eventuais provas produzidas contra ele sob a condução do juiz Sergio Moro, responsável pela investigação do esquema de corrupção da Petrobras. Tal procedimento deixa claro o desespero de Cunha com o desgaste que vem sofrendo e acelera o seu processo de enfraquecimento político. Os escândalos envolvendo Cunha não são de hoje. Há mais de 20 anos, as denúncias de fraudes em licitação e pagamento em propinas já respingavam na sua imagem. A pressão das ruas é fundamental para ecoar em todas as esferas a insatisfação da população com os desmandos de Cunha, desde sempre o grande inimigo dos trabalhadores. Veja por quê: • Afilhado político de PC Farias e comandante da Telerj Após a conquista da presidência da República por Collor, Cunha foi nomeado para comandar a Telerj. Durante seu mandato, o TCU constatou diversas irregularidades. • Investigado em esquema de corrupção No famoso esquema de corrupção co-

mariana bomfim

Povo faz barulhaço na Cinelândia, dia 17, e pede a saída de Cunha

mandado por PC Farias, Cunha e outras 41 pessoas foram autuados em um dos processos que investigava o Esquema PC, mas a Primeira Turma do TRT concedeu um habeas corpus e trancou a ação contra ele. • Afastado por denúncias de fraude na Cehab Como presidente Companhia Estadual de Habitação do Rio (Cehab), ocupou o cargo por pouco mais de seis meses, pois foi afastado em 2000 em função das denúncias de irregularidades em contratos sem licitação e favorecimento de empresas fantasmas. Em 2012, Cunha foi acusado de usar documentos falsos para ser eximido destas irregularidades. • Contrário à neutralidade da internet Cunha é opositor da neutralidade da rede e por isso sugeriu uma mudança no projeto. O presidente da Câmara propõe a autonomia das empresas de telecomunicação no controle do fluxo de dados dos usuários, o que fere o princípio de neutralidade da rede. • Relacionado ao esquema Lava Jato

Julio Camargo denunciou pedido de propina de R$5 milhões de Eduardo Cunha. O presidente da Câmara, por outro lado, assegura que nunca recebeu dinheiro ilícito de negócios de empreiteiras com a Petrobras. • Defensor do Parlashopping, o shopping de R$ 8 bilhões do Congresso; • Defensor da terceirização indiscriminada e do PL4330, aprovado sob sua batuta • Defesa de manobras para que ele sempre ganhe as votações na Câmara, como no caso da PEC 171; • Defensor de financiamento empresarial de campanhas, tendo sido seu grande beneficiado • Jogou no lixo mais de 1 milhão de assinaturas do povo que pediam uma Reforma Política que atendesse aos interesses do país; • Articulou votação contra a internet livre no Brasil; • Projeto para acabar com partidos pequenos e que dificulta a criação de partidos independentes

Vivo: antecipação será paga dia 27 Numa assembleia realizada dia 17, na sede da Vivo, na Barra da Tijuca, os trabalhadores aprovaram por ampla maioria a proposta da empresa para o pagamento da PPR/15. A antecipação que a empresa chegou a dizer que não ia pagar, será paga no dia 27. A negociação não foi fácil. Só depois de inúmeras reuniões e depois do Sindicato e da Federa-

ção denunciarem as manobras da Vivo para todos os trabalhadores, através dos jornais e boletins dos sindicatos, foi que a empresa cedeu. Voltou atrás na decisão anterior de não fazer antecipação de um salário agora em julho. A ameaça da Vivo caiu como uma bomba sobre os trabalhadores. O clima era de muita indignação, a categoria já contava com esse valor, já tinha planos

e de repente a Vivo diz que não vai pagar. Absurdo! TARGET DE 2,2 SALÁRIOS

O target para 2015 será de 2,2 salários, caso 100% das metas sejam atingidas, podendo chegar a 2,75 salários. As regras serão as mesmas do ano anterior. Os indicadores de metas serão divulgados pela empresa. O

resultado final será fechado em 31 de dezembro. O pagamento do resultado final de 2015 será feito até 31 de março de 2016. A nossa luta, a partir de agora, é por reajuste de salários e benefícios. A categoria precisa se mobilizar, pois a choradeira da Vivo será grande, mas nós sabemos que esse setor é um dos que mais lucram no país e não vamos abrir mão do ganho real.


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