PL 2673 APROVADO NA CÂMARA Serede vem ao Sindicato explicar incorporação O presidente da Serede, Luiz Henrique de Miranda, terá hoje, dia 26, a partir das 9h, reunião na sede do Sindicato com dirigentes da entidade e a Comissão de Negociação. Na ocasião, ele deverá dar todos os detalhes sobre o processo de incorporação da Telemont. Conforme já noticiamos na semana passada, não haverá rescisão de contrato de trabalho nem homologação, o contrato de trabalho da Telemont terá continuidade na Serede. Essa questão, aliás, tem sido motivo de apreensão pelos trabalhadores, que têm ligado para o Sindicato querendo informações sobre a rescisão. Isso está acontecendo porque na troca de contrato de prestação de serviços de telecomunicações sempre foi assim, os trabalhadores são demitidos de uma e admitidos em seguida na outra. No caso da incorporação da Serede pela Telemont, isso não é necessário, da mesma forma que não foi necessário recentemente, no caso da compra da GVT pela Vivo, da Embratel e Net pela Claro, e antigamente, da Telerj pela Telemar, hoje Oi. VANTAGENS
Para o Sindicato, em princípio, a mudança é interessante, à medida que traz benefícios, tais como: menor participação dos empregados e dependentes no plano de saúde, por exemplo, vale refeição integral nas férias, a PPR de 2016 já está assinada e a remuneração variável é mais ampla e transparente. Os trabalhadores devem aguardar mais informações a partir dessa reunião. O Sinttel continuará dando informações a respeito no jornal do Sinttel e no portal da entidade: www.sinttelrio.org.br.
A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania da Câmara (CCJC) aprovou no último dia 20 parecer favorável ao projeto de Lei 2673/2007 que regulamenta a atividade profissional dos trabalhadores de call center (teleatendimento/ operador de telemarketing). O projeto seguiu para publicação na segunda-feira, dia 24 e depois vai para apreciação e votação do Senado. Se aprovado, vai à sanção presidencial.
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uanto mais perto da vitória, maior é a necessidade de lutar. Precisamos fazer pressão no Senado desde já. Esse projeto beneficiará mais de 1 milhão de trabalhadores em todo país, em sua maioria mulheres e jovens na faixa etária entre 18 e 30 anos, segundo dados das próprias empresas. A aprovação na Câmara, dia 24, não se deu por acaso. Foi resultado da pressão feita pelo Sindicato, pela federação e pelos próprios trabalhadores. Um abaixo assinado correu o país e obteve mais de um milhão de assinaturas que foram entregues, em abril do ano passado, ao então presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves, de quem conseguimos arrancar o compro-
GABRIELA MURNO
Audiência pública realizada em julho de 2009, no Sinttel
misso de desengavetar o projeto. Devido a essa pressão, menos de um mês depois, no dia 7 de maio, o projeto foi aprovado na Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio (CDEIC), seguindo então para a CCJC, onde acaba de ser também aprovado. A luta do Sinttel-Rio pela regulamentação da atividade de teleatendimento/operador de telemarketing tem mais de dez anos e nasceu da necessidade de acabar com as precárias condições de trabalho, os baixos salários e os abusos de toda sorte, inclusive assédio moral até hoje praticado, vieram a público no final do ano passado, após auditoria feita pelo Ministério Público do Trabalho na maior empresa do setor no país, a
PL2673 NASCEU
A ideia do projeto de lei 2673 nasceu no Sinttel-Rio a partir das discussões entre o então deputado estadual Gilberto Palmares, os dirigentes do departamento de saúde da entidade e os diretores do Sindicato oriundos das empresas de call center, portanto, profundos conhecedores da dura realidade desses trabalhadores do setor. A ideia do Sinttel foi, então, levada a dois parlamentares da bancada do PT do Rio de Janeiro, Jorge Bittar, que infelizmente não
foi reeleito, e Luis Sérgio. Eles abraçaram a nossa luta e apresentaram o PL 2673 na Câmara em 2007. Mas, foi preciso muita luta para conseguir desengavetá-lo e agora levá-lo à apreciação do Senado. Mas, parafraseando o grande escritor Guimarães Rosa, o brasileiro, e não apenas o sertanejo, é antes de tudo um forte. Por isso, vamos arregaçar as mangas e lutar para que a tramitação seja mais rápida no Senado e que muito em breve possamos comemorar a regulamentação da profissão de teleatendente. Conheça o projeto acessando o link http://www.camara.gov.br/ proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=533678&filename=PL+2673/2007
CAMILA PALMARES
Atento altera horas extras
Grupo Claro: reunião de PPR dia 9
Após desmarcar duas vezes, o Grupo Claro, enfim, agendou, para o dia 9 de setembro, reunião com a Comissão Nacional para discussão da PPR. O Sindicato e a Comissão Nacional vêm pressionando a empresa a negociar, já que, no caso destes trabalhadores, a antecipação de parte da PPR sempre acontece em setembro. Com isso, o Sinttel prevê que a empresa pretende empurrar qualquer valor de PPR para os trabalhadores, cuja data base também é em setembro. O Sindicato realizou atos ontem, dia 25, nos prédios da Embratel, e programa outros nos locais de trabalho para mobilizar a categoria para a negociação da PPR e do Acordo Coletivo 2015-2016, de todos os trabalhadores do Grupo.
Contax. A auditoria teve origem no volume de denúncias contra a empresa feitas pelo Sinttel-Rio e de outros estados, como Pernambuco e Minas Gerais.
Em 2014, Rio realiza primeira greve de call center no país
Os trabalhadores da Atento, produto NET, denunciaram ao Sinttel que a empresa vem alterando indevidamente no registro de ponto, o horário de saída dos empregados que saem depois do horário de trabalho estabelecido. A alteração tem o objetivo de não contabilizar as horas extras no banco. O Sinttel notificou a Atento para que fizesse a reparação imediata do banco de horas dos trabalhadores. A empresa se comprometeu a devolver as horas retiradas indevidamente, mas, mesmo assim, o Sindicato está entrando com uma ação no Ministério Público do Trabalho para que o mesmo fiscalize as ações suspeitas da Atento. Como uma empresa que se orgulha de ter conquistado a norma internacional SA8000® - que promove a melhoria contínua das relações e das condições do ambiente de trabalho - tem este tipo de prática desrespeitosa com os trabalhadores? O Sinttel condena firmemente estas ações contra os trabalhadores, que são sempre prejudicados, e orienta a todos os lesados a procurarem o Sindicato.