TELEATENDIMENTO
Encontro do setor quinta, dia 24, no Rio A expectativa da diretoria do Sinttel é de que de cerca de 100 trabalhadores participem do I Encontro de teleatendimento do Rio de Janeiro, que ocorrerá ao longo desta quinta-feira, dia 24, no auditório do Sindicato (Rua Morais e Silva, 94 Maracanã). Esse número inclui os dirigentes que representarão os Sindicatos de diversos estados, além de representantes da Federação Nacional dos Trabalhadores em Telecomunicações (Fenattel) e os trabalhadores do Rio.
Como já denunciamos em outras edições, Eduardo Cunha é o grande beneficiado dos financiamentos empresariais de campanha política. Nas eleições do ano passado, quando pleiteou a sua reeleição, a campanha de Cunha recebeu o "investimento" milionário de empresas de R$6,8 milhões! Desta cifra exorbitante, R$4,6 milhões foram doados por indústrias de bebidas, bancos, mineradoras e empresas de telecomunicações. Como a oposição afirma: "empresa não doa, empresa investe." Em maio, inconformado com a derrota do financiamento privado a campanhas e candidatos na votação da Câmara, Cunha articulou um “golpe” para passar, a todo custo, o dinheiro das empresas nas eleições. Em mais uma clara intenção de fazer valer seus próprios interesses escusos, o arquiinimigo dos trabalhadores contrariou a Constituição e colocou de novo em pauta para votação a Proposta de Emenda Constitucional 182/2007, a PEC da Reforma Política. O que ele não contava era que, após o ministro Gilmar Mendes engavetar o processo por um ano e nove meses, a fim de atrasar a discussão, o Superior Tribunal Federal (STF) colocasse em votação e julgasse, por oito votos contra três, que é inconstitucional a doações de empresas a candidatos. A ação que culminou na proibição do financiamento privado de campanhas eleitorais foi movida pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). A proibição já deverá ser aplicada durante as eleições de 2016, com a ressalva de que pode haver "alteração legislativa". A doação privada para campanhas é o centro de inúmeros escândalos de corrupção e reforça ainda mais os desequilíbrios sociais do país. Esta decisão é uma vitória da democracia, já que prevalecerá a decisão popular e não o poder econômico do empresariado, que financia campanhas em troca de favorecimento pessoal.
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Encontro, conforme já noticiamos, terá como finalidade discutir coletivamente a Pauta Nacional de Revindicações para a campanha salarial da categoria este ano, bem como apontar formas de luta e a mobilização efetiva dos trabalhadores em todo país. Não podemos esquecer que este é um dos maiores segmentos do setor de serviços com mais de um milhão de trabalhadores, a maioria mulheres e jovens na faixa etária até 30 anos. A pauta será elaborada a partir dos problemas apontados pelos trabalhadores nas diversas regiões do país e a campanha será nacional. RIO FAZ PESQUISA
O Sinttel-Rio fez uma pesquisa com os trabalhadores nas diversas empresas. Embora até ontem, dia 22, não tivesse concluído sua tabulação, já era possível apontar como um dos principais motivos de queixa dos trabalhadores a questão da remuneração variável (RV). Essa pesquisa será apresentada no encontro e subsidiárá a discussão na Plenária Nacional.
No início deste ano a situação de abuso, assédio moral, precárias condições de trabalho, alto índice de adoecimento por acidente de trabalho e completo desrespeito ao Anexo II da NR 17, levaram o Ministério Público do Trabalho a promover uma auditoria na maior empresa de call center do país, a Contax. Diante da comprovação dessas irregularidades os auditores do trabalho fecharam a sede da empresa em Recife. Os problemas dos trabalhadores de teleatendimento são comuns a todos em qualquer estado ou região, daí a necessidade de uma campanha nacional com forte adesão da categoria. Não basta parar o Rio, como fizemos ano passado, temos que parar o país. A maioria dos sindicatos filiados à federação já fizeram seus encontros. Além do Rio de Janeiro, São Paulo fará o seu encontro de teleatendentes dia 25. Tudo que for discutido nos encontros estaduais será levado a Plenária Nacional da Fenattel que acontecerá no período de 6 a 8 de outubro, em São Paulo, sendo que no dia 7 será realizado o encontro nacional de teleatendimento.
MTE dá prazo às empresas O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), representante do governo na Comissão Tripartite de Teleatendimento (trabalhadores, empresas e governo), assumiu a posição de mediador e decidiu dar um prazo até o dia 12 de outubro para as empresas negociarem com os representantes dos trabalhadores (Comissão Nacional de Call Center e a Fenattel). A decisão do MTE foi motivada pela postura inflexível dos representantes patronais que não demonstram nenhum interesse em negociar e solucionar as graves questões do setor. Entram mudos e saem calados de todas as reuniões. De acordo com Ricardo Pereira, representante do Sinttel-Rio na Comissão Nacional, a Fenattel e a comissão destacaram três questões como metas para serem solucionadas. São elas: 4Cumprimento do Anexo II da NR 17, que já tem oito anos e até hoje nunca foi cumprido pelas empresas. Ressaltamos que a meta de cumprimento de todas as exigências era de cinco anos. 4Remuneração Variável (RV)
– não queremos o fim da perda das metas pelos trabalhadores por motivo de doença e apresentação de atestado médico. Isso é absurdo, o trabalhador cumpriu suas metas não pode perdê-las porque ficou doente. Ele não escolheu ficar doente. 4Fim do controle da ida ao banheiro, clara violação do Anexo II, item 5.7, que libera o trabalhador para necessidades fisiológicas. Além de impedir, as empresas impõem aos trabalhadores 5h40 logados no posto de atendimento, se ele sair para ir ao banheiro perde aderência. Se ele for ao banheiro perde dinheiro. Isso é desumano. 4Rechamada – esse é outro drama. O cliente liga e o operador tem apenas três minutos para atendê-lo. Esse tempo não é suficiente. O supervisor sinaliza o tempo e ele desliga. O cliente obviamente liga de novo, cada vez que ele ligar configura rechamada e o operador perde aderência, ou pontuação. E se o cliente teve seu atendimento concluído e mesmo assim liga de novo por outro motivo, cai como rechamada, e ele é penalizado.
Grupo Claro: Sinttel faz assembleias de PPR dia 25
Vivo/GVT: nova rodada dias 29 e 30
O Sinttel realiza assembleias no dia 25 para apreciação da proposta de PPR/2015 do Grupo Claro. O Sinttel lutou até o final pela unificação do critério de tempo trabalhado em 30 dias para Claro e para Embratel para os trabalhadores terem direito a PPR, porém, o Grupo formalizou a proposta de 120 dias, um pouco melhor do que a anterior, que era de 180 dias. Sendo assim, o Sindicato leva a proposta para apreciação dos trabalhadores nas assembleias desta sexta, dia 25, nos seguintes horários e locais: aÀs 12h, na Embratel - Av. Presidente Vargas, 1012. aÀs 13h, na Embratel, na Rua Alexandre Mackenzie. aÀs 14h30, na Claro, na Rua Mena Barreto. O Sinttel Rio e a Fenattel
Na primeira reunião da Comissão Nacional com a Vivo/GVT sobre o Acordo Coletivo 2015/2016 nos dias 15 e 16 de setembro, em São Paulo, foram discutidas cláusulas sociais. Mesmo sendo a maior empresa do setor, com lucro líquido de R$ 933 milhões no segundo trimestre de 2015, a Vivo quer reduzir benefícios conquistados pelos trabalhadores, como o bolsa educação (graduação), entre outros. Além disso, a Vivo comprou a GVT, transformando-se em um grande império das telecomunicações. A exemplo do que vem acontecendo nas outras operadoras que passaram pelo processo de fusão, a empresa quer nivelar por baixo os benefícios que já constam dos acordos das empresas. O Sinttel não aceita precarização! A Comissão quer a unificação dos acordos, pelos melhores benefí-
conseguiram avanços em relação à diferença do target por região, com o fim da regionalização, porém mesmo lutando pelo target de 2,5 salários para todos os trabalhadores, o Grupo formalizou a proposta de 2,2 salários para a maioria e manteve de 2,5 salários apenas para consultores e especialistas. As regras de elegibilidade da PPR/2015 são: aAtivos: a partir de 120 dias de trabalho no ano; aAfast. aux. doença: proporcional aos dias trabalhados, desde que acima de 120 dias no ano de 2015; aAcidente trabalho típico: não haverá descontos do período de afastamento aLicença maternidade: não haverá descontos do período
de licença aPedido demissão: proporcional aos dias trabalhados, desde que acima de 120 dias no ano de 2015. aDemissão sem justa causa: proporcional aos dias trabalhados, desde que acima de 120 dias no ano de 2015. aDemissão por justa causa: perde o direito aLicença não remunerada: proporcional aos dias trabalhados, desde que acima de 120 dias em 2015. aFalecimento: proporcional aos dias trabalhados; Caso seja aprovada pelos trabalhadores (Claro/Embratel), a proposta prevê o pagamento do adiantamento de um salário a título de PPR, cinco dias após a aprovação nacional. Agora, quem decide é o trabalhador!
cios das respectivas empresas. Na próxima rodada de negociações, marcada para os dias 29 e 30 de setembro, em São Paulo, a Comissão Nacional espera que a empresa apresente uma proposta que atenda às expectativas formalizadas na Pauta de reivindicação nacional. PLANO ODONTOLÓGICO
Os trabalhadores da Vivo estão com dificuldade na cobertura do plano dentário Bradesco dental. Isto porque, pelo acordo, o plano dá direito a vários serviços, como prótese, porém, o atendimento tem se limitado apenas a restaurações. O Sinttel está cobrando da empresa uma solução sobre a abrangência dos serviços, já que os trabalhadores pagam mensalidades do benefício, previsto para cobrir vários atendimentos.