GRUPO CLARO
Negociação dias 19 e 20 BTCC: reunião de PLR amanhã
O Sinttel realizou atos na porta da BTCC, a fim de mobilizar os trabalhadores para a luta pelo pagamento da PPR, que, até o momento, não teve uma proposta decente por parte da empresa. O Sinttel exige um target de no mínimo um salário nominal com base nos resultados da empresa e condicionado ao cumprimento de metas negociadas entre o Sindicato e a BTCC, a exemplo do que acontece em outras empresas. Quando o Sindicato exige PLR digna, está cobrando que os trabalhadores recebam o que é deles por direito, justamente por terem produzido mais, gerado mais lucro e receita para a empresa. Uma reunião de negociação está marcada para amanhã, dia 14, com a direção da BTCC e, caso a empresa insista em não apresentar uma proposta, o Sinttel não aceitará mais enrolação, continuará realizando atos na porta da empresa, para deliberar com os trabalhadores uma paralisação.
CLARO S/A
SOCORRO ANDRADE
Na contramão do que pressupõem as boas relações trabalhistas que priorizam as negociações em detrimento de conflitos, o Grupo Claro faz exatamente o contrário, aposta no acirramento e na adoção de práticas antissindicais e de corte de direitos.
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sua péssima proposta de Acordo foi rejeitada pelos trabalhadores em todo país no dia 18 de dezembro. Ao invés de retomar imediatamente as negociações para pôr fim ao impasse, como, aliás, fizeram as demais empresas do setor, a Claro, só decidiu marcar reunião para os dias 19 e 20 (dia 20 é feriado no Rio de Janeiro), em São Paulo, depois de repetidas cobranças do Sindicato e da mobilização nos locais de trabalho no dia 6, nos prédios Presidente Vargas 1012, Mackenzie e Mena Barreto. Atos que contaram com a total adesão dos trabalhadores e que prosseguirão esta semana. Só após um mês depois da rejeição da proposta é que a empresa acena com uma reunião e só o fez porque foi pressionada pelos trabalhadores. A categoria quer e merece correção salarial.
SEM PROPOSTA, É GREVE
O Sinttel-Rio e a Federação esperam que nessa reunião a empresa se apresente disposta a rever sua posição e faça uma proposta capaz de ser apreciada e aprovada pela categoria. Caso contrário não há outra saída senão greve. Aliás, é o Grupo Claro que está empurrando os trabalhadores para a greve, à medida que empurra a negociação para o final do mês mesmo sabendo que fevereiro começa com o Carnaval. Isso se chama enrolação. A Claro adota velha prática de empurrar com a barriga, de cozinhar a negociação em banho maria e sem reajuste. Algo
inaceitável. Os trabalhadores tiveram o pior Natal em anos e estão há quatro meses sem reajuste de salários e benefícios, pois a data base da categoria é 1º de setembro. Esse é o Grupo Claro, o mesmo que é patrocinador oficial das Olimpíadas 2016. Que belo papel. O clima na categoria é de completa revolta e nem podia ser diferente. Sem uma proposta digna que garanta correção do vale refeição/alimentação, reajuste salarial pelo INPC e assegure direitos e conquistas, não haverá acordo. O Sindicato está nas bases mobilizando a categoria para greve, e a perspectiva é essa.
Prestadores pagam para trabalhar
O SinttelRio pôde constatar práticas irregulares que estão precarizando o trabalho de prestadores de serviços de instalação da Claro TV, internet banda larga e demais serviços. É degradante o modo como age uma das maiores empresas de telefonia do Brasil, a Claro S/A, - detentora da Claro, Embratel e NET , que tem por trás o Grupo América Movil. A empresa não se preocupa de forma alguma com os seus prestadores de serviços, já que não fiscaliza os contratos de prestação de serviços e age com total desrespeito com o direito de quem leva no corpo a camisa com a marca Claro S/A. No dia 8, o Sinttel Rio pôde verificar a mais absoluta precarização e detectou irregularidades em cinco empresas nessa prestação de serviços: Ética, Exata, Pontual, Correta e Total, com cerca de 60 ténicos/ instaladores, além dos trabalhadores administrativos, no galpão que fica na rua Barão
de Melgaço, 646, em Cordovil. Os técnicos instaladores, sejam da Claro TV ou banda larga, não recebem piso salarial , existe apenas um piso fictício de R$ 861,20, que consta no contracheque e na CTPS, porém, não é aplicado, ou seja, eles recebem apenas pela produção, conforme serviços abaixo: Instalação: R$ 35,00 Visita técnica: R$ 15,00 Instalação qualquer ponto extra: R$ 15,00 Entrega de controle: 5,00 Estes trabalhadores recebem apenas em cima dessa produção, o que é um absurdo, pois se não trabalharem por motivo de doença, ou mesmo se forem fazer algum serviço de instalação e reparo e não tiver ninguém no endereço, não recebem nada. Além disso, estes trabalhadores não possuem nenhum benefício. Não recebem Vale Transporte Não recebem Vale Refeição Não tem plano de saúde
Não recebem hora extra Não tem seguro de vida Não tem PPR/PLR As empresas Ética Rio Comércio de Antenas Eletrônicas e Instalações; Correta; Total Comércio de Antenas Eletrônicas e Instalações; Pontual Telecomunicações e Serviços e Exata Telecom Comércio e Serviços e a CLARO S/A ignoram totalmente que esses trabalhadores têm direitos, têm uma Convenção Coletiva de Trabalho, cuja data base de 1º de julho garante parâmetros mínimos, como: Piso mínimo: R$ 957,56 Vale Refeição: R$15,30 Auxílio Creche para mulheres com filhos até 06 anos de R$ 170,03 Assistência Médica Seguro de Vida Além disso, a cláusula de carro agregado da Convenção garante o valor de R$ R$ 815,06, para carro leve agregado com até
36 meses de fabricação nas cores branca ou prata. Nestas empresas, os trabalhadores acabam pagando para trabalhar, pois se as empresas fornecerem o carro, eles pagam R$ 600,00 reais por mês mais o combustível, ou seja, pagam para usar o carro da própria empresa para a qual trabalham e, se o empregado utilizar o veículo próprio, também não recebe nenhum centavo pela agregação do veículo e também paga o combustível. Descaso, desrespeito, descumprimento de Convenção Coletiva de Trabalho, precarização, exploração, enfim, cara de pau da Claro que NÃO fiscaliza esses contratos de terceirização. O Sinttel Rio já está notificando todas as empresas e a tomadora de serviços Claro, responsável subsidiária, para que respondam pelo desrespeito aos direitos destes trabalhadores, e tomará todas as medidas jurídicas cabíveis para garantir o seu cumprimento na Justiça do Trabalho.
CHICO ARTISTA BRASILEIRO nos cinemas
Considerado tímido por muitos, Chico Buarque desmente esta imagem e revela suas outras facetas, como compositor, músico, escritor e dramaturgo no documentário Chico Buarque - artista brasileiro, de Miguel Faria Jr, em cartaz nos cinemas.
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a verdade, Chico é discreto e avesso à exposição ostensiva das celebridades, tão explorada atualmente. Por isso, o filme é um brinde para os fãs de sua rica obra e para o público em geral, que terão a rara oportunidade de conhecer um pouco da sua trajetória irretocável. Podemos dizer que Chico sempre esteve no lado progressista, sua escrita sempre defendeu ideias revolucionárias e grandes causas do povo. Suas reflexões, seu olhar sobre o mundo, sobre o comportamento humano foram fontes de inspiração para obras-primas na música, na literatura e na dramaturgia, que marcaram muitos momentos importantes do Brasil. Perseguido pela ditadura, Chico, com sua inteligência especial e privilegiada, “driblou” a censura e criou verdadeiros hinos que falavam da
falta de liberdade que os brasileiros viveram durante tantos anos de golpe militar. Foi perseguido e exilado, como muitos artistas da época da repressão. Suas críticas sempre foram direcionadas às classes dominantes, à elite e ao conservadorismo. Ou seja, Chico Buarque sempre esteve do lado do povo, das suas lutas e de seus sonhos. Filho do sociólogo Sergio Buarque de
Holanda, autor de clássicos como Raízes do Brasil, uma referência para entender a formação do nosso país, Chico poderia ter seguido a carreira intelectual do pai, mas seu talento para a arte prevaleceu. Vem do sangue e da sua formação a base para uma obra pautada pela crítica social e pelo profundo conhecimento das mazelas e das virtude do Brasil.
O longa também mostra o lado pessoal de Chico, seu cotidiano, seu processo de criação e conta com depoimentos de amigos e artistas sobre a sua obra. O eixo do filme é a montagem de um show com Chico e convidados. A partir das canções apresentadas, Chico conta como nasceu cada uma delas, o que conduz o público a outras, e assim o público acompanhará seu percurso.
Lazer no Rio para a família Férias combinam com lazer, mas, muitas vezes parece difícil conciliar uma programação para toda a família sem pesar no bolso. Pois no Rio, é possível fazer diversos passeios e atividades, explorando sua natureza generosa, as atividades ao ar livre e as opções culturais gratuitas e baratas. Destacamos algumas sugestões de lazer para crianças e toda a família conhecerem as muitas possibilidades de diversão da cidade. Parque Madureira - Considerado um
dos maiores do Rio, com cerca de 93 mil m², o parque tem uma área equivalente a 14 campos do Maracanã, que abriga quadras de vôlei, basquete e futebol, além de um campo de grama sintética para partidas de futebol. O espaço conta ainda com fontes, riachos, quiosques, pista de skate, pomar e brinquedos. Horário: terça a domingo, das 5h às 22h. Quinta da Boa Vista - Localizado no bairro de São Cristóvão, é um dos maiores parques urbanos da cidade, com cerca de 155 mil metros quadrados, que atraem freqüentadores de todas as idades para a prática de esportes nas quadras poliespotivas. Entre as atrações, destacam-se: o pedalinho no lago, o passeio pelas grutas artificiais e os jardins procurados para a realização de piqueniques. Horáro:diariamente de 9h às 17h. Theatro Municipal - A construção é considerada uma das 7 Maravilhas do Rio e um dos mais belos prédios do Rio de Janeiro. É a principal casa de espetáculos do Brasil e uma das mais importantes da América do Sul. O Theatro foi restaurado
e manteve o requinte de sua inauguração, datada de 1909. Entrada: R$10 e meia R$5. Praça Floriano s/n° - Centro. Tel: 2332-9191 Paquetá - A ilha de Paquetá, na Baía de Guanabara, tem 12 praias e é uma opção, muitas vezes, esquecida pelos moradores e turistas do Rio. A barca para a ilha sai da Praça XV, no Centro do Rio, em vários horários. A viagem dura cerca de 40 minutos e é uma benção para os olhos, com vista privilegiada do Pão de Açúcar, do Museu de Arte Contemporânea, entre outras. Na ilha, a circulação de veículos é proibida e para se locomover é preciso alugar charrete ou bicicleta, o que possibilita conhecer toda a ilha. Centro Cultural Banco do Brasil
- Inaugurado em 12 de outubro de 1989, o centro cultural é o um dos mais importantes do País e tem quase toda a programação gratuita. O programa CCBB Educativo realiza visitas mediadas às exposições e atividades diversas para famílias, grupos escolares, professores, pessoas com deficiência, ONGs e instituições, sempre com acesso gratuito. A videoteca do CCBB oferece mais de 4.000 títulos, entre clássicos e filmes mudos, des-
SOCORRO ANDRADE
taques do cinema brasileiro e internacional, filmes musicais e sobre artes. Para usar, basta realizar o agendamento antecipado pessoalmente ou pelo telefone: 3808-2050 (com até dois dias de antecedência). O CCBB fica na Rua Primeiro de Março, 66 - Centro, tel: 3808-2020 Ilha Fiscal - Atualmente, é uma das principais atrações turísticas do Rio, escolhido por diversas famílias, curiosas para conhecer um pouco da história do local, que chama a atenção de longe pela belíssima arquitetura. Cenário do evento que ficou conhecido como “O Último Baile do Império”, realizado alguns dias antes da
Proclamação da República, a Ilha Fiscal está aberta ao público de quinta a domingo, nos horários: 12h30, 14h e 15h30. A visitação é realizada por meio da Escuna Nogueira da Gama, o embarque ocorre em frente do Museu Naval (R. Dom Manuel, 15 – Centro), sendo iniciado quinze minutos antes de cada passeio, até o Espaço Cultural da Marinha, local de embarque, em uma caminhada de oito minutos, aproximadamente, atravessando a Praça XV, área cultural do Rio de Janeiro. Os ingressos serão vendidos no Museu Naval por: inteira: R$ 25,00 e meia: R$ 12,00. Atendimento ao público pelos telefones: 2532-5992/2233-9165.
10 projetos ameaçam direitos e a democracia Câmara e Senado iniciam atividades com um pacote de maldades para os trabalhadores e toda sociedade brasileira, na agenda um pacote com pelo menos 10 projetos, no mínimo polêmicos, que fere direitos e a democracia.
Telecom em 2016: o que será, que será?
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lista faz de 2016 um ano essencial na atuação dos movimentos sindical e social em defesa da democracia, da manutenção de direitos e contra o conservadorismo. O primeiro passo já anunciado pela CUT será uma manifestação marcada para março, em que os movimentos marcharão em Brasília para pressionar os parlamentares contra qualquer tipo de retrocesso. A pedido da Central, o analista político do Diap (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar) Antônio Augusto Queiroz, o Toninho, avalia quais as perspectivas para cada um desses projetos e reforça que o sucesso ou fracasso de cada um dos pontos passa diretamente pela capacidade de mobilização da classe trabalhadora. Aqui destacamos os principais. Terceirização (PLC 30/2015) - Autor: ex-deputado Sandro Mabel – O projeto permite a terceirização sem limites, inclusive nas atividades fins das empresas. É a continuidade do PL 4330, aprovado na Câmara e que aguarda votação no Senado. A tendência é de ser rejeitado pelo relator, senador Paulo Paim (PT-RS). Mas há sinalização de redução do tempo para discuti-lo. O Senado deve retirar a atividade-fim e aprová-lo, independente do parecer do Paim. O risco é o texto voltar à Câmara, onde há muitos parlamentares eleitos com recursos de empresários que pressionam pela aprovação da matéria. Altera participação da Petrobrás na
exploração do pré-sal (PLS 131/2015) Autor: senador José Serra (PSDB-SP) – O projeto retira a obrigatoriedade da Petrobrás como exploradora exclusiva do pré-sal. Texto aguarda votação no Senado. A perspectiva é que seja aprovado, ainda que possa haver mudança no seu conteúdo para que a condição da Petrobrás, como operadora única, seja facultativa e não mais obrigatória. Privatização das Estatais (PLS 555/2015) - Autor: substitutivo aos projetos de lei do Senado 167/2015, dos senadores Tasso Jereissati (PSDB-CE), e 343/2015, de Aécio Neves (PSDB-MG); e do anteprojeto apresentado por Eduardo Cunha (PMDB-RJ) – O projeto permite a venda e participação do capital privado em empresas estatais como Correios e Caixa Econômica. O texto aguarda apreciação do Senado. Flexibilização do Conceito do Trabalho Escravo (PLS 432/13) - Autor: Romero Jucá (PMDB-RR) – o projeto desconfigura e ame-
niza o conceito de trabalho escravo. O texto foi retirado da pauta do Senado após pressão dos movimentos sociais, passará por todas as comissões do Senado. Há várias iniciativas na Câmara e no Senado para modificar o Código Civil e dar conteúdo semelhante ao que a OIT (Organização Internacional do Trabalho) que é mais brando do que a legislação brasileira. Tema tem apelo popular contrário e pode cair. Redução da idade de trabalho (PEC 18/2011) - Autor: Dilceu Sperafico (PP-PR) – O projeto autoriza o trabalho de regime parcial a partir dos 14 anos. Está na CCJ (Comissão de Constituição Justiça e Cidadania da Câmara) e aguarda aprovação. A PEC exige 308 votos, fórum qualificado. Não é um assunto que mobilize todas as bancadas conservadoras e não deve ir a plenário, porque depende da constituição de uma comissão especial, que consumiria 40 sessões.
NESTLÉ
Trabalhadora é agredida e punida com demissão O caso aconteceu dentro de uma fábrica da Nestlé em Feira de Santana (BA), onde a trabalhadora J.O.L, após ser assediada, perseguida e agredida no local de trabalho ainda foi punida com demissão. A trabalhadora era terceirizada pela Prestserv. A violência extrema e inimaginável é denunciada pelo SindAlimentação da Bahia e pela CUT. A Nestlé é uma multinacional suíça com uma linha direcionada a alimentação infantil, o que torna ainda mais inaceitável a prática de assédio e violência. Que imagem a Nestlé quer passar? Derlan Queiroz, dirigente do SindAlimentação e Secretario de Relações do Trabalho
da CUT Bahia, denunciou que, além da agressão física à trabalhadora, a empresa também é adepta de práticas antissindicais. Um dos motivos da punição da trabalhadora que acabou espancada e demitida foi o fato dela denunciar as irregularidades e abusos cometidos pela empresa ao sindicato. “Essa prática é inaceitável e ultrapassada e vamos continuar lutando contra todas as agressões dos maus patrões” diz Queiroz. A trabalhadora J.O.L foi por diversas vezes perseguida e assediada. O caso mais grave ocorreu em meados do mês passado, quando o gerente de Recursos Humanos (RH) da Nestlé assumiu e concordou que a prática de
Deficientes têm acesso a banho de mar O projeto “Praia para Todos” dá acesso a deficientes para banho de mar nas praias do Rio. O programa promove acessibilidade para cadeirantes e pessoas com limitações físicas que haviam perdido o contato com o mar. No momento, o projeto funciona nos finais de semana entre os postos cinco e seis de Copacabana e na altura do posto três da Barra. Em Copacabana, é possível utilizar o stand up paddle adaptado, onde o banhista recebe ajuda da equipe e rema sentado. Graças aos profissionais e equipamentos adaptados, os deficientes podem contar com atividades que propiciam o lazer e a convivência de portadores de deficiência em um ambiente até então impensável.
assédio e perseguição era grave e garantiu que a mesma não seria demitida. Mas ao invés disso, no mesmo mês a trabalhadora foi brutalmente agredida no rosto, dentro da fábrica. O SindAlimentação teve que intervir para que o ambulatório da fábrica que atendeu a trabalhadora registrasse o fato. Após sofrer a agressão J.O.L foi à delegacia registrou queixa e fez exames de corpo de delito. No dia 4 de janeiro, em um “Jogo Armado” entre Nestlé e Prestserv, a vítima J.O.L recebeu o aviso prévio e a justificativa para a demissão não podia ser mais surreal: a empregada tinha muito contato com o Sindicato. Cipa na Edaud Os interessados em participar da Cipa na Edaud podem se inscrever no período de 20 de janeiro a 3 de fevereiro. A eleição está marcada para o dia 8 de fevereiro e a apuração para o dia seguinte. A nova gestão tomará posse no dia 10 de março para o mandato de 2016-2017.
Começamos 2016 com várias interrogações para o setor de telecomunicações. Haverá ou não uma nova Lei Geral, já que a atual é de 1997? Os contratos de concessão a serem assinados agora no início do ano trarão avanços, como a obrigação das concessionárias implantarem backhaul ligando o backbone das operadoras às prefeituras de todos os municípios, em fibra ótica? Os telefones públicos serão deixados à própria sorte ou a Anatel obrigará as operadoras a modernizarem os mesmos? Em Nova York os telefones públicos estão passando por uma modernização tecnológica e este mês milhares deles começam a ser substituídos por “hot spots” de wi-fi gratuito. A banda larga, serviço essencial, será colocada em regime público? E as consolidações? Conforme temos repetido, 2015 foi um ano excelente para as concessionárias, que obtiveram altíssimas receitas líquidas. No Grupo Oi (R$ 21 bilhões, só nos três primeiros trimestres de 2015), o Grupo Claro (R$ 27 bilhões no mesmo período) e o Grupo Telefônica (R$ 31 bilhões). Ou seja, as empresas não têm do que reclamar, dominam a banda larga, a TV por assinatura, a telefonia fixa e móvel do país. 2015 foi o ano que a voz deixou de ser a principal receita das operadoras. As receitas de banda larga fixa/móvel e de TV por assinatura, somadas, ultrapassaram as receitas de voz fixa e móvel. O início do desligamento da TV analógica foi mais uma vez adiado. E nada indica que o calendário de 2016 seja cumprido com o desligamento em Brasília, São Paulo, Belo Horizonte, Goiânia e Rio de Janeiro. Sem dúvida um debate que esteve presente em 2015 e deve ser mais forte em 2016 será a consolidação da fusão Oi X TIM. É sempre bom lembrar que, por incompetência de sucessivas administrações, a Oi tem um endividamento de cerca de R$ 40 bilhões. O que esta consolidação pode resultar em benefícios para a sociedade e para os trabalhadores do setor? O que vimos até agora, em outras consolidações, foi um grande ganho para os principais acionistas, demissões em massa e nenhum ganho para a sociedade. O que também continua a nos preocupar é o alto grau de terceirização do setor. Teleatendimento e rede, atividades fim das empresas, estão ilegalmente terceirizados. Continuaremos na luta pela democratização das (tele)comunicações em conjunto com o Clube de Engenharia, os Sindicatos dos trabalhadores de telecomunicações do setor, o Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC) e a Campanha Banda Larga é um Direito Seu. Lei mais em www.institutotelecom.com.br
CAMPANHA DE TELEATENDIMENTO
Na negociação nacional patrões oferecem
CAMILA PALMARES
Diante da proposta de 0% de reajuste para os salários e ZERO de PLR/2015 feita pelos patrões na negociação nacional de teleatendimento realizada ontem, dia 12, a expectativa da Comissão de Negociação do Sinttel-Rio é de que a mesma proposta se repita aqui no Rio de Janeiro, na sexta-feira, dia 15.
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manhã haverá negociação em São Paulo. No Paraná, a reunião com os patrões aconteceu ontem e eles também ofereceram zero de reajuste e zero de PLR. Se isto de fato se repetir aqui no Rio, a temperatura, que já anda alta por causa do verão, vai subir ainda mais. O Sindicato vai cair com toda força com o carro de som nos locais de trabalho, convocando a categoria a se mobilizar e pressionar as empresas a saírem da zona de conforto em que se encontram. Sem ver a nossa mobilização e nenhuma demonstração de insatisfação por parte dos trabalhadores elas não vão se mexer. Pelo contrário vão insistir em 0%. ZERO. NEM PENSAR!
O setor de teleatendimento é estratégico na área de telecomunicações, portanto, lucrativo. Por isso não vamos aceitar nenhuma
choradeira por parte das empresas, muito menos que os trabalhadores fiquem sem reajuste e sem a PLR. A crise econômica que assombra o mundo e que chegou ao Brasil, não pode ser usada como justificativa pelas empresas, pois a mídia especializada não cansa de divulgar os fabulosos lucros e o franco crescimento do setor de teleatendimento no Brasil e no mundo. Além de reajuste de salários e de benefícios conforme Pauta de Reivindicações abaixo, o Sindicato cobra nesta campanha que antigas e constantes reclamações dos trabalhadores, tais como PLR de um salário base, critérios mais transparentes para a Remuneração Variável (RV), fim do assédio moral e melhores condições de trabalho, sejam finalmente atendidas. O setor de teleatendimento é constituído basicamente de jovens entre 18 e 29 anos,
em sua maioria mulheres. A maior luta do Sindicato é para que esses trabalhadores tenham um piso salarial unificado nacionalmente em R$ 1.300,00. A data base da categoria é 1º de janeiro. A PAUTA
Piso salarial unificado de R$ 1.300,00 Reajuste salarial pelo INPC acumulado + 5% de ganho real;
Reajuste dos benefícios – Vale refeição, auxílio creche/babá; Fim do assédio moral e sexual; Fim das metas abusivas; Regras e negociação para pagamento de variável; PPR de 1 salário base; Menos descontos; Fim da rotatividade abusiva; Pela valorização do trabalho
Incêndio em elevador da Contax A falta de manutenção dos elevadores da Contax Niterói, há muito tempo é denunciada e combatida pelo Sinttel-Rio, que vem cobrando soluções urgentes, a fim de evitar o pior. A situação é muito precária, uma verdadeira bomba-relógio. No último dia 7, por volta das 17h30, houve um princípio de incêndio na Contax Niterói. O episódio é mais um da série de irregularidades e problemas nos elevadores do prédio, já exaustivamente denunciado pelo Sindicato. A evacuação de emergência do prédio, que deveria ser ágil, por acarretar sérios riscos à vida dos trabalhadores, foi dificultada porque as roletas não foram liberadas, o que obrigou os trabalhadores a passarem crachá para conse-
guirem sair. O procedimento de emergência é muito sério e deve ser planejado, porque é extremamente arriscado e não pode colocar a segurança dos trabalhadores em perigo. O prédio abriga mais de 2500 trabalhadores da Contax, além dos empregados da Oi, e a evacuação do prédio poderia ter ocasionado acidentes, em função da demora em passar pela roleta. Os bombeiros foram chamados, mas o fogo já havia sido controlado pela Brigada de incêndio interna. O prédio foi liberado e os trabalhadores retornaram ao trabalho no outro dia. No dia seguinte, a diretora do Sinttel, Keila Machado, esteve no prédio para verificar denúncias dos trabalhadores de que o cheiro de fumaça estava muito forte no segundo andar, já que o elevador é dentro da sala de operações. O andar foi evacuado e as atividades foram transferidas para outro andar. Esta semana o Sinttel entrou em contato com a empresa, que
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informou que os trabalhadores já retornaram aos postos do segundo andar, porque o cheiro de fumaça havia acabado. Os acidentes nos elevadores desse prédio já não são novidade, conforme denunciado pelo Sindicato, em matéria publicada na edição de número 1475, do dia 11 de agosto de 2014. No dia 6 do mesmo mês, por pouco um trabalhador não perdeu a vida na queda do elevador de carga. Além de bater com a cabeça violentamente, ele ainda teve fratura exposta no braço esquerdo, e até hoje está afastado do trabalho por conta do acidente. Apenas um elevador
Desde então, este elevador está parado e nenhuma providência foi tomada para o seu conserto. Com o incêndio no elevador na última quinta-feira, apenas um dos três está em funcionamento, sendo que este não pode ultrapassar a capacidade de seis pessoas por vez.
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Ou seja, além das mais de 2500 pessoas que trabalham no prédio, o elevador terá que transportar cargas, sobrecarregando, sobremaneira, o único que atualmente existe, quando não acontece de estar parado e é preciso esperar um técnico para fazê-lo voltar a funcionar. Essa situação é completamente inadmissível. Além dos riscos iminentes pelos quais os trabalhadores correm, por conta da falta de reparo e manutenção dos elevadores, eles já chegam estressados, com medo de chegarem atrasados, em função de filas, e são obrigados a subir de escada para trabalhar. O Sinttel já está enviando uma notificação extrajudicial para a Contax, a Oi e a Thyssen, responsável pelos elevadores, pressionando para que tomem providências urgentes para resolver essa situação de precarização a que os trabalhadores estão sendo submetidos.
Sindicato visita locais de trabalho
No último dia 11, o Sindicato começou a percorrer os locais de trabalho, para fortalecer e aprimorar a organização dos trabalhadores da Rede. Na ocasião, o Sinttel esclareceu dúvidas, recebeu denúncias e distribuiu a cartilha de convênios, firmados pelo Sindicato com várias empresas, que oferecem descontos para sindicalizados em instituições de ensino, farmácias, óticas, entre outros. As visitas também têm o objetivo de conversar com os trabalhadores sobre os problemas enfrentados no dia-a-dia de trabalho. O Sinttel continuará percorrendo os locais para, também, trocar informações sobre a importância da representação sindical.
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