GRUPO CLARO
Negociação dias 19 e 20 BTCC: reunião de PLR amanhã
O Sinttel realizou atos na porta da BTCC, a fim de mobilizar os trabalhadores para a luta pelo pagamento da PPR, que, até o momento, não teve uma proposta decente por parte da empresa. O Sinttel exige um target de no mínimo um salário nominal com base nos resultados da empresa e condicionado ao cumprimento de metas negociadas entre o Sindicato e a BTCC, a exemplo do que acontece em outras empresas. Quando o Sindicato exige PLR digna, está cobrando que os trabalhadores recebam o que é deles por direito, justamente por terem produzido mais, gerado mais lucro e receita para a empresa. Uma reunião de negociação está marcada para amanhã, dia 14, com a direção da BTCC e, caso a empresa insista em não apresentar uma proposta, o Sinttel não aceitará mais enrolação, continuará realizando atos na porta da empresa, para deliberar com os trabalhadores uma paralisação.
CLARO S/A
SOCORRO ANDRADE
Na contramão do que pressupõem as boas relações trabalhistas que priorizam as negociações em detrimento de conflitos, o Grupo Claro faz exatamente o contrário, aposta no acirramento e na adoção de práticas antissindicais e de corte de direitos.
A
sua péssima proposta de Acordo foi rejeitada pelos trabalhadores em todo país no dia 18 de dezembro. Ao invés de retomar imediatamente as negociações para pôr fim ao impasse, como, aliás, fizeram as demais empresas do setor, a Claro, só decidiu marcar reunião para os dias 19 e 20 (dia 20 é feriado no Rio de Janeiro), em São Paulo, depois de repetidas cobranças do Sindicato e da mobilização nos locais de trabalho no dia 6, nos prédios Presidente Vargas 1012, Mackenzie e Mena Barreto. Atos que contaram com a total adesão dos trabalhadores e que prosseguirão esta semana. Só após um mês depois da rejeição da proposta é que a empresa acena com uma reunião e só o fez porque foi pressionada pelos trabalhadores. A categoria quer e merece correção salarial.
SEM PROPOSTA, É GREVE
O Sinttel-Rio e a Federação esperam que nessa reunião a empresa se apresente disposta a rever sua posição e faça uma proposta capaz de ser apreciada e aprovada pela categoria. Caso contrário não há outra saída senão greve. Aliás, é o Grupo Claro que está empurrando os trabalhadores para a greve, à medida que empurra a negociação para o final do mês mesmo sabendo que fevereiro começa com o Carnaval. Isso se chama enrolação. A Claro adota velha prática de empurrar com a barriga, de cozinhar a negociação em banho maria e sem reajuste. Algo
inaceitável. Os trabalhadores tiveram o pior Natal em anos e estão há quatro meses sem reajuste de salários e benefícios, pois a data base da categoria é 1º de setembro. Esse é o Grupo Claro, o mesmo que é patrocinador oficial das Olimpíadas 2016. Que belo papel. O clima na categoria é de completa revolta e nem podia ser diferente. Sem uma proposta digna que garanta correção do vale refeição/alimentação, reajuste salarial pelo INPC e assegure direitos e conquistas, não haverá acordo. O Sindicato está nas bases mobilizando a categoria para greve, e a perspectiva é essa.
Prestadores pagam para trabalhar
O SinttelRio pôde constatar práticas irregulares que estão precarizando o trabalho de prestadores de serviços de instalação da Claro TV, internet banda larga e demais serviços. É degradante o modo como age uma das maiores empresas de telefonia do Brasil, a Claro S/A, - detentora da Claro, Embratel e NET , que tem por trás o Grupo América Movil. A empresa não se preocupa de forma alguma com os seus prestadores de serviços, já que não fiscaliza os contratos de prestação de serviços e age com total desrespeito com o direito de quem leva no corpo a camisa com a marca Claro S/A. No dia 8, o Sinttel Rio pôde verificar a mais absoluta precarização e detectou irregularidades em cinco empresas nessa prestação de serviços: Ética, Exata, Pontual, Correta e Total, com cerca de 60 ténicos/ instaladores, além dos trabalhadores administrativos, no galpão que fica na rua Barão
de Melgaço, 646, em Cordovil. Os técnicos instaladores, sejam da Claro TV ou banda larga, não recebem piso salarial , existe apenas um piso fictício de R$ 861,20, que consta no contracheque e na CTPS, porém, não é aplicado, ou seja, eles recebem apenas pela produção, conforme serviços abaixo: Instalação: R$ 35,00 Visita técnica: R$ 15,00 Instalação qualquer ponto extra: R$ 15,00 Entrega de controle: 5,00 Estes trabalhadores recebem apenas em cima dessa produção, o que é um absurdo, pois se não trabalharem por motivo de doença, ou mesmo se forem fazer algum serviço de instalação e reparo e não tiver ninguém no endereço, não recebem nada. Além disso, estes trabalhadores não possuem nenhum benefício. Não recebem Vale Transporte Não recebem Vale Refeição Não tem plano de saúde
Não recebem hora extra Não tem seguro de vida Não tem PPR/PLR As empresas Ética Rio Comércio de Antenas Eletrônicas e Instalações; Correta; Total Comércio de Antenas Eletrônicas e Instalações; Pontual Telecomunicações e Serviços e Exata Telecom Comércio e Serviços e a CLARO S/A ignoram totalmente que esses trabalhadores têm direitos, têm uma Convenção Coletiva de Trabalho, cuja data base de 1º de julho garante parâmetros mínimos, como: Piso mínimo: R$ 957,56 Vale Refeição: R$15,30 Auxílio Creche para mulheres com filhos até 06 anos de R$ 170,03 Assistência Médica Seguro de Vida Além disso, a cláusula de carro agregado da Convenção garante o valor de R$ R$ 815,06, para carro leve agregado com até
36 meses de fabricação nas cores branca ou prata. Nestas empresas, os trabalhadores acabam pagando para trabalhar, pois se as empresas fornecerem o carro, eles pagam R$ 600,00 reais por mês mais o combustível, ou seja, pagam para usar o carro da própria empresa para a qual trabalham e, se o empregado utilizar o veículo próprio, também não recebe nenhum centavo pela agregação do veículo e também paga o combustível. Descaso, desrespeito, descumprimento de Convenção Coletiva de Trabalho, precarização, exploração, enfim, cara de pau da Claro que NÃO fiscaliza esses contratos de terceirização. O Sinttel Rio já está notificando todas as empresas e a tomadora de serviços Claro, responsável subsidiária, para que respondam pelo desrespeito aos direitos destes trabalhadores, e tomará todas as medidas jurídicas cabíveis para garantir o seu cumprimento na Justiça do Trabalho.