CAMPANHA DE TELEATENDIMENTO
21/01 - DIA NACIONAL DE LUTA POR AUMENTO SALARIAL
Rio celebra 451 anos
Quem conhece o Rio de Janeiro não consegue ficar indiferente diante da impactante geografia natural da cidade. Também é difícil não se contagiar pelas particularidades de seu povo alegre e acolhedor. Pois a cidade do Brasil mais conhecida no mundo inteiro completa 451 anos no dia 1° de março, embora seja comemorado amanhã, dia 20 de janeiro, data de São Sebastião, padroeiro do Rio. Fundada em 1565 por Estácio de Sá, sobrinho do governador geral do Brasil, Mem de Sá, que expulsou os franceses que já habitavam aqui há 10 anos, a cidade é uma referência de história e grande influenciadora comportamental do país. Em 1763, o Rio de Janeiro tornou-se capital da colônia portuguesa e, em 1808, virou a sede de todo o império português, com a fuga da monarquia de Lisboa para o Brasil. Até 1961, o Rio foi a capital federal do Brasil, quando foram construídos os mais importantes palácios, igrejas, museus, bibliotecas e fortalezas, definindo sua bela arquitetura, com influência portuguesa e francesa nas construções. A cidade passou por inúmeras mudanças, a mais recente está sendo vivenciada pelo carioca, em função do projeto urbanístico implementado, atualmente, pela prefeitura para os Jogos Olímpicos. A cidade maravilhosa é democrática, pois oferece lazer ao ar livre pra todas as classes, porém, também é a cidade dos contrastes sociais. Apesar dos inúmeros problemas enfrentados pela população, são muitas as riquezas naturais e culturais do Rio de Janeiro, grande lançador de moda do Brasil. Como dizem, “o melhor do Rio é o carioca", e a ele o Sinttel também dá parabéns, pela sua incrível alegria e capacidade de mobilização e luta, que reverbera em todo o país.
CAMILA PALMARES
A data base dos trabalhadores de teleatendimento é 1º de janeiro e sem qualquer definição sobre o reajuste de salário. Até agora duas reuniões foram realizadas e em ambas os representantes das diversas empresas e os dirigentes do sindicato patronal ou se fingem de mortos ou choram misérias. Por isso, os Sindicatos e a federação convocam a categoria a aderir massiçamente ao Dia Nacional de Mobilização, nesta quinta feira, dia 21. O Sindicato estará com o carro de som nos locais de trabalho. Participe e cobre a sua PLR e o seu aumento de salário.
N
as últimas negociações realizadas dia 13, em São Paulo e dia 15 no Rio de Janeiro, os patrões repetiram a mesma proposta apresentada a comissão nacional de negociação no dia 12. O reajuste ZERO para os salários. Como se isso não bastasse, as empresas disseram com todas as letras que não vão pagar a PLR/15 para ninguém. A justificativa é que não tiveram lucros. Coitadinhas, nós sabemos que esse setor é rentável e lucrativo. A proposta das empresas foi rejeitada na mesa e os Sindicatos e a Federação já avisaram: não
Greve na Atento em 2014
aceitamos reajuste zero e exigimos a PLR/2015. Diante disso a saída é mobilização da categoria nos locais de trabalho e muita pressão para mostrar para os patrões que não estamos blefando. Chega de miséria! O reajuste do salário mínimo foi de 11,67%, o seu valor a partir de 1º de janeiro é R$ 880,00. Os trabalhadores de teleatendimento não podem continuar ganhando o mínimo, exigimos piso salarial digno para a categoria que conta hoje com mais de 1 milhão de trabalhadores, a maioria jovens na faixa de 18 a 30 anos, concluindo o ensino médio
Master Brasil demite 400 A Master Brasil vai encerrar suas atividades no Rio e demitirá 400 trabalhadores. A empresa comunicou ao Sinttel que está em reestruturação, mas que cumprirá com todas as exigências legais para a dispensa dos trabalhadores, respeitando, inclusive, a estabilidade das gestantes. O Sinttel vai acompanhar de perto este processo, para garantir que os direitos destes trabalhadores serão respeitados. Dúvidas e reclamações, entre em contato com o dirigente sindical Rêneo Augusto no Sinttel (tel: 2204 9300).
ou entrando na universidade. Para o Sindicato é hora de dar um basta na enrolação das empresas e mobilizados cobrar aumento de salário, PLR/2015 e fim do assédio moral, dos abusos de todo sorte, da pressão, controle das pausas e idas ao banheiro. EXIGIMOS A NOSSA PAUTA
Piso salarial unificado de R$ 1.300,00 Reajuste salarial pelo INPC acumulado + 5% de ganho real; Reajuste dos benefícios - Vale refeição, auxílio creche/babá; Fim do assédio moral e sexual;
Fim das metas abusivas; Regras e negociação para pagamento de variável; PPR de 1 salário base; Menos descontos; Fim da rotatividade abusiva; Pela valorização do trabalho NOVA NEGOCIAÇÃO DIA 27
Diante da rejeição à “proposta”, as empresas e o Sindicato patronal agendaram uma nova rodada de negociações para o dia 27. Vamos pressionar e cobrar negociação de fato, pois até agora só tivemos enrolação. Sem negociação vamos parar.
PC Service descumpre contrato A PC Service quebrou o contrato de trabalho com os empregados, recém-admitidos em dezembro e janeiro, para prestarem serviço de teleatendimento para a Agência Nacional de Saúde (ANS). Cerca de 100 trabalhadores, oriundos da CTIS, empresa que tinha contrato anteriormente com a ANS, e que agora estão na PC, tiveram seus direitos desrespeitados pela empresa. A PC assumiu a conta da ANS e definiu, em contrato, a jornada
de trabalho de 6h20 para estes trabalhadores. Por exemplo, o empregado que entrar às 8h sai às 14h20 e quem entrar às 14h trabalha até às 20h20. Mesmo com contrato assinado e período especificado, a empresa reuniu os trabalhadores e comunicou que a jornada passaria para 7h12, com a desculpa de que o aumento na carga horária é para compensar o sábado. Porém, por liberalidade da ANS, eles nunca trabalharam aos sábados.
A empresa age com desmando, ignorando até o que foi firmado em contrato com estes trabalhadores. Um absurdo, a empresa não pode quebrar o contrato e agir com tamanho desrespeito com os empregados. O Sinttel-Rio já está notificando a PC Service e a ANS e, caso não voltem atrás dessa decisão completamente arbitrária, irá tomar todas as medidas jurídicas cabíveis para que cumpram com o que foi pactuado.
GRUPO CLARO
Negociação começa hoje. Sem avanços, vamos parar! A Clara S/A volta a negociar hoje, dia 19, e amanhã, dia 20, em São Paulo. Ao invés de fazer isso imediatamente após a rejeição de sua proposta pelos trabalhadores, como, aliás, fizeram as demais operadoras, ela preferiu cozinhar a categoria e só retomar as discussões um mês após a assembleia, após repetidas
cobranças por parte do Sinttel-Rio e muita pressão da categoria, que aderiu em peso aos atos realizados nos diversos prédios desde o início do ano. SEM PROPOSTA, É GREVE
O Sinttel-Rio e a Federação esperam que a Claro chegue à reunião disposta a
negociar e a pôr fim ao impasse criado por ela própria, quando quis empurrar goela abaixo dos trabalhadores cortes de benefícios e conquistas, congelar o vale refeição/alimentação e ainda reajustar os salários por índice abaixo da inflação. Não vamos passar o Carnaval esperan-
do que o Grupo Claro se decida. Chega de enrolação, sem uma proposta com avanços reais que garanta o reajuste de salário no mínimo pelo INPC do período, lembramos que a data base da categoria é 1º de setembro, nós vamos parar. Reajuste já para salários e benefícios e fim dos cortes.
Cotas triplicam número de negros nas universidades REPRODUÇÃO
A política de inclusão de negros nas universidades brasileiras completa 12 anos e mostra que estavam certos todos que defendiam esse regime. Já aqueles contrários às cotas, por preconceito ou simplesmente por temer que os negros ocupassem os lugares de seus filhos nas universidades e que profetizaram o caos, quebraram a cara. Numa reportagem de abril de 2013, a revista Istoé revelava que a política de cotas era um sucesso e que todas as previsões que indicavam o seu fracasso caíram por terra.
O
s mesmos dados foram confirmados em agosto do ano passado pela Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República (Seppir/PR). Em 29 de agosto de 2015 a lei que institui as cotas completou três anos e comemorou a garantia de acesso a 111 mil negros as universidades públicas brasileiras. Segundo dados do governo ,50.937 vagas foram garantidas em 2013 e 60.731 em 2014. Ressaltamos que a lei de cotas é recente, mas o debate sobre a questão e instituição da mesma em diversas universidades brasileiras é muito mais antigo, já tem mais de 12 anos. A reportagem de Istoé, por exemplo, analisa os dez anos da instituição da política de cotas de inclusão de negros nas universidades públicas e do acesso de pobres via programas de bolsas de universidades privadas. (Ver gráfico) De acordo com a revista, desde que o primeiro aluno negro ingressou em uma universidade pública pelo sistema de cotas, há dez anos, muita bobagem foi dita por aí. Os críticos ferozes afirmaram que o modelo rebaixaria o nível educacional e degradaria as universidades. Que os cotistas jamais acompanhariam o ritmo de seus colegas mais iluminados e isso resultaria na desistência dos negros e pobres beneficiados pelos programas de inclusão. Os arautos do pessimismo profetizaram discrepâncias do próprio vestibular, pois os cotistas seriam aprovados com notas vexatórias se comparadas com o desempenho da turma considerada mais capaz. Para os apocalípticos, o sistema de cotas culminaria numa decrepitude completa: o ódio racial seria instalado nas salas de aula universitárias, enquan-
to negros e brancos construiriam muros imaginários entre si. A segregação venceria e a mediocridade dos cotistas acabaria de vez com o mundo acadêmico brasileiro. Mas, nada disso aconteceu. Um por um, todos os argumentos foram derrotados pela simples constatação da realidade. "Até agora, nenhuma das justificativas das pessoas contrárias às cotas se mostrou verdadeira", diz Ricardo Vieiralves de Castro, ex-reitor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). COTISTAS SÃO COMPETENTES
De acordo a revista, as cotas raciais deram certo, porque seus beneficiados são, sim, competentes. Merecem, sim, frequentar uma universidade pública e de qualidade. No vestibular, que é o princípio de tudo, os cotistas estão só um pouco atrás. Segundo dados do Sistema de Seleção Unificada, a nota de corte para os candidatos convencionais a vagas de medicina nas federais foi de 787,56 pontos. Para os cotistas, foi de 761,67 pontos. A diferença entre eles, portanto, ficou próxima de 3%. A Istoé entrevistou educadores e todos disseram que essa distância é mais do que razoável. Na verdade, é quase nada. Se em um curso tão concorrido como medicina um coeficiente de apenas 3% separa os privilegiados, que estudaram em colégios privados, dos negros e pobres, que frequentaram escolas públicas, então, é justo supor que a diferença mínima pode, perfeitamente, ser igualada ou superada no decorrer
dos cursos. Depende só da disposição do aluno. Na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), uma das mais conceituadas do País, os resultados do vestibular surpreenderam. "A maior diferença entre as notas de ingresso de cotistas e não cotistas foi observada no curso de economia", diz Ângela Rocha, pró-reitora da UFRJ. "Mesmo assim, essa distância foi de 11%, o que, estatisticamente, não é significativo." O cotista não desiste. Se desistir, terá de voltar ao passado e enfrentar a falta de oportunidades que a vida ofereceu. Por isso, os índices de evasão dos alunos dos programas de inclusão são baixos e, em diversas universidades, até inferiores aos dos não cotistas. "Fizemos uma avaliação com 500
cotistas e descobrimos que 91% deles estão empregados em diversas carreiras, até naquelas que têm mais dificuldade para empregar”, diz Vieiralves. Com o diploma em mãos, os negros alcançam postos de melhor remuneração, o que, por sua vez, significa uma chance de transformação para o seu grupo social. Não é difícil imaginar como os filhos dos cotistas terão uma vida mais confortável - e de mais oportunidades - do que seus pais jamais tiveram. BRASIL É RACISTA
Há 15 anos, apenas 2% deles tinham ensino superior concluído. Hoje, o índice triplicou para 6%. Ou seja: até outro dia, as salas de aula das universidades brasileiras lembravam mais a Suécia do que o próprio Brasil.
Com o início das aulas em fevereiro, na grande maioria das escolas, o Sinttel está arrecadando material escolar para doação nas comunidades Capelão Antonio Avelino e Vila Nova, ambas em Oswaldo Cruz. Muitas famílias não têm condições financeiras de arcar com a despesa, que realmente pesa no orçamento da casa. Muitos itens farão
diferença para o desempenho escolar das crianças, como cadernos, estojo, mochila, lápis, borracha, apontador, lápis de cor, entre outros. Os interessados podem entregar a doação na sede do Sinttel (Rua Moraes e Silva, 94, Maracanã) para Virgínia Queiroz ou Marli Ventura e para Patricia Bispo, no Departamento de Saúde.
O pai de Alan Kurdi, o menino refugiado que morreu afogado ao tentar chegar à Europa, criticou o semanário satírico francês Charlie Hebdo por uma charge em que sugere que seu filho se tornaria um agressor sexual quando crescesse, em referência a recente onda de denúncias contra imigrantes na Alemanha. Em comunicado Abdullah Kurdi chamou o desenho de “desumano e imoral” afirmando ainda que o mesmo
DIRETOR DE IMPRENSA Marcello Miranda marcello13@uol.com.br EDIÇÃO Socorro Andrade Reg. 460 DRT/PB - socorroandradde@gmail.com REDAÇÃO Socorro Andrade e Simone Kabarite - Reg. 0035866/RJ ILUSTRAÇÃO Alexandre Bersot http://www.behance.net/alexandrebersot
DIAGRAMAÇÃO L&B Comunicação Ltda IMPRESSÃO Gráfica do SINTTEL-Rio: Jorge Motta Reg. 17.924 DRT /RJ (prod. gráfica) Valdir Tedesco (impressor) CIRCULAÇÃO Semanal TIRAGEM 12 mil exemplares
Rua Morais e Silva, 94 - Maracanã - RJ - CEP 20271-030 - Tel.: 2204-9300 E-mail Geral sinttelrio@sinttelrio.org.br - Site http://www.sinttelrio.org.br E-mail Jurídico juridico@sinttelrio.org.br - E-mail Imprensa imprensa@sinttelrio.org.br
bersot
humor
No dia 22 de dezembro os trabalhadores da empresa Prol Central de Serviços, que presta serviço de teleatendimento para o INTO - Instituto de Traumatologia e Ortopedia, procuraram pessoalmente o Sinttel-Rio para denunciar a empresa, que demitiu cerca de 30 empregados e não pagou as verbas rescisórias. Estes trabalhadores cumpriram aviso prévio, mas nada receberam. O Sindicato entrou em contato diversas vezes com a empresa terceirizada, porém, não obteve sucesso. Em função disso, o Sinttel enviou uma notificação judicial e, mais uma vez, a empresa não se posicionou. Diante desta situação, a direção do Sindicato acionou o Departamento Jurídico do Sinttel-Rio e reuniu os trabalhadores em uma ação coletiva contra a empresa, que visa resguardar o pagamento de verbas contratuais e rescisórias não pagas pela empresa. Os demais trabalhadores que ainda não estão fazendo parte da ação, podem comparecer ao Sindicato de segunda a sexta-feira, entre 9h e 18h, munidos de seus documentos. REDE
Visitas continuam nos locais de trabalho
O Sindicato continua percorrendo os locais de trabalho, para fortalecer a organização dos trabalhadores da Rede. O primeiro dia de visita aconteceu no dia 11, quando o Sinttel esclareceu dúvidas, recebeu denúncias e distribuiu a cartilha de convênios, firmados pelo Sindicato com várias empresas, que oferecem descontos para sindicalizados em instituições de ensino, farmácias, óticas, entre outros. O Sinttel quer estimular a participação do trabalhador junto ao Sindicato e as visitas são uma forma de aproximação com a categoria, que têm o objetivo de conversar com os trabalhadores sobre os problemas enfrentados no dia-a-dia de trabalho.
Fórum Intersindical
Charlie Hebdo: brincadeira tem limite! Campanha material escolar
Sinttel entra com ação contra PROL
era tão mau quanto às ações dos criminosos de guerra e terroristas. Todo o mundo se chocou e repudiou a violência contra o Charlie Hebdo e lamentou a morte de jornalistas e cartunistas. Mas o mundo se chocou da mesma forma com a foto que ganhou as redes sociais e que mostrava o menino Alan Kurdi, um bebê, morto sobre as águas geladas. Só podemos dizer que foi muito infeliz a charge de capa do semanário.
Nova reunião do Fórum Intersindical de Formação em Saúde será no dia 29, das 9 às 13h na Fiocruz (Av. Brasil, 4036 sala 905 - Manguinhos). Consta da pauta "oficina temática sobre LER/DORT" a ser conduzida pelo professor Reato Bonfatt. O Sinttel-Rio participa do fórum que é uma iniciativa conjunta de várias instituições acadêmicas, sindicatos de trabalhadores e Centros de Referência em Saúde do Trabalhador - Cerest, aberto a participação de todos os interessados nas temáticas abordadas e na luta pela saúde do trabalhador.
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