PRÉ-SAL
PL 131 RETIRA EXCLUSIVIDADE DA PETROBRAS PROJETO REDUZ INVESTIMENTOS EM PROJETOS SOCIAIS
CUT lança campanha contra a Globo
A campanha Desliga a Globo que o Brasil melhora! será lançada amanhã, dia 3, às 18 horas, no auditório da CUT-RJ (Av. Presidente Vargas, 502. 15º andar), com palestras dos jornalistas Paulo Henrique Amorim e Miro Borges. O evento tem como objetivo esclarecer a população sobre o quanto a Globo esteve envolvida em todos os episódios antidemocráticos nos últimos 50 anos do Brasil. Como sabemos, a imprensa é considerada o quarto poder, exercendo grande influência política em um país. E a Globo, líder do monopólio midiático do Brasil, sempre esteve do lado oposto das causas populares e progressistas, retraindo toda e qualquer tentativa de avanço democrático. Em nome dos seus interesses políticos e comerciais, a Globo faz uso da manipulação da informação, para omitir fatos e condenar quem ela considera inimigo de seus objetivos. Podemos enumerar uma série de episódios políticos, que contaram com a intensa participação da Globo, como: esteve na linha de frente da campanha que levou Vargas ao suicídio; tentou de todas as maneiras impedir a posse de Jango e apoiou o golpe; sabotou a campanha das Diretas Já; manipulou as eleições presidenciais de 1989, quando editou o debate entre Lula e Collor, para prejudicar o candidato do PT. Agora, mais uma vez, a Globo se empenha no cerco midiático ao ex-presidente Lula, a fim de prejudicar permanentemente sua imagem pública. Porém, o que se vê atualmente é uma queda na reputação e na imagem da emissora, um império da comunicação. A cada dia, a audiência da família mais rica do país, segundo a revista Forbes, despenca consideravelmente. No último sábado, o respeitado jornalista Sidney Rezende fez um discurso direcionado a Globo, que o demitiu em novembro por ter publicado um texto crítico sobre a perseguição da empresa a presidente Dilma. Ele afirmou: "A Globo não é dona do Brasil." Veja link da matéria no portal do Sinttel: www.sinttelrio.org.br
Mês das Mulheres
Durante todo o mês de março o Jornal do Sinttel ganhará essa cor especial, em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, comemorado em todo o mundo no dia 8 de março. Além disso, a partir da próxima edição, o Jornal do Sinttel dedicará matérias sobre as pautas e as lutas das mulheres brasileiras.
Aprovado no Senado o substitutivo ao Projeto de Lei 131, de autoria do senador José Serra, o PL acabaria com o regime de partilha, em que a Petrobras mantém a propriedade dos recursos da exploração, revertidos pelo governo em saúde, projetos sociais e educação. O projeto é considerado um risco à população, já que entregaria parte da exploração para as multinacionais, que passariam a ter acesso à riqueza nacional.
H
oje, dia 2, a CUT, a FUP e outros movimentos sociais participam de uma audiência da Frente Parlamentar em Defesa da Petrobrás, no auditório da Câmara dos Deputados, a fim de aumentar a pressão sobre os parlamentares entreguistas. Veja abaixo 6 motivos para não mudar a participação da Petrobrás no pré-sal, listados pelo Brasil Debate:
junturalmente a demanda. A maior parte dos analistas prevê que a demanda mundial por óleo subirá de 91 milhões de barris/dia, em 2014, para 111 milhões de barris dia até 2040. Com isso, o preço do petróleo voltará a subir. O suprimento de energias renováveis crescerá, mas a transição para uma matriz energética inteiramente limpa será, sem dúvida, gradual.
1 - Porque ter a Petrobras como operadora única garante ao País o controle estratégico das reservas e da produção do óleo. Sem a Petrobras, perdemos essa garantia. A experiência internacional demonstra que os países que são grandes exportadores de petróleo têm, em sua grande maioria, robustas operadoras nacionais de suas jazidas. Hoje, cerca de 75% das reservas internacionais provadas de petróleo estão nas mãos de operadoras nacionais. Para dominar o mercado, os países produtores precisam dominar as reservas e controlar o ritmo e os custos de produção. A operadora nacional é o complemento necessário ao regime de partilha. De nada adianta o país ter o domínio das reservas se a produção é ditada pelos interesses imediatistas de grandes operadoras multinacionais Retirar da Petrobras a condição de operadora do pré-sal significa, em última instância, renunciar à gestão estratégica de um recurso finito e não renovável.
3 - Porque a Petrobras tem totais condições de explorar o pré-sal. Outro argumento muito usado nesse debate é o de que a Petrobras, fragilizada financeiramente, não teria condições de explorar o pré-sal. Não é verdade. O mercado financeiro nacional e internacional sabe muito bem que a Petrobras tem expertise, tecnologia e patrimônio para superar suas atuais dificuldades.
2 - Porque o petróleo ainda será um recurso energético fundamental ao longo deste século. Um dos principais argumentos que motivam os que querem enfraquecer a Petrobras tange ao suposto fato de que o petróleo deixou de ser um recurso estratégico, pois deverá ser substituído rapidamente por outras fontes de energia, particularmente as limpas e renováveis. A grande baixa dos preços do petróleo está obviamente relacionada à crise mundial, que contraiu con-
4 - Porque o país perderia todo o investimento feito pela Petrobras e a alta tecnologia por ela desenvolvida Ao contrário de outras operadoras nacionais, que apenas se apropriaram de jazidas já provadas, a Petrobras, desde o início, teve de investir maciçamente, ao longo de décadas, em prospecção e desenvolvimento de tecnologia. Com isso, ela se tornou uma das operadoras mais eficientes e lucrativas do mundo e conseguiu, a muito custo, produzir tecnologia de ponta na exploração em águas profundas e ultraprofundas. A Petrobras é a empresa brasileira que mais gera patentes e ganhou, por três vezes, o OTC Distinguished Achievement Award, maior prêmio internacional concedido às empresas de petróleo que se distinguem em desenvolvimento tecnológico. Essa trágica decisão jogaria fora todo o investimento realizado em décadas de trabalho duro e o país perderia uma grande fonte de desenvolvimento tecnológico. Não nos parece racional e justo que, após todo esse esforço, se dê de bandeja, sem nenhum risco e por um preço aviltado,
os recursos do pré-sal a empresas que nunca fizeram investimentos de prospecção no Brasil e que não desenvolvem tecnologia no país. 5) Porque o Brasil perderia os instrumentos para conduzir a política de conteúdo nacional, consolidar a cadeia produtiva do petróleo e alavancar seu desenvolvimento. A cadeia de petróleo e gás, comandada pela Petrobras, é a maior cadeia produtiva do país, responsável por cerca de 20% do PIB brasileiro e 15% dos empregos gerados.Tal cadeia é sustentada por uma política de conteúdo nacional, que gera demanda robusta em setores-chave como o da construção civil pesada e a indústria naval, só para citar alguns poucos. A Petrobras, em seu Plano de Negócios e Gestão, previu investimentos de US$ 130,3 bilhões para o período de 2015 a 2019. Trata-se de mais de R$ 400 bilhões que serão investidos quase que totalmente no Brasil. Não podemos comprometer esses e outros investimentos, seguramente mais volumosos, que virão mais tarde, graças à exploração do pré-sal pela Petrobras. 6 - Porque o Brasil perderia futuro. Por ser recurso finito e não renovável, o petróleo tem de ser gerido com perspectiva de longo prazo e com base na solidariedade intergeracional. Foi essa visão que fez o Congresso Nacional aprovar a destinação dos royalties e participações especiais do petróleo para a Educação (75%) e Saúde (25%). Decidimos trocar recursos do presente para investir nas futuras gerações. Temos de analisar a questão da Petrobras como operadora do pré-sal dentro dessa mesma visão estratégica. Retirar a Petrobras dos campos do pré-sal significa simplesmente vendê-los. E vender o pré-sal é vender futuro. E quem vende futuro já se perdeu no presente.
Teleatendimento: Acordo Coletivo é aprovado Em assembleia realizada nos sites das empresas no dia 24, os trabalhadores de teleatendimento aprovaram o Acordo Coletivo de 2016. Apesar da aprovação por 8600 SIM, a rejeição de 5611 mostrou que uma parcela destes trabalhadores estava insatisfeita com a proposta apresentada pela empresa e engajada na campanha por melhores salários e condições de trabalho. Com data base em 1° de janeiro, desde o início da campanha salarial, a categoria permaneceu resistente e mobilizada junto ao Sindicato, que realizou uma série de atos na porta dos prédios das empresas, para manter os trabalhadores informados sobre o andamento das negociações e os principais itens da Pauta de reivindicações. Os trabalhadores do Rio de Janeiro se mantiveram determinados em realizar a paralisação no dia 17 de fevereiro, pressionando as empresas a voltarem a
negociar. Nos outros estados - São Paulo, Rio Grande do Norte e Pernambuco - a categoria já havia aprovado o Acordo, mas o Sinttel-Rio e os trabalhadores resistiram e conseguiram uma nova reunião com os representantes das empresas no dia 18. Na ocasião, apesar da inflexibilidade das empresas em melhorar a proposta, já aprovada nestes estados, o Sindicato garantiu delas o compromisso em criar uma comissão Sinttel-Rio/Sinterj, que se reunirá no dia 15 de março, para discutir os seguintes itens: 4Auxílio creche; 4Redução da co-participação no VR/VA e do plano de saúde; 4Abono para acompanhamento de filhos; 4Atestado médico; 4Redução da jornada; 4Plano de contingência para situações emergenciais (falta de água, luz, elevador, ar condicionado, etc).
Vale ressaltar que o Sindicato também conseguiu garantir no Acordo o compromisso de as empresas não descontarem o dia parado – 17 de fevereiro Confira alguns itens da proposta aprovada: aSalário mínimo de R$ 880,00 a partir de 1º de abril/2016 e Abono indenizatório de R$ 280,00, 10 dias após a assembleia aSalários acima do mínimo - Reajuste em duas parcelas: 6% em abril e 5,28% em novembro sobre o salário de dez/2015 totalizando 11,28% aPara salários acima do mínimo abono indenizatório de 18% do salário de 31/12/15, com valor mínimo de R$ 280,00, proporcional ao período trabalhado (Jan/ Fev/Março-2016); aPLR 2015 de R$190,00 proporcional aos meses trabalhados em 2015 (isso representa apenas R$ 15,83 por mês trabalhado). Só terá direito quem foi
admitido até 03/10/2015. A medição do absenteísmo teve início dia 25 de fevereiro e vai até 3 de abril. Quem teve uma falta injustificada recebe 50% da PLR, quem tiver duas faltas receberá só 20% e quem tiver três faltas não receberá nada aVale Refeição: reajuste 6% em abril e 5,28% em novembro totalizando 11,28% aPara os demais benefícios - Reajuste de 6% em abril e 5,28% em novembro; Os trabalhadores do Rio e o Sinttel-Rio, mais uma vez, deram uma lição de combatividade e conseguiram a negociação dos itens, além disso, garantiram a discussão nacional dos mesmos em outros sindicatos da Federação. Sem mobilização e resistência nada se conquista! Continuemos na luta! Para dúvidas e reclamações da Atento, entre em contato com: ricardopereira@ sinttelrio.org.br, alandias@sinttelrio.org. br e cesarfernandes@sinttelrio.org.br.