RESISTIR É PRECISO Ato contra a Globo dia 5 de maio em todo o Brasil
Sinttel cobra da Claro Minuta do Acordo 2015/16
É inacreditável, mas o Acordo Coletivo 2013/15, o chamado acordão, o principal, que envolve todas as cláusulas, até hoje não foi homologado pela Ministério Público do Trabalho por absoluta irresponsabilidade da empresa que não apresentou a documentação solicitada. Por essa razão, o termo aditivo relativo à negociação das cláusulas econômicas 2014/2015 sequer pôde ser transmitido ao MPT, devido à pendência do Acordo principal ao qual esse aditivo seria anexado. Os abusos da Claro não param por aí. Há quatro meses, desde que o Acordo Coletivo 2015/16 foi aprovado pelos trabalhadores em assembleia, o Sindicato vem cobrando sistematicamente da Claro S.A o envio da minuta do mesmo à entidade, mas a empresa enrola e não envia. A mesma cobrança tem sido feita pelos trabalhadores que querem conhecer o documento final e conferir se consta do mesmo o que foi aprovado na assembleia ocorrida dia 18/12/2015. A última vez que o Sindicato cobrou essa minuta da Claro foi há pouco mais de um mês, numa reunião específica para discutir pendências. Mais uma vez ela enrolou, alegando que não enviou porque o jurídico não havia liberado. Desde então, se passaram mais de um mês e a minuta não chegou ao Sindicato. Para Virgínia Berriel, diretora de negociação do Sindicato, a demora é proposital e se deve à famigerada equalização dos acordos (Claro/Embratel). Ela avisa: “não vamos admitir nenhuma vírgula além do que tenha sido aprovado pelos trabalhadores”. Se a intenção é esta, a Claro pode tirar o cavalo da chuva."
SOCORRO ANDRADE
Amanhã, dia 5 de maio, entidades e movimentos que compõem a Frente Brasil Popular, como o Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação, nas principais cidades do país, farão o Dia Nacional de Luta Contra a Globo e o Golpismo Midiático. No Rio, o ato acontecerá a partir das 16 horas, na Central do Brasil.
O
ato dá continuidade à luta contra o retrocesso e o golpe em curso, que tenta, obstinadamente e a todo custo, derrubar o governo atual, mesmo que isso faça o país perder a tão suada e nova democracia. A atual conjuntura política do país expõe a articulação do golpe, orquestrado por setores conservadores e a mídia, cujo comando se concentra nas mãos de seis famílias milionárias, um verdadeiro oligopólio, onde o mercado e os serviços de comunicação são dominados por estas empresas. A grande vilã, detentora da maior parte deste mercado, são as Organizações Globo, velha conhecida da população brasileira por ter atuado contra ela, sempre em defesa dos seus interesses econômicos, e que atualmente praticamente oficializou sua posição a favor do golpe, seja em sua cobertura tendenciosa ou em editorial declaradamente oportunista. A Globo sempre esteve do lado contrário do povo, envolvida em todos os episódios antidemocráticos dos últimos 50 anos do Brasil. Vale lembrar que a Globo apoiou a ditadura militar e agora, novamente, assume seu papel golpista e se utiliza do poderio econômico, para manipular informações, criar fatos, encobrir crimes
Ato realizado em março na porta da Rede Globo
e, assim, influenciar milhões de pessoas. Por tantos episódios da mídia golpista e privada na construção do golpe em curso no país, os movimentos sociais se uniram para denunciar o vínculo perverso entre o monopólio e as pautas conservadoras. Em nota, a Frente Brasil popular e a FNDC reforçam os objetivos do evento:"Discutir com a sociedade que o monopólio fere a democracia, a liberdade de expressão e o direito à comunicação. Vincular o monopólio à ausência de pluralidade e diversidade de vozes na mídia, ao discurso único que se coloca a serviço da pauta conservadora e golpista, estimulando o discurso do ódio, o preconceito e a intolerância.” IMPRENSA INTERNACIONAL VÊ GOLPE - Enquanto a im-
prensa brasileira legitima um golpe, visto que não há crime de responsabilidade para o processo de impeachment de Dilma, veículos internacionais são unânimes em afirmar que a democracia corre um sério risco. Até mesmo jornais conservadores, como o inglês The Independent, declarou: "A política no Brasil é ameaçada por uma imprensa partidária." Embasada por analistas políticos, veículos alternativos e movimentos sociais, a cobertura dos jornais e tvs internacionais apostou na apuração jornalística para chegar à conclusão de que o que vem acontecendo é um golpe de estado. A tentativa de entender o emaranhado que envolve as relações políticas e econômicas do país levou a imprensa internacional a
realizar um trabalho jornalístico mais equilibrado e honesto. Desta forma, é preciso defender a regulação da mídia, para que haja pluralidade de informações, democratização das comunicações e a sociedade possa ter uma imprensa mais livre e isenta.
Ato na Contax
Hoje, dia 4, de 12h às 14h, o movimento Mulheres pela Democracia realiza ato na porta da Contax, da Alexandre Mackenzie. Na ocasião, será realizada panfletagem e conversa com a categoria de call center sobre a luta das mulheres.
1º de maio teve luta contra o golpe O dia 1° de maio é internacionalmente conhecido como o Dia do Trabalhador. A data foi escolhida, em função de uma série de manifestações pela redução da jornada de trabalho para oito horas diárias, realizadas em 1886 por trabalhadores de Chicago, maior centro industrial dos Estados Unidos. Desde então, em todo o mundo, tradicionalmente, os trabalhadores realizam atos por melhorias salariais, nas condições de trabalho e contra o desemprego. Este ano os protestos foram direcionados, especialmente, ao sistema capitalista, foco do desequilíbrio no mundo do trabalho. O capitalismo é o responsável pelas
desigualdades sociais, uma vez que produz riqueza para poucos, enquanto o trabalhador é explorado, para que os privilégios sejam mantidos para alguns. Como diz a canção de Elton Medeiros: “Uns com tanto, outros tantos com algum, mas a maioria sem nenhum.” Atualmente, o mundo está em colapso e vive uma crise social e econômica sistêmica. Desemprego em alta, baixas taxas de crescimento, instabilidade financeira e recessão acometem até os países desenvolvidos. No momento em que as perspectivas não são favoráveis e o cenário nebuloso, trabalhadores de todo o mundo começam a
repensar e reivindicar mudanças nas estruturas econômicas e reformas trabalhistas. NO BRASIL
E no Brasil o dia foi de luta, não só por conquistas, mas, principalmente contra o golpe em curso, que tenta impor a saída da Presidenta Dilma Rousseff, que não cometeu nenhum crime de responsabilidade. Os golpistas que querem assumir o poder, leia-se Temer e Cunha, já têm um plano contra os trabalhadores. Entre eles está a liberação da famigerada terceirização, que prevê menos direitos e salários menores. Além disso, eles já deram sinal de que
Demissões na Serede podem chegar a 600 Tão logo tomou conhecimento de que a Serede estava demitindo trabalhadores em diversas áreas, a diretoria do Sinttel-Rio procurou a empresa para cobrar explicações. A mesma confirmou as demissões alegando que fará uma reestruturação e que isso significará entre 500 e 600 demissões nas diversas áreas. Para o Sindicato, a intenção da empresa com essa reestruturação, ou melhor, demissão em massa exatamente quando estamos iniciando uma campanha salarial, é clara: quer intimidar os trabalhadores e enfraquecer qualquer tentativa de mobilização. Essa
posição foi repudiada com veemência pela direção do Sindicato. Na negociação salarial prevista para o dia 12, a direção sindical já antecipou que vai discutir essa questão. MAIS DE 50 DEMISSÕES NO CL
De acordo com Amilton Barros, diretor do Sindicato, somente no Centro Local (CL), que agenda atendimento de serviços, foram demitidos 50 trabalhadores, deixando o setor praticamente vazio. Ele acrescentou que em janeiro a Serede já havia demitido cerca de 600 trabalhadores. Lembramos que ao
incorporar a Telemont, em outubro do ano passado, a Serede vendia ilusão à categoria, dizendo que não haveria demissões. Amilton ressaltou que ao explicar a sua reestruturação ao Sindicato a Serede disse que haverá a criação do cargo de gestor de área, que substituirá as atuais funções de coordenadores e supervisores de Planta Externa. Ou seja, os gestores vão acumular a função de dois trabalhadores. José Adolar, também diretor do Sindicato, disse que as demissões já acontecem em todas as áreas (técnicos, OSCs, Cabistas, supervisores e coordenadores), e isso é inaceitável.
congelarão o salário mínimo e irão retirar direitos, conquistados há décadas pelos trabalhadores, ou seja, acabar com a CLT. Segundo a diretora do Sinttel-Rio, Keila Machado, as intenções dos golpistas é clara: "O que eles chamam de flexibilização tem um bom dito popular: nada é tão ruim que não possa piorar. Quem é sindicalista sabe o quanto as empresas fazem para não pagar a inflação acumulada, mas com a flexibilização ficará tudo ainda pior". O trabalhador não poderá sair da rua, até mesmo para lutar contra o impeachment, que será um duro golpe contra classe trabalhadora.
CAMPANHA DA REDE
Nova negociação dia 12 Na última rodada de negociações a proposta das empresas para a Convenção Coletiva de Trabalho 2016/17, data base 1º de abril foi vergonhosa: 3% sobre salário e benefícios. A proposta foi rejeitada pelo Sindicato que exigiu uma compatível com a nossa Pauta de Reivindicações. Na reunião marcada para o dia 12, além da pauta vamos discutir a reestruturação e as demissões na empresa. A campanha da rede envolve mais de 20 mil trabalhadores de empresas prestadoras de serviços de telecomunicações tais como: Serede, BTCC, Logictel, Procisa, Huawei, Icatel, Flowers, EmpreZa, Valtelina do Brasil, FFA entre outras. Entre os itens da Pauta de Reivindicação está reajuste salarial, com reposição de 100% do INPC acumulado nos últimos 12 meses, acrescido de 10% a título de ganho real. O Sinttel visitará os locais de trabalho para mobilizar os trabalhadores para a campanha.