Jornal do Sinttel-Rio nº 1523

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OI garante manter acordo

SOCORRO ANDRADE

Quanto à garantia dos empregos exigida pelo Sinttel, o presidente da Oi diz que não fará demissões em massa a curto e médio prazo

TIM demite 1700 de call center

Neste momento de crise, em que os trabalhadores vivem em constante instabilidade, a TIM demitiu, na última sexta (8), cerca de 1700 trabalhadores 1200 em Pernambuco e 500 no Paraná - desativando, com isso, as unidades de call center próprias nestes respectivos estados. Agora, os teleatendimentos aos clientes serão realizados por empresas terceirizadas. A decisão acarretará prejuízos para milhares de famílias, em nome de uma "reorganização em suas atividades de atendimento ao consumidor com objetivo de garantir uma melhor sinergia entre suas operações e o fornecimento de serviços e infraestrutura de alta qualidade”. A afirmação foi divulgada em nota e é uma clara demonstração de descaso e irresponsabilidade social da empresa com os trabalhadores, a fim de priorizar mais lucros em detrimento à preservação dos postos de trabalho. Por enquanto, a empresa manterá apenas os call centers do Rio de Janeiro e de Santo André, no ABC paulista, que também realizam atendimento a outras localidades de todo o país. Em agosto do ano passado, a TIM anunciou um plano de reestruturação que prevê uma economia de R$ 1 bilhão até 2017. Todos nós sabemos que este tipo de reestruturação passa, na verdade, por demissões em massa, milhares de trabalhadores colocados na rua.

Fique ligado! Assine o abaixo-assinado

Hoje, o Sinttel-Rio dá a largada nos locais de trabalho na campanha para arrecadar assinaturas para um grande abaixo-assinado, com o objetivo de pressionar a aprovação do Projeto de Lei 2673/2007 que regulamenta a atividade dos trabalhadores de call center. A expectativa é que sejam arrecadadas mais de 150 mil assinaturas em todo o Brasil, para serem encaminhadas ao Senado, onde o Projeto será apreciado e ainda não começou, sequer, a tramitar. É fundamental a participação de todos os trabalhadores, para que a atividade de call center seja reconhecida e as nossas pautas fortalecidas.

E

m reunião com dirigentes do Sinttel-Rio e uma comissão da Federação Nacional dos Trabalhadores em Telecomunicações (Fenattel), na quinta-feira (7), o presidente da Oi, Marco Norci Schroeder, garantiu aos sindicalistas que o processo de recuperação judicial não implicará em nada na operacionalidade da empresa, pelo contrário, a empresa vai se manter funcionando plenamente para atender aos seus milhões de clientes em todo o país. Ele explicou ainda que a recuperação judicial objetiva exclusivamente a renegociação dos pagamentos aos credores. Conforme já noticiamos, a dívida da Oi é de R$ 65 bilhões, fruto da incompetência e irresponsabilidade de sucessivas direções. O Sindicato volta a enfatizar isso, para que não venham responsabilizar os trabalhadores ou cobrar deles a conta dos desmandos. O Sinttel-Rio esteve representado pelo seu coordenador geral Luís Antônio Sousa. Ele enfatizou na reunião que a maior preocupação do Sindicato é com o trabalhador, pais, mães de famílias, jovens em início de carreira que, ao entrar na Oi, viram ali a grande oportunidade deslanchar na vida profissional, mas que agora veem seus sonhos desabarem e amargam a instabilidade, resultado da crise a que a Oi foi atirada e a sua própria instabilidade, na iminência do desemprego. Diante disso, Luís Antônio cobrou da empresa garantias de que não haverá mais demissões, que o Acordo (salários e benefícios) será mantido e o Placar 2016 será pago.

Vivo/GVT

NÃO HAVERÁ DEMISSÕES

Schroeder assegurou que os salários, benefícios, o acordo coletivo, bem como o pagamento dos contratos de terceirização para manutenção da planta externa, serão mantidos normalmente sem qualquer prejuízo para os trabalhadores.

Com relação às demissões, ele garantiu que a pequeno e médio prazo não haverá demissões em massa, como as que aconteceram no ano passado e recentemente. O Sindicato voltou a cobrar mais compromisso social com o país que atra-

vessa uma grave crise, com aumento do desemprego e com os seus empregados que deram e dão o sangue pela empresa ao contrário dos sucessivos diretores que levaram a empresa à bancarrota. Por fim, disse que estará atento a qualquer ameaça aos direitos e aos empregos.

PLACAR 2016: ASSEMBLEIA DIA 19 NO SINDICATO Na mesma reunião do dia 7, a Oi apresentou a sua proposta para o Placar 2016, o valor será de 3,0 salários. Caso sejam atingidas com base nos indicadores definidos pela empresa o Placar será pago até 30 de abril de 2017, após divulgação do balanço de 2016. A assembleia será na terça-feira (19), a partir das 18h, na sede do Sindicato (Rua Morais e Silva, 94 –Maracanã). Participe!

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PLACAR 2016 ELEGIBILIDADE

Todos os trabalhadores da que,

no ano de 2016, tenham trabalhado na empresa por um mês integral de trabalho. Desligados em 31/12/2016 com no mínimo um mês efetivamente trabalhado Estagiários, menores aprendizes e aprendizes técnicos não participam do programa Trabalhadores demitidos por justa causa não serão elegíveis ao programa Faltas não justificadas, licenças e afastamento de qualquer natureza

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ocorridos no período de 1 de janeiro até 31 de dezembro de 2016 serão descontados do valor do prêmio exceto afastados por acidente de trabalho, licença maternidade e inscritos no programa Doenças Crônica Os trabalhadores desligados e que pediram demissão antes de 31/12/2016, desde que elegíveis, receberão o pagamento do Placar em até 60 dias após os trabalhadores ativos O valor do Placar será calculado considerando o salário de dezembro de 2016

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Proposta final da Vivo para PLR 2016/2017

Em assembleias realizadas nos prédios da Vivo e GVT nos dias 11 e 12, os trabalhadores aprovaram proposta da empresa para o pagamento da PLR/2016. Conforme previsto na proposta o pagamento da antecipação ocorrerá dia 29. Só após três rodadas de negociações, muita discussão e uma verdadeira queda de braço entre a Comissão dos sindicatos e da Fenattel e os representante da Vivo/GVT chegou-se a proposta aprovada pelos trabalhadores que para a Vivo era a final. Um dos destaques dessa negociação é que essa proposta é

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válida para dois anos 2016/2017. Veja a proposta: Administrativo/loja origem Vivo – 2,20 salários Administrativo GVT com PIV – 1,63 salários, target 2,20 salários Administrativo GVT sem PIV – 2,05 salários, target de 2,20 salários proporcional Coordenadores – 2,18 salários, target de 2,20 salários

- Com PIV 0,83 salário, target 1,0 salário - Sem PIV 2,05 salários, target 2,20 salários Trabalhadores em Atendimento - Com PIV – 0,83 salário, target 1,0 salário - Sem PIV – 2,0, salários, target de 2,20 salários A partir de 2017 todos receberão sem a proporcionalidade

ORIGEM GVT

ADIANTAMENTO:

Trabalhadores de rede externa/campo

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Administrativos

Não recebem PIV: adiantamento de 1,0 salário Recebem PIV: Origem Telefônica – 1,0 salário, Origem GVT – 0,8 salário Campo e Atendimento: Não recebem PIV – adiantamento de 1,0 salário, Recebem PIV – adiantamento de 0,4 salário Loja:. Adiantamento de 1,0 salário PESQUISA

Responda no Portal do Sinttel (www. sinttelrio.org.br) a pesquisa para elaboração da Pauta de Revindicações.

Paralisação faz Procisa recuar AMINA BAWA

A adesão maciça dos trabalhadores à paralisação convocada pelo Sinttel no dia 11, segunda, fez com que a Procisa recuasse e acatasse a reivindicação da categoria, que exige o VR no valor facial de R$ 19,00, mesmo valor de outras empresas. Além disso, a empresa se comprometeu a não mais cobrar o recibo de pagamento de almoço dos trabalhadores convocados para plantão ou hora extra no final de semana. O Sindicato condena essa prática que viola a CCT em vigor e conseguiu a revogação desta exigência. Agora, os pagamentos das refeições nos dias de plantão serão pagos na carga do vale refeição do mês subseqüente.

A paralisação foi definida na assembleia do dia 4, quando os trabalhadores rejeitaram por ampla maioria a proposta da empresa para a nova Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), em função do VR abaixo do praticado nas outras empresas, como Serede e Tel. A vitória é fruto da mobilização dos trabalhadores junto à luta do Sindicato por melhores salários e benefícios. A empresa se comprometeu a oficializar o que fora acordado até sexta-feira (15) e, caso não o faça até este prazo, os trabalhadores entrarão greve no dia 18, segunda-feira, conforme edital na página 2.


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